quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Copa Sul-Americana: Independiente fraqueja e perde para um determinado Goiás



O Club Atlético Independiente, da cidade argentina de Avellaneda, dispensa apresentações para quem acompanha o “esporte bretão”. A equipe Roja é simplesmente a maior vencedora da Libertadores da América. Tal número lhe rendeu alcunhas como Orgullo Nacional e Rey de Copas.

Atualmente a equipe disputa com o Goiás o título da Copa Sul-Americana, e sonha em poder levantar mais uma taça continental. Ontem, o sonho ficou mais longe de sua realização. A metade final de 2010 não vinha sendo boa para os Diablos. A equipe é, no presente momento, a antepenúltima colocada no Torneio Apertura, na Argentina. Após trocas de treinadores, o time se ajustou sob o comando de Antônio “El Turco” Mohamed que, em sua primeira partida, venceu o Racing Club, maior rival do Independiente.

Mohamed lançou jovens promessas que equilibraram taticamente a equipe, e desta maneira avançou nas fases eliminatórias e chegou à grande final da Sul-Americana. Quando li a matéria do excelente Renato Zanata Arnos (@Zanata_Arnos), no blog do Mauro Cézar Pereira, um dado curioso prendeu minha atenção:

“O gramado do Serra Dourada, com 111 metros de comprimento por 75 metros de largura, é 1.185 metros quadrados maior que o do estádio Libertadores de América, em Avellaneda”.

A informação é de grande relevância, e ajuda a explicar a derrota sofrida ontem, na primeira partida das finais contra o rebaixado Goiás, por 2 a 0. O Rey de Copas levou o primeiro gol logo aos 14 minutos. Rafael Moura, em fase iluminada, aproveitou a falha da zaga e empurrou a bola para as redes.

O Independiente tinha muita dificuldade para fechar os espaços do (enorme) campo goiano. Aos 21 minutos, Otacílio Neto ampliou para o time brasileiro. O atacante estava atrás de três marcadores, que foram completamente ineficientes na tentativa de matar o contra ataque que resultou no tento esmeraldino. Para piorar a situação dos argentinos, Silvera foi expulso após agredir Rafael Tolói, no segundo tempo.

A derrota diminui bastante as chances da equipe argentina levantar, após 15 anos, um troféu continental. As esperanças dos hinchas rojos ficam na pressão exercida pelo tamanho do campo de seu estádio, e obviamente, no peso da camisa encarnada. Pessoalmente, não acho que seja muito legal a taça ir para o Goiás.

Nada contra a equipe goiana, pelo contrário, é a idéia de uma taça dessa importância ir parar nas mãos de uma equipe rebaixada que me incomoda. Por mais méritos que tenha o Goiás, acho um demérito à competição.Se ganhasse o caneco durante os últimos anos, em que sempre disputou posições dignas no Campeonato Brasileiro, ia ser muito mais bonito. Isso sem falar que a maior glória da história do clube pode vir no mesmo ano de uma de suas grandes decepções, e toda vez que um torcedor esmeraldino estufar o peito para lembrar da conquista, vai acabar lembrando, também, da triste campanha feita no Brasileirão de 2010. Mas, de fato, é um agrado ao fanático torcedor esmeraldino, que lotou o Serra Dourada ontem (1º). O próximo jogo será realizado no dia 8 de dezembro, em Avellaneda.

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