quinta-feira, 31 de março de 2011

Copa do Brasil: Botafogo vence o Paraná na estréia de Caio Júnior

William saiu do banco de reservas e marcou o gol que deu a vitória ao Botafogo
O Botafogo enfrentou ontem (30) o Paraná Clube no estádio Durival de Brito, em Curitiba. A partida marcava a estréia de Caio Júnior no comando técnico do Glorioso. Ao final da peleja, a vitória alvinegra por 2 a 1 marcou de forma positiva o início de um novo trabalho na área técnica e mostrou um time que, apesar da dificuldade imposta pelas dimensões do campo, conseguiu mostrar um futebol mais solto.

Quando a bola rolou, o Botafogo mostrou uma nova postura e começou a partida atacando o adversário. A primeira chance de gol aconteceu aos 9 minutos de jogo, quando Herrera, da entrada da área, chutou com perigo ao gol defendido por Thiago Rodrigues. Pouco tempo depois, após forte arremate de Márcio Rosário, Thiago Rodrigues soltou a bola dentro da área. O atacante Caio se esforçou para chegar na jogada, mas não obteve sucesso.

O jogo era corrido. O Botafogo, por incrível que pareça, jogava para frente; o Paraná apostava no contra ataque. Melhor na partida, o Alvinegro abriu o placar usando uma jogada antiga: a bola aérea. Após escanteio, Antonio Carlos subiu e cabeceou para o fundo das redes. A resposta do adversário foi imediata – e praticamente igual. No lance posterior, Rodrigo Defendi, que honra o sobrenome sendo zagueiro, subiu ao ataque e também usou a cabeça para igualar o marcador.

O empate balançou temporariamente os alvinegros, mas não demorou para o Glorioso voltar a ameaçar os paranistas. As principais chances do Botafogo eram nas bolas levantadas na área, que confundiam a marcação adversária e mostravam a deficiência técnica do goleiro tricolor, sempre soltando bolas e saindo mal da baliza. Superior durante boa parte da etapa inicial, o time de Caio Júnior passou a levar sufoco nos minutos finais da primeira etapa.

Aos 37’, aproveitando pane da defesa alvinegra, Diego entrou na área e levou muito perigo em um chute que acertou o lado de fora da rede de Jéfferson. Sete minutos depois, o Paraná voltou a chegar facilmente na intermediária botafoguense, obrigando Jéfferson a aparecer outra vez. No último lance antes do final do primeiro tempo, o meio-campista Luiz Camargo, do Paraná, foi expulso por acertar cotovelada no rosto de Herrera. A expulsão, assinalada pelo bandeirinha e validada corretamente pelo juiz, deixou a torcida local furiosa.

Na volta para o segundo tempo, mudança no Botafogo: o atacante William entrou no lugar de Rodrigo Mancha. Com um jogador a mais, o time de General Severiano estava pronto para se lançar ao ataque. Ainda nos primeiros minutos, William fez a substituição valer a pena. O atacante ajeitou, de peito, a bola para o chute de Somália. Thiago Rodrigues soltou e, no rebote, o mesmo William completou para as redes.

De maneira ligeiramente semelhante ao ocorrido no primeiro tempo o Botafogo não teve muito tempo para comemorar; Somália levou seu segundo cartão amarelo, após falta em Diego, e foi expulso. Caio Júnior agiu rapidamente para remanejar a lacuna no meio campo: sacou Márcio Azevedo, que, mais uma vez, jogou mal, e colocou Fahel. Com a mudança, Éverton passou para a ala esquerda e o time perdeu em criatividade. O Paraná cresceu na partida e pressionou o Alvinegro, que preferiu apostas nos contra-ataques. Em um deles, William quase marcou o gol que eliminaria o jogo de volta, mas não teve sucesso. Placar final: 2 a 1. A próxima partida será realizada no dia 6 de abril, no Engenhão. O Botafogo tem a vantagem do empate e garante presença na próxima fase mesmo em caso de derrota por 1 a 0.

VASCO:

Também ontem, o Vasco enfrentou o ABC de Natal no Frasqueirão e, em um jogo bastante fraco, ficou no zero a zero. Favorito, o Vasco entrou no estádio sendo saudado por sua torcida, feliz em poder ver de perto a camisa cruz-maltina em campo. Pela primeira vez titular no ataque, Alecsandro fez dupla com Éder Luís. Diego Souza foi, então, escalado como principal homem de ligação.

Após alguns minutos com boa posse de bola, a equipe de Ricardo Gomes, que ontem pareceu meio perdida taticamente em campo, demonstrou pouco poder de criação e sentiu a falta do toque de bola de Felipe. As oportunidades criadas pelo Cruz-maltino no primeiro tempo foram todas em chutes de fora da área; nenhuma teve sucesso. A partir dos 20 minutos, o ABC cresceu no jogo e chegou, inclusive, a assustar os vascaínos com um gol anulado corretamente pela arbitragem.

