segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Barcelona nocauteia o Real Madrid e assume a ponta do Campeonato Espanhol



Barcelona e Real Madrid se enfrentaram no Camp Nou. O “El Clássico” é, geralmente, o jogo que decide o Campeonato Espanhol e neste ano não faltaram ingredientes para apimentar a partida. De um lado Messi do outro Cristiano Ronaldo, os dois últimos melhores do mundo. Com estilos diferentes, cada um vai sendo o destaque de suas equipes na temporada.

O primeiro tempo do tão esperado jogo surpreendeu. Um atropelo blaugrana sobre os merengues de José Mourinho. Acompanhei a primeira etapa pelo meu Twitter (@ambrosiotauan) e dentre os muitos comentários e estatísticas, li algo que mostrou a superioridade barcelonista na partida. “No Camp-Nou o Barcelona faz qualquer time parecer pequeno”. Não vou ser tão radical, mas vi no Real Madrid a imagem de um grande lutador desesperado. Não perdiam somente a partida. Perdiam o orgulho, e justo contra o maior rival. Resultado em campo: os blancos perdiam também a cabeça, e passaram a abusar da violência.

Começando em um 4-2-3-1, o Madrid era muito conservador em campo, e a incrível movimentação de Messi confundiu o esquema de marcação armado por Mourinho ( que sofreu a maior derrota de sua história como técnico). Sobraram espaços para Xavi e Iniesta criarem, e com os dois juntos não se brinca. Antes dos dez minutos Xavi abriu o placar, em passe de Iniesta. Aos 17, Pedro marcou o seu, após jogada de Villa pela ponta-esquerda.

Na etapa complementar, Mourinho sacou Ozil, inútil em campo, e colocou Diarra. Não adiantou. A exibição sublime do time do reservado Guardiola deixou os madrilenhos à beira da loucura. Messi, que nunca conseguiu marcar um gol em um time de treinado pelo português (tabu que segue), deixou David Villa na cara do gol em duas oportunidades. O camisa 7 não perdoou. A goleada estava sacramentada.

Após confusões e expulsões, Jeffren - mais uma revelação Culé-, ainda anotou o quinto. Humilhação completa, que devolveu ao Barça a ponta do campeonato. No embate de gigantes, um deles ruiu e perdeu a cabeça. O outro, como uma vez disse Muhammad Ali: “Flutuou como uma borboleta, e ferroou como uma abelha”.

*De volta para o passado:

A última vez que o Barcelona sapecou 5 a 0 no Madrid foi na temporada 1993-1994, quando contava com Romário no time. O baixinho, usando a camisa 10, marcou três vezes.

Fluminense vence o Palmeiras e já prepara a festa



O jogo foi incomum desde o início. A torcida tricolor compareceu em excelente número e contou com a ajuda dos palmeirenses, que torciam pela derrota de seu time para prejudicar o Corinthians. A primeira jogada de perigo pareceu não dar em nada. Deu em um golaço. Dinei aproveitou falha de Leandro Eusébio e acertou um chute espetacular no gol de Ricardo Berna.

O jogador palmeirense passou a ser alvo de vaias de sua torcida. E o alviverde não fez mais nada durante a peleja, que nos dois tempos foi jogada somente no campo de defesa do time de Luis Felipe Scolari. O Fluminense não teve uma boa atuação. Estava muito nervoso, e perdia oportunidades incríveis. Fred e Emerson não conseguiam resolver a partida para o time carioca. Coube a Carlinhos a tarefa de empatar a partida, e o ex-jogador do Santo André o fez com categoria. Puxou pelo meio e chutou no ângulo de Deola, que fazia ótimas defesas.

A dupla Deco-Conca não rendia o que dela se esperava. Muricy Ramalho sacou o português e lançou Tartá que, se não é um grande jogador, têm feito gols e atuações importantes na jornada tricolor. A jovem revelação fez o que Fred e Emerson, novamente, não conseguiram fazer na etapa complementar, o gol. A festa era das duas torcidas. O restante do jogo foi lamentável. O Palmeiras tocava a bola de lado, esperando o final da partida. Deixava bem claro que não queria ganhar. O Fluminense, que nada têm a ver com isso, só esperou o término da peleja para soltar um tímido grito de “Campeão”. Os torcedores Pó de Arroz já preparam a garganta para a próxima rodada, quando enfrentarão o rebaixado Guarani, no Engenhão.

VASCO:

O cruzmaltino enfrentou, no Pacaembú, o Corinthians. Sem brigar por mais nada no Brasileirão, o único motor que pode nutrir o Gigante da Colina é a confirmação da vaga na Copa Sul-Americana, que não veio ainda, mas está muito próxima. Mesmo com um rival regional na disputa pelo título, a polêmica sobre a entrega do jogo não foi tão grande. Na verdade, o próprio torcedor vascaíno está mais preocupado em pensar no ano que vem do que em tentar prejudicar outro time.

No final, um resultado que todos esperavam: 2 a 0 Corinthians. O Vasco em nenhum momento apresentou um bom futebol. Sua única chance de gol veio quando já perdia. Éder Luís chutou rasteiro e Júlio César fez boa defesa. O primeiro gol veio aos 39 minutos do primeiro tempo. Após várias tentativas, Bruno César contou com a ajuda do zagueiro cruzmaltino, Dedé, que desviou a trajetória da bola, enganando Fernando Prass.

Na etapa complementar o time paulista chegou ao segundo gol em jogada individual de Roberto Carlos, que teve boa atuação. O camisa 6, muito participativo, avançou pela esquerda e cruzou com perfeição para Danilo, que, aos 12 minutos, só teve que usar a cabeça para ampliar o marcador.

Com o segundo gol, a disposição do Vasco caiu, assim como o ritmo do jogo. Zé Roberto foi expulso e não jogará a última partida, contra o Ceará.

FLAMENGO:

O rubro–negro decepcionou, mais uma vez, a sua torcida. O time da Gávea precisava de um bom resultado contra o Cruzeiro, ou de uma combinação de outros resultados, para afastar matematicamente a chance de rebaixamento na última rodada. Os jogadores não fizeram sua parte. Sorte que o time contou com os outros resultados e agora pode começar a planejar um 2011 melhor.

O Flamengo começou bem, e logo aos 9 minutos Diego Maurício abriu o placar após receber ótimo passe de Diogo. A torcida que foi até o Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, foi ao delírio. Logo depois, o balde de água fria. Roger bateu falta que desviou na barreira e empatou para a Raposa.

A equipe de Vanderlei Luxemburgo voltou melhor no segundo tempo, mas esbarrou em mais uma grande atuação de Montillo. O argentino, responsável pela eliminação da equipe na Libertadores da América, cruzou bola açucarada para o ótimo Thiago Ribeiro testar para as redes de Marcelo Lomba. A equipe mineira quase ampliou com Wellington Paulista, após linda jogada individual de Montillo, mas o irregular atacante chutou para fora.foi a sétima vitória consecutiva da equipe celeste sobre o Mais Querido. A última partida do Fla neste tenebroso 2010 será contra o Santos, na Vila Belmiro.

BOTAFOGO:

Não fossem os tropeços no campeonato, o Botafogo poderia estar numa situação mais confortável na disputa por uma vaga na Libertadores da América. A equipe de Joel Santana recebeu no Engenhão o lanterninha e já rebaixado Grêmio Prudente. A vitória era uma obrigação, e o alvinegro venceu por 3 a 1.

Desde o início o Botafogo teve oportunidades de abrir o placar, mas as redes adversárias só balançaram aos 30 minutos. Antônio Carlos, o zagueiro artilheiro, marcou de cabeça o seu sétimo gol no Brasileirão. Antes do intervalo, Edno ampliou o placar em um belo gol. O camisa 11, que na próxima temporada deve retornar ao Corinthians, pode ter feito o seu último tento com a camisa do Glorioso em sua (possível) última partida no estádio do alvinegro.

O segundo tempo foi parado. O Botafogo preferiu tocar a bola para passar o tempo. Não tardou para ser punido. Aos 24, Willian acertou um belo chute no canto esquerdo de Jéfferson e diminuiu o placar. O tento prudentino deixou os torcedores, que ao longo do campeonato viram o time fraquejar em momentos inoportunos, irritados. Aos 44, o jovem atacante Alex foi derrubado na área, pênalti convertido por Marcelo Cordeiro, que deu números finais à partida.

