segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Taça GB: Com gol de Ronaldinho, Fla vence o Boavista e se garante na final do Campeonato Carioca


Flamengo e Boavista se enfrentaram pela decisão da Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca. Não é preciso dizer que o Rubro-Negro era o grande favorito. O time tem muito mais qualidade e tradição do que o Boavista, que chegou à decisão com todos os méritos. Méritos estes provados durante toda a partida, decidida na bola parada em belíssima cobrança de falta de Ronaldinho Gaúcho. Ao final do jogo, o Fla conquistou seu 19º título da Taça GB e está novamente garantido na final do torneio mais charmoso do Brasil.

A partida não foi o “passeio” que todos esperavam. O Flamengo entrou de um jeito diferente ao que vinha jogando. Egídio recebeu mais uma chance na lateral esquerda e Bottinelli começou no meio campo. Ronaldinho atuou como homem mais avançado do time.

A primeira oportunidade veio aos 11 minutos, em cabeçada de Thiago Neves defendida pelo goleiro Thiago. Aos 14’ Léo Moura aproveitou bobeira da zaga do Verdão de Saquarema, avançou para dentro da área e chutou para fora. Meio que sem querer, Egídio cruzou a bola para a área e quase marcou, aos 25’. O Boavista não conseguia chegar ao ataque do Fla, que, por sua vez, não conseguia mais levar perigo à meta defendida por Thiago.

Na parte final do primeiro tempo, os torcedores, irritados, já pediam a entrada de Negueba. Aos 42’, Maldonado bobeou na saída de bola rubro-negra e deixou a bola limpa para o forte arremate de Bruno Thiago, muito bem defendido por Felipe. No lance seguinte a zaga do Boavista devolveu a gentileza. No entanto, a bola caiu nos pés do zagueiro Wellington, que isolou. Sem gols, o primeiro tempo chegava ao seu fim.

O Flamengo voltou diferente para a segunda etapa. Saiu Bottinelli e entrou Negueba, para a alegria dos rubro-negros. A presença da nova promessa da Gávea deu mais rapidez ao time, mas o jogo seguiu no ritmo do tempo anterior. Sabendo que a equipe de Vanderlei Luxemburgo teria de se arriscar mais ofensivamente, Alfredo Sampaio resolveu apostar tudo no contra-ataque e colocou Joílson (ex-Botafogo, São Paulo e Grêmio) no lugar de Bruno Costa. Aos 13 minutos, Negueba fez bela jogada individual, mas errou na conclusão.

Já com Diego Maurício em campo, no lugar do vaiado Egídio, os flamenguistas se lançavam mais ao ataque, deixando espaços no campo defensivo. O Boavista melhorou seu toque de bola, mas, assim como o Flamengo, continuou a pecar nas conclusões das jogadas.

Aos 26’, Ronaldinho, que não vinha fazendo grande partida, mostrou a qualidade que tem em seu pé direito. Mesmo sem ter aquele estilo de jogo agressivo que o consagrou de 1999 até 2006, o meia bate na bola como poucos. Prova disso foi a belíssima cobrança de falta do camisa 10, que colocou a bola no canto esquerdo de Thiago, abrindo o placar para o Flamengo.

Com a vitória nas mãos, e o cotejo entrando em sua metade final, Luxemburgo viu que era hora de fechar espaços. Sacou Thiago Neves para a entrada de Ronaldo Angelim. Poucos minutos depois, Renato entrou duro em dividida com Frontini. O jogador do Boavista agrediu o rubro-negro e foi expulso. Uma pequena confusão foi estabelecida. Ao final do episódio, ficou a sensação de que Renato mereceria o (seu segundo) cartão amarelo, que acarretaria na expulsão do jogador.

Nos momentos finais da peleja, a equipe de Alfredo Sampaio, pressionou, mostrou hombridade e saiu dignamente derrotado. O apito final, e o placar de 1 a 0, selou a presença rubro-negra na final e a continuidade do 100% de aproveitamento no certame.

* De volta para o passado:

A vaga na final do Campeonato Carioca, por intermédio da Taça Guanabara, foi conquistada no mesmo dia em que Ubirajara Alcântara, que defendeu as cores rubro-negras de 1968 até 1972, fez 65 anos de idade.

Ubirajara entrou para a história por ter sido o primeiro goleiro a marcar um gol com a camisa do Flamengo. No dia 19 de setembro de 1970, em partida disputada contra o Madureira, no Estádio dos Ventos Uivantes, na Ilha do Governador, o goleiro chutou a bola de sua área e a redonda, de maneira impressionante, morreu nas redes do adversário. O camisa 1 conquistou duas Taças GB pelo Fla, em 1970 e 1972. Em 1970 o título ficou com o Vasco, em 1972, com o Flamengo.

Em 1972, o goleiro, que foi eleito o negro “mais bonito do Brasil” no programa do Chacrinha, não era mais unanimidade, e jogou somente 9 dos 27 jogos da campanha do título. Levou somente dois gols (em jogos contra Olaria e São Cristóvão) e não perdeu nenhuma partida. O titular rubro-negro foi o goleiro Renato.

Ubirajara ainda defendeu o Fluminense-BA, América, Olaria, Avaí, Botafogo, Itabaiana, LDU, e Cruzeiro.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Pré-jogo: Flamengo x Boavista


A final da Taça Guanabara, que será realizada pela primeira vez no Engenhão, terá um “intruso”: o Boavista. O time de Saquarema surpreendeu, se classificou para as semifinais e, nos pênaltis, bateu o campeão brasileiro, Fluminense. Seu adversário será o Flamengo, que conquistou a vaga também na disputas de penais, contra o Botafogo.

Desde 2007, quando jogou seu primeiro Campeonato Carioca após ser rebatizado com o nome que conhecemos hoje, o Boavista nunca venceu o Fla (até 2004, antes de ser comprado por um grupo de empresários, o nome do clube era Esporte Clube Barreira).

Desde então, foram cinco jogos: quatro vitórias rubro-negras e um empate. No último encontro, pela 6ª rodada do Grupo A da Taça GB, vitória por 3 a 2. A partida marcou o primeiro tento de Ronaldinho Gaúcho pelo Fla, batendo pênalti, mas o maior personagem daquela vitória foi o jovem Negueba.O retrospecto ante o antigo Barreira era maior ainda. Em três partidas, duas goleadas e uma vitória por 3 a 0. O Barreira não chegou nem a marcar.

Em 2007, o Flamengo chegou ao título do primeiro turno após golear o Madureira, que chegou à final sob o comando do mesmo Alfredo Sampio que atualmente treina o Boavista. Naquela oportunidade, a Taça GB foi decidida em dois jogos.