O Alvinegro Potiguar também insistia nos arremates de longe. Aos 40’, Pio, jogando improvisado na lateral direita, levou muito perigo em um belo chute de trivela. Logo depois, o mesmo Pio,desta vez de mais perto, acertou a rede do lado de fora. O jogador lamentou as chances desperdiçadas, nem Deus e nem o Papa conseguiria mudar o resultado do jogo, e o primeiro tempo acabou sem gols.

Na segunda etapa, sempre arriscando de longe, Pio voltou a levar perigo à meta vascaína e obrigou Fernando Prass a fazer bela defesa. O Gigante da Colina respondeu na sequência em chute perigoso de Felipe Bastos, que havia entrado no lugar de Eduardo Costa, e em chute de Alan, aos 19’, que tirou tinta da trave defendida por Wellington.

O lance de maior perigo aconteceu aos 28 minutos quando Ray, do ABC, que havia entrado há pouco tempo no lugar de Ederson, recebeu belíssimo passe e ficou cara a cara com Fernando Prass, que defendeu o chute do atacante, garantindo o empate sem gols para o Vasco. No jogo de volta, que será realizado no próximo dia 6, o Gigante da Colina precisa de uma vitória simples para avançar à próxima fase.

FLAMENGO:

Há duas semanas atrás, o Flamengo foi ao Ceará enfrentar o Fortaleza e fez sua melhor partida na temporada. A vitória por 3 a 0, com gols de Renato, Wanderlei e Diego Maurício, eliminou o jogo de volta. O adversário do Fla na terceira fase do torneio será outro time cearense: o Horizonte, que ontem (30) eliminou o Guarani, em Campinas, pelo placar de 2 a 2.

*De Volta para o passado:

Em 2010, pela segunda fase da Copa do Brasil, o Botafogo foi até o Arruda enfrentar o Santa Cruz na partida de ida e voltou com a vitória de 1 a 0. O tento alvinegro foi anotado por Herrera, mas o melhor jogador da noite foi o goleiro Jéfferson, que pegou um pênalti e salvou o time em outras oportunidades. O jogo de volta não seria nada bom para os botafoguenses.

Também em 2010, o Vasco foi até Maceió enfrentar o Asa de Arapiraca e, jogando muito mal, voltou para o Rio de Janeiro com o empate em 1 a 1. Júnior Viçosa abriu o placar para o time da casa e Phillippe Coutinho, de pênalti, igualou o marcador.

Em sua última participação na Copa do Brasil, em 2009, o Flamengo enfrentou o Remo, no Mangueirão, em partida válida pela segunda fase do torneio. Mesmo jogando sem todos os titulares, o Fla e eliminou o jogo de volta com uma vitória por 2 a 0. Willians e Emerson marcaram os gols da vitória rubro-negra.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Pré-jogo: Paraná x Botafogo

Dodô abriu o placar da vitória do Botafogo sobre o Paraná Clube em 2007, último confronto entre as equipes

Hoje, em jogo válido pela segunda rodada da Copa do Brasil, o Botafogo vai até Curitiba onde enfrentará, no estádio Dorival de Brito, o Paraná Clube. Será a primeira partida do Glorioso sob o comando de seu novo técnico, Caio Júnior, que, coincidentemente, debutou no cenário nacional como técnico da agremiação paranaense, em 2006.

O confronto entre as equipes é equilibrado. A primeira partida aconteceu no dia 22 de outubro de 1994, pelo Campeonato Brasileiro e o Alvinegro venceu por 3 a 2. De lá para cá aconteceram mais 19 jogos, com 10 empates, mais 5 vitórias botafoguenses e 4 derrotas.

Pela Copa do Brasil, o Tricolor da Vila eliminou o time de General Severiano nas duas vezes na qual se enfrentaram, em 1996 e 2002. Sem conseguir passar da segunda fase desde 2009, o Botafogo busca seguir forte na competição e promete uma nova postura de jogo, mais ofensiva.

O último confronto entre as equipes aconteceu no dia 10 de novembro de 2007. Com gols de Dodô, Juninho e Lúcio Flávio, aos 47’,57’ e 67 minutos, respectivamente, o Botafogo venceu por 3 a 2. Josiel e Giuliano descontaram para os paranistas, que terminaram rebaixados naquela temporada e, até hoje, não voltaram à Séria A.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Taça Rio: Uma rodada de empates para os grandes

Fluminense e Vasco fizeram um jogo muito pegado fisicamente, porém, a falta de pontaria ajudou no resultado de 0 a 0

Fluminense e Vasco fizeram um jogo cercado de expectativas ontem (27) no Engenhão. O clássico, válido pela 5ª rodada da Taça Rio, colocava frente a frente os dois times que, nas últimas semanas, ressuscitaram das covas dos maus resultados; o Fluminense ganhou sobrevida na Libertadores da América; o Vasco, com o bom futebol apresentado na vitória contra o Botafogo animou a crítica e os torcedores para a sequência do certame. No entanto, o que se viu em campo foi um jogo fraco e jogadores sem pontaria. O resultado de zero a zero recolocou o Gigante da Colina na liderança do Grupo A e manteve o Tricolor das Laranjeiras na 3ª colocação do Grupo B.

