segunda-feira, 27 de junho de 2011

BR-2011: Quatro jogos, quatro vitórias


Com participação no primeiro gol, e anotando o segundo, Elkerson foi, mais uma vez, um dos destaques do Botafogo

BOTAFOGO:

Desfalcados de seus goleiros titulares, que estão com a Seleção Brasileira, Botafogo e Grêmio se enfrentaram, ontem (26), no Engenhão. A partida, bem jogada pelo Alvinegro, teve mais uma interrupção por causa de uma falta de luz no estádio botafoguense. No final das contas, o Botafogo venceu por 2 a 1 e subiu ainda mais na tabela.

O Alvinegro começou melhor, e pressionava um acuado Grêmio. A primeira grande chance veio nos pés de Marcelo Mattos, que chutou de longe e obrigou Marcelo Grohe, substituto de Víctor, a fazer uma belíssima defesa.  O Glorioso ainda teve outras chances, mas não conseguia abrir o placar. Do outro lado, Renan, substituto de Jéfferson, também fez uma bela defesa; o Botafogo diminuiu o ímpeto e deixou o Tricolor Gaúcho crescer no final dos 45 minutos iniciais, mas o primeiro tempo terminou no zero.

Na etapa derradeira, Renan voltou a mostrar o seu valor e impediu o gol de William Magrão, após contra-ataque. Incomodado, Caio Júnior resolveu mexer na equipe e fez uma audaciosa mudança: sacou Éverton (que vinha de um bom primeiro tempo) e Maicosuel (sumido em campo, talvez por conta da virose adquirida na véspera da partida) para as entradas de Cidinho e Caio. A torcida chiou. A alteração esperada era Herrera por Alex, o que não aconteceu.

As substituições deram (muito) certo, e, aos 68’, Fernando, que já tinha cartão amarelo, foi expulso após fazer falta em Cidinho. O franzino jogador estava endiabrado, e mostrou muita habilidade. Aos 70’, Elkerson aproveitou rebote do escanteio cobrado por ele mesmo, limpou o zagueiro, e chutou para o meio da área. Marcelo Mattos mostrou coragem e cabeceou o petardo desferido para o fundo das redes.

Não tenho dúvidas de que a emoção do camisa 5 foi enorme, até por que pode ter sido seu último jogo pelo Glorioso, já que seu contrato de empréstimo termina no final do mês. A diretoria, no entanto, luta pela permanência do cão de guarda. Outro ponto que merece os cuidados da administração alvinegra são as luzes do Engenhão, que apagaram (pela terceira vez no ano) pouco tempo depois do tento.

Após vinte minutos de escuridão, o Botafogo ampliou quando a bola voltou a rolar. E o gol teve grande participação de Caio, que não caiu na área, fez bela jogada e rolou para Elkerson estufar o barbante gremista. O time comandado por Renato Gaúcho ainda descontou com o ex-botafoguense Rafael Marques, em um lance um tanto quanto sem querer, mas o jogo terminou com a vitória do Glorioso, que ocupa agora a 4ª colocação, com 11 pontos ganhos.

VASCO:



Os cruz-maltinos foram até Goiânia enfrentar o Atlético Goianiense e penaram para conquistar os três pontos. A vitória foi garantida por um belo gol de Felipe, no primeiro minuto do cotejo. O resultado foi mantido somente pela grande atuação de Fernando Prass, que fez grandes defesas sob as traves e impediu que a superioridade do Dragão se traduzisse em gol. Com a vitória, o Gigante da Colina, com 11 pontos, está logo atrás do Botafogo, na 5ª colocação.

FLUMINENSE:


Se os últimos resultados foram muito aquém das expectativas da crítica e da torcida, o Fluminense voltou a vencer no BR-2011. A vitória conquistada pelo placar mínimo, em Florianópolis, contra o Avaí, foi difícil, visto que o Tricolor Carioca tinha um jogador a menos desde o final do primeiro tempo, quando Rafael Moura foi expulso. O gol do Flu veio nos pés de Conca, o grande herói do último campeonato, aos 36’ do primeiro tempo. Foi a primeira vitória do time das Laranjeiras sob o comando de Abel Braga.

FLAMENGO:


O clima não era o melhor pela parte dos flamenguistas antes do jogo contra o Atlético Mineiro, sábado (25), no Engenhão. A péssima atuação, principalmente de Ronaldinho Gaúcho, no empate sem gols com o Botafogo gerou protestos durante a semana na Gávea, mas, nada que uma goleada não melhore. Contando com uma boa atuação de seu camisa 10, o Fla venceu o Galo por 4 a 1, de virada.