No primeiro deles, surpresa. Com gol de Maicon, aos 73’, o Tricolor Suburbano venceu por 1 a 0. Na segunda partida, goleada flamenguista, 4 a 1. O atacante Souza abriu o placar para o Flamengo no primeiro minuto de partida. Léo Fortunato empatou logo depois. Souza voltou a colocar o Fla na frente e Renato Augusto e Renato deram números finais à partida: 4 a 1.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Libertadores: O temeroso início tricolor


Ontem, o Argentino Júniors venceu o América do México por 3 a 1 em jogo realizado no Estádio Diego Armando Maradona, na Argentina. O Bicho, como é chamado pelos seus hinchas, é o líder do Grupo 3 da Libertadores da América. O resultado não foi bom para o Fluminense, que não vêm andando bem das pernas no principal torneio que disputa na temporada (até o momento, dois jogos e dois empates).

Na última quarta-feira (23), pela segunda rodada do torneio sul-americano, o Flu recebeu o Nacional de Montevidéu no Engenhão, em jogo que foi transmitido pela TV aberta. Sabe quanto o torcedor tricolor teve que pagar no ingresso? R$80. Um assalto. Principalmente se tratando de um jogo realizado em uma noite de quarta-feira. Diante do valor megalomaníaco estipulado pela diretoria tricolor, o público de cerca de 10 mil pagantes não pôde ser muito criticado.

Em campo, o Fluminense jogou muito mal. Ainda sem apresentar o futebol do ano passado, quando levou o time das Laranjeiras ao título brasileiro, Conca não acertou nenhuma jogada. Rafael Moura sentia dores, mesmo assim não deixou de lutar por um resultado melhor. Ao final da peleja, zero a zero. O time de Muricy Ramalho deixou o gramado sob muitas vaias da torcida, que começa a ver a vaga na próxima fase da competição escorrer pelas mãos.

Tudo bem que o Tricolor Carioca não deu a sorte de cair em um grupo mais tranquilo, como o Internacional. Muito pelo contrário. Caiu logo no chamado “Grupo da Morte”. O América do México é um dos principais clubes mexicanos, que, ano após ano, chegam mais longe na competição. O Nacional tem sido figurinha carimbada no certame, e, apesar do momento decadente vivido pelos clubes uruguaios, sempre têm chegado às fases decisivas. Além do mais, tem uma camisa que ainda pesa no futebol sul-americano. Por fim, o Argentino Juniors, que foi campeão do Torneio Clausura 2010 na argentina.

O atual líder do grupo 3 não possui o mesmo time, nem o mesmo técnico (Carlos Borghi, que ontem foi oficialmente apresentado como novo treinador da seleção chilena), que levantou o Clausura, no dia 16 de maio de 2010. Entretanto, ainda consegue jogar o futebol competitivo e raçudo que estamos acostumados a ver entre as equipes “hermanas”.

Mesmo com todas as desculpas, fato é que o desempenho do time de Muricy Ramalho é decepcionante. O Fluminense venceu o campeonato nacional mais difícil do continente e conta com excelentes jogadores e investimentos maiores do que os de seus rivais. A complicação no certame pode fazer com que o ano termine mais cedo para os tricolores, que terão agora de conquistar difíceis pontos nas casas dos adversários. Ironicamente, é aí que pode estar a esperança do torcedor pó-de-arroz. No ano passado, as melhores exibições do time que levantou o troféu de campeão brasileiro foram fora de casa.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Copa do Brasil: Duas vitórias e um vexame


A Copa do Brasil Já começou para os times cariocas. No último dia 16, o Flamengo foi até Maceió enfrentar o Murici Futebol Clube. O Rubro-Negro não teve uma atuação espetacular, mas, na metade final do segundo tempo, anotou três gols, venceu, e cancelou a partida de volta. O próximo adversário do time da Gávea será o Fortaleza, que goleou ontem (23) o Fast Clube de Manaus por 4 a 1. Os tentos do Fla, no dia 16, foram marcados por Ronaldinho Gaúcho, Renato Abreu e Negueba.

Ontem, Botafogo e Vasco estrearam pelo torneio de futebol mais democrático do Brasil.

VASCO:

O Vasco enfrentou o Comercial-MS em Campo Grande e manteve a excelente média de gols sob o comando do técnico Ricardo Gomes. A expressiva vitória por 6 a 1 eliminou o jogo de volta e garantiu o Cruzmaltino na próxima fase da competição.
A goleada começou a ser construída logo no início da peleja. Fellipe Bastos, aos 2 minutos, encheu o pé para cobrar a falta na entrada da área e anotar o primeiro tento do jogo. Aos 15’, Marcel sofreu pênalti que ele mesmo cobrou, 2 a 0. O atacante fez o seu segundo gol, terceiro do Vasco, aos 24’, de cabeça. Ainda no primeiro tempo, aos 45’, o time de Ricardo Gomes sacramentou a goleada com Jéferson, que recebeu ótimo passe de Felipe.

Se alguém achava que o Gigante de Colina puxaria o freio de mão na segunda etapa, Éder Luis fez questão de provar que o time continuaria voando. Aproveitando falha clamorosa do zagueiro Adrezão, o camisa 7 entrou na área e tocou a bola entre as pernas do goleiro Rodolfo.

Aos 17’, Fernando Prass cometeu pênalti em Anderson, que bateu e fez o gol de honra do colorado campo-grandense. O sexto gol do Vasco foi anotado por Romulo, que aproveitou belo cruzamento de Ramón e, de cabeça, colocou a bola no fundo das redes,
dando números finais à partida.

BOTAFOGO:

Quando chegou em Aracajú, o Botafogo foi recepcionado por centenas de torcedores que deram o tratamento ideal para que o time esquecesse a eliminação sofrida ante o Flamengo, pela Taça Guanabara. O adversário do Glorioso seria o River Plate, não o famoso time argentino, mas, sim o atual campeão do modesto campeonato sergipano. O time de Joel Santana tinha tudo para fazer um bom jogo e voltar com a cabeça no lugar para o início da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. Ao decorrer do jogo, o tudo virou nada.

O Botafogo começou a partida melhor, mas a superioridade foi caindo ao longo do primeiro tempo e a atuação do time teve a mesma nota que o gramado do estádio Batistão: zero. Sem poder nenhum de criação e, sabe-se lá porque, com Éverton começando o jogo na reserva, o alvinegro ficou no empate sem gols ao final do primeiro tempo.

Na segunda etapa, Éverton entrou no lugar de Márcio Azevedo. A substituição, porém, não teve o efeito desejado, e o time continuou mal na partida. Pior, agora dava espaços para os contra-ataques do time sergipano. O jogo, que não era nada bonito, ficou feio de vez para os botafoguenses aos 41 minutos do segundo tempo, quando, explorando um buraco na defesa, Lucas acertou um belíssimo passe para Bebeto Oliveira, que, de primeira, chutou a bola para o fundo das redes de Jéfferson. Uma derrota humilhante para um time que, pior do que não ter criação, não teve ambição.

*De volta para o passado:

No ano passado, pela primeira fase da Copa do Brasil, o Vasco enfrentou o Souza Esporte Clube, da Paraíba, e venceu por 2 a 1. Manú abriu o placar para o Souza. O Vasco chegou ao empate em pênalti convertido pelo goleiro Tiago. A virada veio após cruzamento de Geovane, pela ponta direita. A defesa do time paraibano falhou e Élton chutou a bola que, antes de morrer no fundo das redes, desviou no zagueiro, acabando com as chances de defesa do goleiro. Na partida de volta, em São Januário, o Cruzmaltino se classificou com um empate sem gols.

