domingo, 31 de julho de 2011

BR-2011: Uma rodada de "vitóriaxxx"

Loco Abreu: o uruguaio fez a diferença para o Botafogo.

A 13ª rodada do Campeonato Brasileiro rendeu sorriso aos torcedores dos quatro grandes clubes do Rio.
No Engenhão, domingo, o Fluminense tomou muitos sustos no início do confronto contra o Ceará, mas depois de abrir o placar com Fred, aos 35’, o jogo ficou mais fácil. A facilidade aumentou ainda mais na segunda etapa, quando o forte ataque das Laranjeiras desandou a fazer gols (o Ceará tinha um jogador a menos, com a exagerada expulsão de Heleno). Foram mais três: Souza, Rafael Sóbis e Moura engrossaram o placar para os tricolores, que estão em 8º .

Também no domingo, o Vasco estufou o peito e encarou o São Paulo igualmente no Morumbi. O resultado? Vitória por 2 a 0, com Eder Luis – em uma bela finalização – e Felipe, já no finalzinho, marcando para os cruz-maltinos. Destaque para a grande atuação do zagueiro Dedé, que mostrou o porquê de sua convocação para a Seleção brasileira.

Um dia antes, o Flamengo enfrentou o Grêmio. Foi a primeira vez que Ronaldinho Gaúcho enfrentou o clube que lhe projetou ao futebol. E o camisa 10 não titubeou para comemorar, após vacilo grosseiro do goleiro Victor, o segundo gol da vitória por 2 a 0 do Fla, agora vice-líder do campeonato – apenas um ponto atrás do Corinthians. Antes, Thiago Neves havia balançado as redes para o Rubro-Negro.

No mesmo sábado, em Minas Gerais, o Botafogo contou com o retorno de Cortês, Marcelo Mattos e Loco Abreu para conquistar uma excelente vitória sobre o Cruzeiro. E foi exatamente do uruguaio, que fez muita falta ao Alvinegro durante o tempo em que esteve ausente, o único gol da partida: um belo chute de fora da área. Foi a sexta vitória dos comandados de Caio Júnior no Brasileirão, a segunda fora de casa. Com 22 pontos, o Alvinegro é o 6º colocado.

*De volta para o passado:

Na 13ª rodada do BR-2010, o Botafogo também venceu um mineiro: o Galo. O encontro dos alvinegros aconteceu no sábado, dia 7 de agosto, no Engenhão e com gols de Maicosuel, Somália e Herrera (de pênalti) o carioca levou a melhor. Ao final daquela rodada, o Botafogo era o 8º colocado.

Flamengo, Vasco e Fluminense jogaram no domingo. Destes, somente o Rubro-Negro não venceu. Com um gol de Elias, o Fla, no Pacaembú, perdeu para o Corinthians e terminou a rodada na 10ª posição.
Em São Januário, o Vasco enfrentou e derrotou, pela contagem mínima, o Vitória. O gol, que deixou o

Gigante da Colina em 11º, foi marcado por Zé Roberto. No Estádio Olímpico, em Porto Alegre, duelo de tricolores. Com gols de Mariano e Emerson, o Fluminense se deu melhor e venceu por 2 a 1. André Lima descontou para os gremistas no final do jogo.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

BR-2011: A melhor rodada da "Era dos pontos corridos"