O primeiro tempo foi péssimo. O Flamengo dificultava a saída de bola do time mineiro, que já não era lá essas coisas. O primeiro lance de perigo da peleja foi um chute de Renato, na faixa dos 20’. O Galo também teve sua chance, defendida por Felipe. Ronaldinho até procurava o jogo, mas, pouco a pouco ia sumindo. O primeiro tempo terminou, mais uma vez, sem gols.

Voltando com o mesmo time, o Fla continuava marcando bem. O time de Dorival Júnior sofreu duas mudanças: saíram Daniel Carvalho e Magno Alves para as respectivas entradas de Renan Oliveira e Neto Berola. O que mudou também foi o placar, que saiu do zero aos 51 minutos, depois que Dudu Cearense desviou falta cobrada por Serginho e enganou Felipe. Parecia ser mais um jogo para alimentar a má fase do time com a torcida.

O que os jogadores do Atlético Mineiro esqueceram, ou ignoraram, foi que do outro lado, Ronaldinho Gaúcho, mesmo em má fase, ainda tem um toque diferencial. O camisa 10 aproveitou o espaço que vinha sendo dado a ele no lado esquerdo do ataque e, sozinho, aproveitou sobra de bola na área para chutar e fazer um belo gol, aos 66’. O empate empolgou o time de Vanderlei Luxemburgo, que não demorou a virar o cotejo, aos 76’,com Thiago Neves.

Com mais confiança, Ronaldinho aparecia mais e dava bons passes. Desorganizado e afobado, o Atlético Mineiro partiu com tudo para cima e deixou os rubro-negros aumentarem ainda mais a vantagem. E coube a Deivid, que entrara no lugar de Wanderlei, a tarefa de fechar o caixão dos mineiros. O primeiro tento, aos 86, chegou até a lembrar sua época de Fenerbahçe. O segundo, e último da partida, foi fácil; o camisa 9 só precisou empurrar a redonda para o gol. Final de jogo: Flamengo 4 x 1 Galo.

*De volta para o passado:

A 6ª rodada do BR-2010 não traz boas recordações ao torcedor botafoguense. No dia 2 de junho, o Botafogo vencia o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, por 2 a 0, gols de Herrera e Lúcio Flávio, mas permitiu uma incrível virada do Furacão. Paulo Baier marcou duas vezes e Alex Mineiro fez o gol que deu a vitória ao time paranaense.

Enquanto isso, no Maracanã, o Fluminense recebia o Vitória. E a vitória do Flu veio somente nos últimos minutos. Fred tinha marcado aos 20’. Aos 84’, o time baiano parecia ter feito o gol que selava o empate, com Jonas. Mas, aos 87’ Alan garantiu os três pontos para o Tricolor Carioca.

Um pouco mais tarde, o Flamengo enfrentou o Palmeiras, no Pacaembú, e também conseguiu os três pontos nos minutos finais do encontro. O gol flamenguista foi anotado aos 87’ por Vagner Love. Final de jogo: Palmeiras 0 x 1 Flamengo.

No dia seguinte, em São Januário, o Vasco teve uma derrota nada esperada contra o Guarani. A exemplo do que acontecera com Fla e Flu no dia anterior, o gol que deu a vitória ao Bugre saiu no final do jogo; aos 90’, quando Roger balançou as redes de Fernando Prass.

6ª rodada BR-2010: Fluminense (3º), Flamengo (4º), Botafogo (8º), Vasco (19º).

domingo, 26 de junho de 2011

Um rio de lágrimas

Pavone: um gol e um pênalti desperdiçado na histórica peleja que sacramentou o rebaixamento do River Plate

O rebaixamento do River Plate*, neste domingo (26), foi um acontecimento bastante expressivo para a história do futebol da Argentina. Cair em um sistema de rebaixamento, como o argentino, que privilegia equipes maiores, ao ter como critério a média das últimas três temporadas feitas, é, sem dúvidas, um grande acontecimento; um atestado triplo de incompetência.

Mas, como temos testemunhado aqui pelo Brasil, o rebaixamento não é a morte; é a oportunidade de uma reconstrução. A cultura do futebol sul-americano (principalmente do brasileiro, com exemplos cada vez mais novos e recentes) está se acostumando, agora, a ver suas grandes camisas serem rebaixadas. Na Europa, por exemplo, o descenso faz parte da vida dos clubes há muitos anos. Na Itália, somente a Inter nunca caiu. Na Inglaterra, times como Manchester United e Liverpool também já caíram.