Também pela primeira fase da Copa do Brasil de 2010, o Botafogo enfrentou o São Raimundo, na cidade de Santarém, no Pará. Assim como na atual temporada, o alvinegro decepcionou os torcedores locais e perdeu por 1 a 0. O gol dos São Raimundinos foi marcado, aos 23’ do segundo tempo, por Branco, após receber cruzamento de Marcelo Pitbull. O Glorioso conseguiu sua classificação para a segunda fase de maneira dramática: vitória por 4 a 3 no Engenhão.

Em 2009, em sua última participação no torneio, o Flamengo estreou goleando o Ivinhema, equipe sul-matogrossense, por impiedosos 5 a 0, eliminando o jogo de volta. Os gols foram marcados por Léo Moura, Zé Roberto (2), Kléberson e Maxi Biancucchi.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Champions League: Olympique de Marseille e Manchester United ficam no empate


O Manchester United foi até a França, no estádio Vélodrome, enfrentar o Olympique de Marseille pela primeira partida das oitavas de final da Champions League. O time inglês teve cinco baixas que não puderam acompanhar a delegação: Ferdinand, Evans, Anderson, Giggs e Owen. Mesmo assim, a equipe, que possui a melhor defesa da competição e lidera o Campeonato Inglês, era favorita. O que se viu em campo, porém, foi um time disperso e sem ambição. Tivesse o Marseille um ataque mais habilidoso, o United se complicaria, mas o empate sem gols ilustrou um jogo completamente sem criatividade. Clique aqui para saber como foi o jogo.

* Na Itália, Internazzionale e Bayern se enfrentaram. O duelo, que no ano passado decidiu o título, terminou com a vitória da equipe da Bavária, com gol de Mário Gomez no final do cotejo.

*De volta para o passado:

Manchester United e Olympique de Marseille se enfrentaram apenas em duas oportunidades, ambas na temporada 1999/2000. Na primeira delas, no dia 28 de setembro de 1999, os Red Devils receberam os franceses no Old Trafford, em partida válida pela fase de grupos, e venceram por 2 a 1.

O primeiro gol foi marcado pelo Marseille, com Ibrahima Bakayoko. O United empatou em um golaço de bicicleta, anotado por Andy Cole. O gol da vitória saiu dos pés de Paul Scholes, após lance confuso na área dos Marseillais.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Champions League: Na França, Real Madrid empata com o Lyon


Lyon e Real Madrid se enfrentaram hoje (22) no estádio Gerland, em Lyon, pela primeira partida das oitavas de final da Champions League. O clube francês foi o algoz merengue na temporada passada, quando eliminou os espanhóis na mesma fase. Os madrileños, aliás, nunca venceram o Lyon e, jogando no Gerland, colecionavam três derrotas em três partidas. Hoje, o Madrid, pela primeira vez, não perdeu no Gerland, mas o empate em 1 a 1 teve um sabor de derrota.

Empurrado por sua torcida, o Lyon começou melhor. O time do técnico Claude Puel marcava forte no meio campo e não dava espaços na defesa. Pelo lado direito, o brasileiro Michel Bastos usava sua velocidade para acelerar as investidas da equipe. Aos 10’, o zagueiro Cris teve a primeira grande oportunidade do jogo. O capitão do atual 4º colocado do Campeonato Francês deu uma “puxeta”, que saiu pelo lado direito do gol de Casillas.

O Real Madrid encontrava dificuldades para sair jogando. A atuação apagada de Ozil dificultava a ligação entre meio campo e ataque, fazendo com que Adebayor fosse figura inexistente na primeira etapa. O Lyon aproveitou para infernizar a defesa merengue.

Aos 23 minutos Réveillère cruzou na área para Gorcuff, mas Xabi Alonso apareceu na frente do meia para fazer um corte crucial. O Lyon, agora com Michel Bastos pela esquerda, era muito superior.

Sem conseguir se aproximar da área adversária, a primeira chance do time de José Mourinho veio somente aos 29’, em chute de longa distância desferido por Di María. O goleiro Lloris não encontrou dificuldades para fazer a defesa. Durante alguns poucos minutos, o Madrid ensaiou uma reação, e, após cobrança de falta de Cristiano Ronaldo, Lloris voltou a aparecer bem no gol do time francês.

A melhor chance do primeiro tempo aconteceu aos 34’. Em jogada de contra-ataque, Michel Bastos cruzou para a área e, após saída estranha de Casillas, Gomis (que substituiu Lisandro López, machucado) chutou para fora. A bola ainda tocou milimetricamente no goleiro espanhol. Ao fim do primeiro tempo, o empate sem gols premiou a entrega tática da defesa do Lyon, que, se contasse com mais qualidade ofensiva, poderia ter saído na vantagem.

Os times voltaram sem mudanças para o segundo tempo, porém, a equipe merengue retornou com outra mentalidade e não demorou para ameaçar os franceses. Aos 48’, Cristiano Ronaldo, quase sem ângulo, acertou a trave esquerda de Lloris em cobrança de falta. No lance seguinte, após escanteio, Sérgio Ramos, de cabeça, acertou o travessão.

A partida seguia equilibrada. Aos 64’, Mourinho sacou Adebayor, que mal tocou na bola, e colocou um velho conhecido dos torcedores locais: o atacante Karim Benzema. O camisa 9 da equipe de Madrid fez valer a mudança logo na primeira jogada. Recuperou uma bola perdida, e, após triangulação com Ozil e Cristiano Ronaldo, limpou os zagueiros e tocou para o fundo das redes. Foi o primeiro gol da equipe espanhola no Gerland. Ironicamente, o tento foi anotado por um ex-jogador dos Les Gones.

Durante vinte minutos, o vice-líder do Campeonato Espanhol teve o controle da partida. Os fatos mais relevantes acontecidos neste intervalo de tempo foram as substituições feitas pelos técnicos. Pelo Real Madrid, entraram Diarra (no lugar de Khedira) e Marcelo (no lugar de Ozil). Pelo Lyon, saíram Michel Bastos e Kallstrom para as respectivas entradas de Briand e Pjanic.

Sem ter o volume de jogo da etapa anterior, o empate do Lyon só poderia sair de uma maneira: na bola parada. E, aos 83’, após bola levantada na área, Cris cabeceou e a redonda sobrou nos pés de Gomis, que, sozinho, bateu de primeira e empatou o cotejo. Placar final: 1 a 1. No próximo confronto, no dia 16 de março, no Santiago Bernabéu, o time de José “Special One” Mourinho terá a vantagem do empate sem gols.

Hoje, também em partida válida pelas oitavas de final da Champions, o Chelsea venceu o Copenhagen, na Dinamarca, por 2 a 0.

*De volta para o passado:

O primeiro confronto entre as equipes aconteceu no dia 13 de setembro de 2005. A partida, válida pelo Grupo F da Champions League 05/06, foi realizada no Gerland e, com gols de John Carew, Juninho Pernambucano e Wiltord, o Lyon bateu o Real Madrid por 3 a 0.

