terça-feira, 26 de julho de 2011

Uruguai campeão: da repescagem para as glórias

O capitão Lugano com o troféu da Copa América. A Celeste Olímpica volta a ser a melhor das Américas

O Uruguai sagrou-se o país com maior número de títulos de Copa América, com 15 conquistas, ao vencer o Paraguai no último domingo, no estádio Monumental de Nuñez, por 3 a 0. Resultado melhor, mais benéfico ao futebol sul-americano, impossível. Tudo bem que se, capitaneada por um espetacular Messi, a Argentina colocasse fim ao incômodo jejum de títulos, o troféu também estaria em boas mãos. Mas a conquista celeste em solo argentino, como aconteceu em 1916, na primeira Copa América, foi espetacular.

Espetacular por mostrar que o futebol de seleções, cada vez mais posto de lado em relação ao dos clubes (e seus campeonatos muito mais emocionantes), ainda tem salvação. A emoção, não somente do povo uruguaio como a de seus jogadores, - a grande maioria jogando fora de sua pátria - que de leões passaram ao papel de crianças após o apito final do árbitro, foi contagiante e deu ainda mais respaldo ao belíssimo trabalho feito no Uruguai pelo "Maestro" Oscar Tabárez (para saber mais, clique aqui no link para ler um post no blog do jornalista Lúcio de Castro).

O título, após 16 anos, veio logo depois do histórico 4º lugar na Copa do Mundo de 2010, melhor campanha uruguaia em copas desde 1970. Foi na África que a Celeste Olímpica voltou a empolgar seus torcedores, dando confiança à boa geração de boleiros da chamada república oriental. Mas imagina se o país sequer tivesse ido para a África do Sul. Será que esse momento mágico aconteceria? Tenho minhas dúvidas. Por isso, creio que o pontapé inicial da conquista tenha sido dado na repescagem contra a Costa Rica, quando, na bacia das almas, o Uruguai, após vencer o primeiro jogo por 1 a 0 – gol de Lugano -, segurou o 1 a 1 em Montevidéu – gol de Loco Abreu - e iniciou a bela trajetória que culminou com o capitão Lugano levantando a taça em Buenos Aires.

Para ilustrar o momento de renovação celeste, os dois tentos anotados por Forlán contra os paraguaios colocaram o craque no topo da lista de maiores goleadores da Seleção uruguaia. O recorde anterior pertencia à Héctor Scarone, jogador que fez sucesso na década de 1930, época de ouro do futebol do Uruguai.

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