Clash of Titans: com atuações espetaculares de Ronaldinho e Neymar, o jogo entre Santos e Flamengo foi inesquecível
SANTOS X FLAMENGO:
Começa o jogo, gol do Santos. Borges, aos 4 minutos. O ataque espetacular de mais uma geração de “meninos da Vila” infernizava a zaga rubro-negra. Aos 16’, Neymar lutou na grande área e deixou, com um belíssimo passe, Borges na cara do gol para aumentar a vantagem. Dez minutos depois, Neymar voltou a aparecer – e de forma brilhante, diga-se de passagem. O camisa 11 ganhou a jogada, tabelou na entrada da área, aplicou um drible desmoralizante em Ronaldo Angelim e tocou na saída de Felipe. Golaço (o mais bonito do campeonato, até agora). Desmoralizante também foi a falha do goleiro Rafael, logo depois, que deu a Ronaldinho a chance de marcar o seu primeiro gol naquela noite.
Um golzinho, na falha do adversário. O Flamengo precisava de mais dois para empatar e não deixar a incrível invencibilidade cair. Tarefa pra lá de difícil, mesmo se a zaga santista continuasse a vacilar. Mas o gol de Thiago Neves, aos 31’, já começava a colocar um ponto de interrogação naquele jogo. Será que o Flamengo vai empatar? Será este o melhor primeiro tempo de um jogo de Campeonato Brasileiro de pontos corridos? Quanto à primeira pergunta, depois de Neymar cair na área e o juiz marcar o pênalti (exagero do arbitro), a resposta parecia negativa. Mas após a batida de Elano, uma “cavadinha” que não deu certo, nem tanto.
E foi aos 43’, bem no final da etapa inicial, que os rubro-negros chegaram ao incrível empate. Deivid, que perdera um gol incrível anteriormente, desta vez não perdoou. O camisa 9 aproveitou escanteio e escorou para os barbantes defendidos pelo goleiro santista. No final, Júnior César, com o supercílio sangrando, aumentou ainda mais o tom dramático da peleja. A conta de gols não seria pedida ainda.
Começa o segundo tempo e Neymar, sempre ele, faz mais um golaço. A finalização do craque santista pareceu um recado para seu companheiro Elano: “viu? É assim que se faz.” O Santos parecia mais equilibrado em relação ao primeiro tempo. Agora, a vitória não escaparia. Pois escapou. Se o time de Muricy Ramalho estava mais equilibrado, Ronaldinho, do outro lado, desequilibrou. Aos 68’, ao empatar cobrando uma falta da entrada da área, com um gol literalmente “de sua época de Barcelona”, os tempos vividos na Catalunha pareceram voltar para as chuteiras do craque. Se Neymar mostrava atitude ao continuar tentando as belas jogadas mesmo com todas as adversidades, Ronaldinho mostrava o ímpeto e a velocidade que há tento tempo desejávamos ver.  E foi dele, aos 81’, o gol que deu ao Flamengo, no melhor jogo da “era dos pontos corridos”, os três pontos. Final de jogo: Santos 4 x 5 Flamengo.
BOTAFOGO X AVAÍ:
Em crise, mal começou o jogo no Engenhão e o Botafogo já foi irritando seus irritadiços torcedores: Bola na área, desvio e gol de Dirceu. Na base da disposição, o time do cambaleante Caio Júnior, mesmo com os oito desfalques, chegou ao empate aos 27’, após boa jogada de Márcio Azevedo, que rolou a bola para Maicosuel chutar para o fundo das redes. A virada veio ainda na primeira etapa, gol de cabeça de Herrera, após falta cobrada por Elkeson.
No segundo tempo, a atuação do Alvinegro piorou. Mesmo vencendo, a torcida continuou a mostrar a insatisfação com o trabalho do técnico Caio Júnior, que fez substituições que não resultaram em nenhuma melhora. Para completar, o atacante Caio ainda saiu de campo machucado, após a realização das três substituições. Pelo menos o time, com menos um, reencontrou a vitória. Final: Botafogo 2 x 1 Avaí.
ATLÉTICO-MG X FLUMINENSE:
Na Arena do Jacaré, em uma partida repleta de gols perdidos, o Tricolor Carioca acabou perdendo para o Atlético Mineiro. O único gol da partida foi anotado pelo estreante André.


VASCO X BAHIA:
À exemplo do acontecido na partida do Botafogo, o jogo entre Vasco e Bahia, disputado na noite de quinta, em São Januário, não começou da melhor maneira para o time da casa. O veterano atacante Reinaldo só precisou empurrar para o fundo das redes a bola rolada por Souza, que teve calma para servir seu companheiro de ataque. Atrás no placar, o time de Ricardo Gomes lutou até a última bola para conseguir o empate. E conseguiu no último lance do jogo, aos 94’, quando Élton – que entrou no lugar de Alecsandro – apareceu em cima da linha para completar, com os fios do cabelo, a cabeçada de Bernardo e finalmente vencer o goleiro Marcelo Lomba.
*De volta para o passado:
Há um ano atrás, na 12ª rodada do BR-2010, nenhum time carioca perdeu. Fluminense e Botafogo venceram, respectivamente, Atlético –PR e Vitória por 3 a 1. O Tricolor Carioca, jogando no Maracanã, em um sábado, dia 31 de julho, contou com dois gols de Washington e um de Emerson – Bruno Mineiro descontou para os paranaenses. No dia seguinte, no Barradão, os gol saíram todos no final. Edno abriu o placar aos 80’, Júnior empatou para o rubro-negro baiano logo em seguida. A resposta do Glorioso também foi rápida, com Jóbson. O mesmo Jóbson deu números finais ao encontro.
Também no domingo,  Flamengo e Vasco fizeram, no Maracanã, um clássico sem graça com placar sem graça: 0 a 0. Ao final da 12ª rodada, o Fluminense era o 1º colocado na tabela. O Flamengo era o 8º e o Botafogo, o 10º. O Vasco era o 14º.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Uruguai campeão: da repescagem para as glórias

O capitão Lugano com o troféu da Copa América. A Celeste Olímpica volta a ser a melhor das Américas

O Uruguai sagrou-se o país com maior número de títulos de Copa América, com 15 conquistas, ao vencer o Paraguai no último domingo, no estádio Monumental de Nuñez, por 3 a 0. Resultado melhor, mais benéfico ao futebol sul-americano, impossível. Tudo bem que se, capitaneada por um espetacular Messi, a Argentina colocasse fim ao incômodo jejum de títulos, o troféu também estaria em boas mãos. Mas a conquista celeste em solo argentino, como aconteceu em 1916, na primeira Copa América, foi espetacular.

Espetacular por mostrar que o futebol de seleções, cada vez mais posto de lado em relação ao dos clubes (e seus campeonatos muito mais emocionantes), ainda tem salvação. A emoção, não somente do povo uruguaio como a de seus jogadores, - a grande maioria jogando fora de sua pátria - que de leões passaram ao papel de crianças após o apito final do árbitro, foi contagiante e deu ainda mais respaldo ao belíssimo trabalho feito no Uruguai pelo "Maestro" Oscar Tabárez (para saber mais, clique aqui no link para ler um post no blog do jornalista Lúcio de Castro).