A vitória foi toda construída no primeiro tempo. Aos 21 minutos, Carew desviou levemente falta batida por Juninho, enganando Casillas. O brasileiro chegou a comemorar o gol como se fosse seu. Cinco minutos depois, batendo falta de uma distância ainda maior, Juninho acertou um petardo no canto direito de Casillas. A comemoração, emocionada, teve direito até a beijo no escudo do clube. Wiltord fechou o placar aos 31’, após receber passe de Réveillère.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Taça GB: Flamengo e Boavista se classificam nos pênaltis e decidirão o primeiro turno do Campeonato Carioca


Botafogo x Flamengo

Botafogo e Flamengo fizeram hoje (20) um jogo bastante movimentado, pela semifinal da Taça Guanabara, no Engenhão. A partida, decidida nos pênaltis, consagrou, pela primeira vez no Fla, o goleiro Felipe, que defendeu duas cobranças e levou o rubro-negro à final do primeiro turno.

O primeiro tempo da partida foi de domínio completo do Flamengo. O Botafogo entrou em campo muito cauteloso, sem saída de bola e sem uma marcação forte, dando muito espaço para o time treinado por Vanderlei Luxemburgo chegar à intermediária e ameaçar o gol de Jéfferson. Aos 14’, após escanteio cobrado por Thiago Neves, Ronaldo Angelim subiu mais alto que todos e cabeceou para o gol: 1 a 0.

O Botafogo tinha muita dificuldade para criar jogadas e insistia em lances pelo lado esquerdo, com Márcio Azevedo. O camisa 6 chegou a ameaçar a meta de Felipe aos 29 minutos ao tentar uma bicicleta, mas a bola não pegou a força necessária e o goleiro do Fla defendeu facilmente. Ao final do primeiro tempo, Thiago Neves quase ampliou o placar, de cabeça, mas Jéfferson impediu o tento com uma defesa espetacular. O Flamengo, mesmo sem jogar de maneira exuberante, deixou o gramado com a sensação de que poderia ter uma vantagem maior sobre o rival.

Observando as falhas de seu time, Joel Santana resolveu mudar algumas peças. Éverton entrou no lugar de Márcio Azevedo e o meio campo alvinegro ganhou um toque de criatividade na segunda etapa. O gol de empate não demorou para sair. Aos 4 minutos, Alessandro deixou Abreu de cara para o gol. O uruguaio não perdoou e, com categoria, colocou a bola no fundo das redes.

O Glorioso seguia melhor na partida. Abreu ficou perto de marcar novamente, desta vez usando a cabeça, mas Felipe, no reflexo, fez a defesa. O jogo voltou a ficar equilibrado após a entrada do garoto Negueba, no lugar do apagado Deivid. A revelação rubro-negra pintou e bordou para cima do inconstante Arévalo Rios e incendiou a partida.

Aos 30’, Ronaldinho Gaúcho, que não jogou mal, porém, ainda não fez sua grande exibição com a camisa 10 do Fla, quase marcou seu primeiro gol em clássicos. O craque dominou a bola após escanteio e chutou para a meta, mas a bola passou caprichosamente rente à trave. Logo depois, o Botafogo respondeu em chute perigoso de Éverton.

A peleja seguia movimentada. Após receber passe de Ronaldinho, Negueba bateu forte contra o gol e obrigou Jéfferson a fazer mais um milagre. No último lance da partida, o camisa 1 do Botafogo voltou a mostrar seu valor ao defender falta cobrada por Ronaldinho. O cotejo chegava ao fim, e a decisão por pênaltis definiria o finalista da Taça GB.

A primeira cobrança foi de Márcio Rosário, do Botafogo. O grandalhão bateu forte e balançou as redes de Felipe. Léo Moura foi o primeiro a bater pelo Fla e, por muito pouco, não perdeu o penal. Jéfferson voou no canto certo e chegou a tocar na bola, que entrou quicando dentro do gol.

Na sequência, Éverton, que em 2009 vestiu a camisa do Flamengo, bateu no canto direito e Felipe foi buscar. O camisa 1 do time da Gávea também defendeu a cobrança de Somália. Antes do volante botafoguense perder a cobrança, demonstrando a deficiência de certos jogadores no fundamento, Renato Abreu já havia convertido o pênalti para os rubro-negros. O meio-campista Fernando aumentou a vantagem do Fla, que venceu após Renato Cajá chutar para fora, decretando a vitória rubro-negra.

Fluminense x Boavista

O duelo de sábado (19), entre Fluminense e Boavista, pela outra semifinal da Taça GB, foi de Davi contra Golias, e, assim como na história bíblica, o improvável aconteceu. Com uma marcação forte, e explorando as falhas defensivas do adversário, o Boavista empatou em 2 a 2 com o Fluminense e venceu o tricolor na disputa de pênaltis.

A torcida Pó de Arroz comemorou logo aos 8 minutos. Após falta sofrida por Fred, Marquinho, em uma belíssima cobrança, abriu o placar para o Flu. Na jogada seguinte, outro golaço em bola parada, desta vez a favor do time de Saquarema. Em jogada ensaiada, Tony acertou uma bomba indefensável no ângulo de Ricardo Berna. Após algumas tentativas, o Flu conseguiu virar o marcador aos 37’, em cabeçada de Fred. Ao final do primeiro tempo, o time de Muricy Ramalho vencia a peleja.

A vitória tricolor não resistiu aos primeiros dez minutos do segundo tempo. Após falha da defesa, outrora impenetrável, chefiada por Gum e Leandro Eusébio, o atacante André Luís aproveitou a jogada de Leandro Chaves, pela ponta-esquerda, e empatou o jogo.

Desesperado, o Fluminense pressionou o Boavista nos momentos finais, mas a igualdade permaneceu e a partida foi decidida nas cobranças de penais. No ano passado, o Flu havia sido eliminado pelo Vasco na disputa de pênaltis das semifinais da Taça GB. Neste ano, só mudou o carrasco. O modesto time do treinador Alfredo Sampaio converteu todas as cobranças, e contou com as defesas de Thiago nas cobranças de Conca e Rodriguinho para se classificar para a final do primeiro turno, feito histórico para o Verdão de Saquarema.

* De volta para o passado:

No ano passado, nas semifinais da Taça Guanabara, o Vasco venceu, nos pênaltis, o Fluminense e conquistou sua vaga na final. A partida, realizada no Maracanã, terminou em um empate sem gols. Pelo Vasco, todos os batedores converteram as cobranças. Pelo Flu, Alan perdeu a última cobrança, que sacramentou a derrota tricolor.

Também no Maracanã, Flamengo e Botafogo se enfrentaram para decidir quem iria disputar o título do primeiro turno com o Vasco. O Fla saiu na frente, aos 26 minutos, com Vinícius Pacheco. O empate alvinegro veio nos pés de Marcelo Cordeiro, aos 34’. Quando a partida se encaminhava para a decisão por pênaltis, o “talismã” Caio fez o gol da vitória botafoguense. Na decisão do primeiro turno, o Botafogo venceu o Vasco por 2 a 0, gols de Fábio Ferreira e Loco Abreu.