A próxima partida do Glorioso será no Olímpico, onde decidirá com o Grêmio (1 ponto a sua frente) quem ficará com a quarta posição e com a vaga na próxima Libertadores da América, caso o Goiás não vença o Independiente na Copa Sul-Americana.

*De volta para o passado:

Uma polêmica muito relembrada agora deixou o Flamengo com as mãos na taça, na penúltima rodada do BR-2009. O rubro-negro enfrentou o Corinthians em Campinas e venceu facilmente por 2 a 0. O primeiro gol foi marcado por Zé Roberto, aos 26 minutos do primeiro tempo (logo depois que Ronaldo foi substituído por lesão). O segundo veio somente aos 44 da etapa complementar, de pênalti. Léo Moura cobrou e marcou. O goleiro Felipe em atitude imbecil, não quis pular na bola. O camisa 1 disse que foi um protesto, pois não achou que o penal tinha acontecido.

Na Arena da Baixada, o Botafogo faria um duelo de vida ou morte contra o Atlético Paranaense, também ameaçado pelo rebaixamento. O time, então comandado por Estevam Soares, perdeu por 2 a 0 e se viu na zona de rebaixamento, faltando apenas uma rodada para o fim do campeonato. Os gols do Furacão foram marcados por Wallyson e Paulo Baier.

Na contramão do alvinegro vinha o Fluminense que, após um campeonato inteiro nas últimas colocações. Contando com a força de sua torcida, imprescindível na histórica recuperação, a equipe de Cuca goleou o Vitória por 4 a 0 no Maracanã, e foi para a última rodada fora da zona da degola. Alan, Fred e Conca (2) marcaram para o tricolor.

Já campeão da Série-B, o Vasco recebeu a Portuguesa em um Maracanã mais lusitano do que nunca. A equipe paulista venceu o cruzmaltino por 1 a 0, gol de Fellype Gabriel, mas devido a outros resultados viu o sonho de disputar a primeira divisão ser adiado (assim como aconteceu na Série-B 2010).

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Obrigado Palmeiras", o Fluminense agradece



O tema principal dos debates sobre a reta final do Campeonato Brasileiro tem sido, infelizmente, o “entrega ou não entrega”. Semana passada, na véspera do jogo São Paulo e Fluminense, postei aqui falando sobre isso. Neste domingo, o tricolor carioca enfrentará o Palmeiras, e o debate ganha novo capítulo e força. O time de Luis Felipe Scolari, que já se considerava finalista da Sul-Americana, tinha o aval perfeito para escalar os reservas contra o Fluminense, que disputa o título com o Corinthians. Mas o plano foi por água abaixo.

Após a traumática eliminação na Copa Sul-Americana, para o Goiás, o diretor do futebol alviverde, Wlademir Pescarona, alimentou mais a polêmica. Quando perguntado sobre o jogo contra o Fluminense, disse que por ele “daria W.O.”. O atacante Kléber, que possui estreita relação com a Mancha Verde, pediu férias adiantadas. Muitos são os que consideram uma derrota contra o Flu como “favas contadas”, como diriam os portugueses.

Entretanto, a maior e realmente comprovada “ajuda” que o Palmeiras deu ao time das Laranjeiras veio no dia 18 de fevereiro de 2010, quando demitiu Muricy Ramalho, até então treinador da Academia de Futebol. No comando do Verdão o técnico liderou o Campeonato Brasileiro de 2009 por 19 rodadas, e conseguiu perder não somente o título, como até uma vaga para a Libertadores da América. Foi demitido durante o Campeonato Paulista de 2010, após uma derrota acachapante para o São Caetano, por 4 a 1, em pleno Palestra Itália. Dois meses e alguns dias depois assinava seu contrato com o Fluminense.

Como diz o velho ditado, “depois da tempestade vem a calmaria” e Muricy encontrou no Rio de Janeiro uma serenidade com a qual não estava acostumado. Com o temperamento controlado, um forte elenco montado com o dinheiro da Unimed, e com a experiência de um grande fracasso, Muricy estava pronto para retomar o caminho das vitórias. Caminho este que está sendo trilhado.

O “know-how” adquirido ao vivenciar as turbulências de sua passagem pelo Palestra Itália foi muito bem usado por ele no tricolor carioca, que balançou mas não tombou. A vaga para a Libertadores de 2011 já está garantida. O título, quase. E não há dúvidas de que, ganhando o Brasileirão (merecidamente), a torcida pó de arroz poderá falar com todas as letras: “obrigado Palmeiras”. “Obrigado por ter liberado o Muricy”. Esta sim foi a maior ajuda que o alviverde deu para o Fluminense na temporada.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Champions League: Em jogo tranquilo Barcelona vence Panathinaikos



Favoritíssimo para conquistar a vitória, o Barcelona foi até Atenas enfrentar o Panathinaikos, no Estádio OACA Spiros Louis. O time catalão apresentou sua posse de bola monstruosa, uma das maiores características do time. Na metade da primeira etapa, a posse de bola dos blaugranas era de 71%, no entanto o time de Pep Guardiola ainda não havia levado perigo ao gol adversário. A maior oportunidade de gol até então tinha saído dos pés de Cissé. O experiente francês arrancou pela direita, aproveitando contra-ataque, e bateu forte. Não fosse a belíssima defesa de Valdés, os gregos sairiam na frente.

O domínio foi traduzido em gol aos 27 minutos, quando Pedro aproveitou passe açucarado de Daniel Alves e chutou cruzado para marcar seu segundo gol na temporada 2010-2011 da Champions. A superioridade do Barça aumentou depois do gol, e as tentativas de contra-ataque do Panathinaikos não emplacavam. No final do primeiro tempo David Villa quase marcou um golaço, mas o goleiro Tzorvas fez grande intervenção.

A segunda etapa continuou igual à primeira. Aos 17, o gol que faltava, o gol “dele”. Messi aproveitou a jogada feita pela esquerda por Adriano, ex-Sevilla (que jogou muito bem), e marcou o seu. Com 2 a 0 no placar, o jogo passou a ser ditado em ritmo de treino, e de toque em toque, não tardou para o Barça fazer o terceiro. Desta vez o passe açucarado que deixou Pedro novamente de cara para o gol foi de Iniesta. O jovem atacante não desperdiçou.

O baile catalão despertou a ira da torcida local, que no início cantava a plenos pulmões para apoiar seu time. Após a lamentável cena na qual um imbecil invadiu o campo para fazer gestos obscenos, o árbitro da partida paralisou o jogo por alguns minutos, devido à animosidade da torcida grega.

Reiniciada a peleja, o Barcelona pareceu puxar o freio de mão, mas ainda sim, chegou perto de marcar o quarto gol. A partida terminou em 3 a 0, resultado que garantiu a classificação da equipe para a próxima fase da competição. O Panathinaikos, do brasileiro Gilberto Silva, ficou em último no grupo. Agora todas as atenções barcelonistas se voltam para o clássico contra o Real Madrid, na próxima segunda feira, pelo Campeonato Espanhol.

*De volta para o passado:

Há exatamente um ano atrás, o Barcelona venceu a Internazionale de Milão, futura campeã, e Pedro, que hoje (24/11/2010) marcou dois gols na vitória dos Culés sobre o Panathinaikos, fez um dos gols na vitória por 2 a 0 sobre os nerazzuri. O outro foi marcado por Piqué.

*Outras partidas:

Rubin Kazan 1 x 0 Copenhague
Rangers 0 x 1 Manchester United
Valencia 6 x 1 Bursaspor
Hapoel Tel Aviv 3 x 0 Benfica
Schalke 04 3 x 0 Lyon
Inter de Milão 1 x 0 Twente
Tottenham 3 x 0 Werder Bremen

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Champions League: Mais uma vitória magra do "boring" Milan



Pela Champions League, o Milan, líder do Campeonato Italiano, foi até o estádio Abbé-Deschamps enfrentar o Auxerre, último colocado do Grupo G. O time italiano não teve um início dos melhores, e levou sustos. Abbiati logo viu que teria de trabalhar. A equipe sentia a falta de um meio-campista mais habilidoso, criativo. Pirlo, contundido, não jogou. Ainda irritado com as badalações de Ronaldinho Gaúcho, o técnico Massimiliano Allegri deixou o camisa 80 no banco de reservas. Mesmo assim, a equipe melhorou e criou chances de gol, mas o primeiro tempo ficou no zero a zero.

