segunda-feira, 30 de maio de 2011

BR-2011: Após uma péssima estréia, Fluminense reencontra a vitória

Leandro Eusébio comemora o gol que deu a vitória ao Fluminense
 O Fluminense foi até Goiás, no Serra Dourada, enfrentar o Atlético Goianiense pela 2ª rodada do BR-2011. Depois de uma estréia tenebrosa diante do São Paulo, o Tricolor Carioca buscava a redenção; e conseguiu. A vitória pela contagem mínima foi possível graças ao gol de cabeça anotado por Leandro Euzébio, ainda no primeiro tempo. Destaque, principalmente na primeira etapa, Deco mostrou que começa a pegar ritmo de jogo. A movimentação do luso-brasileiro com Conca, no meio campo, tem tudo para dar certo. No segundo tempo os tricolores recuaram demasiadamente e chegaram a levar alguns sustos, mas venceram merecidamente. Foi o último jogo de Enderson Moreira no banco de reservas. Quem assume agora é Leomir, auxiliar do técnico Abel Braga.

VASCO:


Se na primeira rodada os reservas cruz-maltinos venceram o time reserva do Ceará, desta vez o “Expressinho” mostrou novamente seu valor e conquistou sua segunda vitória. O adversário foi o América Mineiro, que jogou em São Januário com sua equipe considerada principal.  Os seis pontos até agora conquistados terão grande importância no final do certame. Os gols foram marcados por Bernardo, Enrico e Élton. A vitória é digna de toda comemoração.

FLAMENGO: 



Em Salvador, o Flamengo fez a partida mais emocionante da rodada. O adversário foi o Bahia, que, após quase oito anos, voltou a jogar pela Série A diante de sua torcida. Contando com algumas promessas que até agora não deram tão certo, o Tricolor Baiano mostrou velocidade e marcou primeiro, com Lulinha – ex-Corinthians. Ronaldinho, aproveitando bela jogada de Galhardo, empatou e Bottinelli virou pra o Rubro-Negro. Jóbson igualou o placar, mas Egídio, em uma bela finalização, recolocou os flamenguistas na frente. A vitória parecia quase certa, até porque o Fla tinha um a mais no campo (Hélder havia sido expulso na metade final do confronto), mas, aos 44’ do segundo tempo, Jóbson voltou a igualar o marcador. Final de jogo: 3 a 3.

BOTAFOGO: 



No sábado (28), o Botafogo recebeu o time de reservas do Santos no Engenhão. A partida foi muito fraca, mas no geral o Glorioso foi melhor. O gol que deu ao time da casa a primeira vitória no BR-2011 foi anotado por Fábio Ferreira, aos 36’ do primeiro tempo, após escanteio. Na segunda etapa o Santos chegou a ameaçar a meta de Jéfferson, mas os comandados de Caio Júnior tiveram mais oportunidades de matar o jogo, que acabou ficando no 1 a 0. Destaque para a estréia do jovem Elkerson, que mostrou poder ser bastante útil para os botafoguenses.
*De volta para o passado:

No dia 15 de maio de 2010, o Fluminense conquistou sua primeira vitória no BR-2010, que, futuramente, acabaria conquistando. Jogando contra o Atlético Goianiense, no Maracanã, o Flu venceu por 1 a 0. O gol foi marcado por Marquinho, aos 68’.

No mesmo dia, o Flamengo foi até Salvador, mas voltou com o empate. O adversário foi o Vitória. Os rubro-negros saíram na frente logo no início, com Vágner Love. O empate do Vitória veio no finalzinho, aos 86’, com gol de Elkerson (atualmente no Botafogo).

Completando a rodada dos cariocas, Botafogo e Vasco jogaram no dia 16. O Glorioso foi até o Morumbi enfrentar o São Paulo e venceu por 2 a 1. Léo Lima abriu o placar para o Tricolor Paulista, mas Antônio Carlos e Renato Cajá viraram para o Botafogo. O Vasco ficou no empate sem gols com o Palmeiras, em São Januário.

domingo, 29 de maio de 2011

Champions League: A vitória do Futebol Total


Melhor jogador da partida, Messi comemora a espetacular conquista

Muito podemos falar sobre a final da Champions League de 2010/2011, que teve como palco o majestoso estádio de Wembley, o mesmo das primeiras grandes conquistas européias de Manchester United e Barcelona, adversários da grande final de ontem (28). O prognóstico do jogo apontava grande equilíbrio entre os times; de 10 jogos até então realizados, três vitórias para cada lado e quatro empates. O último confronto não trazia boas recordações aos mancunianos: 2 a 0, gols de Eto’o e Messi, na final da Champions 2008/2009.