Jogar uma segunda divisão, para um grande clube, sempre é algo vergonhoso. Mas é também uma provação. Provação de humildade. Provação de amor e devoção por parte dos torcedores, que passam um ano inteiro sendo caçoados pelos rivais e, mesmo assim, ajudam no resgate moral de sua paixão. Não tenho dúvidas que será desta forma para os Millionários (como são chamados os torcedores do River).

O que hoje é humilhação, amanhã será orgulho. Não orgulho de uma conquista, pois a volta é uma obrigação. Orgulho de, no pior momento, ter se mostrado presente para ajudar o time; mesmo quando este jogou em campos de várzea, contra times e jogadores desconhecidos. Orgulho de, após a tempestade e as zombarias dos rivais, saber que provou seu amor ao clube. Pois o que alimenta o futebol não é somente bola na rede; é, acima de tudo, paixão.


*O River Plate terminou o Torneio Clausura 2011 na nona posição, mas, graças a sua péssima média nas últimas temporadas, teve que jogar a chamada “Promoción”, uma partida extra para decidir, ou não, o seu rebaixamento. O oponente foi o Belgrano, quarto colocado da segunda divisão, que lutava pelo acesso na elite argentina.

 No primeiro jogo, em Córdoba, vitória por 2 a 0 do Belgrano. Hoje, no Monumental de Nuñez, os Millionários empataram em 1 a 1 (com direito a pênalti perdido) e foram, pela primeira vez em seus 110 anos, rebaixados para a segunda divisão. Com o descenso selado, alguns torcedores do River protagonizaram cenas de confusão, dando muito trabalho para a polícia local. Agora, na Argentina, somente o Boca Juniors e o Independiente nunca caíram para a segundona.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Libertadores: Santos vence o Peñarol e volta aos tempos de glória


Ganso e Neymar: os dois maiores símbolos da geração mais vitoriosa do Santos desde a época de Pelé

O favoritismo se mostrou presente ontem (22) na decisão da Libertadores da América, no Pacaembú, e o Santos voltou a dominar o continente após 48 anos, consolidando a geração de Neymar e Ganso como a mais vitoriosa desde a Era Pelé.

Muitos eram os que apontavam o Peñarol como uma presa fácil, mas os Carboneros mostraram, ao longo da competição, que esse tipo de pensamento os ajudavam na hora de surpreender o adversário. Méritos para o Alvinegro Praiano, que não entrou no clima de "oba-oba" e jogou com a seriedade que a peleja pedia. No final das contas, a conquista em cima de uma camisa pesada, como a do Peñarol, valorizou ainda mais o título.

Superior durante toda a partida, o Santos já levou perigo ao goleiro Sosa aos 3 minutos, em cabeçada de Durval, após cobrança de falta de Elano. Pouco tempo depois, o camisa 8, chutando de longe, obrigou o goleiro a fazer uma boa defesa. Outras chances vieram, mas em nenhuma delas os santistas conseguiram balançar as redes.  Na faixa dos 30 minutos, Elano voltou a levar perigo em cobrança de falta defendida por Sosa. O gol, que insistiu em não sair na etapa inicial, não demorou tanto para aparecer depois do intervalo.

Com apenas dois minutos de jogo, Arouca partiu com a bola do meio campo, foi levando todos os adversários, tabelou com Ganso e serviu, de maneira açucarada, Neymar, que não desperdiçou: Santos 1 a 0. A superioridade do time de Muricy Ramalho era enorme. Aos 23’, após grande jogada pela direita, Danilo chutou colocado e aumentou a vantagem santista. O clima, que já era de festa nas arquibancadas, ganhou um toque dramático graças ao gol contra de Durval, que reascendeu as esperanças carboneras, mas o jogo ficou nisso mesmo. De lamentável, somente a atitude de alguma pessoa ligada ao Santos, que, por não saber ganhar, provocou os uruguaios e desencadeou uma briga generalizada. (para conferir os melhores momentos da final clique aqui)

*De volta para o passado:

O primeiro título de Libertadores do Santos veio em 1962, após três partidas contra o Peñarol. O jogo do título aconteceu em Buenos Aires, no Monumental de Nuñez, em uma partida desempate na qual o time de Pelé, Coutinho, Pepe e Cia. venceu por 3 a 0. Coutinho abriu o placar para o Santos e Pelé fez os outros dois tentos.