Na segunda etapa, os times voltaram mais sonolentos e o jogo perdeu em emoção e técnica. O que salvou foi o gol, que finalmente apareceu. Com 20 minutos, Ibrahimovic marcou seu quarto tento em cinco jogos com a camisa do Milan, na Champions League. O sueco é, disparado, o melhor jogador rossonero na temporada, e vêm garantindo as (magras) vitórias que classificaram o time de Milão para a próxima fase da Champions. Ibra, vai sustentando também o time na ponta do Calcio. No final da partida, Allegri colocou Ronaldinho Gaúcho. O brasileiro aproveitou a chance e aos 44 balançou as redes, com um toque de categoria, e foi saudado por seus companheiros e torcida.

*De volta para o passado:

No dia 23/11/2005, há exatos cinco anos, o ucraniano Shevchenko se tornava o 5º jogador a marcar quatro gols em uma única partida pela Champions League. A marca veio na acachapante vitória por 4 a 0 sobre o Fenerbahçe, na casa do adversário. O camisa 7 voltava a atuar em solo turco após perder o pênalti que sacramentou a incrível derrota rossonera na final da Champions League 2004-2005 contra o Liverpool, em Istambul.

*Outras partidas:

Ajax 0 x 4 Real Madrid
Braga 2 x 0 Arsenal
Partizan 0 x 3 Shakhtar Donetsk
Spartak Moscou 0 x 3 Olympique
Chelsea 2 x 1 Zilina
Basel 1 x 0 Cluj
Roma 3 x 2 Bayern de Munique

domingo, 21 de novembro de 2010

BR-2010: Três cores, dois jogos e uma mão na taça



Não vou falar se o São Paulo entregou ou não. Durante a temporada inteira, o tricolor paulista não foi capaz de repetir a campanha dos últimos anos e não teve cacife para almejar algo maior no campeonato. Enquanto jogou com onze jogadores em campo foi digno, apesar de muito inferior ao Fluminense, que fez um de seus melhores jogos na temporada toda.

O tricolor carioca venceu por 4 a 1, mas poderia ter feito mais um, ou dois ou três. O primeiro veio aos 35, com o zagueirão Gum, sempre nas jogadas aéreas. Ao final do primeiro tempo, as duas torcidas cantavam felizes no estádio.

No segundo, Lucas Gaúcho descontou para o São Paulo, de letra, como já havia feito contra o Vasco, em São Januário. Vaiado pelos dois lados, Washington, novamente perdeu gols inacreditáveis. O Coração Valente foi substituído e, ironicamente ou não, com a entrada de Rodriguinho a máquina tricolor passou a funcionar a todo vapor. A superioridade ainda aumentou após as expulsões de Xandão e Richarlyson, assim como pareceu aumentar a baliza defendida por Rogério Ceni.

A liderança veio aos 29 minutos. Conca (sempre ele!) recebeu na área e bateu forte, sem chances para Rogério. Todos no estádio comemoraram o tento. Fred fez o terceiro aproveitando rebote do goleiro sãopaulino, e Conca,novamente, transformou a vitória em goleada. O Fluminense, como eu disse no último post, colocou a mão na taça do Brasileirão 2010.

VASCO e BOTAFOGO:

Apagão. Essa palavra descreve perfeitamente o primeiro tempo do Vasco no jogo contra o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Adicionando uma pitada de “falta de vontade” demonstra também a incrível derrota do Botafogo para o time reserva do Internacional, no Engenhão.

Em Minas Gerais o Vasco, que não luta por mais nada, conseguiu tomar três gols em três escanteios no primeiro tempo. O argentino Montillo acrescentou três assistências em seu caderninho. O primeiro gol foi aos 16 minutos. Roger, em um carrinho que pegou a bola de “bate-pronto”, estufou as redes de Fernando Prass, que não teve culpa em nenhum dos gols. O segundo foi no escanteio seguinte. Desta vez quem marcou foi Henrique. Edcarlos fez o terceiro.

O cruzmaltino não demonstrava nenhum poder de reação, mas ainda conseguiu diminuir ao final da primeira etapa. Renato Augusto (que não é o ex-flamenguista, que atualmente brilha no Bayer Leverkusen), acertou um belo chute, que foi aceito por Fábio. O segundo tempo foi morno, e a vitória celeste não foi ameaçada. Placar final Cruzeiro 3, Vasco 1.

No Engenhão a apatia apresentada pelo Botafogo foi incrível. O time, muito mal escalado por Joel Santana, conseguiu a façanha de perder para o time reserva do Inter. Com todo respeito aos jogadores da equipe gaúcha, mas um time que diz brigar por posições altas não pode engolir uma derrota destas.

O alvinegro se mostrou atrapalhado desde o início. A zaga batia cabeça, a saída de bola era insuportavelmente complicada e o meio de campo, completamente ausente. Mais uma vez Lúcio Flávio justificou as vaias que recebe, e recebeu. Apesar do primeiro tempo apático, foi o Glorioso quem teve as melhores chances, e elas vieram (acredite se quiser) dos pés de Fahel.

Para a segunda etapa, Joel desfez um de seus erros. Sacou Túlio Souza para colocar Jóbson. Depois tirou o maior equívoco da temporada, seu camisa 10. Aos 20, a surpresa que se anunciava: após falha de Leandro Guerreiro (mais uma)e Márcio Rosário, Andrezinho chutou forte no canto direito de Jéfferson e abriu o placar, 1 a 0. Aos 29 minutos Rafael Sóbis fez o segundo. A incredulidade foi completa, e a tentativa de recuperação, tardia. Aos 30 Antônio Carlos, impedido, descontou. O time de General Severiano tentou e ainda perdeu mais oportunidades. Perdeu também o jogo e, praticamente, a chance de chegar à quarta colocação, que neste ano dá o direito de torcer para uma classificação na Copa Libertadores.

FLAMENGO:

O jogo foi encarado como decisão pelo rubro-negro, que se não ganhasse do Guarani teria as possibilidades de rebaixamento aumentadas assustadoramente.

O início do clube da Gávea foi melhor do que o torcedor havia imaginado. Aos 2 minutos, Renato abriu o placar em um golaço de falta, sem chances para o goleiro. O Flamengo seguiu partindo para cima, mas a frágil defesa assustava a torcida. Aos 12 minutos o Bugre chegou o empate com Baiano, que aproveitou mais uma falha de Marcelo Lomba.

Sentindo uma lesão, Deivid foi substituído ainda no primeiro tempo por Diego Maurício. A alteração foi crucial no desenrolar do jogo, que seguia fraco tecnicamente. As chances de gol eram sempre nas bolas paradas. Inspirado com o golaço que fizera no início do cotejo, Renato voltou a cobrar faltas, nenhuma morreu dentro das redes.

O desempate veio com Diego Maurício, revelação rubro-negra no campeonato. O “Drogbinha” aproveitou a sobra de uma intervenção equivocada feita pelo zagueiro do time de Campinas, ao tentar desarmar Diogo, invadiu a área pela direita e chutou forte, contando com uma ajudinha do goleiro. Alívio e alegria nas arquibancadas do Engenhão.

Na frente, o Flamengo voltou para o segundo tempo menos agressivo, mas demonstrava vontade. O jogo continuava nervoso, pois o Guarani também estava jogando sua sobrevivência. Kléberson, atuando como meia, mais uma vez irritou os torcedores com sua falta de atenção. Petkovic entrou em campo, mas não fez diferença no placar, que terminou em 2 a 1. Com a vitória, o time da Gávea afastou praticamente qualquer chance de rebaixamento.

