sábado, 30 de abril de 2011

Bundesliga: Borussia Dortmund vence o Nuremberg e conquista o Campeonato Alemão

Diante de sua fanática torcida, o Borussia Dortmund conquistou seu sétimo título alemão

Hoje (30), o Borussia Dortmund conquistou antecipadamente o título da Bundesliga, o Campeonato Alemão. O jogo contra o Nuremberg, válido pela 32ª rodada, foi disputado no Signal Iduna Park, casa do Borussia, que tem uma das maiores médias de público de toda a Europa. Após um início nervoso, os Preto-Amarelos tiveram uma vitória tranquila por 2 a 0, gols de Lucas Barrios e Lewandowski.

O título veio graças à derrota do vice-líder, Bayer Leverkusen, contra o Colônia. O Borussia Dortmund, do jovem técnico Jürgen Klopp, já vinha fazendo uma excelente temporada, aproveitando muitos jovens e jogando um futebol rápido e ofensivo. Este foi o sétimo título alemão da equipe. A conquista faz com que o Borussia empate em títulos de Campeonato Alemão com o Schalke 04, seu arqui-rival. O elenco campeão conta com três brasileiros, o principal deles, pelo menos no coração dos borussians, é o zagueiro Dede, campeão do clube em 2002 e um dos maiores ídolos da história do clube. Os outros dois são o zagueiro Felipe Santana e o meio-campista Antônio da Silva.

Reserva durante grande parte do certame, Dede fez sua última temporada pelo time de Dortmund. O zagueiro entrou nos minutos finais da partida e foi um dos que mais comemoraram o título. No início da festa, ainda no gramado, a cerveja já se fez presente, e o técnico Klopp recebeu um merecido banho para coroar a espetacular campanha. Clique aqui e veja a comemoração emocionada e cervejeira dos borussians

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Libertadores: Iluminado, Fluminense vence o Libertad e larga na frente pela vaga nas quartas-de-final

Marquinhos fez um golaço e ajudou o Flu a construir uma boa vantagem contra o Libertad

Depois de uma classificação heróica para as oitavas-de-final da Libertadores da América, o Fluminense estreou muito bem na fase eliminatória da competição continental. Em um jogo muito truncado e marcado pelo atrasado, devido à falta de luz no Engenhão, o Tricolor Carioca venceu o Libertad, do Paraguai, por 3 a 1 e conquistou uma boa vantagem para o segundo duelo entre os times, que será realizado no próximo dia 4.

O jogo, que começaria às 21h50, teve seu início somente uma hora mais tarde - tempo suficiente para o Flu decidir jogar com o terceiro uniforme. A primeira chance dos tricolores veio já no primeiro lance, quando Fred recebeu passe de Rafael Moura e chutou forte para fora. Aos 3 minutos, Edinho desviou o escanteio (mal) cobrado por Conca e a bola subiu para Rafael Moura desferir uma forte cabeçada. O goleiro Vargas chegou a fazer a defesa, mas, para a alegria dos torcedores, a bola já tinha entrado.

Após o gol, a partida passou a ser mais disputada no meio campo. Os passes errados fizeram o nível técnico da peleja cair bastante, assim como os lances de perigo de gol. Os paraguaios insistiam nas bolas aéreas, principalmente nos escanteios venenosos cobrados por Samúdio, mas não tiveram sucesso. No último lance antes do final do primeiro tempo, o Fluminense voltou a levar muito perigo. Fred quase marcou um golaço, mas o forte chute do atacante saiu raspando a trave de Vargas.

O Libertad voltou mais ligado para a etapa complementar. A estratégia era a mesma: bolas alçadas à área. Após algumas tentativas, a tática mostrou sua eficiência aos 15’. Bonet cruzou para a área e Gamarra ainda contou com a péssima saída de Berna para, de cabeça, igualar o marcador. A resposta do Flu veio na mesma moeda, em cabeçada de Valência defendida por Vargas.

Os tricolores já mostravam impaciência nas arquibancadas. As cobranças se transformaram em gritos de apoio após os 27’, quando Marquinhos se desvencilhou de dois marcadores, limpou o terceiro, e chutou forte para fazer um belíssimo gol. Dois minutos depois, Conca, de falta, fez o terceiro do Flu. O Libertad ainda pressionou nos minutos finais, mas a partida terminou com a vitória por 3 a 1 do Fluminense. Na próxima semana, no estádio Defensores Del Chaco, os tricolores poderão perder até por um gol de diferença que passam para as quartas-de-final.

*Em três partidas disputadas contra o Libertad, em competições oficiais, o Fluminense ganhou todas (em 2008 o tricolor havia vencido por 2 a 1 e 2 a 0).

*De volta para o passado:

Na única vez em que havia chegado às oitavas de final da Libertadores, o Fluminense enfrentou o Atlético Nacional. A primeira partida, disputada no estádio Anastásio Girardot, na Colômbia, terminou com a excelente vitória por 2 a 1 do Tricolor Carioca. O primeiro gol foi marcado por Thiago Neves, de pênalti. Após bate-rebate na área tricolor, o chileno Arrué chutou forte e empatou o jogo. O gol da vitória foi marcado por Conca.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Copa do Brasil: Flamengo e Vasco não encontram dificuldades e se garantem nas quartas-de-final

Willians selou a classificação do Flamengo com chave de ouro

O Flamengo foi até Ceará enfrentar o Horizonte, pela segunda partida das oitavas de final da Copa do Brasil. Pelo fato do primeiro jogo, no Rio de Janeiro, ter sido um empate em 1 a 1, e pelos desfalques do Fla (Ronaldinho Gaúcho, Maldonado e Léo Moura), a zebra cearense era um fantasma que os rubro-negros tiveram que se acostumar. Porém, mesmo com os desfalques, o Flamengo soube se impor – principalmente no segundo tempo – e garantiu uma tranquila vitória por 3 a 0. O próximo adversário do Rubro-Negro, nas quartas de final, será mais um cearense; o Ceará.

O Flamengo começou melhor na primeira etapa. Após algumas chances, o gol do Rubro-Negro saiu de uma jogada fortuita, aos 10’. Substituto de Léo Moura, o jovem Galhardo cruzou para a área. A bola, no entanto, teimou em tomar a direção do gol e, com a ajuda do goleiro, morreu no fundo das redes. A falha no gol que dava a classificação ao Fla logo foi compensada por grandes defesas, principalmente em chutes de Deivid e Wanderlei, que quase marcou um golaço após dar um “lençol” no defensor horizontino.

O time da casa, porém, não jogava mal. Muito pelo contrário. A postura do time cearense surpreendeu. A equipe saía tocando bem a bola e chegou a ameaçar o gol de Felipe, mas ao final do primeiro tempo o Flamengo ainda garantia a sua classificação.

Os cearenses começaram o segundo tempo de maneira ousada, mas não demorou muito para o ânimo ruir. Aos 3 minutos, Thiago Neves fez grande jogada, driblou o goleiro e tocou para Deivid, sozinho, anotar o segundo gol do Fla. O tento marcado pelo camisa 9 selou o knock-out do adversário. Aos 35’, Willians partiu do meio campo, driblou toda a zaga do Horizonte, passou pelo goleiro e chutou para o fundo das redes; um golaço. Na próxima fase, o time de Vanderlei Luxemburgo pega mais uma equipe cearense. Depois de enfrentar Fortaleza e Horizonte, a missão agora é passar pelo Ceará e chegar às semifinais do certame.

VASCO:

Com a classificação praticamente garantida, o time misto do Vasco enfrentou os reservas do Náutico e se classificou com um empate sem gols. Nem mesmo Roberto Fernandes, técnico do Timbú, veio ao Rio de Janeiro. Quem comandou os pernambucanos foi o auxiliar, Zé do Carmo. O registro fica pela 300ª partida de Felipe com a camisa vascaína. O Vasco enfrentará o Atlético Paranaense nas quartas de final.

*De volta para o passado:

Pelas oitavas de final da Copa do Brasil de 2010, o Vasco enfrentou o Corinthians Paranaense (ex-J. Maluccelli) e, após vencer na partida de ida por 1 a 0, se classificou vencendo em São Januário por 2 a 1. Élton e Carlos Alberto marcaram pelo Vasco. Leandro fez o gol dos paranaenses.

Em 2009, o Flamengo não teve problemas para vencer o Fortaleza por 3 a 0. Após um empate sem gols no Maracanã, Kléberson, Juan e Emerson garantiram a vaga rubro-negra dentro do Castelão, no Ceará.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Champions League: Com golaço de Messi, Barcelona sai na frente nas semifinais

Em uma partida muito brigada, Messi mostrou seu brilho no final e fez os dois gols da vitória barcelonista
Da sequência de quatro confrontos entre Real Madrid e Barcelona, que começou primeiro com o empate em 1 a 1 pelo campeonato espanhol, seguido pela vitória merengue por 1 a 0 na final da Copa do Rei, as duas partidas válidas pelas semifinais da Champions League eram as mais esperadas. Hoje, no Santiago Bernabéu, os gigantes espanhóis se enfrentaram em um jogo repleto de confusões, no qual faltou muito pulso ao juiz, e um pouquinho do futebol que todos esperavam. O grande lampejo do jogo foi o belíssimo gol de Messi, o segundo dele, que selou a vitória por 2 a 0 no campo de seu maior adversário.

Desde o início, a peleja mostrou que seria disputada em um clima quente, como foi a semana que antecedeu o clássico. O jogo, mesmo que sentisse falta da qualidade que habitualmente é desfilada por ambas as equipes, seguia o prognóstico inicial: mais posse de bola para o Barça – que não contou com Iniesta, contundido - e com o Madrid apostando nos contra-ataques. Na primeira etapa, as grandes chances foram do Barça. Na primeira delas, David Villa, na entrada da área, abriu espaço e chutou com muito perigo, tirando tinta da trave de Casillas. Na segunda, o mesmo David Villa, desta vez de frente para o gol, chutou para a estupenda defesa do goleiro. Todas as discussões ocorridas até então, explodiram ao final do primeiro tempo. Na entrada dos vestiários, José Pinto, goleiro reserva do Barcelona, acabou sendo expulso no meio da confusão.

Na volta para a segunda etapa, Mourinho sacou Ozil para a entrada de Adebayor. Os merengues ameaçavam mais os blaugranas. A alteração de Mourinho vinha dando certo; Adebayor era a referência do ataque madrilista. No entanto, tudo ruiu quando Pepe foi expulso após entrada criminosa em Daniel Alves, aos 60’. Apesar de acertada, a impressão foi a de que o árbitro Wolfgang Stark – que já vinha apitando muito mal – cedeu à pressão dos catalães. A saída de Pepe, peça chave do esquema montado por Mourinho para parar o Barcelona, causou um animosidade ainda maior no cotejo. Pouco tempo depois, o técnico português também foi expulso de campo. Era questão de tempo para o Barcelona abrir o placar.