O título, após 16 anos, veio logo depois do histórico 4º lugar na Copa do Mundo de 2010, melhor campanha uruguaia em copas desde 1970. Foi na África que a Celeste Olímpica voltou a empolgar seus torcedores, dando confiança à boa geração de boleiros da chamada república oriental. Mas imagina se o país sequer tivesse ido para a África do Sul. Será que esse momento mágico aconteceria? Tenho minhas dúvidas. Por isso, creio que o pontapé inicial da conquista tenha sido dado na repescagem contra a Costa Rica, quando, na bacia das almas, o Uruguai, após vencer o primeiro jogo por 1 a 0 – gol de Lugano -, segurou o 1 a 1 em Montevidéu – gol de Loco Abreu - e iniciou a bela trajetória que culminou com o capitão Lugano levantando a taça em Buenos Aires.

Para ilustrar o momento de renovação celeste, os dois tentos anotados por Forlán contra os paraguaios colocaram o craque no topo da lista de maiores goleadores da Seleção uruguaia. O recorde anterior pertencia à Héctor Scarone, jogador que fez sucesso na década de 1930, época de ouro do futebol do Uruguai.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

BR-2010: Fluminense e Vasco vencem. Fla tropeça e Botafogo perde mais uma


Marquinho comemora o gol que valeu. O outro, anulado, mostrou o péssimo nível da arbitragem brasileira.

(ps: vou editar, com links e fotos mais tarde. Por hora, o trabalho me chama! Editado!)
Fluminense e Palmeiras fizeram, no domingo (24), em Volta Redonda, um jogo muito brigado, no qual Marquinho fez o único gol da partida, o gol que deu a vitória ao Tricolor Carioca. Se na rodada passada o time paulista enfrentou o Flamengo com a polêmica em torno da escalação ou não de Kléber, desta vez a polêmica girou em torno da contratação do argentino Martinuccio, na qual o Flu “atravessou” os palmeirenses e contratou o jogador.
Em campo, muitas faltas e pouco futebol no primeiro tempo. As presenças de jogadores como Valdívia, Fred, e a estréia do atacante Rafael Sóbis no Flu não fizeram com que a partida tivesse grande brilho técnico.
Mais insinuante na segunda etapa, o time do técnico Abel Braga ainda teve um gol anulado de maneira absurda. Após bela arrancada pelo lado esquerdo, Carlinhos cruzou para a área e Marquinho, de maneira meio “troncha”, balançou as redes. Pouco tempo depois, aos 74’, desta vez do outro lado, com cruzamento de Mariano, Marquinho acertou uma bela cabeçada que morreu nos barbantes do gol defendido por Marcos. Os comandados de Felipão ainda tentaram empatar o jogo, mas não tivera sucesso. Com o resultado, o Tricolor das Laranjeiras, com 15 pontos, subiu para a 10ª posição. (Melhores momentos aqui)
VASCO:



Polêmicas à parte, pelos pênaltis marcados para o Vasco, o Gigante da Colina conquistou uma importantíssima vitória jogando fora de casa, contra o Atlético Mineiro. O resultado de 2 a 1 colocou o Cruz-maltino no chamado G4 e deu ao torcedor mais motivos para ficar satisfeito com a atual temporada do clube.
O Vasco – com os desfalques de Felipe e Juninho Pernambucano – mostrou que um meio campo mais “brigador”, na teoria, pode levar muito perigo ao time adversário. Aos 17’, após cruzamento do estreante Julinho, Diego Souza não titubeou para cabecear e marcar contra a sua ex-equipe. Empurrado por sua fanática torcida, o Galo pressionou e chegou ao empate ainda no final do primeiro tempo. O veterano Magno Alves mostrou faro de gol ao empatar a peleja, mas a beleza do tento esteve no passe dado por Daniel Carvalho.
A segunda etapa seguia movimentada. Quando o cronômetro mostrava que a parte final do cotejo chegava a sua metade, o juiz marcou pênalti para o Vasco após o toque de mão de Réver. Alecsandro bateu no meio e Giovanni defendeu. Já no final, a oportunidade veio outra vez; desta vez em pênalti mal marcado pela arbitragem. Diego Souza bateu e guardou. Após a vitória, o técnico Ricardo Gomes sentenciou: o Vasco vai brigar pelo título. É esperar e ver.
BOTAFOGO:



Enfrentar um adversário que luta pela sobrevivência pode, às vezes, ser tão complicado quanto enfrentar outro que luta por uma façanha gloriosa. Às vezes. No sábado (23), o Botafogo foi até a Arena da Baixada enfrentar o Atlético Paranaense, lanterninha do campeonato, e, em mais uma atuação pra lá de apagada, perdeu por 2 a 1.
Desta vez, nem o goleirão Jéfferson foi destaque. Pelo contrário. O camisa 1 do Glorioso falhou no segundo tento do time da casa, marcado, no segundo tempo, por Santiago “Morro” García. Antes, no final da etapa inicial, o mesmo atacante balançara as redes, contando com um apagão da zaga alvinegra. Alex, que entrou somente no final da partida, diminuiu para o time do técnico Caio Júnior, que balança no comando do time da estrela solitária. O Botafogo caiu para a 8ª posição.
FLAMENGO:


Também no sábado, em Macaé, o Flamengo recebeu o Ceará e ficou no 1 a 1, mostrando que os cearenses não são tão fáceis como antecipou Thiago Neves. O Vozão, único time a conseguir derrotar o Fla em 2011, mostrou, mais uma vez, ser uma pedra na chuteira dos flamenguistas, que não contaram nem com Thiago Neves, nem com Ronaldinho.
Renato Abreu abriu o placar para os rubro-negros, aos 32’ . Mas o empate do Vozão veio aos 80’, em um tento anotado por Felipe Azevedo . O Flamengo, ainda invicto,  continua no G4, na 3ª posição, com 21 pontos.
*De volta para o passado:
Na 11ª rodada do BR-2010, o Flamengo, jogando no Beira-Rio, perdeu para o Internacional por 1 a 0. Taison, logo no início do jogo, marcou o gol da vitória colorada. Em São Januário, o Vasco, com gols de Nílton e Fumagalli, venceu o Atlético-GO por 2 a 0.
No clássico daquela rodada, Botafogo e Fluminense ficaram no 1 a 1. Emerson (Fluminense)e Renato Cajá (Botafogo) balançaram as redes do Engenhão naquela orpotunidade.
Ao final daquela rodada, o Fluminense caía para a vice-liderança, o Flamengo era o 7º, o Vasco estava na 13ª posição e o Botafogo na 16ª.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

BR-2011 (parte 2) - Botafogo perde em São Januário e Flamengo empata no Pacaembú

Antônio Carlos olha Liédson comemorando o primeiro gol do Corinthians

Com o Engenhão cedido para os Jogos Mundiais Militares, o Botafogo teve que enfrentar o Corinthians em São Januário. O jogo, válido pela 10ª rodada, marcou a estréia de Renato com a camisa alvinegra e a volta de Jéfferson e Marcelo Mattos. Pois bem: nem eles, tampouco os torcedores, guardarão boas recordações da partida, vencida pelo Corinthians por 2 a 0.

Bola rolando, o Botafogo começou com maior posse de bola, mas finalizava pouco. Apostando nos contra-ataques, foi o Corinthians quem deu os primeiros arremates da peleja. O primeiro chute do Glorioso aconteceu somente aos 20', com Fábio Ferreira (cada vez mais inovando na bizarrice capilar). A falta de arremates do Botafogo também refletia a boa marcação exercida pela defesa dos comandados de Tite, que cresceram a partir dos 30'. Aos 40', Herrera acertou a trave. Logo depois, aos 43', Liédson, que já tinha obrigado Jéfferson a fazer boa defesa, abriu o placar após bela troca de passes do Corinthians - aliada a distração da defesa botafoguense.

Ambos os times retornaram sem mudanças para a etapa derradeira. Atrás no placar, o Botafogo conseguiu voltar pior ainda. Muito da inferioridade alvinegra em campo deu-se graças às péssimas atuações de Elkeson e (principalmente) Maicosuel, que, sob vaias, deu lugar a Thiago Galhardo. As (fracas) mudanças de Caio Júnior não melhoraram em nada o time. Faltou qualidade na construção e na conclusão de jogadas.

O time de General Severiano, na base do "abafa", apostou todas as fichas no empate e chegou a acertar a trave do goleiro Julio Cesar, que posteriormente machucaria o dedo após defender um chute despretensioso de Elkerson. Antes, Emerson “Sheik” havia acertado o poste de Jéfferson. Nos últimos momentos do encontro, após contra-ataque, Paulinho, aproveitando rebote de Jéfferson, ainda aumentou a vantagem corintiana. Final de jogo, Botafogo 0 x 2 Corinthians. O time paulista é cada vez mais líder, enquanto o Glorioso se distancia dos primeiros colocados. (Melhores momentos, aqui)

FLAMENGO:



Antes do jogo entre Palmeiras e Flamengo, no Pacaembú, uma excelente notícia: o final da “novela Kléber”. O atacante, que permanecerá no Parque Antártica, trocaria, ainda no gramado, a admiração de parte dos flamenguistas – que sonhavam em tê-lo no time – pelo ódio destes, após uma indelicada falta de fair-play no final do jogo. A deselegante atitude do Gladiador serviu somente para marcar o início de um bate-boca, já que, assim como todos os outros arremates dados, a bola não encontrou o fundo das redes.

Em campo, o jogo foi brigado e feio, e rendeu cartões amarelos como os recebidos por Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, que, suspensos, desfalcarão o time diante do Ceará. No final das contas, o empate sem gols serviu somente para aumentar ainda mais a vantagem do Corinthians em relação aos seus rivais.

*De volta para o passado:

A 10ª rodada do Brasileirão do ano passado teve empates de Botafogo e Flamengo. Exatamente em um dia 21 de julho, o Rubro-Negro recebeu o Avaí no Maracanã e ficou no empate em 1 a 1. Diego Maurício abriu o placar e Gabriel igualou para o time catarinense.

No dia seguinte, no Palestra Itália, Palmeiras e Botafogo ficaram no 2 a 2. Marcos Assunção e Kléber balançaram as redes pelo time da casa, mas Jóbson e Antônio Carlos buscaram o empate para o Glorioso.

Ao final daquela 10ª rodada, o Flamengo era o 5º colocado. O Botafogo era o 14º.

domingo, 17 de julho de 2011

BR-2011 (parte 1): Vasco vence em casa e Fluminense perde para o Coritiba

O retorno da careta: Alecsandro desencanta e volta a marcar

Como a tabela do Campeonato Brasileiro (que deveria ter sido paralizado para a realização do torneio sul-americano) foi completamente posta em segundo plano para os jogos da gloriosa Seleção brasileira, a 10ª rodada foi desmembrada para a realização da  empolgante seleção amarela. Com isso, a rodada terminará somente na quarta-feira*. Uma sequência de erros que deixam qualquer admirador do futebol arrancando os cabelos. Mas vamos ao que aconteceu ontem...

