quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Mundial de Clubes: A final já é histórica


A maior zebra da história do Mundial de Clubes foi uma zebra autêntica. Preta e branca, de origem africana e atropelou, à galope, o seu oponente; o Internacional de Porto Alegre. Antes do jogo, como todos, falei que o Inter deveria ter cuidado. O Mazembe não era bicampeão da África (quatro títulos no total) à toa. Mas, sinceramente, era um pensamento mecânico, igual a entrevista de jogador de futebol. Não acreditava que a equipe congolesa ganharia e, estava já preparando o post para o pós jogo de Internacional x Internazionale. Assim como a equipe de Celso Roth, eu fui surpreendido.

Os fatores que contribuíram para a derrota que deixou todos os colorados vermelhos de raiva e vergonha foram muitos. Falando de maneira simples podemos enumerar alguns: soberba, falta de planejamento de Roth (que teve um brasileirão inteiro para montar uma equipe, e chegou ao mundial sem um time coeso), falta de sorte nas finalizações e, porque não, até a reza dos africanos, que por dois jogos fechou a área defendida pelo exótico Kidiaba.

Brincadeiras à parte, fato é que o Inter perdeu gols imperdoáveis no primeiro tempo. No segundo, sentiu a pressão de ter de resolver logo o jogo, e tropeçou nas próprias pernas. O primeiro tento da equipe africana, feito por Kabangu, desestabilizou ainda mais o time, que após o gol perdido por Giuliano, de cara para a meta, ficou desesperado. O gol de Kaluyituka, aos 40 minutos, foi o tiro de misericórdia. Tudo o que Rafael Benítez, técnico da Inter de Milão, e a FIFA queriam. O Mundial de Clubes nunca mais será o mesmo.

Hoje(15/12), quem entrou em campo foi a supercampeã européia e italiana. A Internazionale enfrentou o Seongnam Ilhwa. Os nerazzuri não tiveram dificuldades para garantir a vaga na final. O jogo começou com um susto. Sneijder saiu no primeiro minuto de partida e engrossou a lista de jogadores no departamento médico. Porém, na jogada seguinte, Stankovic abriu o placar para a Inter.

A equipe italiana passou a administrar a peleja. A Inter não passava sufoco, se assustava somente com as entradas desleais dos jogadores adversários. Aos 32 minutos, Zanetti e Milito fizeram uma belíssima tabela, que culminou no gol do capitão nerazzuri, Zanetti.


Principal nome da final da Champions League, quando marcou os dois tentos da vitória interista, Milito foi o melhor jogador da partida, e seu prêmio veio aos 28’ da segunda etapa. Eto’o recebeu pela direita, avançou e bateu contra o gol. Jung Sung-Ryong defendeu parcialmente. Um pouco desajeitado, porém sem desistir, o atacante argentino aproveitou o rebote para garantir a vaga nerazzuri na final do Mundial de Clubes. A primeira da história sem um Sul-Americano. Em 2000, no mundial realizado no Rio de Janeiro, a final foi disputada por Vasco e Corinthians. Foi a primeira vez que um mundial de clubes foi decidido sem a presença de um europeu.

Nenhum comentário: