terça-feira, 3 de maio de 2011

Champions League: Barcelona elimina o Real Madrid e se garante na final

Pedro comemora seu gol, após passe brilhante de Iniesta

Seis dias depois do conturbado e quente confronto entre Real Madrid e Barcelona, válido pela primeira partida das semifinais da Champions League, no Santiago Bernabéu, as equipes voltaram a se enfrentar no Camp Nou, na partida de volta do torneio. Jogando em casa, o Barcelona, que venceu o primeiro embate por 2 a 0, podia perder até por um gol de diferença, mas bastou um empate em 1 a 1 para garantir o futuro campeão espanhol na final do certame, que será disputado em Wembley.

Sem contar com Sérgio Ramos e Pepe, suspensos, o Real Madrid entrou com uma formação teoricamente mais ofensiva, com Kaká e Higuaín. Mesmo com a escalação mais “corajosa”, o time de José Mourinho, que, também suspenso, não chegou sequer a ir para o Camp Nou, não teve uma boa atuação na primeira etapa. Não fossem as grandes defesas de Casillas, o Barcelona teria aberto grande vantagem. Os comandados de Pep Guardiola foram superiores durante todo o primeiro tempo. Mesmo assim, não conseguiram balançar as redes e a etapa inicial terminou em um empate sem gols.

Logo no primeiro lance da segunda etapa, após um “torcedor” imbecil invadir o campo, o Madrid abriu o placar com Higuaín. O tento, no entanto, foi anulado pela arbitragem, que marcou falta polêmica de C. Ronaldo em Mascherano. Antes de cair em cima do argentino, o camisa 7 havia sofrido falta de Piqué. O gol, no entendimento de quem vos escreve, deveria ter sido validado. O Real Madrid demonstrava maior ímpeto ofensivo, mas quem acabou marcando foi o Barcelona. Aos 54’, Pedro recebeu belíssimo passe de Iniesta, entrou na área e chutou na saída de Casillas. Neste momento, os merengues precisariam marcar três vezes para chegar à final.

Cinco minutos depois, Kaká - em partida pouco inspirada - foi substituído por Ozil. Antes, Higuaín havia dado lugar a Adebayor. Aos 64’, após receber passe de Di María, Marcelo diminuiu o placar. Antes de servir o brasileiro, Di María havia acertado um forte chute na trave de Valdés. O passe, logo após a finalização, demonstrou a frieza e habilidade que vem fazendo do argentino um dos principais nomes do time da capital espanhola. Vendo que os rivais poderiam crescer na peleja, e ameaçar a classificação de sua equipe, Guardiola sacou Villa para fechar o meio campo com Keita.

A alteração fez efeito: o ímpeto dos merengues diminuiu e o Barça voltou a ter o domínio da bola. Até o apito final, que selou a classificação do Barcelona para a decisão, o jogo passou a ser mais truncado ainda. Nos últimos minutos, para coroar as exibições e vitórias contra o maior rival, Abidal, que recentemente passou por uma operação para retirada de um tumor no fígado, entrou no lugar de Puyol e foi ovacionado pelos Culés. Final de jogo: 1 a 1. A vitória (3 a 1 no placar agregado) leva o Barcelona de volta à Wembley, palco de sua primeira conquista de Liga dos Campeões. Outro time que levantou a taça orelhuda pela primeira vez em Wembley foi o Manchester United, que joga amanhã contra Schalke, e é favoritíssimo para enfrentar o Barça na final.

*De volta para o passado:

Superclássico em 1916





Barcelona e Real Madrid se enfrentam todo ano. Porém, uma sequência de quatro jogos em um curtíssimo espaço de tempo, como esta de agora, é algo tão raro que a última vez que aconteceu foi em 1916. Naquele ano, merengues e blaugranas se enfrentaram na semifinal do Campeonato da Espanha, atual Copa do Rei.

No primeiro jogo, vitória do Barça por 2 a 1. No embate de volta, êxito merengue por 4 a 1, com direito a hat-trick de Santiago Bernabéu. Como o regulamento não contava com saldo de gols e sim com número de vitórias, houve um terceiro confronto, que terminou empatado. No quarto (e decisivo) cotejo, disputado no Campo de O’Donnel, em Madrid, vitória dos Blancos por 4 a 2. Naqueles embates, quem reclamou muito da arbitragem foi o Barcelona.

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