*De volta para o passado:

Pela 36ª rodada do BR-2009, uma situação inusitada. Flamenguistas torciam fervorosamente pelo Botafogo, que jogava sua vida contra o São Paulo no Engenhão. E o alvinegro fez por onde e, de maneira emocionante venceu o postulante ao título. Jóbson sbriu o placar com um golaço. No fim do primeiro tempo Washington empatou e no início do segundo Jorge Wágner virou para os sãopaulinos. O Botafogofez 2 a 2 com Renato e virou na última jogada, com Jóbson.

O Flamengo recebeu o Goiás no Maracanã e decepcionou sua torcida e empatou em zero a zero. Muito se falou sobre o São Paulo ter oferecido uma "mala branca" para os goianos, ma nós próximos posts veremos que não foi bem assim.

Com gols de Zé Antônio, Fred e Conca, o Fluminense venceu o Sport por 3 a 0 na Ilha do Retiro. O tricolor chegou a sentir o gostinho de sair da zona de rebaixamento por alguns instantes, mas ao final da rodada voltou a ocupar a 17ª colocação.

Pela Série-B,o Vasco já estava garantido na primeira divisão. Para comemorar, o Gigante da Colina jogou no Maracanã usando uma camisa especial, com uma faixa vertical em dourado. Com esta nova roupagem o cruzmaltino enfrentou o América de Natal, com a casa cheia e venceu por 2 a 1, confirmando o título da divisão de acesso. O primeiro gol foi de Lúcio, do time potiguar, Élton e Alex Teixeira marcaram para o Vasco.

sábado, 20 de novembro de 2010

Entregar ou não, eis a questão



A 36ª rodada do Campeonato Brasileiro será, na minha opinião, a decisiva para conhecermos o clube que será o próximo campeão brasileiro. O Corinthians é o líder da peleja, seguido de perto pelo Fluminense. O Cruzeiro ainda possui chances, mas depende do vacilo das duas equipes, o que acredito ser muito difícil.

Após o empate, com gosto de derrota para o Goiás, na última rodada, muitos foram os tricolores que se mostraram desanimados. Mas como já disse algumas vezes aqui no blog, ainda acredito que o tricolor carioca vai levantar o caneco, após 26 anos.

Às 17h deste domingo, o Corinthians viaja para Salvador, para enfrentar o ameaçado Vitória. Teoricamente será o jogo mais difícil do Timão nestas últimas três rodadas (Vitória, Vasco e Goiás). O Fluminense enfrentará na Arena Barueri o São Paulo, já que o Morumbi será a casa do ex-Beatle e torcedor do Everton, Paul McCartney.

A grande polêmica da rodada é a questão: “entrega ou não entrega?”, que já foi muito discutida na última temporada. Os torcedores são-paulinos obviamente não desejam ver o Corinthians campeão e diversas campanhas circulam na internet pedindo que o time do Morumbi dê a vitória ao tricolor vizinho.

Se isso acontecerá ou não, ninguém sabe. Eu não acredito. Não acredito que um jogador consiga interpretar tão bem a ponto de fingir desejar algo que não quer. Acredito, sim, na falta de motivação para o jogo. Isso sim pode ser decisivo na partida, e a favor do Fluminense.

Caso vença a partida na Arena Barueri, e conte com um tropeço do time de Ronaldo, Roberto Carlos e Cia, o Flu já poderá encomendar as caixas de cerveja para comemorar a conquista do Brasileirão. Talvez mesmo se o Corinthians conquistar a vitória, o Flu ainda possa o fazer, pois os dois jogos restantes serão mais fáceis (Palmeiras com um time misto e um Guarani que pode já estar rebaixado), mas tem de ganhar no domingo.

*De volta para o passado:

O debate “entregar ou não, eis a questão” é muito antigo, e rendeu muitas histórias para o futebol. Uma das muitas que aconteceram, foi no Campeonato Carioca de 1931, vencido pelo América. Na peleja, que teria como campeão o clube que somasse mais pontos, América e Vasco disputavam ponto a ponto a posse do caneco. A decisão ficou para o dia 20 de dezembro. O time rubro precisava de uma vitória sobre o Bonsucesso e de uma derrota do cruzmaltino, que enfrentaria o Botafogo.

O diretor Armando Martins, do América, disse aos jornais que o alvinegro iria “entregar o jogo”. Com dois gols de Carola e um de Alemão, os americanos fizeram sua parte e venceram o Bonsucesso por 3 a 1, na Rua Campos Sales e ficou recebendo por telefone as notícias do jogo entre os alvinegros cariocas. A vitória por 3 a 0 do Botafogo garantiu ao América seu quinto título carioca, e mostrou que, pelo menos naquele ano, a polêmica de entregar ou não a partida era balela.



O time que venceu o Bonsucesso foi escalado desta forma: Sílvio Pacheco, Lázaro e Hildegardo; Hermógenes, Nevecínio e Mário Pinto; Gilberto, Almeida, Carola, Telê e Miro.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Divina saudade



Muito já se falou sobre a divindade que alguns jogadores acabam conquistando ao longo de sua carreira. Aqui no blog já falei sobre três deles. Pelé, Garrincha e Maradona, simplesmente. O futebol, por ser um esporte de massa sempre tem e terá jogadores que, quando jogam, são capazes de fazer até o mais cético admirador acreditar que alguma coisa superior dita o ritmo, e o movimento que um craque faz nos gramados.

Uma dessas primeiras divindades do futebol brasileiro foi Domingos Antônio da Guia, que se estivesse vivo faria 98 anos hoje. Domingos foi um dos maiores zagueiros da história do nosso futebol. Sua audácia em sair driblando os atacantes adversários, após retomar a posse de bola, era uma de suas marcas registradas. A habilidade era tanta que até mesmo Heleno de Freitas, conhecido por sua "animosidade" em campo, se rendeu aos talentos do defensor, após ser driblado de forma categórica.

Revelado pelo Bangu, jogou de 1929 até 1932 e depois, de 1948 até 1949, quando pendurou as chuteiras. Domingos possui uma ligação tão forte com o clube alvirubro, que foi eternizado no hino do Banguzão.


”O Bangu tem também a sua história,
Sua glória,
Enchendo seus fãs de alegria!
De lá, pra cá,
Surgiu
Domingos da Guia.”


Jogou ainda no Vasco, onde foi campeão carioca em 1934, e no Flamengo, onde colecionou seu maior número de título (foram três conquistas estaduais, em 39, 42 e 43). A lista de títulos não respeitou fronteiras, numa época em que o êxodo de jogadores era infinitamente menor do que atualmente. O “Divino”, como ficou conhecido, foi campeão nacional no Uruguai (1933) e na Argentina (1935), jogando pelo Nacional e pelo Boca Juniors respectivamente. Também atuou pelo Corinthians.

Vestindo a então camisa branca da CBD, foi um dos responsáveis pela primeira grande participação da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, em 1938, quando o Brasil ficou na terceira colocação no Mundial da França. Ainda pelo Brasil, conquistou duas Copas Rio-Branco(31-32) e uma Copa Roca (45).

Irmão de Ladislau da Guia, maior artilheiro da história do Bangu Atlético Clube, e
pai de Ademir da Guia, maior ídolo do Palmeiras, para Obdúlio Varella (capitão da seleção uruguaia no Maracanazzo e um dos maiores defensores da história do futebol mundial) o Divino foi um dos melhores jogadores da história de nosso futebol: “Campeão lá (Brasil), aqui (Uruguai) e na Argentina”. Domingos da Guia faleceu no dia 18 de maio de 2000.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Fluminense só empata com o Goiás e perde a liderança



O tricolor enfrentou o desesperado Goiás, em um Engenhão cheio de torcedores confiantes em um bom resultado. O time das Laranjeiras contava com a volta de Fred e Deco à equipe.

Desde o primeiro tempo o jogo foi muito brigado, cheio de emoção. O Fluminense começou melhor na partida, mas de contra-ataque em contra-ataque, o Goiás cresceu e chegou ao gol, aos 19 minutos, em cabeçada de Rafael Moura, outrora tricolor.

Atrás no placar, os tricolores partiram para cima, porém a posse de bola não se traduziu em gols. Aos 39 do primeiro tempo, o Flu quase chegou ao empate após troca de passes. Antes Deco havia tentado de fora da área, depois de jogada individual. O meia português mostrou vontade, assim como o time todo,mas isso não basta, a torcida esperava mais. O time goiano lutou e aproveitou a chance que teve.