Para o United, que fez história conquistando seu 19º título inglês na atual temporada, o sentimento era de revanche. Para o Barça, assim como alguém cheio de idéias e uma caneta, a vontade era de escrever uma grande história, protagonizada por seu camisa 10: Lionel Messi.

Tendo na defesa jogadores como Vidic, Ferdinand e Evra, além do goleiraço Van der Sar, que jogava sua última partida, o United começou pressionando. O time de Alex Ferguson não deixava os espanhóis engatilharem sua maior arma, o toque de bola, mas após alguns minutos o Barça já estava se movimentando e deixando os mancunianos loucos com seus passes. A primeira grande chance do cotejo foi para os barcelonistas. Após cruzamento de Iniesta, Pedro apareceu na entrada da pequena área para finalizar. A bola foi para fora, não sem dar um susto em Van der Sar.

O gol Culé já parecia pronto para “sair do forno”. No espaço de um minuto, aos 20’ e aos 21’, David Villa teve a liberdade para tentar abrir o placar com dois chutes. Mal sabia ele o que lhe esperava. Cinco minutos depois, Xavi partiu para cima da zaga do Manchester e, já na intermediária, deu um passe mágico para Pedro – que apareceu na ponta direita. O jovem, porém vencedor, atacante bateu com categoria e balançou as redes.

Mas o United também tem seus grandes valores. Após fazer duas tabelas, a primeira com Carrick e a segunda com Giggs – levemente impedido – Rooney entrou na área e chutou bonito para empatar a peleja aos 34’. A igualdade persistiu até o apito que selou o final do primeiro tempo. Antes disso, o Barça ainda teve uma grande chance de marcar, em jogada que teve de início um “ovinho” (ou “canetinha”, como preferir) de Messi em Vidic.

A segunda etapa veio e os comandados de Pep Guardiola conseguiram melhorar ainda mais seu desempenho. Do banco de reservas, um atônito Sir Alex Ferguson parecia não saber o que fazer para frear aquela máquina de futebol azul-grená. O desequilíbrio visto nos gramados logo se traduziu em gol, adivinha de quem? Dele mesmo. Messi, marcado pela nada boba zaga do United, conseguiu achar espaço na entrada da área e, aos 54’, chutou forte para o gol. Muitos podem até falar de falha de Van der Sar, mas, como o goleiro tinha muita gente atrapalhando seu campo visão, a velocidade da bola acabou matando o holandês; 2 a 1.

O passeio parecia não ter fim e, aos 69’, David Villa, que no primeiro tempo tinha arriscado seus chutes, colocou a bola no ângulo dos ingleses; golaço. A superioridade era tanta que nem parecia que o adversário era o Manchester United.  O ato final, que fortaleceu ainda mais o lema “Mais que um clube”, do Barcelona, começou a ser construído na substituição de Dani Alves por Puyol, aos 88’. Qualquer um apostaria que o capitão cabeludo, um dos símbolos do barcelonismo, levantaria o troféu, mas, ao final do encontro, quem levantou a belíssima taça foi o francês Abidal, que há dois meses fez uma operação para retirada de um tumor no fígado.

As declarações dadas pelos derrotados mostram a magnitude do que aconteceu ontem em Wembley. “É o melhor time que já enfrentei. Não existe vergonha em perder para o Barcelona”, disse o técnico Alex Ferguson. O brasileiro Fábio, que atuou na lateral direita, foi quem deu uma das melhores declarações pós-jogo: “testemunhamos a história ser escrita”. É verdade, este Barcelona entrou no Hall sagrado dos grandes times de todos os tempos; assim como Xavi e, principalmente, Messi já recebem as boas vindas no Hall dos melhores jogadores. O título conquistado ontem foi o quarto dos Culés, que se igualam em número de conquistas à Bayern de Munique e Ajax.