O segundo, e até então último, título de Libertadoresconquistado pelo Alvinegro Praiano aconteceu no ano seguinte, contra o Boca Juniors, da Argentina. Após vencer por 3 a 2 no Maracanã, o Santos bateu os Xeneizes, no dia 11 de setembro, em plena Bombonera, por 2 a 1. Sanfilippo abriu o placar para os argentinos; Coutinho e Pelé balançaram as redes pelo Peixe

Quarenta anos mais tarde, os clubes voltaram a se encontrar em uma final de Libertadores. Daquela vez, porém, o time do bairro de La Boca se deu melhor e foi campeão com placar agregado de 5 a 1 (2 a 0, na Argentina, e 3 a 1, em SãoPaulo). 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

BR-2011: Clássico decepcionante e nenhuma vitória carioca

O primeiro clássico carioca do BR-2011 foi o pior jogo do campeonato, até agora

Muita luta, nenhum futebol. O primeiro clássico carioca do BR-2011 poderia ser definido desta maneira. O resultado final, um empate sem gols, traduziu muito bem o que foi a partida, realizada ontem (19) no Engenhão.

O Botafogo começou melhor, tinha mais volume de jogo e se movimentava mais. A partir dos 23 minutos, após a expulsão de Bottinelli, que levou o segundo cartão amarelo por simular um pênalti, o Alvinegro caiu de produção. O primeiro chute a gol aconteceu somente aos 26’; uma falta cobrada por Thiago Neves e defendida por Jéfferson. O primeiro tempo já terminara ruim, mas o panorama do clássico não iria se alterar.

A etapa derradeira começou com três mudanças. Pelo Flamengo, Luxemburgo sacou Diego Maurício e reforçou o meio campo com o jovem volante Luís Antônio. Pelo Botafogo, Caio Júnior sacou o pendurado Lucas Zen e colocou Bruno Thiago. Elkerson, por conta de uma virose, deu lugar a Alex, que teve uma boa chance logo aos 8’. Bruno Tiago, aos 25’, obrigou Felipe a fazer uma grande defesa. Enquanto isso, Herrera, inútil em campo há tempos, só reclamava. Futebol, que é bom, nada.

A grande chance do Flamengo veio aos 36’, mas Willians, após contra-ataque, desperdiçou. De mais significante, somente a vaia da torcida flamenguista para Ronaldinho Gaúcho, que teve outra atuação pífia. Foi o primeiro zero a zero deste Brasileirão. Com o resultado, o Flamengo ficou com sete pontos e está na 10ª colocação; com  oito pontos, o Botafogo é o 6º.

VASCO: 



Dentre os cariocas, foi o Vasco quem teve a melhor atuação nesta 5ª rodada. O campeão da Copa do Brasil foi até Porto Alegre enfrentar o Grêmio e trouxe um ponto de volta para o Rio de Janeiro, mas poderia ter conseguido mais. Logo no início, Fernando Prass já começou pegando um pênalti. Pouco tempo depois, o Tricolor Gaúcho ainda teve um gol anulado. O jogo era muito movimentado, mas a primeira etapa terminou sem gols.

Na volta para o segundo tempo, o time da casa voltou melhor, e os vascaínos tiveram que segurar o ímpeto dos comandados de Renato Gaúcho. Quando a peleja entrava em sua metade final, Ricardo Gomes fez a esperada e costumeira substituição: tirou Diego Souza para a entrada de Bernardo. E foi do camisa 31, aos 31 minutos, o gol que ia dando a vitória ao Gigante da Colina. Mas, aos 39’, após escanteio, Roberson aproveitou o cochilo da zaga cruz-maltina e subiu sozinho para empatar o jogo. O Vasco, com 8 pontos, é o 7º na tabela.

FLUMINENSE:



No sábado (18), Fluminense e Bahia fizeram, no Engenhão, um duelo de tricolores. Foi a estréia de Carlos Alberto no Tricolor Baiano, e a de Ciro e Márcio Rosário pelo Tricolor Carioca. O grande destaque da peleja, porém, foi Jóbson, que neste momento está na Suíça para o julgamento de seu doping em 2009.

O primeiro tempo foi movimentado, mas o excesso de faltas atrapalhava o andamento da partida. O Bahia mostrava mais qualidade, e levou mais perigo. Logo nos primeiros minutos, o atacante Júnior (que entrara no lugar de Souza, machucado) teve a melhor chance da primeira etapa, mas finalizou em cima de Diego Cavalieri, que voltou a jogar (bem) entre os titulares. No final dos primeiros 45 minutos, Jóbson ainda teve uma boa oportunidade, mas chutou em cima de Cavalieri.

O segundo tempo foi parecido com o anterior. A diferença foi que Jóbson voltou buscando mais o jogo, e o “Bahêa” foi ganhando espaço em cima de um desorganizado Fluminense. Depois de perder diversas chances, um contra-ataque mortal no último lance do cotejo selou a vitória do Tricolor Baiano. Quem marcou o tento foi Jóbson, que comemorou com uma emoção contida, mas pouco antes vista. O Fluminense está na 11ª posição, com seis pontos ganhos.