Pré-jogo: Botafogo x Flamengo


Botafogo e Flamengo se enfrentam hoje, no Engenhão, pelas semifinais da Taça Guanabara. Nos últimos anos as equipes se encontraram nas finais do certame, o que alimentou mais ainda a rivalidade. O vencedor do confronto de hoje, considerado uma final antecipada, terá grandes chances de vencer o primeiro turno, visto que o Fluminense perdeu de forma impressionante para o Boavista.

No dia 6 de abril de 1997, Botafogo e Flamengo se encontraram pela segunda rodada do segundo turno do Campeonato Carioca e empataram em 2 a 2, um placar conhecido para quem acompanha o clássico.

O primeiro gol foi marcado por Sorato, aos 4 minutos, após cruzamento de Aílton, na ponta-direita. Aílton aumentou a vantagem do Glorioso, aos 19’, em um belíssimo arremate de fora da área. A reação rubro-negra começou aos 28’, em cobrança de pênalti convertido por Romário. Posteriormente, o Baixinho ainda desperdiçou outro penal, cometido por Gonçalves. Ao final do primeiro tempo, vitória alvinegra.

Na segunda etapa, o Flamengo, do então (pressionado) técnico Júnior, buscou o resultado a todo instante. Aos 59’, o zagueiro Júnior Baiano aproveitou o toque sutil de Romário para ficar de cara para o gol e estufar as redes de Wágner.
Placar final: 2 a 2.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Pré-jogo: Fluminense x Boavista


Fluminense e Boavista se enfrentam amanhã, no Engenhão, pelas semifinais da Taça Guanabara. A equipe de Muricy Ramalho é favoritíssima para conseguir uma vaga na decisão do primeiro turno do Campeonato Carioca, mas, como diz um dos incontáveis chavões do futebol: “Em campo, são onze contra onze”.

O Boavista nunca conseguiu uma vitória sobre o Tricolor das Laranjeiras. No dia 24 de abril de 1996, quando o time de Saquarema ainda se chamava Esporte Clube Barreira, perdeu por 2 a 1 para o Flu. No mesmo ano, nova vitória tricolor, desta vez por 1 a 0. Em 1997 as equipes ficaram em um empate sem gols.

Em 2004, após ser comprado por um grupo de empresários, o time foi rebatizado como Boavista, e disputou seu primeiro Campeonato Carioca em 2007. Na primeira partida contra o time das Laranjeiras, uma derrota por 4 a 3, em um jogo de muitos gols. Nos dois anos seguintes, dois empates – em 2008 igualdade de 1 a 1, e, em 2009, 2 a 2.

No ano passado, o Fluminense venceu por 3 a 0. O primeiro gol foi marcado por Conca, de pênalti. O time, até então treinado por Cuca, não jogou bem, mas ainda anotou outros dois tentos, aos 84’ e 86’, ambos com Thiaguinho, que entrara durante a peleja.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Champions League: Tottenham e Arsenal vencem Milan e Barcelona, respectivamente

Nos últimos dois dias, pudemos acompanhar as primeiras partidas das oitavas-de-final da Champions League. Na terça-feira (15), o Tottenham foi até Milão e, com gol de Peter Crouch, venceu o Milan por 1 a 0 (para saber como foi o jogo clique aqui). Ontem (16), de forma emocionante, o Arsenal venceu o Barcelona em Londres (clique aqui para saber mais sobre a partida). As partidas de volta serão realizadas nos dias 7 e 8 de março, em Londres e Barcelona, respectivamente.

*De volta para o passado:

Tottenham x Milan (1972)

Até a última terça-feira (15), Tottenham e Milan haviam se enfrentado apenas duas vezes na história. Na temporada 1971/1972, os times se encontraram nas semifinais da Copa da UEFA, atual Europa League, e o time inglês levou a melhor: venceu a primeira partida em casa, por 2 a 1, e empatou a segunda em 1 a 1. O resultado levou o Tottenham à final contra o Wolverhampton, vencida pelos Spurs.

O primeiro dos jogos entre as equipes, no White Hart Lane, aconteceu no dia 5 de abril de 1972. A partida foi equilibrada. O Milan saiu na frente em um belo gol de Benetti, aos 25 minutos. O camisa 8 rossonero acertou, da entrada da área, um chute indefensável para o goleiro Jennings.

A resposta dos Spurs veio aos 32’, também em um golaço de um camisa 8, Steve Perryman. As duas equipes seguiam brigando muito pela posse de bola, e a peleja continuou equilibrada. No segundo tempo, aos 65’, Perryman voltou a mostrar que seu pé estava calibradíssimo. O meio-campista dominou a bola, que havia sobrado na intermediária, e soltou uma bomba com a perna direita. A redonda entrou no canto direito de Gudicini, sacramentando a vitória – e posterior classificação -dos Lilywhites.

Barcelona x Arsenal (2006)

Em 2006, Culés e Gunners fizeram o que foi, até agora, o confronto mais importante da história entre as equipes. A final da Champions League da temporada 05/06, disputada no Stade de France, marcou o encontro do time de Ronaldinho Gaúcho com o de Thierry Henry.

Logo no início do cotejo, o goleiro Gunner, Jens Lehman, fez falta em Eto’o e foi expulso. O técnico Arséne Wenger teve que sacrificar Robert Pirès, que deu lugar ao goleiro espanhol Manuel Almunia. Mesmo com um a menos em campo, foi o time londrino que abriu o placar, aos 37’, em cabeçada do zagueiro Sol Campbell.

O jogo era difícil para o Barça, que não contou com uma atuação inspirada de Ronaldinho Gaúcho, que, naquele ano, desequilibrava para o time da Catalunha. Aos 76’, em jogada pela ponta esquerda, Samuel Eto’o empatou a partida. A virada blaugrana veio de forma dramática, aos 81 minutos. O brasileiro Belletti, que havia entrado, dez minutos antes, no lugar de Oleguer, recebeu passe de Larsson, na ponta direita, e chutou forte contra a meta de Lehman, marcando o gol do segundo título do clube catalão no torneio.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Há 25 anos, Zico marcava três gols em um Fla-Flu


Há exatos 25 anos, Zico fazia uma de suas maiores atuações com a camisa do Flamengo em um Fla-Flu. O ano era 1986, e o Fla enfrentava o Fluminense já na primeira rodada do Campeonato Carioca. A partida, com um público de mais 80 mil pagantes, era também um teste para Zico, que, um ano antes sofrera entrada criminosa de Márcio Nunes e voltava de uma grave contusão.

O Galinho entrou em campo sendo saudado ironicamente pela torcida tricolor, que o chamava de “bichado”. A resposta veio em campo. Aos 10 minutos, Adílio alçou bola na área. Zico apareceu de surpresa, subiu mais do que os zagueiros do Flu, e anotou o seu primeiro gol no jogo.