*De volta para o passado:
Como foi dito no início do post, Barcelona e Manchester United já se enfrentaram em uma final de Champions League, na temporada 2008/2009, e o Barça levou a melhor. Mas o primeiro confronto valendo título entre os dois clubes aconteceu na temporada 1990/1991, vinte anos atrás, pela recopa Européia, a Taça das Taças. Jogando no Estádio de Rotterdam, na Holanda, os Red Devils levaram a melhor e venceram por 2 a 1. Mark Hughes fez os dois tentos do United, aos 67' e 74'. Ronald Koeman, herói da conquista da Champions League em 1992, diminuiu para os espanhóis.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Petkovic e os dez anos do gol do Tri

Petkovic comemora o histórico gol que deu ao Flamengo o tri estadual em 2001

Muita coisa aconteceu antes dos poucos passos que antecederam uma das faltas mais bem batidas e comemoradas da história do Flamengo. O Sérvio Dejan Petkovic, então com 28 anos, já havia passado por clubes como Radinischy e Estrela Vermelha, da extinta Iugoslávia, Real Madrid, Sevilla e Racing Santander, da Espanha, Vitória da Bahia e Venezia, da Itália, antes de chegar pela primeira vez ao Flamengo. Até o ano de 2000, antes de chegar à Gávea, já havia sido campeão iugoslavo (91 e 92)** e da Copa da Iugoslávia (93) pelo Estrela Vermelha; espanhol, pelo Madrid (97) e baiano (97) e da Copa Nordeste (97 e 99) pelo Vitória.

Seu primeiro jogo com a camisa da maior torcida do Brasil já dava mostras do que viria a acontecer; uma goleada de 4 a 1 em cima do Santos, em partida válida pelo Torneio Rio-São Paulo. Naquele dia 12 de fevereiro, “Pet” já estreou jogando bem e balançando as redes. O primeiro título veio naquela mesma temporada: o Campeonato Carioca. Na campanha que deu o bi ao Rubro-Negro, o sérvio fez 4 gols em 14 cotejos.

No estadual do ano seguinte, fez o seu primeiro gol somente no 14º jogo, contra o Olaria. O último daquele campeonato, todos já sabem qual foi. Na primeira partida da decisão contra o Vasco, Petkovic abriu o placar aos 55’, mas os cruz-maltinos viraram a partida para 2 a 1 e teriam a vantagem na peleja decisiva. Eis que, no dia 27 de maio de 2001, há exatos dez anos atrás, com um público de 62.500 pagantes e após os dois gols de Edílson – um deles com assistência do sérvio - o Fla precisava de um tento para levantar o tricampeonato, mas 88 dos 90 minutos de jogo já haviam passado até que Edílson sofreu uma falta. Quem iria para a cobrança? Petkovic, é claro.

O camisa 10 se concentrou, tomou pouca distância e acertou o ângulo do goleiro Hélton (que hoje faz história no Porto), selando um dos títulos mais emocionantes da história flamenguista e trazendo de volta aos mais velhos lembranças daquele primeiro tri, também contra o Vasco, também com um gol estrangeiro, marcado  - de forma polêmica, com falta segundo os vascaínos - pelo argentino Valido. O gol colocou Petkovic na história do Fla e no coração dos torcedores. O sérvio ainda passou por outros clubes do Brasil, Arábia Saudita e até China até voltar ao Flamengo e ser uma das peças mais importantes da conquista do Campeonato Brasileiro de 2009. Hoje, com a idade jogando contra, faz sua última temporada no futebol profissional, mas, mesmo daqui a dez anos, não duvide dele quando for cobrar uma falta.


*Da Sérvia, dentro das quatro linhas, o que mais sabemos foi do sucesso do jogador defendendo o Estrela Vermelha, clube que faz com o Partizan um dos clássicos mais violentos do mundo. O embate entre alvirrubros e alvinegros não possui apenas conotações futebolísticas. Se, de um lado o Estrela Vermelha carregava consigo um viés socialista, esquerdista, o Partizan carregava uma idéia mais capitalista, de direita. Não é a toa que o jogo entre as agremiações é conhecido como “O Clássico Eterno”. Sobre o socialismo, Pet deu uma declaração muito interessante em um programa nada futebolístico, deixando a apresentadora Ana Maria Braga com a cara no chão.



