domingo, 11 de julho de 2010

E o Futebol Agradece...



Antes da final de hoje, eu ainda não havia escolhido um time para torcer neste jogo. As duas equipes pelas quais eu torcia conseguiram chegar à finalíssima, eram os melhores times não só da Copa ( talvez a Holanda, especificamente desta Copa, não tenha sido melhor do que a Alemanha, mas como os dois não se enfrentaram na África não vamos ficar sabendo), como da Europa nos últimos tempos.

O argumento que sustentava minha torcida pelos laranjas e pelos espanhóis era o seguinte: a Holanda merecia devido à sua história, para fazer jus a camisa vestida por Neeskens e Cruijf. A Espanha pelo futebol mais bonito dos últimos tempos, pelos craques do time azul-grená da Catalunha, no qual Cruijf é também ídolo. Aliás, o neerlandês tem sua dose de responsabilidade neste estilo de jogo da camisa “roja”, o eterno craque não é somente ídolo do Barcelona, é também treinador da seleção da Catalunha.

Quando o jogo começou, pude ver dois estilos distintos em campo, a Espanha sempre com a bola, e a Holanda distribuindo pontapés. Chegou até a lembrar do jogo entre a própria Holanda e Portugal em 2006, que ficou conhecido como “A Batalha de Nuremberg”, o jogo com mais cartões distribuídos em Copas do Mundo. Não demorou muito para eu começar a cornetar e a torcer pelos espanhóis. O jogo em si foi feio, truncado, com muitas faltas. Mas valeu pela emoção. Os gols perdidos por ambos os lados poderiam ter definido o vencedor, mas os goleiros apareceram bem em todos os lances ( contando também com a falte de um “toque especial” pela parte dos finalizadores).

A Espanha mereceu o título pelo que apresentou ao longo dos quatro anos que se seguiram depois do título italiano de 2006. Principalmente depois de conquistar o campeonato europeu em 2008, quando a Fúria somou seu segundo título continental, contra somente um da Holanda. Pelo peso dos títulos, já poderíamos considerar a camisa vermelha mais pesada, mas a memória do Carrossel Holandês do técnico Rinus Michels deve ser difícil de ser tirada da memória dos comentaristas mais velhos, e de quem gosta de ver o videotape dos jogos.

Voltando ao jogo, mais precisamente para parte que interessa, Iniesta, que esbanjou categoria ao longo da peleja, mas também irritou por não finalizar quando teve a chance, fez o gol da vitória, num passe de Fábregas. 1 a 0 na prorrogação, o que comprovou a eficiência e o conhecimento de futebol do.....Polvo Paul! Parabéns para a Fúria, que não perdeu tempo e já costurou sua merecidíssima estrela.

A Holanda, apesar dos craques Sneijder e Robben, não deixou de ser novamente vice-campeã, e herdou a frase que era até então atribuída à seleção espanhola: Jogaram como nunca, perderam como sempre.

Algumas Curiosidades do jogo:

- Casillas é o segundo goleiro a levantar como capitão a Taça FIFA, o primeiro foi Dino Zoff em 1982.

-A Espanha, apesar do futebol bonito e envolvente, é o campeão do mundo com pior ataque, reflexo da falta de chutes ao gol.

-A Fúria é também a primeira seleção européia a ganhar o torneio fora do velho continente.

- Pela primeira vez desde 1954, um time jogou a final da Copa com a numeração de 1 a 11, a Holanda.

-Com o título de hoje a Espanha é o primeiro campeão a perder o jogo de abertura, perdeu de 1 a 0 para a Suíça.

-Heitinga é o segundo jogador a ser expulso por um segundo cartão amarelo em finais de Copa, o primeiro foi o francês Desailly em 98.

-A Espanha marcou pela primeira vez um gol em prorrogações de Copas do Mundo.

2 comentários:

Manollo disse...

Ahhh viado, ce tbm tem um blog! rs vo te add la na lista!

Ps: eh o Manollo!

Tauan Ambrosio disse...

Adiciona lá! Vou adicionar aqui! Abraço!