Na segunda etapa, Muricy Ramalho fez duas alterações. Sacou Deco e Tartá para lançar Diguinho e Washington. Com a mudança, Carlinhos e Mariano passaram a trabalhar mais, porém as bolas alçadas na área eram sempre rebatidas pela zaga esmeraldina. O Flu dominava completamente a partida. Em dez minutos foram cinco chances de gol, que pararam nas mãos de Harlei.

O único vacilo da zaga goiana foi fatal. Aos 38 do segundo tempo Ernando derrubou Rodriguinho na área, um pênalti infantil. Conca bateu no meio e empatou. A superioridade do time carioca ainda era grande, mas quem assustou por último foi o esmeraldino, com Felipe. Com o péssimo resultado, o Fluminense cai para a segunda posição, um ponto atrás do Corinthians, que venceu –de forma polêmica- o Cruzeiro no dia anterior.

VASCO:

Graças a Deus, para quem gosta de futebol, o jogo entre Vasco e São Paulo, realizado em São Januário, foi infinitamente melhor do que o cotejo que vimos no primeiro turno entre as equipes. Com um primeiro tempo muito movimentado, foram os goleiros quem mais apareceram. Fernando Prass e Rogério Ceni demonstraram que o gol sairia somente em jogadas de extremo talento individual.

Apesar de não ter mais grandes pretensões no Brasileirão, o cruzmaltino seguia com sede de vitória e o jogo continuou “cá e lá”. Aos 15 minutos do segundo tempo, Éder Luís, que perdera um gol embaixo das traves na primeira etapa, chutou de fora da área e marcou um golaço. Rogério Ceni não pôde fazer absolutamente nada.

A resposta são-paulina veio dez minutos depois. Aproveitando passe de Jean, em jogada pela ponta direita, Lucas Gaúcho empatou também com um golaço. A jovem revelação tocou de letra para o fundo das redes de Fernando Prass. Foi o 16º empate do Vasco, que iguala a marca do Flamengo.

FLAMENGO:

Na Arena do Jacaré, o confronto da agonia. O jogo que nos anos 80 decidiu títulos e no ano passado valeu pontos na parte de cima da tabela, neste Brasileirão colocou em frente duas camisas que, na temporada, só decepcionaram seus torcedores: Atlético-MG e Flamengo.

Era a volta de Luxemburgo à Minas Gerais, após sua passagem desastrosa pelo Galo mineiro. O treinador teve uma recepção nada amigável por parte da torcida, que também tem o rubro-negro como o principal rival, além do Cruzeiro.

O Flamengo começou melhor na partida, com mais posse de bola. Mas, a partir da metade do primeiro tempo, empurrado por sua fanática torcida, o Galo cresceu no jogo. Aos 35, Obina aproveitou rebote de Marcelo Lomba (mais uma falha do goleiro) e abriu o placar. O atacante, ex-xodó rubro-negro, não comemorou. No final do primeiro tempo, Renan Oliveira ampliou para o Atlético, em uma jogada na qual Lomba saiu afobadamente do gol.

Na volta para os 45 minutos finais Luxemburgo resolveu mexer no time, principalmente no ataque, que foi completamente ineficiente. Val Baiano entrou no lugar de Diego Maurício. O time mineiro agora ficava no contra-ataque, e estava mais próximo de marcar o terceiro. Aos 23, a superioridade do alvinegro de BH se traduziu em gol. Diego Tardelli fez o seu e deu mais tranquilidade ao jogo. Logo depois Renan Oliveira, de novo, estufou as redes e transformou a vitória em “chocolate”, 4 a 0.

O Flamengo ainda marcou um gol de honra, com Marquinhos, mas ao final do cotejo pasosu a ver que a ameaça do rebaixamento realmente existe, apesar de ser difícil. Em tom de ironia, a torcida atleticana terminou o jogo gritando o nome de Vanderlei Luxemburgo que pela primeira vez no Campeonato Brasileiro conseguiu dar uma alegria à sua antiga equipe.

BOTAFOGO:

O primeiro tempo do jogo entre Botafogo e Ceará foi trágico para o alvinegro carioca. O gol marcado por Loco Abreu, que deu momentaneamente a vantagem ao Glorioso só escondeu o que acontecia em campo. O Botafogo marcou mal o tempo todo, sempre dando espaços para o Vozão, e se não fosse Jefferson ao coisa poderia ter sido pior.

O Ceará chegou ao empate, e virou o jogo em 12 minutos. No primeiro gol, Magno Alves aproveitou uma falha bizarra de Leandro Guerreiro e, cara a cara com o goleiro, igualou o marcador. A virada veio em um golaço de Geraldo. O camisa 10 cearense aproveitou o espaço que a zaga do time de Joel Santana deu durante toda a primeira etapa e acertou um petardo no ângulo esquerdo de Jefferson, que nada pôde fazer. Ainda no final, o time de General Severiano ainda perdeu uma oportunidade, nos pés de Túlio Souza.

O segundo tempo começou e nos apresentou o segundo responsável pela não-vitória do Botafogo, Joel Santana. O treinador, que faz um grande trabalho com o alvinegro, não mudou o time em relação ao que jogou o primeiro tempo. Quando decidiu colocar, finalmente, Caio e Renato Cajá, Abreu empatou a partida em um belo gol. O chamado “Talismã” entrou no lugar de Túlio Souza. Renato Cajá entrou somente aos 30 minutos, e como não é nenhum craque nada pôde fazer, apesar de melhorar muito a movimentação do time. O empate, em 2 a 2, foi o 17º do Botafogo no Brasileirão, e ficou na conta de Leandro Guerreiro e de Joel Santana, que não mostrou nenhuma ganância em obter a vitória. O time da Estrela Solitária não merece sequer uma vaga na Libertadores com a postura que vêm apresentando.

* De volta para o passado:

Pela 35ª rodada do BR-2009, o Botafogo levou uma sova do então Grêmio Barueri, em São Paulo. O alvinegro perdeu por 3 a 0 da equipe paulista e viu a ameaça de rebaixamento crescer de forma assombrosa. Os três gols foram marcados por Val Baiano.

No Estádio dos Aflitos, o Flamengo venceu um moribundo Náutico e assumiu a vice-liderança do campeonato. Os gols foram marcados por Petkovic e Adriano, ainda no primeiro tempo.

Com a esperança de não cair cada vez maior, o Fluminense, que agora era o primeiro time que abria a zona do rebaixamento, venceu o Atlético Paranaense, por 2 a 1, no Maracanã. Os gols foram de Fred e Maicon. Marcelo diminuiu para os paranaenses.

De passaporte garantido para a Série-A, o Vasco agora queria o título da segunda divisão. O cruzmaltino foi até Campina Grande (PB), onde venceu por 1 a 0 o Campinense. Quem balançou as redes foi Élton.

Clássicos europeus: Milan vence o Derby della Madonnina e continua na ponta do Calcio



A cidade de Milão é um dos locais onde o cristianismo é mais forte. Um dos principais pontos turísticos da cidade é a Catedral de Milão, ou Duomo di Milano, na língua local. No Duomo encontra-se uma pequena estátua de Maria, mãe de Jesus Cristo. É a chamada Madonnina. Além de possuir beleza singular, a estátua dá nome a um dos maiores clássicos do futebol mundial: Internazionale x Milan, o Derby della Madonnina.

As duas principais equipes milanesas se encontraram hoje, pela 12ª rodada do Campeonato Italiano. Como era de se esperar, o jogo foi tenso. Caso perdesse, a Inter ficaria a seis pontos da liderança, o que não acontece desde o “calciocaos”- escândalo de manipulação das escalas de arbitragem que resultou no rebaixamento da Juventus à segunda divisão. Foi o que aconteceu . Aos 4 minutos, após bela arrancada, Ibrahimovic foi calçado na área. Pênalti. O ex-ídolo interista bateu, e converteu, o tento que garantiu a vitória rossonera que teve em sua zaga, na figura de Thiago Silva, a segurança para segurar o placar e, com o resultado, retomar à ponta do campeonato.

