terça-feira, 29 de junho de 2010

Finalmente a Copa começou. Depois de tanto esperar, e de tanto reclamar da qualidade dos jogos, a fase eliminatória já começa a fazer a espera de quatro anos valer a pena. Bons jogos com um nível técnico maior, com jogadas e trapalhadas que já entraram para a história do maior torneio de futebol do mundo.

O primeiro jogo das oitavas de final foi entre Uruguai e Coréia do Sul, o bicampeão mundial que já há tempos não tem a força de outrora enfrentou a quarta colocada da Copa de 2002, e o que vimos durante, e após o jogo foi a ressurreição da camisa celeste, que após 40 anos consegue chegar novamente às quartas de final, provando que mesmo que não sendo campeão mundial e talvez nem chegando nas semi finais, é sim um gigante do futebol, adormecido, querendo acordar, mas sua camisa ainda tem um peso, mesmo que esse peso não bote o mesmo medo que botava antes nos adversários, é um peso que estimula seus jogadores, sedentos para demonstrar o amor e respeito que possuem pela sua seleção. O jogo foi difícil, 2 a 1, com os dois gols marcado por Luis Suárez, melhor em campo. Os próximos adversários dos uruguaios serão os ganeses, que após o empate no tempo normal de 1 a 1 com a seleção estadunidense, marcou na primeira prorrogação da Copa, o gol da vitória de 2 a 1. Gana será até o final de sua trajetória a seleção com mais torcida na África do Sul, pelo fato de ser a última representante do continente.

O domingo foi o melhor dia para ver futebol. Marcado por erros grotescos de arbitragem, Argentina e Alemanha passaram por México e Inglaterra respectivamente, e se enfrentarão pela segunda vez consecutiva nas quartas de final. Os hermanos encontravam sérias dificuldades no jogo até que Tévez, em posição completamente irregular marcou o primeiro gol dos argentinos, após o primeiro tento, Higuaín, artilheiro da Copa, aproveitou o vacilo da zaga mexicana para fazer o segundo, e Tévez, o melhor do jogo, fechou o caixão com um golaço.

O melhor jogo foi sem dúvidas entre Alemanha e Inglaterra, rivais no futebol e na própria história, os alemães começaram marcando logo 2 a 0, aproveitando o atabalhoado sistema defensivo inglês. Porém na metade final do primeiro tempo o English Team cresceu, diminuiu o placar e empatou. Empatou? Bom, que o chute de Lampard entrou, até o Mister Magoo diria com convicção que sim, mas o trio de arbitragem italiano infelizmente não viu. A ironia é que na final da Copa de 1966, vencida pela Inglaterra por 4 a 2 sobre a Alemanha, o terceiro gol, feito por Geoff Hurst é uma jogada que levanta polêmicas até hoje pelo mesmo motivo. Alguns dizem que a bola entrou, outros dizem que não. A imagem que temos do lance dá margem à dúvidas, mas pelo que parece, a bola chutada por Hurst não atravessou a linha. Aqui se faz aqui se paga. Com o resultado adverso os ingleses se lançaram loucamente ao ataque, e o que vimos foi uma aula completa de contra- ataques da seleção germânica. Placar final 4 a 1.

Na segunda feira jogaram, Holanda e Eslováquia, e Brasil e Chile. E o óbvio prevaleceu. Com vitórias tranqüilas por 2 a 1 e 3 a 0 respectivamente, os laranjas enfrentarão o time de Dunga, num confronto equilibradíssimo que acontecerá nessa sexta- feira.

Hoje, no último dia de definição da primeira fase eliminatória, o Paraguai ganhou o Japão na disputa de pênaltis por 5 a 3, após um entediante 0 a 0, e após um impecáel desempenho nas eliminatórias, chega pela primeira vez nas quartas, e enfrenta a Espanha, que venceu Portugal por 1 a 0, no clássico ibérico. Os espanhóis controlaram a partida na maior parte do tempo, e tiveram várias oportunidades para marcarem mais gols, mas o poder de decisão da fúria está deixando a desejar. Muita posse de bola, muito toque bonito, mas pouca aproximação e poucos gols. O gol da vitória foi feito pelo melhor jogador espanhol deste mundial, David Villa. A Espanha, para perder a alcunha de time amarelão, terá de chegar pelo menos até às quartas de final. Melhor que 2006 pelo menos já esta.

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