** Último campeonato da antiga Iugoslávia e primeiro da então nova Iugoslávia, respectivamente.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vasco não dá chances ao adversário e se classifica para a final da Copa do Brasil


Diego Souza fez sua melhor partida com a camisa do Vasco

O Vasco foi ontem (25) até o Estádio da Ressacada, em Florianópolis, enfrentar o Avaí pela segunda partida da semifinal da Copa do Brasil. O Cruz-maltino precisava de uma vitória simples ou de um empate por dois gols ou mais. No final das contas, graças a um primeiro tempo avassalador, o time de Ricardo Gomes não teve maiores problemas para se garantir na finalíssima  e venceu por 2 a 0. Na decisão, o Gigante da Colina vai enfrentar o Coritiba, que venceu o Ceará por 1 a 0 no Couto Pereira.

A partida já começou agitada. Logo aos 3 minutos, Felipe bateu falta venenosa para a área adversária. A bola foi de encontro à cabeça de Revson, zagueiro do Avaí, e daí rumou para o fundo das redes. O tento-relâmpago destruiu toda a preparação feita pelo técnico Silas. Do outro lado, os comandados de Ricardo Gomes continuavam pressionando e ainda desperdiçaram inúmeras chances, até que, aos 35’, em um contra-ataque muito bem puxado por Alecsandro, o atacante vascaíno trocou os papéis e serviu Diego Souza, que retribuiu o belíssimo passe com muita categoria na finalização; 2 a 0.

Já no segundo tempo, o Avaí promoveu mudanças. Rafael Coelho – que ainda pertence ao Vasco – entrou no lugar de Acleisson. A substituição não surtiu efeito. Mesmo tendo um maior volume de jogo em relação à etapa inicial, os catarinenses não conseguiam ameaçar o Vasco; Fernando Prass sequer chegou a suar a camisa. Os cruz-maltinos controlavam o jogo e estavam com a armadilha do contra-golpe preparada. Aos 12’, ao sentir a perna, Eder Luis foi substituído por Bernardo. Logo depois, pela mesma razão, Ramón deu lugar a Márcio Careca na lateral esquerda. Ao final do cotejo, Bernardo passou a ocupar mais a central do campo e Alecsandro rumou para o canto direito – onde Eder Luis jogara.

No final do encontro, Diego Souza – em sua melhor atuação desde 2009 – deu um lindo “chapeuzinho” no adversário e tocou para Bernardo, que chutou para o gol. A bola desviou na zaga e sobrou para Alecsandro empurrar para as redes, mas a arbitragem marcou o impedimento. O atacante teve ainda mais uma chance de marcar, mas o placar final ficou nos 2 a 0, mais do que suficiente, ainda mais pela grande atuação do time de São Januário. O Vasco volta a jogar uma decisão de Copa do Brasil após cinco anos, e pode quebrar um jejum de oito anos sem títulos.

*De volta para o passado:

Na única vez em que chegou a uma final de Copa do Brasil, o Vasco teve que passar pelo Fluminense na semifinal. Ambos os embates foram realizados no Maracanã. No primeiro deles, realizado no dia 11 de maio, o Vasco venceu por 1 a 0. O tento cruz-maltino foi marcado pelo “Capetinha” Edílson. O segundo confronto, no dia 17 do mesmo mês, terminou empatado em 1 a 1. Valdiram (Vasco) e Petkovic (Fluminense) balançaram as redes.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Pré-jogo: Avaí x Vasco


Hoje no Avaí, Rafael Coelho já balançou as redes do atual time quando jogava no Vasco

Avaí e Vasco fazem hoje (25), pela semifinal da Copa do Brasil, a partida mais importante da história do confronto. Na ida, empate em 1 a 1 no estádio de São Januário, com o Vasco igualando o placar nos minutos finais. Para chegar à final, o Gigante da Colina precisa da vitória simples ou de um empate de 2 a 2 em diante. A torcida vascaína promete tremer a Ressacada; o time possui um grande número de torcedores em Santa Catarina e ainda conta com os que vão enfrentar os 1144 km que separam Rio de Janeiro e Florianópolis.