Na segunda etapa os ânimos se exaltaram ainda mais. Abate foi expulso após confusão com Pandev. A rivalidade histórica mostrava sua cara e os nerazzuri se lançavam loucamente ao ataque. Após forte dividida com Ibrahimovic, Matterazzi saiu de campo contundido. A Inter pressionava, mas o time sente muito a falta de José Mourinho no banco.

Com o final da partida, o Milan retoma a liderança do Campeonato Italiano e o treinador Massiminiano Allegri ganha mais tranquilidade para seguir seu trabalho. O mesmo não acontece com Rafael Benítez que, segue contestadíssimo e com o cargo ameaçado.A imprensa italiana diz que a chance final de Benítez será o Mundial de Clubes, em dezembro. É este o tempo que o espanhol terá para, ao menos, preencher um pouco da lacuna deixada por Mourinho no coração dos torcedores, e na postura da Internazionale em campo.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Clássicos regionais marcam a 12ª rodada da Premier League



Dois derbys e duas situações diferentes na Inglaterra. Em Manchester, o clássico local, entre o poderoso Manchester United e o “novo rico” Manchester City. Em Londres o “antigo pobre” Chelsea enfrentou o esforçado Fulham.

No clássico entre Red Devils e Citizens, muito espetáculo na entrada dos times e pouca emoção na partida. Os Skyblues começaram melhor, mas após 15 minutos de partida já levavam um sufoco do United, embora pressão exercida pelo time de Alex Ferguson não tenha resultado em nada.

O segundo tempo passou sem que a história mudasse. Somente no Final, o City assustou mais, porém o jogo entre os rivais terminou sem gols. Aliás a rivalidade aumentou desde que o xeque Mansur passou a investir quantias milionárias no clube que antes era considerado o "primo pobre de Manchester". Um bom exemplo disso foi o caso Wayne Rooney que, ao dizer publicamente que não pretendia continuar no United, alimentou especulações sobre uma transferência para o rival da cidade, e chegou a ser ameaçado de morte por seus torcedores. “Vá para o City e será um homem morto”, pixaram os hooligans sobre uma imagem do camisa 10(que acabou renovando com o clube), em Manchester. Desde que foi comprado pelo xeque, o City só venceu o United em uma ocasião, pela Copa da Liga Inglesa em janeiro deste ano, por 2 a 1.

Em Londres, um quadro diferente. O Fulham foi o principal rival do Chelsea durante um bom tempo. O Stamford Bridge, estádio dos Blues e palco do jogo válido pela 12ª rodada da Premier League 2010, fica localizado justamente em Fulham, distrito vizinho ao distrito de...Chelsea! Neste caso o inimigo não mora ao lado, mora também em sua casa! Mas a rivalidade é cada vez mais desdenhada pelo Chelsea, que desde que passou a receber o dinheiro de Roman Abramovich, comprou rivais “melhores” como Arsenal, e até Tottenham (embora estes de certa forma não considerem o jogo contra os Blues como um grande clássico, ainda).

Falando da partida,o Chelsea venceu, como era de se esperar. A equipe de Carlo Ancelotti conquistou mais três pontos e segue na ponta do campeonato, com quatro pontos de vantagem sobre o Manchester United. A vitória foi conquistada com um gol de Essien, aos 30 minutos do primeiro tempo. O excelente volante de Gana, posteriormente, foi expulso no final do jogo ao levar o segundo cartão amarelo.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Rodada de clássicos também no futebol europeu



Há algumas semanas atrás, o Feyenoord levou uma sova do PSV no Campeonato Holandês. O time que já brilhou na Europa, nos anos 70, ao lado do Ajax, e junto com o clube de Amsterdã foi base da seleção que encantou o mundo nas Copas de 74 e 78, perdeu de 10 a 0 para o alvi-rubro de Eindhoven.

Neste fim de semana, a rodada do futebol europeu, assim como no Brasileirão, foi repleta de clássicos. E a exemplo do que aconteceu na Holanda, alguns terminaram em goleada histórica, caso do derby português, outros foram vitórias apertadas e, lógico, outros tiveram muita polêmica e reclamação.

Na Península Ibérica, Porto e Benfica se enfrentaram em Portugal. Os Dragões arrasaram o time encarnado, e venceram impiedosamente por 5 a 0, maior goleada da história dos confrontos. Era o duelo entre líder e vice-líder, e com a vitória o time comandado pelo brasileiro Hulk, no ataque, abriu uma incrível vantagem de dez pontos de diferença para o maior rival, no Campeonato Português. O primeiro gol foi marcado por Silvestre Varela. Falcão Garcia fez mais dois (um de letra) ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, Hulk deu números finais a partida ao marcar dois gols.

Em Madrid, confronto entre blancos e rojiblancos no Santiago Bernabéu. O derby entre Real e Atlético de Madrid era considerado pela imprensa espanhola o “jogo de verdade”, o primeiro grande teste dos merengues na Liga Espanhola. E o Real Madrid de Mourinho mostrou sua força. A equipe venceu o Atlético por 2 a 0, gols de Ricardo Carvalho e Ozil. Desde 1999 que o Real não perde para o Atlético de Madrid em seu estádio.

Na França, a equipe da capital, o Paris Saint-Germain, enfrentou o Olympique de Marseille, no clássico mais tradicional da França. Infelizmente, por questões de segurança, os torcedores do Olympique não puderam acompanhar a partida no estádio. Pelo menos eles deixaram de presenciar a derrota de seu time. Erdinc e Hoarau abriram 2 a 0 para a equipe parisiense. Ainda no primeiro tempo o argentino Lucho Gonzalez diminuiu para os Marseillais, mas a reação terminou por aí. Com o resultado, 2 a 1, o Paris SG chegou à terceira colocação. O Olympique está logo atrás.

Na velha bota, Roma e Lazio fizeram o “clássico della capitale”. Os biancocelesti vinham embalados na liderança, enquanto os giallorossi buscavam a recuperação no Calcio. Hernanes, principal nome da Lazio, jogou bem durante o primeiro tempo, mas foi substituído no segundo. A Roma abriu o placar de pênalti, convertido por Borriello. No final da partida, Júlio Baptista foi derrubado dentro da área e Vucinic deu números finais à partida, 2 a 0. Ao final do cotejo muito jogadores da Lazio, que continua na liderança, reclamaram da arbitragem.

Fim de semana que vem os clássicos continuam no velho mundo.

domingo, 7 de novembro de 2010

BR-2010:Fluminense segue na liderança após vencer o Vasco



Um clássico se vence nos detalhes, e não foi diferente o que aconteceu no Engenhão na partida entre Fluminense e Vasco. A primeira oportunidade do jogo foi do cruzmaltino, no primeiro lance do jogo, mas Nunes desperdiçou. Logo em seguida, aos 3 minutos, Tartá abriu o placar para o tricolor carioca, aproveitando rebote de Fernando Prass. Desde o dia 2 de outubro um atacante não marcava pelo Flu. Apesar do gol, Tartá não jogou bem.

O Fluminense foi melhor durante todo o primeiro tempo, sendo ameaçado pelo Vasco poucas vezes antes do apito do juiz. Na segunda etapa, muitas chances ainda foram desperdiçadas, por ambos os lados. O Vasco, comandado por Felipe, melhorou sua postura em campo, e o Fluminense apostou nos contra-ataques.

Muito nervoso dentro e fora do campo, sob os berros de PC Gusmão, o Gigante da Colina chegou perto do gol diversas vezes, na principal delas Nunes não teve sorte e acertou a trave de Ricardo Berna, após receber belo passe de Fágner. O goleiro tricolor, pelo segundo jogo seguido, foi muito bem. O Fluminense respondeu em um contra ataque puxado por Conca, que fazia uma partida discreta, e mal finalizado por Washington. O torcedor pó de arroz cornetou a chance perdida pelo atrapalhado atacante e já deve ter esquecido quando foi a última vez que viu o camisa 99 balançar as redes.

BOTAFOGO:

O alvinegro foi à Florianópolis enfrentar o ameaçado Avaí, no Estádio da Ressacada. A torcida do Leão contagiou os jogadores, e o Avaí dificultou a saída de bola do Botafogo, que encontrou muitas dificuldades para criar jogadas. Apesar da marcação forte, o time da casa não conseguia furar a barreira defensiva montada por Joel Santana.