E até demorou para o time de Guardiola fazer o gol. Os catalães, apesar da superioridade, não jogavam tudo o que sabem. O primeiro tento saiu, enfim, aos 77 minutos. Afellay ganhou na corrida de Marcelo e, na ponta direita, cruzou para a conclusão de Messi. Dez minutos depois, veio a jogada com o rótulo do melhor jogador do mundo. Após receber a bola na intermediária, Messi passou por toda a defesa merengue e colocou a redonda no fundo das redes de Casillas, um golaço. O próximo jogo será no dia 3 de maio, no Camp Nou. O Real Madrid, que não contará com boa parte de sua defesa (Pepe, Ricardo Carvalho e Sérgio Ramos), precisa fazer vencer por três gols de diferença, ou, a partir de 3 a 1, por dois gols. O Barcelona pode até perder por um gol que se garante na final.


*De volta para o passado:

Em 2002, com Zidane, a história foi diferente
Após empatar em 1 a 1 no Santiago Bernabéu, o Real Madrid foi até o Camp Nou e venceu o Barcelona por 2 a 0, em partida válida pelas semifinais da Champions League de 2001/2002. Naquele dia 23 de abril de 2002, os gols de Zidane e Steve McManaman colocaram o Madrid na grande final do torneio, que posteriormente seria conquistado sobre o Bayer Leverkusen.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Champions League: Manchester United vence Schalke 04 na Alemanha e está perto da final

Os Red Devils estão muito perto da final da Champions League: a terceira nos últimos quatro anos
Schalke 04 e Manchester United se enfrentaram hoje (26) pela primeira partida das semifinais da Champions League. Diante de sua fanática torcida, que nunca havia testemunhado o time chegar tão longe na competição, os Azuis Reais tiveram na figura do goleiro Neuer seu principal destaque. A partir deste dado, dá para ter uma noção que o time inglês dominou completamente o jogo. Os Red Devils tentaram abrir o placar de todos os jeitos e, chute após chute, Neuer – que na próxima temporada não defenderá a equipe de Gelsenkirchen- crescia mais na meta do time da casa, fazendo uma das melhores partidas de um goleiro na história recente do certame. A estupenda atuação do camisa 1 alemão garantiu o empate sem gols ao final do primeiro tempo.

Para a segunda etapa, os times retornaram sem mudanças. O jogo também continuou igual: muita pressão do United e defesas de Neuer. Quando o ímpeto dos comandados de Alex Ferguson diminuiu, dando margem para um possível equilíbrio por parte do Schalke, Rooney, em um belíssimo passe, deixou Giggs na cara do gol. O Galês, que já vinha tentando furar a “barreira” Neuer, não desperdiçou e, aos 67’, abriu o placar. O camisa 11 dos Red Devils, que tem 37 anos, é agora, por questão de dias, o jogador mais velho a anotar um tento na principal competição interclubes da Europa.

O gol do United balançou as estruturas do frágil time de Gelsenkirchen. Não demorou muito para os Red Devils ampliarem o placar, desta vez com Rooney. Aproveitando passe de Chicharito, e os espaços da zaga adversária, o Shrek mostrou,aos 69’, mais uma vez que voltou a velha forma. O treinador Ralf Rangnick ainda promoveu algumas mudanças, e o Schalke, sempre chutando de longe, tentou diminuir o placar, mas Van der Sar apareceu com segurança nas pouquíssimas vezes em que foi requisitado, mantendo, na Champions League, a invencibilidade do sistema defensivo do United fora de casa. Final de jogo: Schalke 0 x 2 Manchester United. A próxima partida será realizada no dia 4 de maio, no Old Trafford.

*De volta para o passado:


Schalke 04 e Manchester United nunca haviam se encontrado em competições européias. Mesmo assim, os Azuis Reais não guardam uma boa lembrança da última vez em que um time inglês, também de Manchester, pisou no gramado de seu estádio. No dia 27 de novembro de 2008, em jogo válido pela fase de grupos da Europa League 08/09, o Manchester City foi até Gelsenkirchen e venceu o Schalke por 2 a 0. Os gols dos mancunianos foram marcados por Benjani Mwaruwari, aos 32’ do primeiro tempo, e por Stephen Ireland, aos 66’.



 A última vez em que o Manchester United venceu fora de casa um time alemão foi em 2008. Jogando na Volkswagen Arena, os Red Devils venceram o Wolfsburg por 3 a 1 em partida válida pela fase de grupos da Champions League 09/10. Os três tentos do United foram marcados por Michael Owen. Dzeko, hoje no Manchester City, descontou para os Lobos.

Completando hoje 74 anos, Manga transformou seu aniversário em data que homenageia os goleiros

Manga: um dos melhores goleiros da história do futebol brasileiro

Sob as traves, foi tão importante que o dia 26 de abril, data de seu aniversário, é considerado o “Dia do Goleiro”. Nascido no Recife, em 1937, Aílton Corrêa Arruda ficou conhecido no Brasil, e América do Sul, como Manga. Deu os primeiros passos no futebol defendendo o Sport Clube de Recife, onde conquistou o Campeonato Pernambucano de Juniores em 1954. Pelo time principal, jogou apenas por dois anos, até 1959, quando foi contratado pelo Botafogo.

No Alvinegro fez história, e é considerado o maior goleiro de todos os tempos no clube. Fez parte do time que encantou o mundo, com Garrincha, Nilton Santos, Didi, Quarentinha e tantos outros craques. A qualidade que aquela equipe mostrava com os pés, Manga mostrava nas mãos, que, devido aos árduos anos de trabalho, ficou bastante deformada. Pelo time de General Severiano conquistou o maior número de títulos em sua carreira; oito oficiais (quatro Campeonatos Cariocas, três Rio-São Paulo e a Taça Brasil) fora os conquistados nas excursões internacionais, muito comuns naqueles tempos.

Jogando ao lado de boa parte dos craques que conquistaram o bicampeonato mundial com a Seleção Brasileira, Manga só foi defender o Brasil na Copa do Mundo de 1966, entrando somente em um jogo, na eliminação contra Portugal. Falando em más recordações, o goleiro não nutria de muita simpatia por parte dos flamenguistas, já que antes de enfrentar o rival dizia que “contra o Flamengo o bicho (premiação em dinheiro) é certo”. Os anos gloriosos no Glorioso duraram uma década, e Manga se despediu na campanha que culminou com o título nacional da Taça Brasil de 1968.

Após os dez anos em preto e branco, a relação do camisa 1 com o clube já estava desgastada - um exemplo disso foi a “discussão” com João Saldanha após a festa do título carioca de 1967*. Manguinha, como era carinhosamente chamado, rumou então para o Uruguai, onde também fez história defendendo o Nacional de Montevidéu. Pelos Albos, venceu a Libertadores da América e o Mundial de clubes de 1971, além de quatro títulos nacionais (69-70-71-72). Permaneceu no Uruguai até 1974, quando voltou para o Brasil.

De volta às terras tupiniquins, Manga, a essa altura já um veterano, foi contratado pelo Internacional. Pelo Colorado, foi tricampeão estadual (74-75-76) e bicampeão brasileiro (75-76), sendo considerado, assim como no Botafogo e no Nacional, um dos melhores goleiros de toda a história do clube. De 1977 até 1978, jogou pelo Coritiba, e foi, mais uma vez, campeão estadual. Depois do Coxa, e após uma rápida passagem pelo Operário-MS, retornou ao Rio Grande do Sul; desta vez, porém, vestiu a camisa tricolor. Pelo Grêmio conquistou o Campeonato Gaúcho de 1959, seu último título em terras brasileiras. Em 1981 transferiu-se para o Barcelona de Guayaquil, ganhou um campeonato equatoriano (81) e se aposentou na temporada seguinte, com 45 anos.

Depois de pendurar as luvas, passou a trabalhar como treinador de goleiros e ficou muito tempo fora do Brasil. Foram tantos anos longe de sua terra natal que, até hoje, quando fala, podemos notar um sotaque um tanto quanto castelhano. Atualmente, Manga mora no Brasil e trabalha no Internacional.


*Em 1967, o jornalista João Saldanha, botafoguense fanático, acusou o goleiro de ter se vendido na final do Campeonato Carioca de 1967, disputada contra o Bangu. Manga teria soltado bolas que normalmente não soltaria. Mesmo assim, o Alvinegro ficou com o troféu. Na festa do título, João Saldanha sacou uma pistola e começou a dar tiros ao chão. Dizem que nunca viram Manga pular tão alto em toda sua vida...

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Taça Rio: Flamengo e Vasco vencem e estão na final do segundo turno

Éder Luis fez o gol que levou o Vasco à final do turno; Felipe evitou os gols e levou o Fla a mais uma decisão
FLA-FLU:

Flamengo e Fluminense fizeram, no Engenhão, um clássico emocionante. O Fluminense teve mais chances de vencer, mas o empate em 1 a 1 levou a partida para os pênaltis, onde o Fla têm se mostrado imbatível, e o Tricolor Carioca sucumbiu graças às péssimas cobranças dos jogadores que estavam no banco de reservas, fazendo de Felipe, mais uma vez, o herói de uma classificação.

Jogando sob a forte chuva que caía no Rio de Janeiro, a primeira etapa alternou momentos corridos com as interrupções, primeiro pela queda de energia e depois técnica, que atrasaram o jogo em 20 minutos. No início da peleja, o primeiro lance polêmico: Rafael Moura ficou cara a cara com Felipe, que saiu de maneira imprudente do gol. No entanto, o toque do goleiro no “He-Man” não dava ao atacante o direito de se jogar de maneira tão teatral ao chão, o que lhe rendeu um cartão amarelo por simulação.

Após as chatíssimas interrupções, Rafael Moura voltou a aparecer em lance discutível, que, desta vez, teve desfecho favorável para o Fluminense. O “He-Man” estava impedido quando desviou, de cabeça, a cabeçada de Gum, fazendo o primeiro gol da partida. Os tricolores quase marcaram na sequência, mas Felipe apareceu para fazer boas intervenções. A resposta do Fla (que não contou com Ronaldinho, machucado, e perdeu Léo Moura, que se contundiu no início do jogo) veio em lance de Thiago Neves e Diego Maurício, mas o chute do “Drogbinha” foi defendido com a ponta da luva por Ricardo Berna.