O grito de provocação oriundo da parte tricolor das arquibancadas ficou mais quieto. Porém, aos 43 minutos, voltou a ganhar força após o gol de empate feito por Leomir, de pênalti. Ainda no primeiro tempo, Zico acertou o travessão do goleiro Paulo Vítor em cobrança de falta. Na etapa final o endereço da redonda seria outro.

Aos 27 minutos do segundo tempo, mais uma falta a favor do Flamengo. Zico ajeitou a bola com carinho e bateu, com efeito, no contrapé de Paulo Vítor, virando o jogo para o time da Gávea. Logo depois, após bela troca de passes do time que ainda contava com Sócrates no meio-campo, o então jovem atacante Bebeto, que havia perdido várias oportunidades, recebeu a bola pela direita e chutou forte para o fundo das redes, garantindo praticamente a vitória.

O êxito, porém, não estava completo. Cinco minutos depois, como se fosse uma Blitzkrieg, o Flamengo chegou ao quarto gol em cobrança de pênalti de Zico. Foi o terceiro tento do Galinho no cotejo, mostrando que, mesmo com um joelho que não se encontrava nas condições ideais, ele ainda fazia (muita) diferença quando entrava em campo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O Adeus de Ronaldo


O dia 14 de fevereiro de 2011 já entrou para a história do futebol. Hoje, Ronaldo anunciou oficialmente sua aposentadoria dos gramados. Tudo bem que o dentuço não mostrava em campo nem metade do que todos nós sabíamos que ele havia jogado, e que ostentava uma barriga de fazer inveja aos que gostam de beber sua cerveja acompanhados de petiscos pra lá de gordurosos. Mesmo assim é triste saber que não o veremos mais em campo.

A história de Ronaldo Luiz Nazário de Lima no esporte bretão é lindíssima. Começou jogando futsal pelo Social Ramos Clube, do Rio de Janeiro. Logo depois, virou “cadete” jogando pelo São Cristóvão e teve o passe comprado, por 25 mil dólares, pelo Furacão da Copa de 70, Jairzinho. O ex-atacante da Seleção Brasileira vendeu o habilidoso menino para o Cruzeiro pela bagatela de 500 mil dólares, um supernegócio.

Jogando pelo time celeste de Minas Gerais, Ronaldo apareceu para o futebol nacional sendo, inclusive, convocado para a Copa do Mundo de 1994, onde, mesmo não tendo jogado nenhuma partida, fez parte do grupo campeão do mundo. No mesmo ano foi vendido, por 6 milhões de dólares, para o PSV Eindhoven, da Holanda, onde ficou até 1996 e virou ídolo. Seguiu os passos de Romário e, em mais uma transferência milionária (20 milhões de dólares), rumou para a Catalunha, onde defendeu o Barcelona.

O tempo no qual vestiu azul-grená foi quando teve suas atuações mais espetaculares, com destaque para o golaço marcado em partida contra o Compostela. Virou ídolo Culé e sagrou-se melhor jogador do mundo em 1996. Repetiu o feito no ano seguinte e depois seguiu para a Itália, mais precisamente para Milão.

Na Velha Bota, defendeu as cores nerazzuri da Internazionale, sendo peça importantíssima na conquista da Copa da UEFA, em 1998. No mesmo ano, fracassou na Copa do Mundo da França, onde, em um episódio até hoje muito controverso, entrou em campo na final do torneio, contra a seleção local, horas após sofrer uma convulsão. Em 2000, ainda pela Inter, quando retornou a um jogo oficial após um longo tempo tratando de uma contusão no joelho, sofreu uma das mais impressionantes lesões já registradas no mundo da bola. Para muitos, acabava ali a carreira do “Fenômeno”.

A volta por cima viria dois anos depois, onde foi peça chave para a conquista do pentacampeonato mundial da Seleção Brasileira, sendo artilheiro do certame, com 8 gols. Após a Copa do Mundo foi vendido ao Real Madrid, onde já chegou conquistando o Mundial de Clubes. Na Copa do Mundo de 2006, começou a aparecer a dificuldade do atacante com a balança, e Ronaldo passou a ser duramente criticado por sua forma física. Nas quartas de final fracassou, juntamente com outras grandes estrelas, diante da França.

Em 2007, já entrando em uma descendente em sua carreira, deixou o Real Madrid e voltou a Milão, desta vez para defender o Milan. Apesar de todo o carinho que recebeu da torcida rossonera, não correspondeu em campo, jogando poucas partidas e ficando longos períodos no departamento médico. Em 2008, ao tentar subir para cabecear uma bola, caiu no chão com a mesma lesão que teve oito anos antes: ruptura do tendão patelar, desta vez do joelho esquerdo. Ao final da temporada corrente não teve o contrato renovado pelo Milan.

O processo de recuperação foi todo feito no Flamengo, até então clube de coração do craque. Muitos eram os torcedores que sonhavam em vê-lo vestindo a camisa 9 do Fla, porém o episódio mais marcante de Ronaldo com a camisa rubro-negra foi também o mais vexatório: em abril de 2008 o atacante se envolveu em uma confusão com travestis. Para a tristeza dos flamenguistas, Ronaldo vestia a camisa do Flamengo na ocasião. Porém, só perdeu o apoio dos rubro-negros meses depois.

No final deste turbulento ano, o atacante acertou sua ida para o Corinthians, surpreendendo a todos e enfurecendo diretores e torcedores do Flamengo. Jogando em São Paulo, muitos não acreditavam mais na eficiência do atacante, que passou a sofrer mais ainda com os comentários a respeito de seu peso. Porém, em seu primeiro semestre pelo Timão, foi protagonista das conquistas do campeonato Paulista e Copa do Brasil. Foi a última vez que conseguiu calar os críticos.

No restante daquele ano, no ano passado e na atual temporada, o atacante não se encontrava mais em campo. Fracassou com o Corinthians na disputa pelos títulos do Brasileirão e da Libertadores. Hoje, em entrevista coletiva, com os olhos marejados, oficializou sua retirada dos campos.

A decisão foi acertada. Como ele mesmo disse, “o corpo não acompanhava mais o raciocínio em campo”, e jogo após jogo, Ronaldo se transformava cada vez mais em um jogador comum. Toda despedida é triste, mas necessária. É como ler um livro cheio de altos e baixos, porém repleto de glórias. O fim, em dado momento, é necessário, e quando esta hora chega, tudo o que foi ruim fica para trás, como se fosse uma simplificação matemática. Hoje, Ronaldo deixou de ser jogador e se transformou, de vez, em um mito.

Taça GB: Semifinais do primeiro turno já estão definidas


O primeiro turno do Campeonato Carioca chega ao seu momento de definição, as semifinais da Taça Guanabara já estão definidas. No próximo sábado (19), o Fluminense enfrentará o Boavista no Engenhão. No dia seguinte (20), no mesmo estádio, Botafogo e Flamengo fazem o clássico que definirá o outro finalista da Taça GB. Veja abaixo como foram os jogos de ontem:

FLUMINENSE:

Em Volta Redonda, o Fluminense contou com a fase iluminada de Rafael Moura para vencer o Madureira e se garantir na primeira posição do Grupo B. O time, que entrou em campo com cinco mudanças em relação ao que vinha jogando, entre elas a barracão de André Luís e Diego Cavalieri, sofreu com a falta de entrosamento. As principais jogadas de perigo utilizadas pelo Flu eram as bolas aéreas, aproveitando as presenças de Fred e Rafael Moura na área.