O primeiro confronto entre Avaí e Vasco aconteceu em 1952, no estádio Adolfo Konder, em Florianópolis, e terminou com a vitória carioca por 2 a 1. A amizade entre os clubes ficou explícita quando os catarinenses chamaram os vascaínos para fazer a partida inaugural do Estádio da Ressacada. A amizade terminava por aí. Naquele dia 15 de novembro de 1983 o Vasco sapecou seis gols e venceu por 6 a 1.

A última vitória cruz-maltina sobre o Leão da Ilha catarinense aconteceu no ano passado, mas foi em um uma competição amistosa, o Torneio de Florianópolis – competição vencida pelo Vasco -, que aconteceu em meio à paralisação do Campeonato Brasileiro por conta da Copa do Mundo. Naquele dia 30 de junho, o Vasco venceu por 3 a 1 na Ressacada. O autor do segundo tento vascaíno, Rafael Coelho, defende hoje as cores do Avaí e conseguiu hoje um efeito suspensivo que permite sua escalação. Os outros gols foram marcados por Dedé e Léo Gago (Vasco) e Emerson Nunes (Avaí).

segunda-feira, 23 de maio de 2011

BR-2011: Botafogo mostra todas as suas deficiências e perde para o Palmeiras


O meio-campo ineficiente do Botafogo foi a principal razao da derrota contra o Palmeiras

O Botafogo teve “férias” de aproximadamente 30 dias graças à sua própria incompetência. Durante esse tempo, a diretoria prometeu reforços e não trouxe ninguém. O (fraco) time que estreou e perdeu para o Palmeiras ontem (22) não contou com seu ataque titular. No entanto, as presenças de Loco Abreu e Herrera provavelmente não alterariam a péssima atuação alvinegra. Com um meio campo completamente perdido na marcação e – principalmente – sem nenhuma criatividade, o Botafogo não levou perigo ao Palmeiras e mereceu a primeira derrota. A fragilidade, que não se restringe somente ao elenco, mas ao time principal do Botafogo, já não é novidade. A chegada de reforços (não apostas) é primordial para o time não despontar como um dos favoritos ao rebaixamento.

O primeiro tempo da partida, realizada no Estádio Teixeirão, em São José do Rio Preto, não emocionou. Abusando das faltas próximas à área, os alvinegros deram todas as chances possíveis para os comandados de Scolari tentarem, sempre nos pés de Marcos Assunção, abrir o placar usando a bola parada. Usando esse artifício, nos últimos lances da etapa inicial, Assunção acertou o travessão de Jéfferson, que operou um verdadeiro milagre embaixo das traves pouco tempo depois ao defender o chute de João Vitor. O final da primeira etapa já mostrava como seriam os 45 minutos finais.

A entrada de Cidinho no lugar de Lucas, na volta para o segundo tempo, deslocou Lucas Zen para a lateral direita e deixou o Glorioso postado num 4-4-2. A mudança, porém, não teve o efeito esperado. O jovem franzino, que até possui sua habilidade, nada fez. Principal nome do time, Maicosuel também estava apagado. Carente na criatividade, o meio campo do Botafogo dava espaços ao Palmeiras, que chegava perto do gol mas não finalizava. Aos 20 minutos, no entanto, a finalização do Alviverde veio em grande estilo. Kléber aproveitou o espaço dado à ele, limpou a zaga botafoguense  e desferiu uma bomba contra o gol de Jéfferson; um golaço. Sem ser ameaçado em nenhum momento, o Verdão não teve dificuldades para segurar a vitória. A primeira contra o Botafogo desde 2006.


Para o Flamengo, melhor estréia impossível no BR-2011. A equipe que enfrentou o time misto do Avaí, em Macaé, goleou por 4 a 0 e viu, finalmente, seu maior astro dar show. Ronaldinho Gaúcho distribuiu passes e ainda fez um belíssimo gol, o segundo da “chinelada” rubro-negra no time catarinense.

O Fla não começou muito bem, mas a partir do gol de Bottinelli, aos 25’ da primeira etapa - o primeiro do argentino em partidas oficiais pelo Flamengo -, o time de Vanderlei Luxemburgo deslanchou. Aos 18’ do segundo tempo foi a vez de Ronaldinho brilhar. O camisa 10 chutou com categoria e marcou um golaço. Thiago Neves, aos 24’, fez o terceiro e Diego Maurício, que entrara no decorrer do cotejo substituindo Wanderlei, tabelou com Ronaldinho para marcar, aos 40 minutos, o gol que deu números finais à partida. Esta foi a melhor estréia do Flamengo em no torneio desde 1977.