 VASCO:

O início não foi nada animador para o torcedor que foi ontem (16) até São Januário ver o jogo entre Vasco e Atlético Paranaense, pela 10ª rodada do Brasileirão. O estádio sofreu uma inesperada falta de luz que adiou a partida em cerca de 15 minutos. Quando a bola finalmente começou a rolar os vascaínos levaram logo outro susto: gol de Kléberson, aos 10’. Empurrados pela torcida, os jogadores cruz-maltinos conseguiram o empate no último lance da primeira etapa, com Alecsandro desencantando ao aproveitar rebote do goleiro Renan Rocha.

Para o segundo tempo, Ricardo Gomes sacou Dedé, machucado graças a um choque com Manoel na etapa anterior, e o Vasco seguiu em busca da vitória. É verdade que o Gigante da Colina também levou sustos, mas, no final das contas, contando com mais um gol de Alecsandro, aos 70’, o atual campeão da Copa do Brasil bateu o lanterninha do campeonato e somou mais três pontos, colocando-o (até a próxima quarta-feira pelo menos) na 5ª posição. (Melhores momentos aqui)

FLUMINENSE:



Também ontem (16), o Fluminense voltou ao estádio Couto Pereira para enfrentar o Coritiba. O último confronto entre os dois clubes foi épico e trágico. Em 2009 Flu e Coxa disputavam a sobrevivência na Série A do Brasileirão. O êxito dos cariocas, e o consequente rebaixamento dos paranaenses, causou a revolta nos torcedores, que invadiram o campo para quebrar tudo o que viam pela frente.

Desta vez os coritibanos só tiveram motivos para comemorar. O resultado final de 3 a 1 foi reflexo da superioridade do time da casa sobre o irregular Fluminense, que ainda não se encontrou na atual temporada. O primeiro tento saiu logo aos 15’, e teve falha dupla de Diego Cavalieri. Marcos Aurélio aproveitou e abriu o placar. Dez minutos depois, foi a vez de Pereira aumentar a vantagem dos paranaenses, muito superiores na peleja. O terceiro tento do Coxa veio já no segundo tempo, aos 51’, com o atacante Bill. O Fluminense diminuiu com o garoto Matheus Carvalho, aproveitando falha grosseira da zaga coritibana. O Flu, com 12 pontos, está na 10ª colocação.

* Botafogo e Flamengo jogarão na quarta-feira contra Corinthians e Palmeiras, respectivamente.

*De volta para o passado:

A 10ª rodada do BR-2010 não foi atrapalhada por uma competição de seleções, tampouco pela tabela esdrúxula formulada para a mesma, colocando jogos importantes em segundo plano em favor de transmissões de TV. Para Vasco e Fluminense, a 10ª rodada daquele Brasileirão pelo menos terminou sem derrotas.

Jogando no Estádio Olímpico, numa quarta-feira, dia 21 de julho, o Vasco conseguiu um empate com o Grêmio. Os gols daquela partida foram marcados logo no início: Nunes fez pelo Vasco aos 6’ e Jonas empatou para o Tricolor Gaúcho três minutos depois.

No dia seguinte, o Fluminense recebeu o Cruzeiro no Maracanã e venceu por 1 a 0. O gol do Tricolor Carioca foi anotado pelo zagueiro Leandro Eusébio aos 54’. O gol colocaria, pela primeira vez naquele certame, o Flu na ponta da tabela.

Ao final daquela rodada, o Fluminense era o líder com 22 pontos. O Vasco era o 18º, com 10 pontos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

BR-2011: Flamengo vence o clássico, Botafogo volta a empatar e Vasco vence

O Flamengo levou sustos, mas venceu mais uma no Campeonato Brasileiro

Fluminense e Flamengo se enfrentaram no Engenhão, em mais uma partida vencida pelo Rubro-Negro, invicto e vice-líder do certame. O gol do s foi anotado por Willians, nos acréscimos do primeiro tempo.

O Fluminense começou assustando, mas perdeu inúmeras oportunidades, principalmente com Ciro. Felipe, goleiro do Fla, foi obrigado a mostrar seu trabalho, e o fez muito bem. A partida seguia com um grande número de passes errados. Após a bola na trave de Rafael Moura, no final do primeiro tempo, tudo levava a crer que a primeira etapa terminaria sem gols, mas uma falha clamorosa na marcação tricolor deixou Willians sozinho para cabecear a bola cruzada por Thiago Neves. O camisa 8 não teve dificuldades para, de cabeça, abrir o placar.

O segundo tempo seguiu parecido: muitos passes errados e o Fluminense ameaçando mais. De relevante, somente a não expulsão de Aírton, após agredir Souza. Pelo Fla, a entrada de Negueba acelerou mais o time, mas o gol não saiu. A sorte do time de Vanderlei Luxemburgo foi que a mira dos tricolores também não estava apurada, o que ajudou na manutenção da vitória flamenguista, a quarta seguida, que deixou o Flamengo na vice liderança, com 19 pontos. (melhores momentos aqui)

BOTAFOGO:



O Botafogo enfrentou o Bahia no estádio de Pituaçu, no domingo (10), e teve tudo para sair com os três pontos, mas, a exemplo do que aconteceu na última rodada, ficou no 1 a 1.