Em busca do gol, na entrada para o segundo tempo, Luxemburgo colocou Deivid e Botinelli nos lugares de Wanderlei e Fernando. As mudanças surtiram efeito, e a movimentação no ataque flamenguista melhorou bastante. No entanto, era o Fluminense quem tinha as melhores oportunidades, mas não conseguiu marcar. O Flamengo aproveitou, e o empate veio aos 22’, quando, aproveitando bola alçada na área por Willians, Thiago Neves subiu no meio da defesa tricolor e acertou uma bela cabeçada contra as redes de seu ex-time. Como o empate persistiu até o final, o jogo acabou indo para as penalidades.

Nos pênaltis, o Fla começou muito mal, assim como cobrança de Renato, defendida por Berna. Souza, que havia entrado no decorrer do cotejo, deu uma mão aos rubro-negros e isolou sua cobrança. Outro jogador do Flu que entrara no decorrer da peleja e desperdiçou o chute foi Araújo, desta vez Felipe apareceu para defender. A responsabilidade da classificação ficou nos pés de Thiago Neves. A cobrança do ex-tricolor, no entanto, foi defendida por Berna, e o Flu ganhou sobrevida. A esperança pó de arroz desceu pelo ralo após a cobrança de Tartá (mais um que saiu do banco), defendida por Felipe. Diego Maurício fez então o gol que garantiu o Flamengo na decisão da Taça Rio, contra o Vasco. caso vença, o Fla já será campeão estadual.

VASCO X OLARIA:
 


O Vasco teve uma partida duríssima com o Olaria no sábado(23). Jogando no Engenhão, o Cruz-maltino teve que suar para vencer o time da Rua Bariri e chegar à final da Taça Rio. Superior na peleja e merecedor da vitória, a equipe de Ricardo Gomes foi surpreendida pela postura ofensiva do Olaria nos primeiros minutos de jogo. Os vascaínos, porém, souberam esfriar o ímpeto inicial do adversário e cresceram na partida. Aos 18’, Diego Souza chegou a balançar as redes, mas o impedimento foi corretamente assinalado pelo árbitro auxiliar.

Sem conseguir furar o bloqueio defensivo do Olaria, o Vasco começou a irritar seus torcedores, que escolheram o improvisado Allan, na lateral direita, para simbolizar sua insatisfação. A situação só não piorou porque o chute do atacante Felipe, do Olaria, acertou o travessão, e não as redes. E foi exatamente quando o perigo estava mais iminente que o Vasco abriu o placar. Éder Luis recebeu passe exuberante de Felipe Bastos, entrou na área e limpou o goleiro antes de finalizar para o fundo das redes, aos 37 minutos. Ainda no final do primeiro tempo, o Olaria reclamou de duas penalidades que não existiram.

Na volta para a segunda etapa, o Vasco mostrava um maior volume de jogo, e levou mais perigo do que fizera nos primeiros 45 minutos. As oportunidades, sempre criadas pelos flancos, não foram aproveitadas e o Olaria voltou a ameaçar a meta de Fernando Prass, que fez excelentes defesas, sendo uma das principais figuras do jogo. O gol que traria uma tranquilidade a mais aos vascaínos só não veio porque o pênalti batido por Bernardo, que entrara no lugar de Éder Luís – em substituição que rendeu vaias ao técnico Ricardo Gomes, já que a torcida preferia a saída de Diego Souza - explodiu no travessão. Final de jogo: 1 a 0.

*De volta para o passado:

O Fluminense também fracassou na semifinal da Taça Rio de 2010. O Tricolor Carioca enfrentou o Botafogo, no dia 10 de abril, em uma partida emocionante, cheia de alternâncias. O Glorioso começou na frente, em gol de Loco Abreu logo aos 4 minutos de partida. Fred empatou e depois virou o jogo. Fahel, de um jeito um tanto quanto atrapalhado, voltou a igualar o marcador e Caio chutou de fora da área para fazer o gol da vitória (que teve "corta-luz" de Herrera, que estava impedido).

No dia seguinte, Vasco e Flamengo se enfrentaram e o Rubro-Negro levou a melhor. Vágner Love fez aos 10 minutos o primeiro gol do jogo. O empate do Gigante da Colina saiu dos pés de Thiago Martinelli, mas Vágner Love voltou a marcar e garantiu a presença rubro-negra na final contra o Botafogo.

domingo, 24 de abril de 2011

Pré-jogo: Flamengo x Fluminense

No último confronto, válido pela Taça Guanabara, tricolores e rubro-negros ficaram no zero a zero
Flamengo e Fluminense jogam hoje (24) uma vaga na final da Taça Rio. Os tricolores voltam com força à disputa do estadual, após a épica classificação na Libertadores. Os rubro-negros buscam a conquista do segundo turno para por fim à disputa e conquistar logo o título do campeonato. Ao todo, Flamengo e Fluminense se enfrentaram 374 vezes, o Fla venceu 131 vezes contra 119 êxitos do Flu. O número de empates foi 123, o último deles no dia 13 de março, pela Taça Guanabara.


Em 1972, pela primeira vez a Taça Guanabara era decidida como primeiro turno do Campeonato Carioca. A final, realizada em um Maracanã com mais de 100 mil pessoas, foi entre Flamengo e Fluminense. O Fla foi avassalador e fez 5 a 0 com Liminha, Caio (3) e Doval. O Flu descontou com Jair e Mickey. Final de jogo: 5 a 2. No ano seguinte, já na final do campeonato, o Fluminense venceu por 4 a 2 – gols de Manfrini (2), Toninho e Dionísio. Dario descontou para os rubro-negros – e teve o gostinho de comemorar o título em cima do rival.

sábado, 23 de abril de 2011

Pré-jogo: Vasco x Olaria


Vasco e Olaria se enfrentam hoje (23) no Engenhão pela semifinal da Taça Rio. O vencedor da partida decidirá, contra Flamengo ou Fluminense, o título do segundo turno, que dá vaga à final do certame – que já conta com o Flamengo, campeão do primeiro turno. As equipes se enfrentaram na última rodada da Taça Rio e fizeram um duelo muito movimentado; no final das contas, o empate em 2 a 2 fez justiça ao que foi o jogo. Portanto, apesar de ser favorito, o Gigante da Colina não pode entrar em campo achando que a partida já está vencida – como fez o Fluminense contra o Boavista na Taça Guanabara.


No total, Vasco e Boavista disputaram até hoje 112 partidas: 81 vitórias do Vasco; 22 empates e 9 vitórias do Olaria.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Após três anos, os Diabos rumam sozinhos para o inferno

O choro do atacante Neném, em 2008, após a confirmação do primeiro rebaixamento do América
A Taça Rio está chegando ao fim e eu ainda não falei sobre o triste rebaixamento do América à Série B do Campeonato Carioca. É a segunda vez que o tradicional time Rubro amarga este desgosto. Em uma hora como essas, fica fácil apontar culpados. De fato, é inadmissível um clube com a história e marca do América ser rebaixado em um campeonato estadual como o carioca, mas a incompetência, aliada à falta de investimentos, é capaz de produzir os piores feitos. Em 2008, após o rebaixamento dos Diabos à segundona estadual, guardei o jornal do dia seguinte por acreditar que levaria mais tempo até um novo descenso se repetir; me enganei.

O caderno dos esportes do jornal “O Globo”, do dia 6 de abril de 2008, dedicou duas páginas à tragédia americana. Na matéria principal, o genial título: “América luta, vence, sofre mas acaba no inferno”. Abaixo, podemos ver como foram aquelas últimas horas na elite carioca – com uma despedida mais “heróica” do que a deste ano, diga-se de passagem.

“E a tragédia se consumou, com requintes de crueldade. Mesmo vencendo o Friburguense por 2 a 0 no Estádio Eduardo Guinle, o América, que passou toda a competição na zona do rebaixamento, acabou caindo para a Segunda Divisão, depois de 100 anos convivendo com a elite do futebol carioca. A vitória não foi suficiente, já que o Mesquita, numa reação heróica, venceu o Duque de Caxias por 4 a 2, chegando a 12 pontos, dois a mais que o América, que caiu juntamente com o Cardoso Moreira, derrotado pelo Resende por 1 a 0” – texto de Carlos Eduardo Mansur.

Para piorar, a torcida presente no estádio ainda recebeu a falsa informação de um empate do Duque de Caxias, que aliviaria os rubros. Os americanos comemoraram em meio a abraços e lágrimas de felicidade, que logo logo escorreram de tristeza quando a verdadeira notícia chegou: o tento era do Mesquita, que acabou se salvando da degola naquela temporada.

O jornal ainda mostra diversos depoimentos; alguns bem curtos, como o de Jorginho, atual técnico do Figueirense, e ex- auxiliar de Dunga na Copa do Mundo de 2010. Revelado no clube, treinou os Diabos em 2006, levando o time à final da Taça Guanabara contra o Botafogo. “Para mim, o sentimento é de desespero. Tenho gratidão pelo América. Acreditava até o último momento”, disse.

Elói, campeão da Taça Guanabara de 1982, disse: “Nunca sairia da minha casa para assistir a Fluminense e Vasco. O América é especial. Lamento estar fora e não poder ajudar”.

O pior é ver que, apenas três anos depois, o novo rebaixamento não teve tanta repercussão, mostrando que, infelizmente, o América parece estar sozinho desta vez.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Libertadores: Fluminense chuta a matemática dos gramados e conquista, de forma épica, a classificação para a próxima fase

jogadores comemoram com a torcida o primeiro dos quatro gols que classificaram o Fluminense

As chances eram de 8%. A classificação, improvável. O Fluminense não dependia de suas próprias forças para avançar para as oitavas de final da Libertadores da América. O adversário era o Argentino Juniors, que também brigava pela classificação. Com tudo contra, o Fluminense mostrou mais uma vez que parece funcionar melhor quando está a beira do abismo e, em uma partida emocionante, venceu por 4 a 2 e garantiu sua classificação para a próxima fase da Libertadores. Nem a feroz covardia dos argentinos no final do cotejo tirou o brilho do terceiro milagre tricolor desde 2009.

Muito melhor em campo, o Fluminense levava perigo ao gol dos argentinos desde o início da peleja. Antes de Júlio Cesar abrir o placar para o Flu, aos 17’, após passe de Marquinho, o Tricolor Carioca já havia acertado a trave adversária. Os Bichos chegavam ao ataque somente na base do “chutão”. A tática acabou dando certo quando Gum cometeu pênalti em Salcedo, que, na cobrança, demonstrou muita tranquilidade e empatou a partida.

O Flu não diminuiu o ritmo. Após outras tantas chances, o segundo gol saiu aos 40’, em falta cobrada de longe – e com muita força - por Fred. O goleiro Navarro falhou feio. A vitória por 2 a 1 ainda não garantia a classificação tricolor; em Montevidéu, Nacional e América empatavam sem gols. A equipe de Enderson Moreira precisava de mais um tento. Antes do apito que selou o final da primeira etapa, o habilidoso Neil, que infernizou defesa do Flu no Engenhão, quase marcou de bicicleta, mas a bola bateu na trave.

