quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Há 12 anos, a "Imensa Torcida bem Feliz" chorava



Não houve no futebol brasileiro, até agora, um clube tão vitorioso no ano de seu centenário como o Vasco da Gama. O ano de 1998 foi...Monumental! Estará sempre no coração de todos os vascaínos. Só não foi perfeito por causa de um certo time de Madrid.

A equipe terminou 1997 como campeã brasileira, após dois empates sem gols contra o Palmeiras, na final. Edmundo, que na vitoriosa campanha marcou em 29 gols em 28 jogos, foi vendido para a Fiorentina, onde teve passagem polêmica. Evair, companheiro de ataque do “Animal”, também deixara o time, mas a diretoria cruzmaltina se movimentou e trouxe dois ótimos centroavantes: Luizão e Donizete.

Sob o comando do técnico Antônio Lopes, o Vasco conquistou os dois turnos de um confuso Campeonato Carioca (marcado por brigas entre dirigentes, confusões de calendário e com times faltando às partidas). Os vascaínos pouco ligaram se os rivais tentavam tirar o brilho de sua conquista, a primeira a ser comemorada pela “imensa torcida bem feliz” em 1998.

Na Libertadores da América, após um início irregular, o Vasco se classificou para a fase eliminatória na segunda colocação de seu grupo. Nas semifinais, o histórico jogo contra o River Plate. O Cruzmaltino bateu os Millonários por 1 a 0, em São Januário, e empatou em Buenos Aires por 1 a 1, no jogo que consagrou Juninho Pernambucano. A conquista da taça continental, ante o Barcelona de Guayaquil, deu ao Gigante da Colina o direito a disputar o Mundial de Clubes, que ao contrário de hoje, não era organizado pela FIFA. A equipe carioca enfrentaria o Real Madrid, no Estádio Olímpico de Tóquio.

E foi no dia 1º de dezembro, há exatos 12 anos, que a partida foi realizada. O jogo foi equilibradíssimo. O Madrid contava com jogadores que fizeram (alguns ainda fazem) história no futebol mundial, como Ilgner, Roberto Carlos, Seedorf e muitos outros. Aos 25 minutos, após receber excelente virada de jogo de Seedorf, Roberto Carlos desferiu um forte chute de canhota contra a área vascaína. A bola desviou em Nasa e enganou Carlos Germano, 1 a 0 para os blancos. Logo depois, em cobrança de falta, o lateral esquerdo obrigou o Carlos Germano a fazer uma difícil defesa.

O segundo tempo começou com Raul perdendo um gol incrível para os merengues. A resposta do Vasco veio aos 11 minutos. Após Ilgner fazer bela defesa em um chute queima-roupa dado por Luizão, a bola sobrou na área para Juninho Pernambucano, que não perdoou e colocou a redonda no ângulo direito do goleiro alemão. Um golaço.

O jogo seguia equilibrado, mas o Vasco era melhor. Em jogada individual, Felipe quase virou o marcador para a equipe carioca.

No lance seguinte, foi a vez do xodó madrilenho, Raul, mostrar sua habilidade. O camisa 7 deixou o zagueiro Odvan no chão, ficou cara a cara para o gol, e colocou para dentro. O zagueiro Sanz ainda evitou, em cima da linha, a chance de empate do
Vasco. Derrota sofrida com hombridade, mas uma das mais doídas da história do clube.

Vasco: Carlos Germano, Vágner (Vítor), Mauro Galvão, Odvan e Felipe; Nasa, Luisinho (Guilherme), Juninho Pernambucano e Ramón (Válber); Donizete e Luizão.

Técnico: Antônio Lopes

Real Madrid: Ilgner, Panucci, Sanchís, Sanz e Roberto Carlos; Sávio (Suker), Hierro, Redondo e Seedorf; Raúl e Mijatovic (Robert Jarni).

Técnico: Guus Hiddink

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