O jogo começou melhor para o Alvinegro, que pressionou o time da casa e teve com Herrera a primeira grande chance do cotejo, desperdiçada pelo argentino. A superioridade botafoguense foi traduzida em gol aos 30’, em falta cobrada magistralmente por Elkerson. Foi o 5º gol do jovem valor do Botafogo neste campeonato. Ainda no primeiro tempo, Herrera, no canto direito da área, acertou a trave de Marcelo Lomba em um bonito chute.

Na segunda etapa, com Léo no lugar de Somália, o Botafogo passou a ser pressionado pelo Tricolor Baiano. O ímpeto do “Bahêa” foi gradativamente sendo freado e, apesar do time baiano ter maior posse de bola, a equipe de Caio Júnior levava perigo nos contra-ataques.

O empate do Bahia, aos 78’, veio de um velho conhecido da torcida alvinegra. Fahel, nome que causa calafrios em botafoguenses por conta do futebol apresentado por dois anos em General Severiano, aproveitou escanteio, subiu entre os defensores alvinegros e cabeceou para o fundo das redes de Renan. Os torcedores do Time da Estrela Solitária passaram a ter mais um motivo para não gostarem do jogador.

Apesar do empate, o Botafogo lutava pela vitória, e chegou muito perto dela em duas oportunidades. Na primeira delas, um bate-rebate na área do Bahia, que milagrosamente não terminou com o tento alvinegro. Na segunda, Fábio Ferreira, sozinho, cabeceou rente a trave de Lomba, mas a bola foi para fora. Final de jogo: 1 a 1. Com o resultado, o Botafogo, com 16 pontos, está em 5º.

VASCO:



No sábado (9), o Vasco recebeu o Internacional em São Januário. Foi a primeira partida de Juninho Pernambucano diante da torcida vascaína após seu retorno ao clube, e foi muito bem. O camisa 8, apesar da idade, mostrou muita disposição e foi um dos melhores em campo na vitória por 2 a 0, que deixou o time com 14 pontos, na 7ª posição.

Apesar da grande quantidade de passes errados, o jogo começou movimentado. Zé Roberto (vaiado pelos vascaínos) e D’Alessandro mostravam um bom ímpeto ofensivo. Aos 19’, Leandro Damião teve uma boa oportunidade de marcar, mas Fernando Prass fez boa defesa.

O confronto era equilibrado, com leve superioridade do time colorado, mas quem abriu o placar foi o Vasco, aos 24’. Após escanteio, Rômulo cabeceou com força, obrigando Muriel a fazer a defesa. No rebote, quase sem ângulo, Eder Luis completou para o fundo das redes: 1 a 0. Dez minutos depois, o mesmo Eder Luis acertou a trave, após receber passe primoroso de Felipe. O time gaúcho sentiu o gol e caiu muito de produção, dando espaço para o Vasco crescer. A última chance do Cruz-maltino no primeiro tempo foi uma falta cobrada por Juninho.

Ao contrário da etapa inicial, o Vasco passou a levar muita pressão do Inter nos 45 minutos finais. Os comandados de Paulo Roberto Falcão tinham mais posse de bola, mas não conseguiam finalizar as jogadas. O Vasco ficava à espera da oportunidade de encaixar um bom contra-ataque, o que não acontecia. Na base do “Quem não faz leva”, o Gigante da Colina castigou a equipe gaúcha com um gol que deu mais tranquilidade à vitória. Aos 83’, após falta venenosa de Juninho, Dedé aproveitou o rebote de Muriel e deu números finais ao jogo.

*De volta para o passado:

Na 9ª rodada do BR-2010, o Vasco recebeu o Atlético Paranaense no sábado, dia 17 de julho, e venceu por 3 a 1. A vitória, conquistada com os gols de Jonathan, Nunes e Léo Gago – Bruno Mineiro descontou para o Furacão -, aliviou o Vasco, que andava mal das pernas naquela altura do campeonato.

Já no domingo, dia 18 de julho, o Flamengo foi até Goiás e venceu o Atlético Goianiense por 1 a 0. O gol do Fla foi anotado por Petkovic, de pênalti.

No Engenhão, o Botafogo tropeçou diante do Guarani. O Bugre abriu o placar aos 40’, com Ricardo Xavier. O empate botafoguense veio 5 minutos depois, com Dani Morais.

Na Vila Belmiro, o Fluminense conseguiu uma importantíssima vitória sobre o Santos. Alan, aos 77’, fez o único gol da partida.

Ao final da 9ª rodada os times estavam nas seguintes posições: Fluminense (), Flamengo (), Botafogo (14º), Vasco (18º). 

sábado, 9 de julho de 2011

Pré-Jogo: Fluminense x Flamengo



Domingo é dia de Fla-Flu na 9ª rodada do Campeonato Brasileiro (Flu-Fla, já que o mando de campo será do Fluminense, mas não estraguemos a fonética do clássico carioca). O Flamengo, ainda sem derrotas no certame, busca uma aproximação ainda maior rumo ao primeiro posto na tabela, enquanto o Fluminense luta por uma vaga nas primeiras quatro posições.