O Fluminense voltou sem mudanças para o segundo tempo, e continuava superior. O terceiro gol quase saiu aos 5’, mas Marquinho, na frente do gol, desperdiçou. Quem acabou marcando foi o Argentinos Juniors. Sempre alçando bolas na área tricolor, a redonda chegou aos pés de Oberman, que chutou para o gol e contou com o desvio de Valência para comemorar o empate.

Os tricolores sentiram o golpe e diminuíram o ritmo. A nova injeção de ânimo no time veio após o gol de Rafael Moura, aos 22’. O “He-Man” aproveitou o rebote de Navarro, após cabeçada de Valencia, para somente empurrar a bola para o fundo das redes. Vendo que a eliminação era iminente, o time do técnico Pedro Toglio se lançou ao ataque. O empate classificava os argentinos - bastava um gol para a equipe que revelou Diego Maradona ao mundo se classificasse para a próxima fase. O jogo tomava contornos dramáticos.

A partida entrou em seus cinco minutos finais com Fred quase marcando o gol salvador, Navarro fez boa defesa e colocou a bola para escanteio. A entrada de Araújo no lugar de Diguinho ilustrava bem o espírito de se lançar ao ataque. A essa altura, a comissão técnica tricolor já sabia que a partida de Montevidéu acabara sem gols; o Fluminense precisava de mais um para se classificar. E foi dos pés de Araújo que começou a jogada crucial da peleja. O meio campista lançou Edinho, que entrou na área e caiu; o juiz marcou pênalti. Fred bateu bem e fez o gol que classificou o Tricolor Carioca.

Após o final do jogo, confusão no estádio. Os jogadores começaram a se agredir sob os olhos de uma ineficiente polícia. O time que havia encurralado, na bola, o adversário durante toda a partida, agora era empurrado contra o muro pelos jogadores do time argentino.Voltando para o vestiário literalmente como “guerreiros”, os tricolores cantaram músicas para comemorar a incrível e épica vitória. Um novo campeonato começa agora para o Flu, e o oponente será o Libertad, do Paraguai.

*De volta para o passado:

Em 2008, a última partida do Fluminense na fase de grupos da Libertadores foi contra a LDU, no dia 17 de abril, no Maracanã. Naquele ano, a situação do Tricolor Carioca no certame continental não era tão difícil como a que testemunhamos nesta temporada. Os times, que posteriormente decidiriam o título, decidiam naquele dia a liderança do Grupo 8. A vitória de 1 a 0, com gol de Cícero, deu aos tricolores a liderança do Grupo.

COPA DO BRASIL:

BOTAFOGO:


O Botafogo foi até Florianópolis enfrentar o Avaí. Após o empate de 2 a 2 no Engenhão, o Alvinegro precisava de uma vitória simples para se classificar para as quartas de final do torneio. A partida não foi caracterizada pelo primor técnico das equipes, e os gols saíram somente no segundo tempo. Quem abriu o placar foi o Botafogo, com Loco Abreu. O resultado favorecia o Glorioso, mas o time de Caio Júnior permitiu que o Avaí crescesse na partida. O empate, porém, veio em pênalti marcado de maneira absurda pelo árbitro Ricardo Marques Ribeiro. William cobrou e, aos 43', fez o gol que deu a classificação ao Leão da Ilha. 

Ao final do jogo, Loco Abreu fez jus à seu apelido e partiu para a briga com Marquinhos, meio campista do Avaí. Em poucos segundos estabelecia-se um pandemônio na Ressacada; vergonha geral. Para o Botafogo, que além da perda moral, perdeu financeiramente com as eliminações precoces no estadual e Copa do Brasil, é muito fácil reclamar da péssima arbitragem, mas a verdade é que o time, por tudo o que não apresentou na temporada, mereceu ficar sem a vaga. Em "férias forçadas" até o início do Campeonato Brasileiro, no dia 22 de maio, se não fizer contratações de peso, o Alvinegro será forte candidato ao rebaixamento.

FLAMENGO:

O Flamengo também decepcionou, mas não foi eliminado e não protagonizou cenas de violência ao final do jogo. O Rubro-Negro recebeu, no Engenhão, o Horizonte, do Ceará, na partida de ida das oitavas da Copa do Brasil. O time de Vanderlei Luxemburgo perdeu muitas oportunidades antes de abrir o placar, aos 17 minutos, com Wanderlei.
Após o tento, a equipe cearense surpreendeu e levou perigo à meta de Felipe, que foi obrigado a fazer boas defesas. Após muito tentar, o Horizonte empatou após bela jogada de Siloé, que, após a entrada imprudente de David, sofreu o pênalti. Elanardo bateu e marcou. Até o final do jogo, o Fla não conseguiu fazer sequer um gol no modesto time do Ceará. Mais uma vez aquém das expectativas, Ronaldinho Gaúcho chegou até a ser vaiado pela torcida. Final de jogo: 1 a 1. A próxima partida será realizada no dia 27, no estádio Domingão.
VASCO:
                                 
No último dia 13, o Vasco foi para Recife onde enfrentou o Náutico. A partida era considerada difícil, mas o Cruz-maltino, em uma de suas melhores atuações no ano, presenteou o aniversariante do dia, Roberto Dinamite, e conseguiu uma maíscula vitória por 3 a 0 - gols de Dedé, Alecsandro e Bernardo - deixando a classificação para as quartas de final muito bem encaminhada. O jogo de volta será realizado no dia 27, em São Januário.

*De volta para o passado:

Em sua última participação na Copa do Brasil, em 2009, o Flamengo enfrentou o Fortaleza nas oitavas de final. O primeiro resultado também foi decepcionante: jogando em Volta Redonda, o Rubro-Negro ficou apenas no zero a zero com o Tricolor Cearense. No jogo de volta, o Fla se classificaria com um ótimo resultado na casa do adversário...

Em 2010, o Vasco também ficou devendo jogando em São Januário. O Cruz-maltino empatou em 1 a 1 com o Icasa, na primeira partida das oitavas de final. Na segunda partida, o Vasco se classificou com uma goleadapor 4 a 1.

Há duas temporada o Botafogo não chegava sequer às oitavas de final da Copa do Brasil. Em 2008, o time, então comandado por Cuca, recebeu a Portuguesa no Engenhão e empatou em 1 a 1. Na partida de volta, em São Paulo, o Glorioso se classificou para as quartas de final ao vencer a Lusa por 2 a 1. Foi a última vez que o Alvinegro chegou às quartas de final do certame.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pré-jogo: Argentinos Juniors x Fluminense

Fluminense e Argentinos Juniors jogando no Maracanã, em 1985

Agora, definitivamente, é vida ou morte. O Fluminense chegou à Libertadores da América com a pompa de campeão brasileiro e, até agora, só demonstrou pequenos lampejos de um bom futebol, que, aliados à raça do time, ainda dão aos tricolores uma esperança de classificação para a segunda fase da competição continental.

O jogo de hoje (20), contra o Argentinos Juniors, será muito difícil. Além de precisar da vitória, o Flu ainda precisa secar o Nacional (que joga contra o América do México, em Montevidéu)para se classificar. Em caso de empate entre a equipe uruguaia e a mexicana, uma vitória por mais de dois gols de diferença já classifica o Tricolor Carioca. Vale lembrar que, em competições oficiais, o Fluminense nunca venceu os Bichos. Foram três partidas: duas em 1985 – ambas com vitórias argentinas por 1 a 0 – e o empate em 2 a 2, neste ano, no Engenhão.

Em 1985, ano em que o Flu disputou a Libertadores como campeão nacional, as derrotas para o mesmo Argentinos Jrs. deixaram a desclassificação precoce muito bem encaminhada.No dia 5 de agosto, no Maracanã, o gol marcado por Miguel Angel Lemme deu a vitória aos Bichos. Duas semanas e meia depois, no dia 23 de agosto, em partida realizada na Argentina, o gol marcado por Mário Hernan Videla, após sucessivas falhas no sistema defensivo tricolor, deu ao Flu motivos a menos para sonhar. O último jogo daquela melancólica campanha foi um empate sem gols com o também argentino Ferro Carril. Hoje, o Flu ainda tem pequenas chances de escrever uma história diferente.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Taça Rio: Vasco, Olaria, Flamengo e Fluminense brigam pelo título do segundo turno

Semifinais da Taça Rio terão Fla-Flu e Vasco e Olaria. O Botafogo até venceu o América, mas não se classificou

Com todas as partidas que valiam a classificação para as semifinais começando na mesma hora, a última rodada da fase de grupos da Taça Rio - oitava rodada -foi emocionante. No Engenhão, o Fluminense, com um gol de Fred (pênalti), venceu o Nova Iguaçu por 1 a 0 e se classificou. O Botafogo também venceu, mas não se classificou para as semifinais. Em partida muito movimentada, o Vasco empatou com o Olaria, em jogo que será repetido nas semifinais do segundo turno. O Flamengo, jogando com o Macaé, também empatou e pegará o Fluminense.

BOTAFOGO:

O Botafogo jogou em São Januário contra o rebaixado América. O Alvinegro entrou repleto de mudanças: Cidinho, Lucas e Guilherme começaram a partida como titulares. Aproveitando as deficiências do América, o Glorioso começou melhor e abriu o placar aos 13’, com Lucas. O lateral-direito cruzou bola para a área e o goleiro colocou a redonda contra as próprias redes, típico lance que justifica o rebaixamento dos Rubros neste ano. O goleiro se redimiu pouco tempo depois, ao defender chute de Cidinho.

A posse de bola do América era algo impressionante. O time de Caio Júnior deixava os Diabos jogarem. Mesmo assim, as melhores chances foram do Botafogo. No final do primeiro tempo Jéfferson ainda fez boa defesa após chute de Paulo Reis, na única chance aguda de gol do América até então.

Na segunda etapa, o Alvinegro começou no ataque e ampliou o placar. Aos 10 minutos, aproveitando passe de Bruno Tiago, Loco Abreu só precisou tocar para o fundo das redes. O terceiro tento foi anotado por Lucas, em falta muito bem cobrada, aos 36’. Da mesma maneira, Bruno Reis diminuiu para o América aos 45’. Final de jogo melancólico para as duas equipes: os outros resultados não aconteceram e o Botafogo, pela primeira vez desde 2006 ficará de fora das decisões estaduais. O América voltará a disputar a segunda divisão estadual.

