quarta-feira, 18 de maio de 2011

Porto vence o Braga e conquista a Europa League

Falcão García comemora o gol que deu o título da Europa League para o Porto

 Um duelo português em terras irlandesas. Porto e Braga se enfrentaram em Dublin pela final da Europa League, a antiga Taça da UEFA. Em uma partida sem muito brilho, o Porto não deu espaço para a zebra e, mesmo sem uma boa atuação, sagrou-se campeão do troféu continental graças ao gol do artilheiro Falcão García. Com o título, o Porto passou a ser o campeão europeu que mais vezes balançou as redes (37), e André Villas-Boas, técnico dos Dragões, entrou para a história como treinador mais jovem a levantar um troféu europeu.

Se alguém achava que o Braga, na condição de “patinho feio”, facilitaria a tarefa do Porto, se enganou – pelo menos nos primeiros minutos.  Os Arsenalistas não começaram pressionando o favoritíssimo Porto, mas cumpriam seu objetivo tático, dado que os Dragões possuem jogadores mais habilidosos. Mesmo assim, foi o time alvi-rubro que teve a primeira chance de gol, que veio nos pés de Custódio. A resposta do Porto veio com Hulk, em chute perigosíssimo, após bela jogada na ponta direita.

A partir de então, acabaram-se as chances de gol do jogo. O time treinado por Domingos Paciência conseguia segurar o ímpeto dos portistas. Porém, aos 43’, o colombiano Guarín usou a habilidade e cruzou milimetricamente para a área; Falcão García, seu compatriota, voou para o cabeceio e balançou as redes do goleiro Artur. Já favorito, o Porto descia para os vestiários, ao final da etapa inicial, já pensando nos espaços que estavam por aparecer no time adversário, que agora teria que arriscar mais.

Para o segundo tempo, o zagueiro Kaká e o meio campista Márcio Mossoró – ambos brasileiros – entraram nos respectivos lugares de Rodríguez e Hugo Viana. Mal entrou no jogo, Mossoró ficou cara a cara com Hélton e perdeu um gol incrível; méritos também para o ex-goleiro do Vasco (que completou hoje 33 anos). O jogo passou a ser mais corrido, mas não menos truncado. À exemplo da primeira etapa, o Porto não jogava bem. O Braga aproveitou para tentar se aproximar da área, mas não conseguiu construir chances agudas de gol.

Aos 70’, a jogada mais polêmica do cotejo: após fazer falta por trás, Sapunaru, do Porto, que já tinha cartão amarelo, não foi expulso e causou a ira dos jogadores bracarenses. O jogo seguiu sem grandes lances e o Porto, que logo na decisão não apresentou o belíssimo futebol que lhe colocou na final, conquistou mais um troféu na temporada. 

Porto: Helton, Sapunaru, Rolando, Otamendi e Alvaro Pereira; Fernando, Guarín (Belluschi) e João Moutinho; Hulk, Varela (James Rodríguez) e Falcão. Técnico: André Villas-Boas.

Braga: Artur, Miguel Garcia, Paulão, Rodríguez (Kaká) e Sílvio; Vandinho e Salino; Alan, Hugo Viana (Mossoró) e Paulo César; Lima (Meyong). Técnico: Domingos Paciência.

* De volta para o passado:

No dia 21 de maio de 2003, o Porto conquistou seu primeiro título de Copa UEFA, atual Europa League. Naquela partida, disputada no Estádio Olímpico de Cartuja, na Espanha, os Dragões enfrentaram o Celtic. O jogo foi tenso, e a equipe portuguesa, comandada por José Mourinho, conseguiu a vitória – e consequentemente o título – somente na prorrogação. No tempo normal, empate em 2 a 2; Derlei, único brasileiro jogando aquela final, abriu o placar para os lusos. O russo Dmitri Alenichev ampliou para os Dragões, mas os escoceses conseguiram o empate com dois gols de Larsson. Na prorrogação, o solitário brasileiro daquela decisão colocou seu nome na história do Futebol Clube do Porto e balançou as redes do goleiro Robert Douglas aos 115’. Naquele título o clube português fez 29 gols.

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