Ao todo, Fla e Flu se enfrentaram 377 vezes, com 134 vitórias flamenguistas, 119 tricolores e 124 empates. O último confronto entre os dois, válido pela semifinal da Taça Rio, terminou empatado em 1 a 1 (Rafael Moura para o Flu; Thiago Neves para o Fla), mas o Flamengo venceu nos pênaltis por 5 a 4. No último encontro no Brasileirão, na 23ª rodada do BR-2010, outro empate: 3 a 3. Naquele dia 19 de setembro, Leandro Eusébio e Rodriguinho (2) marcaram pelo Tricolor Carioca; Deivid, David Brás e Renato balançaram as redes pelo Rubro-Negro.

O primeiro Fla-Flu disputado por um torneio anual de caráter interestadual aconteceu em 1950, no torneio Rio-São Paulo*. No dia 24 de janeiro daquele ano, em São Januário, o Flamengo venceu o Fluminense por 2 a 1. Os tentos que deram a vitória ao time da Gávea foram anotados por Durval. Rodrigues fez o gol do Flu.


*A primeira edição do torneio Rio-São Paulo aconteceu em 1933, mas a competição passou a ser disputada anualmente a partir de 1950.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Br-2011: Vasco perde, Botafogo empata, Flamengo vence e assume a vice-liderança

Juninho comemora o gol em sua reestréia. O camisa 8 jogou bem, mas o Vasco perdeu

Quarta-feira (6), tudo começou da melhor maneira possível para o Vasco, no jogo contra o Corinthians, no Pacaembú. A partida marcava a reestréia de Juninho Pernambucano com a camisa cruz-maltina e, só não foi perfeita porquê o Gigante da Colina não segurou o time da casa, que venceu por 2 a 1.

Os primeiros minutos não foram somente de futebol: foram de emoção e de excelentes lembranças para o torcedor vascaíno. Não bastasse a alegria de ver novamente a camisa 8 ser vestida por Juninho Pernambucano, os cruz-maltinos vibraram com o gol do ídolo, logo aos 2 minutos, de falta. Tudo bem que o goleiro Julio Cesar falhou feio no lance, mas, pelo significado do tento, nem mesmo isso tirou o brilho do feito do pernambucano.

No entanto, depois do gol, o Vasco recuou. Empurrado pela torcida, que enfrentava o frio paulistano, o Corinthians partiu para cima, obrigando Fernando Prass a fazer boas defesas. Mas, da mesma maneira que fez Julio Cesar, Prass acabou falhando e, aos 21’, Ralf chutou de fora da área para empatar o cotejo. A superioridade do Corinthians em relação ao Vasco foi tamanha que o time do Parque São Jorge virou o placar ainda no primeiro tempo, aos 42’, com Paulinho.

A segunda etapa não melhorou para o Vasco, embora o Corinthians tenha diminuído o ritmo. Juninho chegou perto de balançar as redes em outra falta, mas desta vez Julio Cesar fez uma boa defesa. Mesmo com jogadores como Emerson Sheik e Alex, o Corinthians não levava grande perigo; o jogo era truncado. Aos 74’, Juninho, que teve boa atuação, não estava mais em campo; já havia sido substituído por Allan. Lance de maior relevância, somente a falta cobrada por Bernardo (que entrara no lugar do sumido Diego Souza), que passou por toda a área corintiana e acertou a trave. Final de jogo: Corinthians 2 x 1 Vasco. O Gigante da Colina é o 10º, com 11 pontos ganhos. (Para assistir os melhores momentos, clique aqui)

FLAMENGO:



Enfrentando o São Paulo, no Engenhão, o Flamengo pressionou muito e conseguiu a vitória em uma jogada feita por Negueba e Bottinelli, que entraram no decorrer da peleja e garantiram o único gol do jogo.

O São Paulo, em uma sequência de derrotas, até começou bem postado em campo. No entanto, foi o Flamengo quem passou a levar perigo. Buscando o jogo, Ronaldinho Gaúcho dava trabalho à zaga são-paulina e chegou até mesmo a acertar a trave em uma cobrança de escanteio, mas, apesar da superioridade rubro-negra, e das tentativas de contra-ataque do São Paulo, a etapa inicial terminou sem gols.

O segundo tempo já poderia ter começado com rede balançando, se o juiz marcasse pênalti de Wellington em Ronaldinho. O zagueiro dera um tranco no jogador, que, mesmo conseguindo passar, e tendo campo a percorrer, preferiu se jogar. A grande mudança, porém, veio com a dupla substituição feita por Luxemburgo, aos 63’: saíam o reestreante Aírton e Deivid para as entradas de Negueba e Bottinelli.

E foi exatamente dos pés dos substitutos, e com uma ajuda fundamental de Thiago Neves, que veio o gol da vitória. Negueba avançou pela ponta direita e centralizou a bola para a área, em direção à Thiago Neves. O camisa 7 deu um belo corta-luz e a redonda ficou limpa para Bottinelli bater bem, no canto, e garantir a 
vitória do Fla, que com 16 pontos , assume a vice-liderança do certame.

BOTAFOGO:



O adversário do Botafogo nesta 8 ª rodada, o Atlético Goianiense, era presa fácil, mas, graças a uma atuação pífia, o Botafogo foi a grande decepção da rodada e deixou três pontos escaparem ao empatar em 1 a 1 no Engenhão, em jogo realizado ontem (7).