Detentor do último título brasileiro, o Fluminense fez o que tem feito em suas últimas atuações na atual temporada: jogou mal e decepcionou seus torcedores. O adversário do Flu na estréia do BR-2011 foi o São Paulo, que contou com os gols de Dagoberto e Lucas para voltar para a capital paulista com os três pontos.
Jogando em São Januário, o Tricolor Carioca perdeu gols incríveis e viu o jovem Lucas desequilibrar a partida e fazer um golaço. Ao final do encontro, até mesmo Rivaldo entrou para aliviar a crise são-paulina que vinha se instalando após as eliminações no Paulistão e na Copa do Brasil.


A partida entre Ceará e Vasco, realizada no sábado (21), no Estádio Presidente Vargas, foi emocionante.  Ainda lutando por uma vaga na decisão da Copa do Brasil, ambos os times pouparam a grande maioria de seus titulares para a partida. A vitória vascaína , de virada, por 3 a 1, em grande atuação de Bernardo, mostrou que o Cruz-maltino também está bem servido no banco de reservas e apresentou mais uma boa opção para Ricardo Gomes, o argentino Chaparro.

Jogando melhor durante a maior parte do primeiro tempo, o Vasco não conseguiu balançar as redes, e, ao final dos 45 minutos iniciais, ainda contou com Fernando Prass para não descer aos vestiários com a derrota parcial. O Vozão continuou a mostrar sinais de melhora na segunda etapa, e abriu o placar aos 20’. Após escanteio, Kléber chutou a bola na trave. A redonda bateu ainda em Fernando Prass, que foi traído pelo reflexo e colocou a bola para dentro do gol.

Atrás do placar, o Gigante da Colina subitamente acordou e virou a partida com dois tentos de Bernardo, aos 32’ e um golaço aos 34’. No final do cotejo, aproveitando a jogada do argentino Chaparro, que entrara no lugar de Douglas e estreou muito bem com a camisa cruz-maltina, Jéfferson fez o terceiro do Vasco, que agora só vai pensar no confronto contra o Avaí, pela semifinal da Copa do Brasil.

*De volta para o passado:

No ano passado, a estréia dos quatro grandes cariocas no Brasileirão não foi nada boa. Vasco e Fluminense perderam e Botafogo e Flamengo ficaram somente no empate.

O primeiro a jogar foi o Botafogo, no dia 8 de maio. O adversário era o Santos. Jogando no Engenhão, os alvinegros fizeram uma partida repleta de gols, que terminou empatada em 3 a 3, com o empate botafoguense saindo nos minutos finais, com gol de Herrera; Antônio Carlos fez os outros 2 do Glorioso. André, Neymar e Zé Eduardo fizeram os tentos do Peixe.

No dia seguinte, o Flamengo recebeu o São Paulo no Maracanã. O encontro colocava frente a frente os dois últimos campeões nacionais. No final das contas, o embate saiu sem vencedores. Washington – que posteriormente defenderia a camisa do Fluminense –abriu o placar para o Tricolor Paulista. O empate do Flamengo veio nos pés de Dênis Marques.

No Mineirão, o Vasco sofreu uma derrota de 2 a 1 para o Atlético Mineiro. Muriqui,conhecido da torcida cruz-maltina, abriu o placar para o Galo e Ricardinho aumentou para os mineiros. Élton descontou para o Vasco.

No Castelão, o Fluminense sofreu uma derrota com o “dedo” do juiz ante o Ceará. O gol que deu a vitória ao Vozão veio em um pênalti inexistente. Geraldo bateu e fez o único gol da peleja.

domingo, 22 de maio de 2011

Pré-jogo: Palmeiras x Botafogo

O último embate entre as equipes, em outubro de 2010, terminou sem gols.

O Campeonato Brasileiro começou ontem. Hoje (22), Palmeiras e Botafogo se enfrentam em São José do Rio Preto, no estádio Teixeirão. Em crise, ambos os clubes buscam um bom início para poderem ajustar, com a maior tranquilidade possível, o time para o restante da temporada. Não bastassem as turbulências causadas pelas eliminações alvinegras e alviverdes nos estaduais e na Copa do Brasil, Botafogo e Palmeiras começam o campeonato com desfalques.

