sábado, 22 de janeiro de 2011

Ídolo no Botafogo, Gonçalves completa 45 anos


Revelado pelo Flamengo em 1987, Gonçalves (22/01/1966) começou a jogar com maior regularidade no rubro-negro somente em 1989 –após um período emprestado ao Santa Cruz-, e não deixou nenhuma saudade na Gávea. Em partida contra o Botafogo, o Fla, até os 35 do segundo tempo, vencia por 3 a 1 quando o novato Gonçalves foi protagonista de uma bobeira digna de “Os Trapalhões”. O defensor encobriu o próprio goleiro e fez um gol contra. No apagar das luzes Vítor empatou a partida para o Botafogo, que a partir daquele momento ganhou fôlego e conquistou aquele campeonato. Por obra do destino, o até então atrapalhado zagueiro transferiu-se exatamente para o alvinegro, onde, no ano seguinte, fez parte do time que conquistou o bicampeonato.

Jogando ao lado do excelente Mauro Galvão, ganhou a experiência que lhe ajudou, anos depois, a se firmar como um dos melhores zagueiros do país. Nesta época atuou também ao lado de Wilson Gottardo, que seria seu companheiro em sua maior conquista pelo Glorioso. Ainda em 1990, tentou a sorte no futebol mexicano, onde defendeu o UAG Tecos por cinco temporadas e ganhou um Campeonato Mexicano (93/94). Em 1995 retornou à General Severiano para colocar, de vez, seu nome na história do clube.

Reeditando parceria com Gottardo, foi campeão brasileiro naquela temporada, seu principal título com a camisa de um clube. Suas atuações lhe alçaram a condição de ídolo e, no ano seguinte, foi convocado pela primeira vez para defender a Seleção Brasileira.

Em 1997 teve um ano individualmente fantástico. Sua única perda foi os longos cabelos, cortados em uma “traquinagem” dos jogadores da Seleção Brasileira durante a Copa das Confederações, competição vencida pelo Brasil. Pela Seleção Canarinho também participou da conquista da Copa América, realizada na Bolívia. Também foi campeão estadual pelo Botafogo e devolveu a provocação feita por Edmundo, que fez a famosa “dança da bundinha” na primeira partida das finais, contra o Vasco.

Após um breve período jogando no Cruzeiro, retornou ao Botafogo em 1998 para, novamente, ser campeão. Seu último título com a camisa alvinegra, o Torneio Rio-São Paulo, foi também seu último no futebol. No mesmo ano foi convocado para a Copa do Mundo da França, onde jogou duas partidas, uma derrota (Noruega) e uma vitória (Chile), e foi vice-campeão mundial.

No ano seguinte rumou para Porto Alegre e fez sua última temporada como jogador profissional vestindo a camisa do Internacional. Atualmente é empresário de jogadores, um dos mais famosos deles –não necessariamente pela habilidade- é o atacante Val Baiano, recém dispensado do Flamengo.

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