VASCO:

O Cruz-maltino enfrentou o surpreendente Olaria no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. Já classificado, o Vasco jogava para decidir sua vaga no Grupo A. Uma vitória o colocaria na ponta do grupo e ajudaria o Botafogo na classificação que não veio. O jogo contra o Azulão da Bariri foi, além de movimentado, emocionante. O empate em 2 a 2 ilustrou perfeitamente como foi a partida: duas equipes em busca da vitória.

O time de Ricardo Gomes começou melhor, tocava bem a bola. O gol, no entanto, insistia em não sair; faltava poder de finalização. O Olaria aproveitou e, aliando sua habitual organização com a vontade de se classificar, conseguiu sair na frente. Aos 17 minutos, Waldir recebeu a bola dentro da área e bateu para o gol de Fernando Prass: 1 a 0.

O início da segunda etapa dava a impressão de que o time comandado pelo técnico Roberto Fernandes venceria fácil. Não demorou muito para o clube da Rua Bariri aumentar o placar. Logo aos 5’, Felipe aproveitou a jogada e passe de Danilo para fazer o segundo do Olaria. Em busca de uma mudança na equipe, Ricardo Gomes sacou Leandro e promoveu a entrada de Bernardo.

A entrada do jovem valor movimentou a partida, e os cruz-maltinos voltaram a pressionar o adversário. O primeiro gol do Vasco, no entanto, veio em um pênalti mal marcado do goleiro Henrique em Diego Souza. Bernardo bateu e diminuiu. A entrada de Élton no lugar de um tímido Felipe deu mais combate e movimentação ao meio campo vascaíno, que pressionou mais ainda. O merecido gol chegou, finalmente, aos 46’, em cabeçada desferida por Rômulo. O empate de 1 a 1, aliado ao resultado do jogo do Flamengo deu ao Vasco a primeira colocação do Grupo A. O adversário do Gigante da Colina nas semifinais será o mesmo Olaria de hoje.

FLAMENGO:

O Rubro-Negro, já classificado, entrou no campo do estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, repleto de modificações para enfrentar o Macaé. Ronaldo Angelim, Galhardo, Jean, Fierro e Bottinelli entraram nos respectivos lugares de David Braz (suspenso), Léo Moura, Wellington, Willians (pendurados) e Thiago Neves que, poupado, começou no banco de reservas.

Bottinelli ficou, mais uma vez, deixando a desejar na criação das jogadas, mas mostrou vontade. Mesmo assim, o Fla teve ótimas chances de gol no primeiro tempo. Logo aos 6 minutos, após falta cobrada por Ronaldinho, Jean cabeceou para o gol. O goleiro Everton defendeu de forma espetacular, evitando o tento flamenguista.

O time de Vanderlei Luxemburgo teve mais chances na casa dos 20’, em chute perigoso de Ronaldinho. Logo depois, Fierro também ameaçou o gol macaense em chute que acertou o lado de fora das redes. A resposta do Macaé veio aos 35’, em chute de Jonathan, e aos 43’, em arremate cruzado de Robson. Felipe apareceu bem nos dois lances, e o primeiro tempo acabou com o empate sem gols.

Na volta para a segunda etapa, Thiago Neves entrou no lugar de Bottinelli e Diego Maurício, no lugar de Deivid. A alteração teve efeito rápido. Nos primeiros segundos de partida, após receber lançamento de Ronaldinho, Thiago Neves só não marcou porque André Gomes tirou a bola do caminho do gol. Toda a pressão que o Fla exerceu durante o primeiro e início de segundo tempo foi traduzida em gol aos 12 minutos. Após escanteio, Jean cabeceou e André Gomes colocou a bola contra sua própria meta. A arbitragem confirmou o tento para o zagueiro rubro-negro.

A resposta macaense veio logo na sequência, mas a arbitragem assinalou, corretamente, o impedimento. Aos 18’, Thiago Neves chutou da entrada da área. A bola bateu caprichosamente nas duas traves antes de sair pela linha de fundo. A peleja era movimentada, os atacantes flamenguistas se movimentavam bastante, mas quem fez o gol foi o Macaé, aos 33 minutos. Após receber bola de Robson, Hyantony subiu, completamente sozinho, para empatar o cotejo.

A vitória do Fla poderia ter vindo no último minuto, quando o juiz acreditou na encenação de Diego Maurício ao cair na área; pênalti. A escolha para a cobrança do penal era óbvia. Ronaldinho Gaúcho colocou a bola na marca do cal, correu em sua direção e, de maneira irreconhecível, isolou a redonda no maior estilo Roberto Baggio. Ao menos, ao contrário do craque italiano, o pênalti perdido pelo camisa 10 do Fla não valeu sequer um título, mas o caminho até a final da Taça Rio ficou um pouco mais complicado: o próximo adversário será o Fluminense.

FLUMINENSE:

Precisando somente de um empate para garantir sua classificação, o Fluminense recebeu o Nova Iguaçu no Engenhão e, com um gol de pênalti, garantiu a vitória e conseqüente vaga nas semifinais do segundo turno.

O primeiro tempo foi muito fraco. O Fluminense tinha maior volume de jogo, mas as chances vieram mais nas bolas paradas. O Nova Iguaçu levou perigo em cabeçada de Leonardo, defendida por Ricardo Berna. O Flu respondeu na mesma moeda, mas o gol teimou em sair na bola parada. Fred, que não marcava há cinco jogos, recebeu na área e chutou. A bola bateu no braço o zagueiro Leonardo e o juiz assinalou o pênalti. O camisa 9 bateu bem e colocou o Tricolor Carioca na frente.

O segundo tempo começou animador para o campeão brasileiro. Logo no início, após jogada de Mariano, na ponta direita, Conca bateu para a segura defesa de Diogo Silva. Do outro lado do campo, Júlio César também apareceu bem e quase fez o seu. O Flu dominava completamente a equipe comandada pelo tetracampeão, Zinho. O segundo gol, no entanto, acabou não aparecendo. Nas semifinais, como já foi dito anteriormente, os tricolores enfrentarão o Flamengo.

*De volta para o passado:

Na oitava rodada da Taça Rio 2010, somente o Botafogo não ganhou. O empate em 2 a 2 com o Bangu, porém, não tirou o Alvinegro da fase final do segundo turno – aliás, nenhum grande ficou de fora. O jogo, realizado no Engenhão, teve gols de Diguinho e Alessandro, pelo Botafogo, e Somália e Gustavo Correia pelo Bangu.

Jogando no Maracanã, o Fluminense não teve grandes dificuldades para vencer o Macaé por 3 a 1. Alan (2) e Everton fizeram os tentos do Flu. André Gomes descontou para o Macaé.

Em partida emocionante, o Vasco venceu o Duque de Caxias por 4 a 3. Fágner Élton e Dodô (2) balançaram as redes pelo Vasco. Maurinho, Júnior e Marcelo fizeram os gols do Duque de Caxias.

O Flamengo cravou sua classificação no estádio de Moça Bonita, em partida disputada contra o Friburguense. Ronaldo Angelim, Denis Marques e Camacho fizeram os gols da vitória por 3 a 0.

domingo, 17 de abril de 2011

Clássicos Europeus: FA Cup, Superclássico e Campeonato Inglês


Os clássicos esquentaram o velho continente neste fim de semana

O fim de semana foi de clássicos na Europa. Os três que chamaram maior atenção foram: Manchester City x Manchester United (FA Cup), Real Madrid x Barcelona (Campeonato Espanhol) e Arsenal x Liverpool (Campeonato Inglês). As três partidas foram marcadas pela disputa tática e equilíbrio. No final das contas, quem teve um resultado melhor foi o City, ao vencer o United por 1 a 0. O Madrid conseguiu provar para si próprio, após arrancar – com um jogador a menos – um empate de 1 a 1, que é capaz de bater o Barcelona nos próximos três confrontos que virão. Em Londres, em uma partida emocionante e decidida no final, o Arsenal voltou a tropeçar, e após fazer nos acréscimos o gol que lhe deixaria vivo na luta pelo título, deixou o Liverpool empatar. Melhor para o Manchester United.

Pelas semifinais da Copa da Inglaterra, Manchester City e Manchester United se enfrentaram em Wembley, em partida que bateu o recorde de público do clássico mancuniano: mais de 80 mil torcedores. Era a primeira vez que os Citizens jogaram no lendário estádio desde que ele foi reconstruído; Parece que deu sorte. Em uma partida muito disputada, o gol que selou a classificação dos Sky Blues veio após falha de Carrick, aos 25’ do segundo tempo. Yayá Touré aproveitou e anotou o tento da vitória.

A expulsão de Scholes, após entrada criminosa em Zabaleta, facilitou a tarefa dos comandados de Roberto Mancini de segurar o resultado. O United pressionou no final da peleja, mas, desta vez, não teve sucesso. Ao final da partida, a vaga na final, após 30 anos, deixou os torcedores azuis extasiados. Balotelli, desequilibrado como sempre, ainda conseguiu arranjar confusão com Ferdinand e Anderson. A decisão, que será disputada novamente no Wembley, no dia 14 de maio, será contra o Stoke City, que hoje massacrou o Bolton e venceu por 5 a 0.

A partida, também disputada no Wembley, começou melhor para o Bolton, que tinha mais posse de bola e levava mais perigo ao gol defendido por Sorensen. No entanto, aos 10 minutos, após saída de bola equivocada dos Trotters, Etherington acertou um belo chute e abriu o placar para o Stoke. O tento desestabilizou completamente o Bolton. Huth e Jones fecharam o placar de 3 a 0 no primeiro tempo. Na segunda etapa, Walters fez dois e fechou a goleada.

Jogos Decididos nos Pênaltis.

As partidas entre Real Madrid e Barcelona, e Arsenal e Liverpool foram muito equilibradas e ficaram na igualdade. Em ambos os jogos, os tentos saíram somente após a marcação de pênaltis.

No Santiago Bernabéu, a torcida do Real Madrid recebeu o Barcelona com sentimento de vingança. Tudo graças à goleada sofrida no primeiro turno do Campeonato Espanhol, por 5 a 0. José Mourinho, técnico dos merengues, parecia ter outro pensamento. Como o certame já está praticamente nas mãos dos catalães, o técnico português pareceu buscar uma maneira minuciosa de vencer, nos próximos três jogos, o time comandado por Guardiola. O objetivo foi, aparentemente, concretizado.

Após um jogo muito disputado e cheio de alternâncias, o Madrid, com um jogador a menos, conseguiu jogar bem e chegou ao empate, resultado que deu mais tranquilidade para os próximos jogos. O tentos foram marcados, de pênalti, pelos melhores jogadores do mundo: primeiro Messi, para o Barça, depois C. Ronaldo, para o Madrid.

