sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Os 64 anos da "Patada Atômica"


Se o ano de 2011 for tão bom quanto o personagem do post de hoje, será um ano para entrar para a história. No dia 1 de janeiro de 1946 nascia, em São Paulo, um dos maiores jogadores do futebol brasileiro e mundial: Roberto Rivelino.

Rivelino foi revelado pelo Corinthians. Jogou pelo Timão de 1965 até 1975. Pelo time do Parque São Jorge não conquistou os títulos que a torcida esperava. O único de maior expressão foi o Torneio Rio-São Paulo de 1966, que foi dividido com Botafogo, Vasco e Santos. O “Reizinho do Parque”, como era chamado pela Fiel, não teve moleza enquanto jogou em São Paulo. O Campeonato Paulista contava com craques como Pelé, Ademir da Guia e Pedro Rocha.

Foi convocado para Copa de 1970, onde apresentou ao mundo a “patada atômica”. Foi um dos protagonistas de uma das maiores equipes de futebol de todos os tempos. Só não marcou em dois jogos - contra a Inglaterra e contra a Itália, na final. Graças aos seus dribles, e ao seu chute forte com a perna esquerda, ganhou inúmeros admiradores, o mais famoso deles é Diego Maradona, que em várias ocasiões disse que Rivelino foi o melhor jogador que ele viu jogar. Em 1974 teve a árdua tarefa de herdar a camisa 10, deixada por Pelé. Fez três gols, um deles na vitória por 2 a 1 na Argentina, mas, desta vez, não repetiu o sucesso do último mundial. Foi neste mesmo ano que o bigodudo deixou de jogar pelo Corinthians.

O jejum de títulos fazia com que a torcida corintiana pressionasse ainda mais o craque que, após perder a decisão do paulistão de 1974 para o Palmeiras, resolveu mudar de ares. O dono da patada atômica acabou sendo contratado pelo Fluminense.

Vestindo as cores do tricolor das Laranjeiras, Riva marcou logo em seu primeiro jogo pelo Campeonato Carioca, uma vitória de 3 a 0 sobre o Madureira. O certame foi decidido em um triangular entre Fluminense, Vasco e Botafogo. No último jogo, mesmo perdendo por 1 a 0 para o Botafogo, o Flu levantou o caneco, graças ao saldo de gols. Rivelino fez 13 gols na competição. No ano seguinte a história se repetiu, e Rivelino foi novamente campeão pelo Flu. Nos mesmos anos chegou às semi-finais do Campeonato Nacional, mas perdeu para o Internacional, em 75, e para o seu querido Corinthians, em 76.

Em 1978, atuando pelo New York Cosmos, ainda foi convocado para a Copa do Mundo da Argentina, mas ficou a maior parte dela no banco de reservas. Resolveu, então, desbravar áreas que eram, até então, desconhecidas para o futebol. Riva decidiu fazer dinheiro no chamado mundo árabe, usando a camisa do El Helal. Jogou pelo clube até pendurar as chuteiras, em 1981. Levantou quatro canecos pelo clube árabe: uma Copa da Arábia Saudita (1980) e o tricampeonato nacional (79, 80, 81).

Um comentário:

Anônimo disse...

Estou de pleno acordo com Maradona...