O jogo seguiu muito disputado, mas faltava técnica. Jóbson, uma das esperanças de dribles e gols da torcida botafoguense estava mal, e Lúcio Flávio se escondia no jogo. Ainda sim, foi o Fogão quem teve mais chances de marcar, com Loco Abreu. Quando o primeiro tempo acabou, os jogadores já sabiam que Corinthians e Cruzeiro estavam ganhando seus jogos.

O time que voltou dos vestiários era o mesmo. As primeiras mudanças de Joel só aconteceram com 17 minutos, quando finalmente sacou seu camisa 10 para colocar Renato Cajá, que deu mais velocidade e ocupou melhor o setor. Cajá, com dois belos passes, deixou Jóbson na cara do gol em duas oportunidades. Em uma delas o erro foi disfarçado pelo impedimento assinalado, na outra o atacante mostrou que não estava em um bom dia (estava impedido novamente, mas o juiz não marcou) e desperdiçou.

O fiel da balança no 16º empate do Glorioso acabou sendo a bela defesa de Jéfferson no final do jogo. Com 55 pontos o time segue na quarta posição, mas os líderes aceleraram, acabando com o sonho do título.

FLAMENGO:

Por causa do clássico no Engenhão, o Flamengo mandou o jogo contra o Atlético Paranaense para o Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. O jogo marcou a estréia de Negueba, meio-campista da base que foi lançado ao time titular por Luxemburgo. O técnico, aliás, não havia perdido nenhum jogo desde que voltou à Gávea, mas a escrita mostrou que estava destinada a cair quando Maldonado derrubou Nieto na área. O pênalti foi convertido por Paulo Baier aos 39 do primeiro tempo, 1 a 0 Atlético.

No segundo tempo a partida continuou muito feia, e o Flamengo seguia errando quase tudo que tentava fazer. Deivid não fez absolutamente nada em campo e foi substituído por Diego Maurício, o “Drogbinha”. A substituição melhorou o ataque, mas a defesa atleticana resistiu às investidas do Fla. Ao final do jogo, a torcida que apoiou e aguentou durante 90 minutos um time jogando de forma patética mostrou seu descontentamento nas vaias.

*De volta para o passado:

Pela 34ª rodada do BR-2009, o Fluminense recebeu o Palmeiras no Maracanã. O tricolor mostrou sua força e venceu o Verdão por 1 a 0, gol de Fred, mas o resultado ainsa não tirava a equipe da zona da degola. O Palmeiras era treinado por Muricy Ramalho.

No Mineirão, o Flamengo bateu o Atlético Mineiro por 3 a 1, com direito a gol olímpico de Petkovic (o goleiro uruguaio Carini ajudou. Com o resultado, o rubro-negro ultrapassou o próprio Atlético, e assumiu a terceira colocação, dois pontos atrás do líder, que era o São Paulo. Os gols do Fla foram marcados por Petkovic, Maldonado e Adriano. Ricardinho descontou para os mineiros.

No Engenhão, o Botafogo venceu o Coritiba por 2 a 0. Foi nessa partida que Jóbson fez o exame de doping que flagraria o uso de cocaína por parte do jogador alvinegro. os gols foram marcados por Renato, e Lúcio Flávio.

Na Série-B, o Vasco garantiu no Maracanã sua volta à Série-A após vencer o Juventude por 2 a 1. Com um Maracanã lotado de torcedores cruzmaltinos (81.904 presenciaram o retorno) a equipe do técnico Dorival Júnior teve um motivo a mais para correr e se emocionar. Os gols foram de Adriano e Carlos Alberto (Vasco) e Irineu (Juventude).

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

BR-2010: Vasco vence de virada e espanta fantasma do rebaixamento



O Vasco enfrentou ontem, em São Januário, o Grêmio Prudente. Jogo fácil, por se tratar do lanterna do Campeonato Brasileiro, certo? Nem tanto. Logo no início da partida, o time visitante foi apimentando o jogo e, aos nove minutos, Adriano Pimenta abriu o placar para o Prudente, surpreendendo a todos os 4.189 que estavam no estádio da Colina.

O técnico PC Gusmão, que passou a ser contestado pela diretoria, tirou Rafael Carioca e colocou Rafael Coelho. A vitória daria ao Vasco a tranquilidade de trabalhar os últimos jogos sem nenhuma possibilidade de rebaixamento. Mas para virar o jogo e conquistar os três pontos, o Gigante da Colina precisava barrar a pressão feita pelo time prudentino, e para isso precisava colocar a cabeça no lugar.

E foi exatamente com a cabeça que o Vasco chegou ao empate. Aos 29 minutos, Felipe levantou bola na área e Rômulo se antecipou ao goleiro Sidney, desviando de cabeça e deixando tudo igual. Logo depois, aos 31, Rômulo, novamente de cabeça, mandou a bola para o fundo das redes, virando o placar e deixando a torcida e o técnico cruzmaltino aliviados.

No segundo tempo o Vasco foi mais cauteloso, Rafael Coelho foi substituído por Fumagalli, e o time de PC Gusmão passou a apostar nos contra-ataques. O jogo seguiu sonolento até o final, e o Vasco teve ainda duas oportunidades de ampliar o placar: a primeira em falta cobrada por Jumar, e a segunda em chute de Jonathan. Com 45 pontos, o Vasco se livrou do fantasma do rebaixamento, mas a torcida quer comemorar vôos mais altos.

Na quarta-feira, dia 3, o Botafogo recebeu o Atlético Goianiense no Engenhão. Cerca de 20 mil torcedores deram o seu jeito para prestigiar o time de Joel Santana, apesar do péssimo horário escolhido para o jogo. Sem poder contar com seus laterais titulares, Joel escalou Somália na esquerda e Caio na ala-direita. O time começou o jogo com uma pegada forte, mas não criava muito perigo contra a meta adversária. Lúcio Flávio, como de praxe, não se movimentava e se escondia do jogo, e com o primeiro tempo chegando ao final a torcida via que mudanças seriam necessárias. Porém, antes que o juiz apitasse o fim dos primeiros 45 minutos, Marcelo Mattos alçou bola na área e Caio, que não marcava pelo Glorioso desde a semi-final da Taça Rio na vitória contra o Fluminense, finalmente deixou sua marca no Campeonato Brasileiro.

Quando o alvinegro retornou dos vestiários a tranquilidade aumentou. Aos dois minutos Jóbson ampliou o placar, acertando um forte chute no fundo das redes do goleiro Márcio. O time goiano já estava batido, o Botafogo controlava o jogo. Aos 19 minutos, Loco Abreu aumentou o placar em gol de pênalti, sofrido por Lúcio Flávio. Era uma vitória tranquila até demais.

No restante da partida, o time relaxou, e aos 35, Juninho aproveitou duas falhas de Leandro Guerreiro para diminuir o placar. Robston ainda fez o segundo do Atlético, aos 45, mas a reação já era impossível. Com a vitória o Botafogo se manteve no quarto lugar, mas a distância em relação aos líderes diminuiu, e o Glorioso ainda segue com chances de conquistar o tão sonhado título.

No mesmo horário, o Fluminense enfrentou o Internacional, no Beira-Rio. Devido à disputa do Mundial de Clubes, em dezembro, muita gente apostava que o colorado não entraria com força máxima ou com a concentração e garra necessárias, deixando a tarefa do tricolor carioca mais fácil. Não foi bem assim.

O Fluminense só não saiu derrotado de Porto Alegre porque finalmente contou com uma atuação boa de um de seus goleiros. Ricardo Berna salvou o time das Laranjeiras em diversas vezes, muitas delas contando também com a sorte, e deu ao torcedor tricolor uma coisa que faltava há tempos: tranquilidade na baliza.

Apesar da pressão feita pelo Inter, o Flu também teve suas chances no jogo, e o resultado no final das contas não foi ruim. Principalmente porque o Cruzeiro não aproveitou a chance de voltar à liderança (o time mineiro perdeu em casa para o São Paulo), que ainda está nas mãos do clube Pó de Arroz.