O Verdão não contará com Valdívia, Wellington Paulista, Lincoln, Cicinho e Rivaldo – todos machucados. O Glorioso, graças à confusão em Santa Catarina, na eliminação ante o Avaí, não terá seu ataque titular.
Se o momento atual não dá perspectivas animadoras, no passado os embates entre os clubes fizeram história.

Em 1969, o Alviverde se deu melhor na fase final do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Brasileirão da época) e venceu graças ao saldo de gols. Em 1972, o Botafogo de Jairzinho, Brito, Nei Conceição , Carlos Roberto e Fisher enfrentou o Palmeiras do técnico Osvaldo Brandão, que contava com craques como Ademir da Guia, Leivinha, Leão e muitos outros.

A partida, realizada no dia 23 de dezembro de 1972, era única. A Academia tinha a vantagem do empate pela melhor campanha ao longo do certame, e foi exatamente em um empate sem gols que o Verdão levantou o seuquinto título brasileiro (já contando de forma unificada).

Em 1999, pelas semifinais da Copa do Brasil, o Botafogo eliminou o Palmeiras nos pênaltis, após dois empates em 1 a 1. O time paulista, que contava com o goleiro Marcos em grande fase, seria campeão da Libertadores da América pouco tempo depois.

O Botafogo não perde para o Palmeiras há 8 jogos. A última derrota do Glorioso no confronto aconteceu na 35ª rodada do Brasileirão de 2006, quando perdeu por 2 a 1 em São Paulo.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Nunes: o atacante da época de ouro do Flamengo

Nunes, que faz hoje 57 anos, marcando um dos gols que deram ao Fla o título brasileiro de 1980

Nascido no dia 20 de maio de 1954, João Batista Nunes de Oliveira deixou seu nome marcado na história do Flamengo. Chamado pela torcida de “João Danado” e “Artilheiro das Decisões”, foi responsável por dar o toque final às jogadas de um dos maiores times da história do futebol.

Nunes nasceu em Feira de Santana, na Bahia, e chegou a jogar nas categorias inferiores do Flamengo. Por ironia do destino, quando estava pronto para ingressar no time principal foi dispensado do clube pelo técnico Modesto Bria e voltou para o Nordeste, mais precisamente para Sergipe, onde defendeu as cores do Confiança. Os gols marcados pelo Dragão do Bairro Industrial lhe renderam uma transferência para o Santa Cruz, em 1975.

Vestindo a camisa do Cobra Coral, Nunes ajudou o clube em duas conquistas pernambucanas, em 1976 e em 1978. O faro de gol rendeu ao atacante convocações para a Seleção Brasileira. No entanto, uma contusão lhe tirou da Copa de 1978, realizada na Argentina. Depois do Mundial, já recuperado da lesão, voltou ao Rio de Janeiro para defender as três cores do Fluminense. Ficou somente uma temporada nas Laranjeiras e rumou para o futebol mexicano, onde teve uma rápida passagem pelo Monterrey. De lá, voltaria novamente à Cidade Maravilhosa, desta vez para provar que a dispensa levada anos atrás do Flamengo havia sido equivocada.

Nunes retornou ao clube de sua infância em 1980, desta vez para jogar entre os profissionais. O estilo trombador deu certo no time de Zico – afinal, o que não daria certo naquela equipe? –, e o excelente aproveitamento no atacante do Flamengo só ajudou a aumentar sua fama de pé quente; nascia aí o “Artilheiro das Decisões”. Na final do Campeonato Brasileiro daquele mesmo ano balançou a rede duas vezes na final contra o Atlético Mineiro – fez o primeiro e o terceiro gol dos 3 x 2.

Viveu sua melhor fase na temporada seguinte, quando ajudou o Rubro-Negro na conquista do Campeonato Carioca, da Libertadores da América e do Mundial de Clubes. No jogo contra o Liverpool, balançou a rede em duas oportunidades. Um ano mais tarde, fez o gol do título brasileiro de 1982, contra o Grêmio. Já sem muito espaço no time, deixou a Gávea e passou rapidamente por General Severiano. Voltou ao Fla e depois defendeu clubes como Náutico, Santos, Boavista de Portugal e Atlético-MG, antes de retornar ao Flamengo, em 1987. No hiato entre a partida e o retorno à Gávea, conquistou outro campeonato pernambucano – desta vez com o Náutico, em 1985 – e o estadual de Minas Gerais, em 1986.