A presença de dois atacantes mais “presos” não é nenhuma novidade para Muricy Ramalho, que, em sua época de São Paulo utilizou muito bem o artifício. Em campo, o forte calor inibiu a velocidade da peleja, que, em ritmo cadenciado, não dava fortes emoções ao torcedor. As primeiras chances do tricolor vieram no final do primeiro tempo, nos pés de Conca e Digão.

Na segunda etapa os times voltaram mais ligados, e, apesar das chances de bola parada do Madureira, o Flu era superior. O goleiro Kléber, com grandes defesas, parou por diversas vezes as investidas do Fluminense, mas o gol era uma questão de tempo. Após muito tentar, aos 28 minutos, o tento finalmente saiu. Aproveitando o cruzamento de Conca, Rafael Moura cabeceou para o gol e marcou seu 5º gol em três jogos, desde seu retorno às Laranjeiras, garantindo a vitória do Flu. Placar final: 1 a 0. No próximo sábado o atual campeão brasileiro enfrentará o Boavista, no Engenhão, pela semifinal da Taça GB.

BOTAFOGO:

O Botafogo recebeu o Macaé no Engenhão. O time precisava apenas de uma vitória para traçar um caminho mais fácil até a final da Taça Guanabara. Porém, a péssima atuação do alvinegro, que ficou apenas no empate, atrapalhou os planos do técnico Joel Santana.

A partida foi muito fraca tecnicamente. O Botafogo começou melhor, mas caiu de produção durante o primeiro tempo, sendo facilmente vencido pela marcação do time alvianil. O castigo veio aos 38 minutos, quando, após jogada do veterano Luís Mário, Robson marcou para o time macaense. Atrás no placar, o nervosismo tomou conta dos jogadores alvinegros, que saíram vaiados pela torcida ao fim dos primeiros 45 minutos.

Quando a segunda etapa começou, Renato Cajá tranquilizou a torcida com mais um belo gol de falta, aos 3’. O camisa 10 do Botafogo vive uma grande fase, mas sozinho não faz milagres. Após o tento de empate, o Glorioso chegou diversas vezes na intermediária do adversário, mas não conseguiu concluir as jogadas com competência. No final das contas, o empate, somado à vitória do Fluminense sobre o Madureira, deixou o time de General Severiano na segunda posição do Grupo B, e selou mais um duelo contra o Flamengo, desta vez na semifinal da Taça GB, como no ano passado.

FLAMENGO:

O Fla foi até Macaé enfrentar o Resende, e, graças a um gol solitário de Deivid, manteve o 100% de aproveitamento no campeonato. O jogo não foi fácil, e a atuação do time de Vanderlei Luxemburgo foi aquém do esperado. Felipe teve de aparecer e fazer algumas boas intervenções, mas o Resende não dava pinta que iria ganhar.

Aproveitando o excelente início de temporada de Léo Moura, a equipe insistia nas jogadas pelo lado direito. Ironicamente, no lance do gol, Léo estava no meio campo quando lançou Fierro na direita. O chileno cruzou para a área e Deivid, aos 31’ do segundo tempo, desviou para o fundo das redes, garantindo mais uma vitória flamenguista no certame.

VASCO:

O Vasco não disputava uma vaga para as semifinais da Taça Guanabara. Jogava em nome da dignidade, e, desta maneira, goleou o América por impiedosos 9 a 0. A surra imposta ao Mequinha, no Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, foi a maior da história do confronto, superando a vitória vascaína por 8 a 2 no Campeonato Carioca de 1949.

O primeiro gol saiu logo aos 4 minutos, com Fágner. O lateral partiu com a bola de seu campo de defesa, mostrando desde cedo o tamanho da ineficácia da marcação rubra, tocou para Éder Luis, e apareceu na área para estufar as redes. Felipe, em chute de fora da área, desviado pela zaga americana, aumentou a vantagem aos 18’.

O Gigante da Colina seguiu pressionando o adversário. Aos 23’, Ramón bateu falta e contou com a falha do goleiro Mota para marcar o terceiro. O quarto veio dois minutos depois, em cabeçada de Marcel, após escanteio. O último tento da primeira etapa saiu dos pés de Enrico - que entrou no lugar de Felipe, machucado-, aos 37’. O jogador aproveitou os buracos deixados pela zaga do América e, cara a cara com o goleiro, não desperdiçou.

O segundo tempo começou e o massacre não teve fim. A rede balançou pela sexta vez aos 5’, em chute forte de Caíque. Ramón marcou outro e Jéferson também deixou sua marca. O gol derradeiro veio aos 44 minutos, novamente com Enrico. Para o torcedor vascaíno fica a esperança de um segundo turno muito melhor. Os torcedores americanos terão, novamente, de torcer contra o rebaixamento.

*De volta para o passado:

Pela 7ª rodada da Taça GB 2010, ao contrário deste ano, todos os grandes se classificaram para a fase semifinal. Todos os jogos foram realizados no dia 7 de fevereiro.

O Flamengo enfrentou o Boavista, em Volta Redonda, e venceu por 2 a 1. Os gols foram marcados por Bruno Mezenga e Kléberson. Édson marcou para o Boavista. A vitória garantiu o Fla na primeira posição do Grupo A. O oponente da semifinal foi o Botafogo, que ficou com a segunda posição do Grupo B.

No Engenhão, o Botafogo enfrentou o Resende e, em um jogo de muitos gols, venceu por 5 a 2. O uruguaio Loco Abreu anotou três tentos. Os outros dois foram de Marcelo Cordeiro e Wellington Júnior. Pelo Resende, Elias marcou dois gols, um no início e um no final do cotejo.

Líder do Grupo B, o Vasco terminou sua participação na fase de grupos do primeiro turno com um empate de 2 a 2 com o Madureira, em São Januário. Alex Oliveira abriu o placar para o tricolor suburbano, mas logo depois o Nílton empatou para os cruzmaltinos. O Madureira virou o jogo com Arthur Sanches, mas Thiago Martinelli igualou as coisas para o Gigante da Colina, que enfrentaria o Fluminense na semifinal.

Jogando no Engenhão, o Fluminense não passou de um empate sem gols com o Olaria.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Com os pés na Europa: a bola não pára de rolar


Que o futebol é uma grande febre mundial, todos nós já sabemos há muito tempo. Mas é incrível como uma simples viagem e algumas coincidências nos mostram o quanto isso é verdadeiro.

Entre os dias 27 de janeiro e 9 de fevereiro deste ano, estive no Velho Continente para uma viagem puramente de lazer -motivo pelo qual este blog andou um pouquinho mais lento. Fui acompanhado de amigos e amigas que até gostam de futebol, porém não são tão viciados no esporte bretão como o que vos escreve. Por esta razão, o roteiro não foi muito focado no mundo da bola, o que não impediu que as referências futebolísticas chegassem aos nossos pés.