Às 21h30, o Flamengo enfrentou o Ceará, no Castelão. Contando com grande apoio de sua torcida cearense, o rubro-negro ficou na frente do placar em duas oportunidades. A primeira logo aos dois minutos, quando Welinton aproveitou a falha do goleiro Michel Alves e empurrou a bola para dentro do gol. A segunda após bela cabeçada de Ronaldo Angelim, aos 22 da segunda etapa. O Ceará chegou ao empate duas vezes, as duas contando com o faro de gol de Magno Alves (aos 27 do primeiro tempo e 36 do segundo), que aproveitou duas falhas do goleiro Marcelo Lomba.

Com a igualdade, o Flamengo é agora o time que mais empatou no campeonato, 16 vezes, e ainda é obrigado a conviver com o fantasma do rebaixamento que, embora esteja distante do clube carioca, não deixa de ser prejudicial para a moral e o psicológico do time.

*De volta para o passado:

Pela 33ª rodada do BR-2009 o Flamengo venceu o Santos no Maracanã por 1 a 0. O gol foi marcado por Adriano,aos 6 do primeiro tempo, de cabeça. Mas o herói do jogo foi o goleiro Bruno, que hoje está preso. O antigo camisa 1 defendeu duas penalidades batida por Paulo Henrique Ganso. Com o resultado, o rubro-negro entrava no G-4, mas tinha que torcer por tropeços de Cruzeiro, Inter e Atlético-MG. E os resultados ajudaram, como veremos a seguir.

No Beira-Rio, o ameaçadíssimo Botafogo conquistou uma vitória importantíssima para se livrar do rebaixamento. O time venceu por 1 a 0, graças a um golaço de falta de Juninho (uma das cobranças mais bonitas do campeonato) e as defesas do goleiro Jéfferson. Com o resultado, o alvinegro chegava a 38 pontos e ficava fora da zona da degola.

O quase-morto Fluminense teve sua maior prova de vida, ao vencer de virada o Cruzeiro no Mineirão. Foi a vitória que mostrou que o time teria a capacidade de reação para sair do fundo da tabela. O Cruzeiro começou que nem um trator, e terminou o primeiro tempo vencendo por 2 a 0 (gols de Jonathan e Wellington Paulista). Isso porque Wellington Paulista ainda perdeu um pênalti, que parecia não fazer falta. Logo no início do jogo, Gum diminuiu, e Fred marcou dois, garantindo a espetacular vitória do tricolor carioca.

Pela Série-B, o Vasco empatou com o Fortaleza em 1 a 1, no Castelão. O resultado adiava um pouco o retorno do time para a Série-A, mas a situação ainda era muito cômoda. O cruzmaltino tinha cinco pontos de vantagem para o Guarani, segundo colocado. Os gols foram de Bismarck (Fortaleza) e Paulo Sérgio (Vasco).

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Champions League: Em dia de Muller, Bayern massacra



Ontem um dos maiores ídolos do Bayern de Munique, e do futebol alemão, completou 65 anos. Seu nome: Gerd Muller. Os mais jovens ouviram falar dele, principalmente em 2006 e 2008, quando Ronaldo superou o alemão em número de gols marcados em Copas do Mundo e quando Miroslav Klose, pela seleção alemã, igualou sua marca, no último mundial. Porém durantes muitos anos, o atacante foi o maior artilheiro de todas as Copas, com 14 gols marcados.

Muller tinha um faro de gol invejável. Dizia sempre procurar chutar a bola rente a grama, pois as que iam mais altas eram mais fáceis de serem defendidas. Pela Seleção da Alemanha, foi artilheiro da Copa de 1970, campeão da Eurocopa de 1972, e do Mundo em 1974. Pelo Bayern foi igualmente gigante. Contratado quando o time estava na segunda divisão, em 1964, ajudou a transformar o time bávaro num dos maiores do continente. Ganhou três Copas dos Campeões da Europa (74-75-76), conquistou quatro Bundesligas e quatro Copas da Alemanha. Sua importância para os Die Roten é tamanha, que levou Franz Beckenbauer, ídolo do clube e do país a declarar: "Tudo que o Bayern se tornou se deve ao Gerd Müller e aos seus gols. Se não fosse por ele, ainda estaríamos em uma velha barraca de madeira".

Pois bem, no dia em que o ídolo, que por conta de sua pontaria era chamado Caubói, completou sua 65ª primavera, o Bayern jogou pela Champions League contra o Cluj, na Romênia, e venceu por 4 a 0. O placar elástico honrou a chuteira, e a camisa que Muller vestiu durante tantos anos. Os três primeiros tentos marcados pelos bávaros foram do grandalhão Mario Gomez, aos 12 e 24 do primeiro tempo e aos 26 do segundo, mas a goleada foi, de fato, sacramentada no finalzinho, aos 46 derradeiros, com o gol de Muller. Não o Gerd, e sim o Thomas, jogador revelação da Copa do Mundo da África. Com a vitória, o time alemão, que na última temporada foi vice-campeão, continua com 100% no torneio, aproveitamento que assusta qualquer equipe que conheça o peso e tradição do time em tal competição.

*Outras partidas:

Basel 2 x 3 Roma
Chelsea 4 x 1 Spartak de Moscou
Zilina 0 x 7 Olympique
Milan 2 x 2 Real Madrid
Auxerre 2 x 1 Ajax
Partizan 0 x 1 Braga
Shakhtar Donetsk 2 x 1 Arsenal

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Champions League: Em dia de Bale, Tottenham vence a Inter



Após o jogaço realizado no Giuseppe Meazza, Tottenham e Internazionale voltaram a se encontrar pela Champions League, desta vez no White Heart Lane, em Londres. Foi na capital inglesa que os torcedores interistas passaram a acreditar no título que veio na temporada passada, quando venceram por 1 a 0 o Chelsea, no Stamford Bridge.

O jogo começou muito movimentado, com o time da casa sempre pressionando, principalmente nas bolas aéreas já que o grandalhão Peter Crouch estava em campo. A Inter, que sob o comando de Rafa Benítez vêm se caracterizando por se arriscar mais ofensivamente, teve que se fechar. Porém,a equipe nerazzuri de hoje deixa espaços que não deixava na época de José Mourinho.

O Tottenham ditou o ritmo de jogo, enquanto a Inter apostava nos contra-ataques. Aos 19 minutos, o atacante Rafael Van der Vaart abriu o placar após bela jogada de troca de passes comandada por Modric. Desde que chegou ao White Heart Lane, o holandês sempre marcou jogando na casa dos Spurs.

Aos 25, Crouch quase ampliou o placar aproveitando excelente jogada de Bale. Foi a última grande chance dos brancos de Londres no primeiro tempo. O time italiano cresceu no jogo, e passou a ameaçar mais. O empate quase veio aos 42, em falta batida com excelência por Sneijder, mas Cudiccini voou no ângulo esquerdo para evitar o tento. O primeiro tempo chegava ao fim e o resultado mais justo seria a igualdade.

Comandados pelo cada vez melhor Gareth Bale, que deu um baile em Maicon, o Tottenham voltou melhor na segunda etapa. O segundo gol dos Lillywhites veio em jogada do camisa 3, que arrancou pela esquerda e cruzou para Crouch empurrar para o fundo das redes, aos 61 minutos. A torcida ficou em delírio no estádio.

A Inter não ameaçava o time inglês. Mas aos 79 minutos, Eto’o (sempre ele), diminuiu para os nerazzuri, se transformando no artilheiro da Champions League 2010-2011, e deixando os torcedores ressabiados nas arquibancadas. Os “italianos” pressionavam, um empate heróico já estava começando a ser esboçado, mas Gareth Bale fechou o caixão da atual campeã. O jogador coroou suas atuações espetaculares contra o time de Milão ao arrancar de forma impressionante pela esquerda, e tocar para Pavlyutchenko, aos 89, só empurrar para o gol interista, garantindo a merecidíssima vitória do Tottenham

* Outras partidas:

Werder Bremen 0 x 2 Twente
Benfica 4 x 3 Lyon
Hapoel Tel-Aviv 0 x 0 Schalke
Bursaspor 0 x 3 Man United
Valencia 3 x 0 Rangers
Rubin Kazan 0 x 0 Panathinaikos
Copenhague 1 x 1 Barcelona