quinta-feira, 7 de julho de 2011

Há 27 anos morria Elba de Pádua Lima, o Tim

Após pendurar as chuteiras, Tim também brilhou como treinador

Com as férias, e a volta de um espaço maior de tempo para escrever, é muito mais confortável de se lembrar das datas importantes do futebol. Sendo assim, esta quinta-feira (7) não pode passar em branco. Foi exatamente em um dia 7 de julho que um dos grandes jogadores e técnicos da história do futebol brasileiro deixou de figurar neste mundo.Em 1984, há exatos 27 anos, morria Elba de Pádua Lima, o Tim.

Nascido na pequenina cidade de Rifania, no interior de São Paulo, no dia 20 de fevereiro de 1916, foi batizado com o nome da ilha na qual Napoleão esteve exilado. Duas de suas quatro irmãs (Tim foi o único filho homem de seu pai, Sr. Vargas) também tinham nomes com referências geográficas. Ainda criança, nas peladas entre os amigos, passou a ser chamado de Tim, e assim seria até o dia de sua morte.

Com 12 anos, o franzino menino já atuava com destaque na equipe infantil do Botafogo de Ribeirão Preto. A grande habilidade que o rifainense mostrava nos gramados sem grama do interior paulista fez com que, em 1931, quando tinha apenas 15 anos, estreasse na equipe principal daquele clube. Jogando na meia-esquerda, o jovem Tim mostrou habilidade nos dribles curtos e no passe preciso e, em 1934, transferiu-se para a Portuguesa Santista.

Ainda defendendo a Briosa, foi convocado para a Seleção brasileira que foi jogar o Campeonato Sul-Americano de 1936, na Argentina. Embora não tenha conquistado o troféu, o certame deu um grande impulso na carreira do meia-esquerda. As grandes atuações de Tim lhe renderam, por parte dos argentinos, o apelido de “El Peón”, pois, da mesma maneira que o peão dos pampas conduz a manada para onde quer que queira, Tim conduziu aquele selecionado com uma classe peculiar. A Portuguesa Santista não conseguiria mais segurar o talento do jogador que, após um tempo de descanso, acertou sua transferência para o Fluminense.

No Tricolor Carioca, onde jogou de 1937 até 1943, viveu o auge como jogador de futebol. Já em seu primeiro ano, ao lado de Hércules e Romeu, conquistou o campeonato estadual. No ano seguinte veio o bicampeonato e a convocação para a Seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo, na França, onde, mesmo sem atuar constantemente, fez parte da primeira grande campanha do Brasil em um mundial.

Em 1940 e 1941, mais um bicampeonato carioca com a camisa tricolor. Em 1944 trocou de time, mas continuou a usar três cores, desta vez as do São Paulo, mas não teve sucesso; não voltaria a ser o jogador que levou a torcida pó de arroz à loucura. Retornou ao Rio, desta vez para o Botafogo, onde ficou até 1946. No ano seguinte, foi técnico e jogador do Olaria. A experiência serviu para lhe mostrar um novo caminho profissional, o de treinador. Ainda jogando, voltou ao seu Botafogo de Ribeirão Preto e teve uma rápida passagem pelo Millonários, da Colômbia.

Voltou ao Brasil em 1951, já como técnico, somente isso. Seu conhecimento na área técnica era tanto, que a alcunha de “O Estrategista” passou a acompanhá-lo. Seu primeiro grande trabalho foi no Bangu, mas foi no seu Fluminense que conquistou o primeiro título importante, o Estadual de 1964.

Treinou ainda diversos clubes, tendo grande destaque no San Lorenzo de Almagro, da Argentina, onde conquistou, invicto, o Metropolitano de 1968. Em 1970, ajudou o Vasco a ser campeão carioca e, em 1982, comandou a Seleção peruana na Copa do Mundo da Espanha. Quando morreu, tinha 68 anos.

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