Com pouco tempo e dinheiro, estive em três países: Holanda, Alemanha e França, respectivamente. A primeira estadia, Amsterdam, respira o Ajax em todos os cantos. Em grande parte das lojas há referências ao clube.

Clubes ingleses, italianos, espanhóis e alemães também possuem sua projeção na Holanda. No museu da Heineken, há uma sala dedicada à Champions League – a cerveja patrocina a competição. No corredor principal, que dá acesso à sala, podemos ver camisas do Arsenal, Manchester United, Chelsea, Barcelona e Milan. Mais tarde, andando pelas ruas, pude encontrar vários pubs com cardápios que remetiam ao Calcio e outros que passariam os jogos da F.A Cup no dia 30 de janeiro: Notts County x Manchester United e Arsenal x Huddersfield Town.

A grande coincidência da viagem aconteceu dias depois, em Berlim, quando conheci um torcedor fanático do Huddersfield, que, no frio alemão, ostentava em seu pescoço o cachecol do time que acabou perdendo por 2 a 1 para os Gunners.


Falando em cachecóis, este é um item bastante popular (imagino eu, principalmente, no inverno), e podemos notar isso quando assistimos aos jogos europeus pela TV. Mesmo assim, a quantidade vendida na cidade espanta. Berlim possui dois times: o Hertha, que caiu no ano passado e deve conseguir o acesso este ano (é líder do certame), e o FC Union, que atualmente está na 13ª posição. As equipes jogaram pela 21ª rodada da 2. Bundesliga. Todos os ingressos estavam esgotados e, infelizmente, não consegui acompanhar in loco a vitória do Union sobre o Hertha por 2 a 1. Entretanto, a experiência de ao menos tentar entrar no jogo foi muito proveitosa.


No entorno do Estádio Olímpico de Berlim, o forte policiamento espantou. Surpreendeu também ver que a maioria das muitas cervejas que os torcedores bebiam eram em garrafa, e quase não se via os cacos pelo chão. Para se chegar ao estádio é fácil até mesmo para quem não sabe falar nenhuma palavra em alemão, como foi meu caso. Basta pegar o trem e rumar para a estação Olympia Stadion. Durante o trajeto até o estádio, notei que o ato de um pai levar o filho para ver futebol é algo quase que universal.

Os poucos dias que passei na França me mostraram a popularidade local do Paris Saint German, novamente com a maciça venda dos cachecóis. Surpreendeu também a quantidade de brasileiros no local. Andando na rua deu para identificar, por exemplo, torcedores do Cruzeiro, Atlético-MG e Botafogo. A conclusão final é óbvia, mas, por ter sido vivenciada, é bastante forte. O futebol, realmente é uma grande paixão mundial.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Clássico vovô


O Clássico Vovô tem este nome por se tratar do clássico mais antigo do futebol brasileiro, o segundo mais antigo da América do Sul –perdendo somente para Nacional x Peñarol, no Uruguai. Hoje, Botafogo e Fluminense se enfrentam mais uma vez, em uma história que já é centenária. Uma das grandes partidas entre os dois clubes aconteceu em 1923, em um embate emocionante vencido por 5 a 3 pelo alvinegro. No dia em que o jovem atacante Nilo se destacou.

O Flu era o franco favorito para a partida, e o time alvinegro era considerado fraco. A primeira chance da partida saiu dos pés de Zezé, mas o atacante tricolor chutou a bola para fora. O goleiro botafoguense, Santa Maria, ainda fez duas boas defesas, uma delas defendendo falta cobrada por Preguinho. Aos 22 minutos, Nilo começou a fazer a diferença para o Glorioso. O atacante driblou o defensor Chico Neto e, de frente para o gol, não perdoou. Logo depois, pênalti para o Fluminense. Zezé converte.

Dois minutos depois, Nilo voltou a deixar o alvinegro na frente, aproveitando o rebote dado pelo goleiro Ramos em chute de Juca. O primeiro tempo terminou empatado em 2 a 2. O gol do Flu foi marcado novamente por Zezé, desta vez cobrando falta.

O jogo não perdeu em emoção na segunda etapa. Nilo, novamente, deixou o Botafogo na frente. O time das Laranjeiras pressionava, dando trabalho a Santa Maria. Depois de muita insistência, Vinhais empatou pela última vez. O jogo continuou muito equilibrado, mas o Botafogo teve mais organização e contou com um dia inspirado de seu atacante, que desta vez virou garçom e tocou para Riva marcar. O quinto gol alvinegro nasceu de seus pés, mas a bola ainda passou por Carvalho Leite e, finalmente, encontrou as redes após arremate de Juca.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Fausto, "A Maravilha Negra"


Fausto dos Santos nasceu em Codó, no Maranhão, no dia 2 de fevereiro de 1905 e, ainda criança, sua família tentou a sorte no Rio de Janeiro. Morando no subúrbio carioca, deu os primeiros passos nas quatro linhas defendendo a equipe de amadores do Bangu, onde ficou durante dois anos. Em 1929 foi comprado pelo Vasco, como meia-direita, mas o técnico Harry Welfare precisava de um jogador que ligasse a defesa ao ataque e colocou Fausto na posição. A partir daí, o jogador mostrou o seu valor e ajudou o cruzmaltino a ser campeão carioca.

No ano seguinte foi convocado para a Seleção Brasileira, que disputaria, no Uruguai, a primeira Copa do Mundo. Apesar da péssima campanha da seleção, Fausto foi o único jogador que não saiu completamente derrotado, e, devido ao seu grande futebol recebeu da imprensa uruguaia a alcunha de “Maravilha Negra”.

Após o mundial, ao excursionar com o Vasco pela Europa, encantou os dirigentes do Barcelona com seu futebol e foi contratado em uma época na qual o preconceito racial era tão grande que fazia inveja aos atos abomináveis que, infelizmente, ainda acontecem hoje. Talvez até por conta disso, a “Maravilha Negra”, não durou muito na Catalunha. Após um breve período defendendo o Young Fellows, da Suíça, voltou ao Vasco com seis quilos a menos do que o habitual. A boemia já afetava seu físico e o jogador dava mostrava os primeiros sinais da tuberculose que o atingiria.

Mesmo sem ter o fôlego e o preparo físico de antes, ainda era um craque. E em 1934, jogando ao lado de Domingos da Guia, foi campeão estadual pela Liga Carioca de Football, seu último título no futebol. No ano seguinte, rumou para a cidade que lhe rebatizou, Montevidéu, para defender o Nacional. Ficou no Uruguai por um ano e voltou, novamente, para o futebol brasileiro, desta vez para defender seu antigo rival, o Flamengo.

Vestiu a camisa rubro-negra até 1938. Quando o treinador húngaro Dori Kruschner resolveu colocá-lo na zaga, por razões de preparo físico, Fausto não aceitou e colocou o clube na justiça, mas acabou perdendo a causa. Após algumas partidas jogando na reserva, percebeu que deveria abandonar os campos para tratar de sua saúde. Internou-se em um sanatório, onde acabou falecendo em 1939.