*De volta para o passado:

O clássico carioca da 5ª rodada do BR-2010 foi entre Botafogo e Vasco, no dia 30 de maio, no Engenhão. O resultado foi um empate em 1 a 1. Ernani, aos 27’ do primeiro tempo, abriu o placar para o Gigante da Colina. Herrera, de pênalti, empatou para o Botafogo, também na primeira etapa, aos 34 minutos.

Outro empate pela contagem mínima aconteceu no confronto entre Flamengo e Grêmio, realizado no Maracanã, no dia 29 de maio. Petkovic, pelo Fla, e Rodrigo, pelo Tricolor Gaúcho, anotaram os tentos daquela partida.

De volta ao dia 30, o Fluminense foi até Mineirão e venceu, de virada, o Atlético Mineiro por 3 a 1. Muriqui, logo aos 2 minutos, balançou as redes para o Galo, que terminou o primeiro tempo vencendo. Na segunda etapa, Gum, Alan e Fred deram a vitória ao Tricolor Carioca.

5ª rodada BR-2010: Fluminense (3º), Botafogo (5º), Flamengo (12º) e Vasco (16º) 

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Final da Libertadores: Empate sem gols em Montevidéu


Embora tenha mostrado alguma habilidade, Neymar não conseguiu fazer a diferença no Estádio Centenário

Penãrol e Santos fizeram ontem (15), no Estádio Centenário, em Montevidéu, a primeira partida da final da Libertadores da América 2011, a 52ª da história da competição. O jogo, que não foi brilhante tecnicamente, agradou no aspecto tático e na raça. Após alguns exageros de Neymar, que no início da disputa se atirou muito ao gramado, o Santos teve cabeça fria e conseguiu, no empate sem gols, um bom resultado para o jogo de volta.

Que o time de Muricy Ramalho é superior na habilidade, com a bola no pé, todos já sabiam. Por isso mesmo, foi o Alvinegro Praiano que começou melhor e teve as primeiras chances. A primeira delas veio em forte chute de Alex Sandro, após jogada de Neymar, obrigando Sosa a fazer uma boa defesa. Logo depois, em cobrança de escanteio, o Santos voltou a levar perigo.

Do outro lado, o Peñarol, empurrado pela fanática torcida que lotou o estádio e apoiou incondicionalmente o time, conseguiu equilibrar o cotejo na base da raça. Os Carboneros tiveram, no final do primeiro tempo, grandes chances de abrir o placar. Na última delas, Darío Rodríguez tocou por cima do goleiro Rafael, e, por muito pouco, não fez o gol. Ao final dos primeiros 45 minutos, ninguém tinha balançado as redes.

A volta do segundo tempo começou com nervosismo por parte de Muricy Ramalho, que ameaçou sacar Neymar – pendurado com um cartão amarelo por simulação – caso o jogador continuasse a ser “perseguido” pela arbitragem, como alegavam os santistas. Bobeira ou não, o camisa 11 voltou mais sério para a etapa complementar. Da mesma maneira, o time brasileiro se mostrava melhor. No ataque, Zé Love perdeu duas grandes oportunidades de gol. Na primeira delas, Sosa impediu o tento fazendo uma defesa espetacular (na qual contou visivelmente com a sorte); na segunda, o atacante levou muito perigo em uma cabeçada que raspou a trave dos uruguaios.

A exemplo do que acontecera na etapa anterior, o Peñarol assustava nas vezes em que ameaçava a equipe do litoral paulista. O maior destes sustos veio aos 40’, quando Diego Alonso balançou as redes. O bandeirinha, no entanto, anulou de maneira corajosa e correta o gol. Final de jogo: Peñarol 0 x 0 Santos. A segunda, e derradeira, partida será realizada na próxima quarta-feira (22), no Pacaembú.

De volta para o passado:


Adicionar legenda
Durante a semana, o reencontro destes dois gigantes do futebol sul-americano rendeu muitas matérias relembrando, principalmente, a final da Libertadores de 1962, na qual o Santos de Pelé venceu o time uruguaio. Para não cair na mesmice, falarei aqui do último confronto entre estas equipes, válido pela Supercopa Libertadores de 1996. No dia 26 de setembro, em São Paulo, o Santos recebeu o Penãrol e venceu por 3 a 0. Sandro, Vágner, e Alessandro marcaram para os santistas.

O último empate sem gols entre as equipes foi no dia 22 de outubro de 1991, na Vila Belmiro, também pela Supercopa Libertadores.