quarta-feira, 13 de abril de 2011

No aniversário de 57 anos do ídolo-presidente, Roberto Dinamite, o Vasco enfrenta o Náutico pela Copa do Brasil.

Em 1974, com uma vasta cabeleira, Dinamite levou o Vasco ao seu primeiro título nacional

O Vasco vai a campo hoje (13), no Estádio dos Aflitos, em Pernambuco, para enfrentar o Náutico. É a primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. Até hoje, cruz-maltinos e nauticanos se enfrentaram 28 vezes, com grande vantagem para os vascaínos; são apenas três derrotas sofridas: em 1973, 1986 e 2008, último confronto entre as equipes.

Independente do resultado de hoje, a data é especial para o Vasco e para todos os cruz-maltinos. Foi neste dia, em 1954, que nasceu, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o maior ídolo da história do clube: Roberto Dinamite. Como todo craque que se preze, Dinamite era bom de bola desde menino. Seu ídolo de infância era o atacante Jairzinho, do Botafogo e da Seleção Brasileira. Por conta disso, Roberto já admitiu que em sua infância nutria grande simpatia pelo time de General Severiano.

No entanto, aos 15 anos, quando passou a integrar a categoria de base do Vasco, conheceu a camisa que foi a grande paixão de sua vida. Os arremates precisos e fortes o fizeram jogar pelo time de profissionais do Gigante da Colina em 1971, quando tinha apenas 17 anos. Na partida realizada contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, o atacante driblou três marcadores e fuzilou para o gol. A manchete do dia seguinte estampava: “Garoto-Dinamite explodiu”.

Já atuando como principal nome do time, Roberto conquistou, em 1974, seu primeiro título com a camisa vascaína: o Campeonato Brasileiro, do qual, com 16 gols, foi o artilheiro. A artilharia do brasileirão logo se tornaria um prêmio individual quase que normal de se conquistar para o camisa 10. Ao todo, foram 190 gols marcados no principal torneio do país. Em 1976, fez, contra o Botafogo, o gol mais bonito de sua carreira; um dos mais bonitos da história do Maracanã. Após receber bola de Zanata, Roberto deu um lençol em Osmar e finalizou de primeira para o fundo das redes.

O primeiro título carioca veio em 1977. As excelentes atuações, e os muitos gols pelo Vasco, levaram o atacante para a Copa do Mundo de 1978. No auge de sua forma, Roberto foi titular e marcou três gols. No entanto, a controversa vitória da anfitriã, Argentina, por 6 a 0 contra o Peru, eliminou o Brasil, que mesmo invicto não ganhou a Copa. Cláudio Coutinho, técnico da Escrete Canarinho, disse que seus comandados foram os “campeões morais” do torneio.

Em 1980, transferiu-se para o Barcelona, onde era chamado de “Dinamita”. Sua estréia na Catalunha foi promissora: fez dois gols contra o Almería. No entanto, após a demissão do técnico Joaquín Rife, perdeu espaço e, depois de três meses, acertou sua volta ao Rio de Janeiro. Primeiramente, jogaria no maior rival, Flamengo, mas, devido à pressão da torcida, retornou ao Gigante da Colina. A reestréia aconteceu em um jogo contra o Náutico que o próprio Roberto jura não lembrar. No entanto, sua segunda partida desde a volta da Espanha entrou para a história: fez os cinco gols da vitória por 5 a 2 contra o Corinthians.

Em 1982 conquistou seu segundo estadual e foi convocado, às pressas, para substituir o machucado Careca, na Copa do Mundo da Espanha. Na Terra da Sangría ficou na reserva de Serginho Chulapa e não jogou sequer uma partida. Voltaria a ser campeão estadual em 1987 e 1988. Jogou ainda no ano seguinte e, vendo que sua carreira estava se aproximando do fim, deixou o Vasco para vestir a camisa de outro clube lusitano: a Portuguesa. Voltou ao Cruz-maltino e depois jogou pelo Rio Negro, de Amazonas, e Campo Grande, do Rio de Janeiro, antes de retornar, mais uma vez, ao seu amado Vasco, onde conquistou mais um Campeonato Carioca em 1992. Em sua partida de despedida, em 1993, conseguiu uma façanha que, até hoje, deixa qualquer flamenguista roxo de raiva: fez Zico vestir a camisa do Vasco.

Atualmente Roberto é presidente do clube. Sua posse foi marcada por uma ferrenha luta para tirar o “Poderoso Chefão” da Colina, Eurico Miranda, de São Januário. Após muitos episódios judiciais, no dia 1º de julho de 2008, o jogador que mais gols fez ostentando a Cruz de Malta no peito assumiu a presidência do Vasco. Seu primeiro ano, no entanto, não foi dos mais fáceis e o time foi rebaixado. O retorno à Série-A aconteceu em 2009 e, gradualmente, o Gigante da Colina vêm melhorando seu elenco.

Um comentário:

Anônimo disse...

Mas olha só , o Roberto dando um baile no Gérson Canhotinha na foto .HEHEHEHE