quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Decisivo nas finais, Wágner defendeu o Botafogo durante nove anos


Sebastião Wágner de Souza e Silva nasceu no dia 20 de janeiro de 1969 (42 anos) e foi criado em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. Começou a se destacar como goleiro no início dos anos 90, defendendo as cores do Bangu. Em 1993 foi contratado pelo Botafogo, clube que o consagraria, e já em seu primeiro ano, ainda como reserva, viu um limitadíssimo time bater o Peñarol nos pênaltis e faturar a Copa Conmebol.

No ano seguinte conquistou de vez a camisa 1, e só a largaria em 2002. A primeira temporada de Wágner pelo Botafogo não foi de grandes conquistas. A maior possibilidade que o time teve de levantar uma taça foi no Japão, onde disputou, contra o São Paulo, a Recopa Sul-Americana. O tricolor paulista levou a melhor, mas, pouco a pouco, o alvinegro ia formando a equipe que um ano mais tarde se consagraria no Campeonato Brasileiro.

O ano de 1995 não começou da melhor forma, no dia 23 de março o Botafogo perdeu a final da Taça Guanabara por 3 a 2 para o Flamengo. Posteriormente, a equipe comandada por Paulo Autuori daria muitas alegrias ao torcedor botafoguense. Wágner ia se destacando como um dos principais nomes do time que avançou para as fases finais do Campeonato Brasileiro. O Botafogo venceu a semi-final, contra o Cruzeiro, e conquistou o título em cima do Santos, no jogo que marcou a melhor exibição de Wágner em toda a sua carreira. O goleiro fez defesas espetaculares e foi o herói da partida. Naquele ano, foi considerado o melhor goleiro do país, no entanto, não teve realizado o sonho de defender a Seleção Brasileira.

Na temporada seguinte, conquistou a Taça Cidade Maravilhosa e o Troféu Teresa Herrera, em um jogo emocionante contra a Juventus de Turim. A equipe italiana, campeã da Liga dos Campeões e posteriormente do Mundial de Clubes, contava com craques como Del Piero, Vieri, Deschamps, Di Livio e Amoruso. A partida, épica, terminou em 4 a 4, e o título teve de ser decidido na disputa de pênaltis. Wágner não fez cerimônia e defendeu todas as cobranças, ajudando o Botafogo a levar mais uma taça para General Severiano.

Conquistou seu primeiro Campeonato Carioca em 1997, vencendo as finais contra o Vasco de Edmundo. No segundo jogo da decisão, vencida por 1 a 0 –gol de Dimba- Wagner novamente mostrou que sua estrela brilhava em jogos decisivos, e fez grandes defesas. Em 1998 ajudou o Glorioso a ser campeão do Torneio Rio-São Paulo.

Após a fase dos títulos, passou um período de dificuldades na meta alvinegra. Em 1999 e em 2001 foi vice-campeão da Copa do Brasil e do Torneio Rio-São Paulo (nesta final, foi a primeira grande vítima do então novato Kaká), respectivamente. Deixou de defender as cores do Glorioso em 2002, após 412 jogos. Na mesma temporada, sem as suas defesas, o time foi rebaixado à Série-B, da qual retornaria um ano depois. Wágner ainda jogou pelo Santo André, América-RJ, Nova Iguaçu e pendurou as luvas jogando pelo Madureira, em 2004.

Em 2009 trabalhou como preparador de goleiros do Botafogo e fez parte do staff campeão carioca no ano seguinte, mas deixou o cargo durante a temporada de 2010.

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