No Emirates Stadium, o Arsenal precisava de uma vitória para continuar, com reais chances, na disputa pelo título do Campeonato Inglês, liderado tranquilamente pelo Manchester United. O adversário dos Gunners foi o Liverpool, que, ao lado do United, é o maior vencedor do certame. A partida, muito disputada, teve como lance marcante o choque entre Carragher e Flanagan. Os gols saíram nos últimos minutos da partida.

O pênalti sofrido por Fábregas e convertido por Van Persie parecia dar a vitória aos londrinos, mas o nervosismo e a infantilidade voltaram a “sabotar” a equipe de Arséne Wenger. Dois minutos depois Eboué derrubou Lucas dentro da área; pênalti. Kuyt bateu e empatou. Os Gunners ficam agora a seis pontos dos Red Devils. Mesmo que ainda haja um confronto direto entre os líderes da Premier League, é muito difícil que o título não vá para o Old Trafford.

*De volta para o passado:

Law: "Eu não queria fazer aquele gol".
O torcedor do Manchester pôde sentir o doce gosto de, além de vencer, eliminar seu maior rival de uma possibilidade de título. Os SkyBlues de Manchester passaram anos terríveis, chegaram até a terceira divisão, e viram o United colecionar inúmeros títulos nos últimos anos. Mas, como em qualquer rivalidade regional, o City teve uma oportunidade única de bater seu rival.

Na temporada 1973/1974, o Manchester United já não contava com os lendários Bobby Charlton e George Best. Denis Law, que completava uma das maiores trincas da história do futebol, havia sido dispensado e vestia a camisa dos Citizens. A campanha dos Red Devils foi terrível, era o time que mais derrotas teve naquele campeonato. O jogo que decretou o descenso à segunda divisão foi justamente contra o City, e o gol da vitória por 1 a 0 dos Citizens foi anotado, de letra, por Denis Law, que não comemorou. Após o jogo, Law disse que estava "inconsolável".

sábado, 16 de abril de 2011

Pré-Jogo: A rodada final da fase de grupos da Taça Rio



Fluminense e Nova Iguaçu se enfrentam neste domingo, no Engenhão, pela última rodada da fase de grupo da Taça Rio. Primeiro colocado do Grupo B, o Tricolor Carioca já está com sua classificação às semifinais do segundo turno praticamente garantida. Praticamente. O atual campeão brasileiro se classifica com vitória e, caso o Botafogo não vença o América, pode até mesmo empatar ou perder. A lógica é que o Flu passe na primeira posição de seu grupo sem maiores problemas. O técnico interino Enderson Moreira já falou que a equipe entrará com sua força máxima.

O primeiro confronto entre os times aconteceu em 2006, ano que o Carrossel da Baixada debutou na primeira divisão do futebol carioca. O resultado foi pra lá de maiúsculo: 6 a 0 para o Flu. Em 2007, empate em 1 a 1. Neste mesmo ano, o Nova Iguaçu seria rebaixado. Voltou à elite carioca somente neste ano, e realizará sua terceira partida contra o Fluminense.


Outro jogo que vai atrair atenções será entre América e Botafogo. Os Rubros de Édson Passos foram – para a tristeza do campeonato – mais uma vez rebaixados à Série B do futebol carioca. Como o time vai entrar em campo? Cabisbaixo ou desejando, ao menos, uma última – e única, neste ano -honra na primeira divisão? A resposta para essa questão será dada somente quando os Diabos entrarem no gramado de São Januário, mas para o América, nesta temporada, a derrota vem sendo uma constante.

O Botafogo, em fase de completa instabilidade, vem de maus resultados e não depende de si para obter a classificação. O Alvinegro precisa vencer e torcer para uma derrota do Fluminense ou do Olaria, que enfrenta o Vasco, para manter acesa as esperanças de chegar, pelo sexto ano seguido, na final do estadual. Ao todo, Botafogo e América se enfrentaram 213 vezes. O Glorioso venceu 94; o América, 63. O número de empates do confronto é 56.



Já classificados, Vasco e Flamengo enfrentam Olaria e Macaé, respectivamente. O resultado dos jogos definirá somente quem será o primeiro e quem será o segundo colocado do grupo. No caso de classificação do Olaria, esta colocação pode ser importantíssima para colocar determinada equipe em uma condição mais favorável para a decisão do segundo turno.

Vasco x Olaria: 111 partidas; 81 Vitórias do Vasco; 21 empates; 9 vitórias do Olaria.

Flamengo x Macaé: 3 partidas, 3 vitórias do Flamengo.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

No aniversário de 57 anos do ídolo-presidente, Roberto Dinamite, o Vasco enfrenta o Náutico pela Copa do Brasil.

Em 1974, com uma vasta cabeleira, Dinamite levou o Vasco ao seu primeiro título nacional

O Vasco vai a campo hoje (13), no Estádio dos Aflitos, em Pernambuco, para enfrentar o Náutico. É a primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil. Até hoje, cruz-maltinos e nauticanos se enfrentaram 28 vezes, com grande vantagem para os vascaínos; são apenas três derrotas sofridas: em 1973, 1986 e 2008, último confronto entre as equipes.

Independente do resultado de hoje, a data é especial para o Vasco e para todos os cruz-maltinos. Foi neste dia, em 1954, que nasceu, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, o maior ídolo da história do clube: Roberto Dinamite. Como todo craque que se preze, Dinamite era bom de bola desde menino. Seu ídolo de infância era o atacante Jairzinho, do Botafogo e da Seleção Brasileira. Por conta disso, Roberto já admitiu que em sua infância nutria grande simpatia pelo time de General Severiano.

No entanto, aos 15 anos, quando passou a integrar a categoria de base do Vasco, conheceu a camisa que foi a grande paixão de sua vida. Os arremates precisos e fortes o fizeram jogar pelo time de profissionais do Gigante da Colina em 1971, quando tinha apenas 17 anos. Na partida realizada contra o Internacional, pelo Campeonato Brasileiro daquele ano, o atacante driblou três marcadores e fuzilou para o gol. A manchete do dia seguinte estampava: “Garoto-Dinamite explodiu”.

Já atuando como principal nome do time, Roberto conquistou, em 1974, seu primeiro título com a camisa vascaína: o Campeonato Brasileiro, do qual, com 16 gols, foi o artilheiro. A artilharia do brasileirão logo se tornaria um prêmio individual quase que normal de se conquistar para o camisa 10. Ao todo, foram 190 gols marcados no principal torneio do país. Em 1976, fez, contra o Botafogo, o gol mais bonito de sua carreira; um dos mais bonitos da história do Maracanã. Após receber bola de Zanata, Roberto deu um lençol em Osmar e finalizou de primeira para o fundo das redes.

O primeiro título carioca veio em 1977. As excelentes atuações, e os muitos gols pelo Vasco, levaram o atacante para a Copa do Mundo de 1978. No auge de sua forma, Roberto foi titular e marcou três gols. No entanto, a controversa vitória da anfitriã, Argentina, por 6 a 0 contra o Peru, eliminou o Brasil, que mesmo invicto não ganhou a Copa. Cláudio Coutinho, técnico da Escrete Canarinho, disse que seus comandados foram os “campeões morais” do torneio.

Em 1980, transferiu-se para o Barcelona, onde era chamado de “Dinamita”. Sua estréia na Catalunha foi promissora: fez dois gols contra o Almería. No entanto, após a demissão do técnico Joaquín Rife, perdeu espaço e, depois de três meses, acertou sua volta ao Rio de Janeiro. Primeiramente, jogaria no maior rival, Flamengo, mas, devido à pressão da torcida, retornou ao Gigante da Colina. A reestréia aconteceu em um jogo contra o Náutico que o próprio Roberto jura não lembrar. No entanto, sua segunda partida desde a volta da Espanha entrou para a história: fez os cinco gols da vitória por 5 a 2 contra o Corinthians.

Em 1982 conquistou seu segundo estadual e foi convocado, às pressas, para substituir o machucado Careca, na Copa do Mundo da Espanha. Na Terra da Sangría ficou na reserva de Serginho Chulapa e não jogou sequer uma partida. Voltaria a ser campeão estadual em 1987 e 1988. Jogou ainda no ano seguinte e, vendo que sua carreira estava se aproximando do fim, deixou o Vasco para vestir a camisa de outro clube lusitano: a Portuguesa. Voltou ao Cruz-maltino e depois jogou pelo Rio Negro, de Amazonas, e Campo Grande, do Rio de Janeiro, antes de retornar, mais uma vez, ao seu amado Vasco, onde conquistou mais um Campeonato Carioca em 1992. Em sua partida de despedida, em 1993, conseguiu uma façanha que, até hoje, deixa qualquer flamenguista roxo de raiva: fez Zico vestir a camisa do Vasco.

Atualmente Roberto é presidente do clube. Sua posse foi marcada por uma ferrenha luta para tirar o “Poderoso Chefão” da Colina, Eurico Miranda, de São Januário. Após muitos episódios judiciais, no dia 1º de julho de 2008, o jogador que mais gols fez ostentando a Cruz de Malta no peito assumiu a presidência do Vasco. Seu primeiro ano, no entanto, não foi dos mais fáceis e o time foi rebaixado. O retorno à Série-A aconteceu em 2009 e, gradualmente, o Gigante da Colina vêm melhorando seu elenco.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Champions League: Manchester United volta a vencer o Chelsea e se classifica para as semifinais

Chicharito e Park aproveitaram os passes de Giggs e garantiram a vitória do Manchester United

Manchester United e Chelsea se enfrentaram, no Old Trafford, para decidir que time avançaria para as semifinais da Champions League. Jogando em casa, o United tinha a vantagem do empate, já que, na semana passada, venceu os Blues em Londres por 1 a 0. Hoje (12), em mais uma partida decidida pelas assistências de Ryan Giggs, os Red Devils venceram por 2 a 1 e avançaram para as semifinais.

Buscando a vitória, o Chelsea – com Drogba no banco de reservas – ameaçou mais o gol de Van der Sar. O time de Carlo Ancelotti tinha mais posse de bola, marcava bem, e arriscava mais finalizações. A partir da metade do primeiro tempo, os mancunianos melhoraram. Aos 25’, Chicharito conseguiu balançar as redes após cruzamento de Rooney, pela direita. O árbitro auxiliar marcou, corretamente, o impedimento do mexicano. O camisa 14 do United, no entanto, não perderia uma segunda chance. Aos 43’, Giggs cruzou para a área de Cech e Chicharito, em cima da linha, abriu o placar para o time vermelho, que, mesmo tendo levado sufoco do Chelsea, terminou o primeiro tempo na frente.