O Vasco começou melhor na partida. No entanto, os erros de passe no meio campo ajudaram o Fluminense a crescer, principalmente a partir dos dez minutos. As primeiras chances aconteceram do lado tricolor: primeiro em chute de Conca defendido por Fernando Prass e depois, por duas vezes, com Fred. O camisa 9 já dava mostras de que a bola conspirava para não beijar as redes. A resposta vascaína veio nos pés de Bernardo, em uma falta e em chute cruzado, ambos defendidos por Ricardo Berna.

A metade final do primeiro tempo foi movimentada (indubitavelmente a melhor parte do cotejo). O Vasco levava mais perigo ao gol adversário. O lance de maior perigo aconteceu aos 37’, quando após limpar a zaga adversária, Éder Luis, da entrada da área, acertou belo chute que explodiu no travessão de Berna. Na sequência o goleiro tricolor ainda fez belíssima defesa, de mão trocada, após arremate de Rômulo.

Na volta para a segunda etapa, Deco, herói da vitória obtida contra o América do México, entrou no lugar de Souza, que errou muitos passes. O português, em sua primeira jogada, já foi deixando Fred em boas condições de finalizar. A conclusão do atacante levou perigo, no entanto, foi pela linha de fundo. Pelo Vasco, o atacante Alecsandro, ex-Internacional, fez sua estréia, mas não fez muita coisa.

A melhor oportunidade do segundo tempo ilustrou muito bem o porque do empate sem gols. Aos 24’, Éder Luis ficou cara a cara com Ricardo Berna mas, de forma bisonha, chutou muito mal e a bola foi parar na lateral, quase na bandeirinha de escanteio. As duas equipes ainda presentearam os torcedores com algumas finalizações infelizes antes do juiz, finalmente, colocar fim à peleja.

FLAMENGO:

Flamengo e Madureira fizeram um jogo cheio de gols no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. Em um dia nada um pouco inspirado de Ronaldinho Gaúcho, e do time como um todo, o Rubro-Negro teve de buscar forças e suar a camisa para, após estar perdendo por 3 a 1, chegar ao empate que mantém o time invicto na temporada.

O Fla começou melhor. Tocava bem a bola no campo de ataque do adversário mas não conseguia levar perigo à meta defendida por Kléber. O time comandado por Vanderlei Luxemburgo demonstrava cansaço, à imagem de eu principal jogador, Ronaldinho Gaúcho, que não conseguia completar nenhuma jogada.

Melhor jogador da temporada flamenguista, Thiago Neves abria espaços e criava as poucas chances rubro-negras. Aos 33 minutos, o camisa 7 quase abriu o placar em um belo chute que raspou a trave de Kléber. Na sequência, Wellington falhou feio e balançou a própria rede após cruzamento do Madureira. A resposta do Fla veio logo depois quando, aproveitando belo passe de Wanderlei, Léo Moura, no canto da pequena área, desferiu uma bomba e empatou a peleja.

O Flamengo voltou para a segunda etapa com Diego Maurício no lugar de Lorran. Ainda no início, Deivid substituiu Wanderlei. O Fla apostava em uma nova configuração no ataque, mas continuou a vacilar na defesa. Aos 11’, Michel passou por Galhardo e Wellington, ficou cara a cara com Felipe e, com calma e categoria, balançou as redes para o Tricolor Suburbano. Das arquibancadas já podia-se ouvir os gritos de protesto pedindo o atacante Adriano, que defenderá as cores do Corinthians. Em campo, a coisa ia de mal a pior. Aos 19’, em jogada de contra ataque, Baiano recebeu bola na área e ampliou o placar para o Madureira: 3 a 1.

O Fla jogava muito mal. A primeira derrota da temporada parecia se aproximar. Porém, aos 27', após jogada de Diego Maurício na ponta esquerda, Deivid fez jus à sua camisa 9 e só precisou empurrar a bola para o fundo das redes para diminuir o placar. O gol deu novo ânimo ao jogo. O Madureira recuou demasiadamente e o Fla aproveitou, porém não conseguia o empate, que veio somente aos 39', quando Thiago Neves acertou belíssimo chute e contou com a ajuda do goleirão para comemorar. Final de jogo: 3 a 3.