O início bem que foi animador, com Herrera abrindo ao placar logo aos 4 minutos. No entanto, o time de Caio júnior apagou e deixou o Dragão ameaçar. O time goiano já era melhor no jogo quando chegou ao empate, aos 15’, em uma jogada na qual Anselmo contou com as falhas da defesa, principalmente do goleiro Renan, para balançar as redes. Até os 90 minutos de jogo serem completados, muita reclamação, pouca jogada e nenhuma vontade. O empate deixou o Botafogo em 6º, com 15 pontos.

*O Fluminense enfrentaria o Santos, mas a partida foi adiada para o dia 24 de agosto, para o desgosto de Abel Braga e dos jogadores do Flu.

*De volta para o passado:

Na 8ª rodada do BR-2010, o Flamengo foi o único carioca a vencer: bateu o Botafogo por 1 a 0, gol de Paulo Sérgio, aos 68’. A vitória rubro-negra foi importante para dar um alento à torcida, que há pouco tempo via seu goleiro, Bruno, ser preso, acusado de assassinato.

Jogando no Serra Dourada, o Vasco empatou sem gols com o Goiás. No Maracanã, o Fluminense vencia o Grêmio Barueri (ou Prudente?) por 1 a 0, gol de Fred, até os 82’, quando Wesley empatou para o time visitante.

Ao final da 8ª rodada, os times estavam nas seguintes colocações: Fluminense (), Flamengo (), Botafogo (14º), Vasco (19º)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Há 27 anos morria Elba de Pádua Lima, o Tim

Após pendurar as chuteiras, Tim também brilhou como treinador

Com as férias, e a volta de um espaço maior de tempo para escrever, é muito mais confortável de se lembrar das datas importantes do futebol. Sendo assim, esta quinta-feira (7) não pode passar em branco. Foi exatamente em um dia 7 de julho que um dos grandes jogadores e técnicos da história do futebol brasileiro deixou de figurar neste mundo.Em 1984, há exatos 27 anos, morria Elba de Pádua Lima, o Tim.

Nascido na pequenina cidade de Rifania, no interior de São Paulo, no dia 20 de fevereiro de 1916, foi batizado com o nome da ilha na qual Napoleão esteve exilado. Duas de suas quatro irmãs (Tim foi o único filho homem de seu pai, Sr. Vargas) também tinham nomes com referências geográficas. Ainda criança, nas peladas entre os amigos, passou a ser chamado de Tim, e assim seria até o dia de sua morte.

Com 12 anos, o franzino menino já atuava com destaque na equipe infantil do Botafogo de Ribeirão Preto. A grande habilidade que o rifainense mostrava nos gramados sem grama do interior paulista fez com que, em 1931, quando tinha apenas 15 anos, estreasse na equipe principal daquele clube. Jogando na meia-esquerda, o jovem Tim mostrou habilidade nos dribles curtos e no passe preciso e, em 1934, transferiu-se para a Portuguesa Santista.

Ainda defendendo a Briosa, foi convocado para a Seleção brasileira que foi jogar o Campeonato Sul-Americano de 1936, na Argentina. Embora não tenha conquistado o troféu, o certame deu um grande impulso na carreira do meia-esquerda. As grandes atuações de Tim lhe renderam, por parte dos argentinos, o apelido de “El Peón”, pois, da mesma maneira que o peão dos pampas conduz a manada para onde quer que queira, Tim conduziu aquele selecionado com uma classe peculiar. A Portuguesa Santista não conseguiria mais segurar o talento do jogador que, após um tempo de descanso, acertou sua transferência para o Fluminense.

No Tricolor Carioca, onde jogou de 1937 até 1943, viveu o auge como jogador de futebol. Já em seu primeiro ano, ao lado de Hércules e Romeu, conquistou o campeonato estadual. No ano seguinte veio o bicampeonato e a convocação para a Seleção brasileira que disputaria a Copa do Mundo, na França, onde, mesmo sem atuar constantemente, fez parte da primeira grande campanha do Brasil em um mundial.

Em 1940 e 1941, mais um bicampeonato carioca com a camisa tricolor. Em 1944 trocou de time, mas continuou a usar três cores, desta vez as do São Paulo, mas não teve sucesso; não voltaria a ser o jogador que levou a torcida pó de arroz à loucura. Retornou ao Rio, desta vez para o Botafogo, onde ficou até 1946. No ano seguinte, foi técnico e jogador do Olaria. A experiência serviu para lhe mostrar um novo caminho profissional, o de treinador. Ainda jogando, voltou ao seu Botafogo de Ribeirão Preto e teve uma rápida passagem pelo Millonários, da Colômbia.

Voltou ao Brasil em 1951, já como técnico, somente isso. Seu conhecimento na área técnica era tanto, que a alcunha de “O Estrategista” passou a acompanhá-lo. Seu primeiro grande trabalho foi no Bangu, mas foi no seu Fluminense que conquistou o primeiro título importante, o Estadual de 1964.

Treinou ainda diversos clubes, tendo grande destaque no San Lorenzo de Almagro, da Argentina, onde conquistou, invicto, o Metropolitano de 1968. Em 1970, ajudou o Vasco a ser campeão carioca e, em 1982, comandou a Seleção peruana na Copa do Mundo da Espanha. Quando morreu, tinha 68 anos.