Na volta para o segundo tempo, Drogba entrou no lugar do ineficiente Fernando Torres (já tem até musiquinha sobre a “seca” de gols do espanhol). A entrada do marfinense deu mais consistência ao ataque dos Blues, uma vez que o camisa 11 participa mais do jogo. Porém, ao contrário da etapa inicial, o United tocava mais a bola e controlava bem a partida. A expulsão de Ramires, que levou o segundo cartão amarelo aos 70’, após falta em Nani, pareceu sacramentar a eliminação dos londrinos. Não foi o que aconteceu.

Seis minutos depois, mesmo com um jogador a menos, o Chelsea chegou ao empate com Drogba, que aproveitou lançamento de Essien, entrou na área e chutou forte contra as redes de Van der Sar. Os Blues ainda comemoravam a sobrevida no jogo quando, aproveitando mais um passe de Ryan Giggs, o coreano Park Ji-Sung fez o segundo do time de Manchester. Os comandados de Ancelotti demonstraram vontade, mas a classificação, a essa altura, já era praticamente impossível. Final de jogo: Manchester United 2 x 1 Chelsea. Pela 12ª vez os Red Devils chegam às semifinais da Champions League.

*De volta para o passado:

Terry lamenta o pênalti perdido
Antes dos confrontos válidos pelas quartas de final da Champions League 2010/2011, Manchester United e Chelsea haviam se enfrentado apenas uma vez pelo principal torneio europeu. A primeira, e mais importante, foi a finalíssima da temporada 2007/2008, na qual os Red Devils venceram nos pênaltis e levantaram, pela terceira vez, a taça orelhuda.

A partida foi realizada no dia 21 de maio de 2008, no estádio Luzhniki, em Moscou. No país do magnata Román Abramovich, que elevou os azuis de Londres a um patamar superior no cenário internacional, o Chelsea lutava para compensar todo o investimento feito nos anos anteriores, mas quem abriu o placar foi o United, com Cristiano Ronaldo. O empate veio no final do primeiro tempo, com Frank Lampard.

Na segunda etapa, nada de bola nas redes. A partida acabou sendo decidida nos pênaltis. Cristiano Ronaldo, estrela do Manchester United, desperdiçou sua cobrança, defendida por Cech. O Chelsea ficou muito perto do cobiçado título. A cobrança final seria feita pelo capitão e ícone do time, John Terry. No entanto, o zagueiro escorregou na “hora H” e bateu para fora, uma cena que entrou para a história. Na sequência, Anderson chutou forte e colocou os Red Devils na frente, e Vander Sar defendeu a cobrança de Anelka, garantindo o título para o time de Manchester.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Taça Rio: Flamengo vence e se classifica. Botafogo perde e se complica

Antes do jogo, vencido pelo Flamengo, silêncio completo em respeito às vítimas da escola de Realengo

Botafogo e Flamengo fizeram ontem (10), no Engenhão, o último clássico antes das semifinais da Taça Rio e, consequentemente, antes das decisões do título estadual. O jogo, insosso e parado, foi equilibrado durante boa parte do tempo. O fator decisivo para o resultado da partida, repleta de erros de passes, foi a qualidade individual de alguns jogadores do Flamengo, que, com dois gols de Thiago Neves venceu por 2 a 0 e garantiu sua vaga nas semifinais do segundo turno.

A partida começou movimentada, mas os erros de passe impediam a criação de chances de gol para os times. A primeira grande oportunidade veio com Ronaldinho Gaúcho, após cruzamento de Rodrigo Alvim. O camisa 10, sozinho, cabeceou por cima do gol de Jéfferson. O Alvinegro respondeu com Loco Abreu, primeiro em cabeçada sem perigo e depois em chute defendido por Felipe. Marcelo Mattos, em arremate de fora da área, também ameaçou a meta rubro-negra.

Após a parada técnica, o Botafogo passou a ter mais posse de bola. No entanto, a falta de criatividade no meio campo tornou o time de Caio Júnior muito previsível. O Fla não encantava, mas, aos 35’, aproveitando a falta de pegada da marcação alvinegra, Renato cruzou pela esquerda e Thiago Neves, nas costas de Somália, apareceu sozinho para abrir o placar. O Botafogo tentava, sempre da mesma maneira, igualar o marcador, mas não teve sucesso.

Na volta para a segunda etapa, Caio Júnior fez mudanças em sua equipe. Lucas entrou no lugar de Bruno Tiago para dar mais criatividade ao meio campo. A mudança deu certo nos primeiros minutos; o Alvinegro tinha mais posse de bola. Porém, a falta de qualidade no passe fez com que Felipe não tivesse trabalho durante a peleja. Mais recuado, os rubro-negros exploravam os contra-ataques.

Após mais uma fraquíssima atuação, Deivid foi substituído por Diego Maurício. No entanto, o segundo gol do Fla não foi construído, tampouco anotado, por um atacante. Após receber belo passe de Léo Moura, que aproveitou os buracos deixados pela defesa botafoguense, Thiago Neves entrou na área e tocou na saída de Jéfferson: 2 a 0. O resultado complicou o Botafogo que, na última rodada, precisará vencer o rebaixado América e torcer contra o Fluminense ou Olaria.

FLUMINENSE (10/04/2011):

Americano e Fluminense fizeram um jogo de grande importância para a definição dos classificados às semifinais da Taça Rio. Ao final da partida, a goleada por 5 a 1 colocou o Flu bem perto das semifinais do segundo turno. O atual campeão brasileiro ultrapassou Olaria e Botafogo e agora é o líder do Grupo B.

A partida não começou da melhor maneira para o Fluminense, que contou com Deco e Araújo como titulares – nos respectivos lugares de Souza e Emerson, suspenso. Melhor no jogo, o Americano ameaçava o gol defendido por Ricardo Berna e, aos 20 minutos, após belo cruzamento de Carlos Alberto, Gustavinho, de cabeça, abriu o placar para os campistas.

Após o gol, o Fluminense passou a ter o domínio da posse de bola, porém não encontrava uma boa maneira de jogar e não ameaçava a meta do goleiro Jefferson. O empate teria de vir na bola parada. Foi exatamente o que aconteceu. Aos 35’, a falta cobrada com maestria por Conca entrou no ângulo esquerdo de Jéfferson, que chegou a encostar na bola. No minuto seguinte Araújo virou o jogo, salvando o primeiro tempo para os tricolores.

Logo no início da segunda etapa, aos 5’, após bela troca de passes, a bola sobrou no meio da área e Mariano, aparecendo como fator surpresa, chutou com força contra as redes: 3 a 1. Cinco minutos depois, Conca deixou Araújo de cara para o gol. O meio campista deu belo drible de corpo e bateu, com categoria, para anotar o quarto tento do cotejo. O Americano ainda tentou diminuir o placar e levou perigo à Ricardo Berna, no entanto, quem acabou marcando foi o Fluminense, aos 43’, com Marquinho, que entrara no lugar de Deco. A boa atuação dos tricolores foi reconhecida pela torcida, que, ao final do jogo, comemorou aos gritos de “o campeão voltou!”.

VASCO (09/04/2011):

O Vasco recebeu, em São Januário, o Cabofriense e conquistou a vitória após desperdiçar inúmeras oportunidades. Melhor jogador da partida, o goleiro Flávio operou verdadeiros milagres, mas não conseguiu evitar os gols de Bernardo e Alecsandro, que decretaram o rebaixamento da equipe da Região dos Lagos e a classificação vascaína às semifinais da Taça Rio.

O primeiro tempo foi muito movimentado.O Vasco era muito superior e desperdiçava muitas chances. Aos 14’, Alecsandro cabeceou para a defesa espetacular do goleiro Flávio. O Gigante da Colina seguiu pressionando. Aos 18’, Éder Luís mostrou mais uma vez dificuldades em fazer gols fáceis e, com o gol escancarado em sua frente, após receber belíssimo passe de Bernardo, acertou a trave. Dois minutos depois, Bernardo recebeu bola na área, limpou a zaga a adversária e, com muita calma e categoria, bateu para o gol e balançou as redes.

Na frente do placar, a equipe de Ricardo Gomes relaxou. Ao contrário do time da casa, o Cabofriense aproveitou as pequenas chances que teve e empatou, com Zotti, a partida aos 35’. O tento acordou novamente os cruz-maltinos, que voltaram a pressionar. O gol não saiu graças às defesas espetaculares de Flávio.

No início do segundo tempo o panorama continuou exatamente o mesmo. Muita pressão e nada de gol. Aos 11 minutos, a expulsão de Assumpção, após entrada falta em Rômulo, teoricamente facilitaria a vitória vascaína. Porém, a barreira a ser vencida era outra: o goleiro Flávio. Sob as traves de São Januário, o camisa 1 deixava todos incrédulos ao impedir o segundo gol do Vasco. Quando conseguiram vencer o goleiro, o gol esbarrou nos defensores André Paulino, e em seu xará, André Oliveira, que salvaram em cima da linha. Em condições normais, estava claro que as redes dificilmente seriam balançadas. Aos 39’, Éder Luis caiu na área e o juiz marcou pênalti. Alecsandro bateu bem e, aos 42’, finalmente fez o gol da vitória, que classificou o Gigante da Colina para as semifinais.

*De volta para o passado:


Pela sétima rodada da Taça Rio de 2010, Flamengo e América se enfrentaram, no Engenhão, no dia 28 de março. Fazendo prevalecer o favoritismo, o Fla, com gols de Adriano e Vágner Love venceu os Rubros por 2 a 1. O gol do América foi anotado por Jones, aos 4 minutos do primeiro tempo.

Jogando em São Januário, o Botafogo goleou o Boavista por 4 a 1. Loco Abreu fez três gols e Marcelo Cordeiro completou a goleada alvinegra. Tony, que em 2009 jogou pelo Botafogo, diminuiu nos acréscimos.

Vasco e Fluminense se enfrentaram no Maracanã. Jogando bem, o Cruz-maltino venceu os tricolores por 3 a 0. Thiago Martinelli abriu o placar aos 58’. Dodô e Fágner anotaram os outros dois tentos no final do cotejo.

sábado, 9 de abril de 2011

Pré-jogo: Botafogo x Flamengo


A primeira partida do clássico aconteceu em 1913, na estréia do estádio de General Severiano

Botafogo e Flamengo se enfrentam neste domingo, no Engenhão, pela penúltima rodada da Taça Rio. As duas equipes estão na segunda posição de seus respectivos grupos; o Flamengo com 12 pontos e o Botafogo com 11. A partida é de grande importância para definir a classificação dos times que disputarão as semifinais do segundo turno – lembrando sempre que o Fla já tem vaga na final do Campeonato Carioca por ter vencido o primeiro turno.

Os times se encontraram nas semifinais da Taça Guanabara nos dois últimos anos. Em 2010, vitória botafoguense nos últimos minutos, por 2 a 1; neste ano,êxito rubro-negro na decisão de pênaltis. O confronto conta com infinitas histórias e, ultimamente, têm decidido o estadual, honrando a alcunha de “Clássico da Rivalidade” dada ao embate.