Em 1987 não foi muito aproveitado no elenco flamenguista que conquistou o Brasileirão. No ano seguinte, Nunes deslocou-se cerca de 130km e defendeu o Volta Redonda. Depois do Voltaço, retornou ao Náutico, passou pelo futebol de El Salvador e, em 1992, retornou ao lugar que lhe deu os primeiros bons frutos no futebol: o Santa Cruz. Atualmente atua na equipe de Masters do Flamengo e sempre aparece em eventos comemorativos do clube.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Copa do Brasil: Com gol nos acréscimos, Vasco empata com o Avaí


Diego Souza não jogou bem, mas anotou o tento que salvou o Vasco

O Vasco recebeu o Avaí em São Januário pela primeira partida das semifinais da Copa do Brasil. O jogo foi difícil; os vascaínos desperdiçaram chances e viram os catarinenses terem a vitória até os 48’ do segundo tempo, quando Diego Souza, em cobrança de pênalti, igualou o marcador e manteve acesa a esperança do título nacional para o Gigante da Colina.

O jogo já começou emocionante. Com dois minutos os cruz-maltinos quase abriram o placar em jogada construída após o erro da zaga catarinense. Alecsandro tocou para Éder Luís, que rolou a bola açucarada para Diego Souza chutar para o gol. Não fosse a presença salvadora de Marcinho Guerreiro, o Vasco abriria o placar.

Mesmo levando alguns sustos, o time da casa jogava melhor e ameaçava com muita velocidade. Felipe, que aos 10 minutos quase marcou um belo gol, procurava os espaços vazios com seus passes; não acertava todos, mas os que chegavam aos pés dos atacantes sempre levavam perigo ao gol de Renan. A peleja seguiu movimentada até o fim da etapa inicial, mas nos primeiros 45 minutos nenhuma equipe conseguiu balançar as redes.

Na volta para o segundo tempo, nenhuma mudança nos times. O cotejo seguia como antes: chances vascaínas, resistência e contra-ataque dos comandados de Silas. Quando o jogo já ia entrando em sua metade final, os catarinenses passaram a ter mais domínio da posse de bola e passaram a ameaçar mais vezes a meta de Prass, que apareceu bem para evitar os tentos adversários. Aos 22’, o camisa 1 vascaíno fez ótima defesa após cabeçada de William. O volume de jogo do Leão da Ilha foi premiado aos 35’, quando Julinho limpou Allan –como já havia feito no primeiro tempo - e chutou rasteiro para o gol de Fernando Prass: 1 a 0.

Empurrado pela torcida, que lotou o estádio, e jogando muito mais na vontade do que na habilidade técnica, o Vasco tentava o empate. Quando tudo levava a crer que o Cruz-maltino amargaria a derrota, Élton, nos acréscimos, foi puxado dentro da área e caiu. O juiz assinalou o pênalti. Diego Souza encheu o pé e igualou o marcador, aliviando o time de um resultado catastrófico. No próximo embate, no dia 25, os vascaínos precisam vencer para chegarem à final. O empate sem gols favorece o Avaí.

Vasco: Fernando Prass, Allan, Dedé, Anderson Martins (Douglas) e Ramon; Jumar, Fellipe Bastos, Felipe e Diego Souza; Éder Luís (Bernardo) e Alecsandro (Élton). Técnico:  Ricardo Gomes

Avaí: Renan, Bruno, Revson e Gustavo Bastos; Felipe (Robinho), Acleisson, Marcinho Guerreiro, Marquinhos (Gustavo) e Julinho; Marquinhos Gabriel e William (Maurício Alves). Técnico: Silas

*De volta para o passado:

Em 2009, última vez que o Vasco chegou às semifinais da Copa do Brasil, o primeiro jogo, realizado no Maracanã, terminou em 1 a 1. O adversário era o Corinthians. Naquele dia 27 de maio, Dentinho abriu o placar para o Corinthians e Rodrigo Pimpão empatou para o Vasco.