sábado, 30 de outubro de 2010

Os 50 anos de Maradona, o D10S argentino



Diego Armando Maradona encerra hoje, dia 30 de outubro, um período de oito dias nos quais nasceram os melhores jogadores de todos os tempos. Já falamos aqui de Pelé e Garrincha, seria uma injustiça não falarmos do Pibe.

De origem humilde, como grande parte dos jogadores, Diego fez seu primeiro jogo entre os profissionais com apenas 15 anos de idade. A estréia nas quatro linhas foi com a camisa do Argentino Juniors, clube no qual jogou de 1976 até 1980. Desde sua primeira temporada no futebol argentino, o jogador despertava o interesse de grandes clubes. O River Plate chegou a fazer uma excelente proposta ao craque, que recusou em nome de seu amor ao maior rival deste clube, o Boca Juniors.

Pelo Boca, Maradona jogou de 80 até 82 e antes de se transferir para o Barcelona, onde teve uma passagem decepcionante, conquistou um campeonato metropolitano pelos xeneizes. O Pibe voltaria a jogar pelo seu clube de coração de 1994 à 1997, já em final de carreira. Porém foi na Europa que viveu o auge de sua carreira, no modesto Napoli, onde jogou ao lado dos brasileiros Alemão e Careca.

Pelo clube (onde jogou de 1984 até 1991) conquistou dois Scudettos, uma Copa Itália, uma Supercopa da Itália e a Taça da UEFA da temporada 88-89(atual Europa League). Foi também na época em que defendeu a camisa celeste de Nápoles, que Maradona jogou a Copa de 1986, no México, quando, com a ajuda de uma famosa “mão de Deus”, deu o bicampeonato mundial para a Argentina, se transformando desta forma em um D10S (um deus) em sua terra natal. Até hoje é considerado ao lado de Garrincha, (forçando a barra, alguns colocam Romário nesse grupo) um jogador que conquistou praticamente sozinho uma Copa do Mundo.

O eterno dono da camisa 10 portenha tinha características de inúmeros grandes jogadores. A inteligência e visão de jogo de um Pelé, a finalização e o corpo “robusto” de Puskas, a irresponsabilidade de Garrincha, a capacidade de superação de Ronaldo, e a “boca maldita” de Romário. Personagem controverso na vida pessoal, sua importância para o esporte bretão foi enorme e inesquecível, assim como o gol que marcou contra a Inglaterra em 1986, o segundo da vitória de 2 a 0, no jogo da “Mano de Dios”, quando driblou todo o English Team para marcar o gol mais bonito da história das Copas.

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