O primeiro confronto entre botafoguenses e flamenguistas aconteceu no dia 13 de maio de 1913. A partida, realizada em General Severiano, na estréia do estádio alvinegro – atual sede social do clube -, terminou com vitória do Glorioso. Mimi Sodré, que marcou o tento daquela vitória, foi o primeiro jogador a balançar as redes no clássico. A primeira vitória dos rubro-negros aconteceu somente em 1915, em General Severiano, por 2 a 1. Borgeth e Riemer marcaram pelo Fla. Edgard “Gagá” Pessoa diminuiu para o Botafogo. Desde então, sucederam-se mais 339 partidas, com 121 vitórias do Fla, 107 do Botafogo e 111 empates.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Cigano da bola, o "interminável" Sorato completa 42 anos

Sorato comemora o gol do título com Campeonato Brasileiro de 1989

Revelado nas divisões de base do Vasco, clube pelo qual teve suas passagens mais vitoriosas, Sorato fez parte do elenco campeão carioca de 1988; jogou três partidas e fez dois gols, ambos contra o Flamengo. No ano seguinte marcou, na final contra o São Paulo, o gol que deu o título brasileiro conquistado pelo Gigante da Colina; foi o maior feito da carreira do atacante, que nasceu em Araras, município paulista, no dia 8 de abril de 1969.

Na temporada seguinte transferiu-se para o Palmeiras, onde não correspondeu às expectativas nele depositadas. Mesmo assim pode-se dizer que era acompanhado pela sorte, pois seu currículo conta com muitos títulos (e infinitos times). Pelo Alviverde, fez parte das conquistas do Campeonato Brasileiro e do Torneio Rio-São Paulo, conquistados em 1993, e do bicampeonato paulista (93-94). Após a conquista do bi, trocou o ex-palestrino paulista pelo mineiro.

No Cruzeiro, não marcou nenhum gol. Em 1995 vestiu as camisas do Juventude-RS e do Santa Cruz; novamente sem sucesso. No ano seguinte voltou a disputar o Campeonato Carioca, desta vez com a camisa do Bangu e, no desenrolar da temporada, foi contratado pelo Botafogo. Jogando pelo Alvinegro, voltou a conquistar um título: o estadual de 1997. Na campanha do título, contra o Vasco, clube que o revelou, jogou 22 partidas e fez nove gols. Na mesma temporada voltou à Colina para fazer parte do grupo que foi campeão brasileiro.

Em 1998 conquistou mais um estadual, e foi campeão da Libertadores da América. Nas duas conquistas teve participação muito discreta. Daí em diante, seguiu para diversos clubes, o que aumentou sua fama de “cigano da bola”. Passou por clubes desconhecidos e chegou a ser esquecido. Sempre que voltava a aparecer, surgia a pergunta: “ele ainda está jogando?”. Não demorou para ser imortalizado com adjetivos como “incansável” e “imortal”. De 1999 até pendurar as chuteiras, aos 40 anos, em 2009, com a camisa do Tigres do Brasil, do Rio de Janeiro, Sorato vestiu as camisas dos seguintes times:

Gama-DF (1999 a 2000); América-RJ (2000); América-MG (2000); América-RJ (2001), Etti-SP (2001); Madureira-RJ (2002); Viedoton, da Hungria (2002); Madureira-RJ (2003); Marília-SP (2004); Atlético Sorocaba-SP (2004); Madureira (2005); Cabofriense-RJ (2005 a 2006); Bahia (2006); Ituano-SP (2007); Vitória-BA (2007); Atlético-GO (2008); CFZ-RJ (2008) e Tigres do Brasil (2009).

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fluminense perde e se complica na Libertadores. Pela Copa do Brasil, Botafogo e Vasco se classificam

Deco novamente entrou no segundo tempo, mas desta vez não conseguiu salvar o Flu

Ontem (6), no histórico estádio Centenário, em Montevidéu, o Fluminense enfrentou o Nacional, em partida válida pela 5ª rodada da fase de grupos da Libertadores da América, e com uma atuação um tanto quanto “bipolar” perdeu por 2 a 0 e viu suas chances de classificação se complicarem bastante.

O Tricolor Carioca entrou em campo e não se abalou com a pressão da fanática torcida uruguaia. Logo aos 5 minutos, Fred deixou Souza na cara do gol. O meio campista bateu em cima do goleiro Muñoz, que saiu bem e evitou o tento tricolor.

A partida era toda disputada no campo de defesa do Nacional. A equipe platina não tinha bom toque de bola, limitava-se apenas a tirar o perigo de sua área com chutões que não tinham direção definida. O Fluminense, por outro lado, trocava bons passes, mas não conseguia criar uma chance tão boa quanto a primeira, desperdiçada por Souza. Quando a primeira etapa chegou ao fim, a sensação era a de que a vitória seria uma questão tempo. O Flu ainda tinha Deco, Araújo e Rafael Moura no banco de reservas; armas ofensivas não faltariam.

Porém, logo aos 5 minutos do segundo tempo, o atacante Santiago García, ligeiramente impedido, aproveitou bola alçada à área e, de cabeça, encobriu Ricardo Berna, abrindo o placar para os Albos. O Fluminense acusou o golpe. A entrada do argentino Gallardo melhorou o toque de bola do Nacional, que agora não deixava o abatido Fluminense esboçar uma reação. A situação piorou para os tricolores, que já contavam com Deco em campo, quando Gallardo deu excelente passe para García marcar, aos 21’, o segundo gol da noite. Na sequência, não fosse Gum, que salvou em cima da linha, García anotaria seu hat-trick.

O treinador –oficialmente- interino do Flu, Enderson Moreira, sacou Júlio César e Diguinho para as respectivas entradas de Araújo e Rafael Moura. Em campo, com a camisa tricolor, jogava o mesmo time que, semanas atrás, virou heroicamente um jogo considerado perdido contra o América-MEX. Entretanto, nem a expulsão infantil de Gallardo, aos 40’, fez com que o Flu marcasse ao menos um gol. Final de jogo: Nacional 2 x 0 Fluminense.

O resultado não elimina o Tricolor Carioca do certame. O time das Laranjeiras vai enfrentar o Argentino Jrs no próximo dia 20, na Argentina, e precisa desesperadamente ganhar e torcer pela derrota do Nacional, que enfrentará, no mesmo dia, o América do México no Uruguai. Em caso de empate entre estas equipes, o Flu precisará de uma vitória por dois gols de diferença para avançar à fase eliminatória.

COPA DO BRASIL:

Botafogo e Vasco se classificam para as oitavas de final da Copa do Brasil
BOTAFOGO:

O Botafogo recebeu, no Engenhão, o Paraná Clube. O Alvinegro precisava apenas de um empate para se garantir nas oitavas de final do torneio, porém, jogando de maneira ofensiva e aproveitando os muitos erros do fraco adversário (que luta contra o rebaixamento no campeonato paranaense) o time não teve problemas para vencer por 3 a 0.

O Glorioso começou melhor, mas faltou acertar a pontaria. Aos 10 minutos de jogo, Herrera perdeu uma incrível chance de gol. Inconformado com a oportunidade desperdiçada, o argentino esbravejou toda sua fúria ao socar o gramado do estádio alvinegro. O gol foi sair somente aos 29’, quando, em jogada pela ponta direita, Herrera cruzou para Loco Abreu marcar, de cabeça, o primeiro gol do jogo. Com a vitória parcial, o Botafogo relaxou e levou alguns sustos. Jéfferson teve que trabalhar, e desempenhou muito bem – como de costume – sua função.

Na volta para o segundo tempo, o lateral-direito Lucas substituiu Bruno Tiago, passou a fazer uma função de meia pela direita, e demonstrou muita disposição. Aos 9’, após jogada de Herrera, Abreu tocou para o gol vazio e ampliou a vantagem botafoguense. O jogo já estava praticamente resolvido e, com o intuito de preservar seu atacante, Caio Júnior sacou Loco Abreu para a entrada de Caio.

O terceiro gol estava para chegar. Em noite de garçom, Herrera deu passe açucarado para Éverton, que só precisava chutar a bola para o gol vazio, porém, inacreditavelmente, o meia acertou o travessão. O tento que premiou a ofensividade alvinegra aconteceu aos 43’, quando Caio se jogou na área e o juiz marcou o pênalti. O próprio atacante bateu e guardou. Nas oitavas de final, o adversário do Botafogo será o Avaí.

VASCO:

Embalado pelas últimas atuações no Campeonato Carioca, o Vasco não conseguiu, contra o ABC-RN, sua classificação de um jeito fácil. Após um empate sem gols em Natal, o Cruz-maltino precisava de uma vitória simples para avançar de fase. No entanto, com um gol de Cascata, aos 18’ do primeiro tempo, a classificação vascaína ficou ameaçada.

A equipe de Ricardo Gomes, após o susto de ter levado o gol, levou perigo à meta do goleiro adversário, mas o empate sairia somente no início do segundo tempo, após pênalti marcado, equivocadamente, de Thiago Graça em Ramon. Alecsandro bateu e fez. O tento da classificação vascaína veio nos pés do jovem Bernardo, que entrara no decorrer da partida. O meio-campista aproveitou jogada de Éder Luis para balançar as redes e comemorar alucinadamente com a torcida. O próximo adversário do Vasco será o Náutico.



No dia 16 o Flamengo venceu, no Ceará, por 3 a 0 o Fortaleza e eliminou a partida de volta. O Rubro-Negro vai enfrentar o Horizonte, também do Ceará, nas oitavas de final.

*De volta para o passado:

A última derrota pelo placar de 2 a 0 do Flu na Libertadores foi em 2008, quando, jogando em Buenos Aires, perdeu para o Arsenal de Sarandí. Pela competição continental, o Fluminense só venceu uma vez por este placar, também pela Libertadores de 2008, em jogo contra o Libertad, no Maracanã.

No ano passado, o Botafogo foi vergonhosamente eliminado na segunda fase da Copa do Brasil pelo Santa Cruz. O alvinegro, jogando em casa, precisava apenas de um empate para avançar às oitavas de final, mas perdeu, de virada, para a equipe pernambucana pelo placar de 3 a 2. Herrera marcou os dois gols do Alvinegro; Léo, Brasão e Souza fizeram os gols do Santa.

Também pela Copa do Brasil de 2010, após um empate por 1 a 1, no primeiro jogo, o Vasco recebeu o Asa de Arapiraca em São Januário e se classificou para as oitavas de final com um placar de 3 a 1. Élton (2) e Magno marcaram pelo Cruz-maltino.