BOTAFOGO:

Jogando no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, no sábado (26), o Botafogo não conseguiu sair de um empate sem gols com o Boavista. Com a equipe repleta de desfalques por conta de convocações (Arévalo Rios, Loco Abreu e Jéfferson), contusões (Bruno Thiago, Lucas e Alex) e suspensões (Everton, Herrera e Rodrigo Mancha), o Glorioso fez sua primeira partida sem a presença de Joel Santana no banco de reservas. O novo comandante alvinegro, Caio Júnior, acompanhou o jogo de dentro do estádio.

Querendo mostrar serviço, os jogadores botafoguenses começaram a partida com um bom ímpeto ofensivo, no entanto, os minutos foram passando e o gol não apareceu. Pelo lado alvinegro, Caio e Somália eram os que demonstravam maior vontade de fazer a diferença. Apesar das chances criadas, o jovem ataque do Botafogo não conseguiu traduzir sua superioridade em gols e o primeiro tempo terminou no zero.

O quadro não mudou na segunda etapa. Pelo Botafogo, Caio era quem mais dava trabalho à defesa adversária, mas o atacante também perdeu muitos gols. O jogo era sonolento e cansativo. A grande chance da partida aconteceu aos 35’, mas o Talismã Alvinegro, dentro da pequena área, voltou a desperdiçar a oportunidade de coroar sua exibição balançando as redes. Final de jogo, um empate sem gols que tirou o Glorioso da liderança do Grupo B, que, acredite se quiser, agora fica nas mãos do Olaria.

*De volta para o passado:


No clássico da 5ª rodada da Taça Rio de 2010, Botafogo e Flamengo empataram em 2 a 2. A partida, muito movimentada, começou com o Alvinegro na frente, em pênalti convertido por Herrera. Aos 20’, Adriano igualou o marcador, mas o argentino voltou a colocar o Botafogo na frente. No último lance da partida, o Flamengo chegou ao empate após cabeçada de Adriano. O goleiro Jefferson se esticou e quase defendeu a bola que, para a infelicidade dos botafoguenses, morreu no fundo das redes.

O Fluminense foi até Volta Redonda enfrentar o Resende e, com dois gols de André Lima, venceu por 2 a 1. Tiago Bastos descontou para o Gigante do Vale.

Também em Volta Redonda, no dia anterior, o Vasco perdeu por 1 a 0 para o Olaria. O tento que deu a vitória à equipe da Rua Bariri foi anotado por Cacá, aos 12 minutos.

sábado, 26 de março de 2011

Pré-jogo: Fluminense x Vasco




Fluminense e Vasco se enfrentam no Engenhão pela 5ª rodada da Taça Rio. As duas equipes levantaram das tumbas nas últimas semanas; o Fluminense renasceu de forma impressionante na Libertadores da América e o Vasco demonstrou um ótimo futebol no jogo contra o Botafogo, vencido por 2 a 0.

O último confronto entre os times aconteceu no dia 7 de novembro, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2010. Neste dia, com um gol de Tartá, o Flu venceu e ficou mais perto do título que viria no mês seguinte. Outro confronto entre tricolores e cruz-maltinos pelo BR-2010 aconteceu pela 15ª rodada. A peleja marcava a estréia de Deco pelo time das Laranjeiras e terminou em 2 a 2, gols de Fagner e Éder Luis para o Vasco e de Gum e Julio Cesar para o Flu. Aos 40’ do segundo tempo, Deco teve grande oportunidade de gol, mas isolou a bola. Os vascaínos, ironicamente, gritaram o nome do camisa 20.

Ironicamente, Deco e Vasco voltarão a se encontrar em uma partida repleta de expectativas, já que o luso-brasileiro foi o personagem principal da vitória tricolor contra o América do México. O Vasco, que agora vai despontando como um sério candidato ao título da Taça Rio, não vence o rival desde 2010, quando, em partida válida pelo Campeonato Carioca, venceu por 3 a 0. Naquele dia 28 de março, há quase um ano atrás, em São Januário, os gols foram marcados por Thiago Martinelli, Dodô e Fágner.

Se estivesse vivo, Romeu Pellicciari completaria 100 anos

Romeu nos tempos de Fluminense

No dia 26 de março de 1911, há exatos 100 anos, nascia em Jundiaí, interior de São Paulo, um dos maiores futebolistas da década de 1930: Romeu Pellicciari. Romeu iniciou sua carreira como boleiro no antigo Palestra Itália, em 1930. Inteligente, criativo e habilidoso, brilhou com a camisa do clube paulistano, conquistando o tricampeonato estadual de 1932-33-34 e o Rio-São Paulo de 1933, mesmo ano em que entrou para a história por ter marcado quatro tentos na vitória por 8 a 0 do Palestra sobre o Corinthians, maior goleada da história contra o rival. Até hoje, ninguém marcou mais vezes em um único jogo entre as duas equipes.

Em 1935, transferiu-se para o Fluminense e fez história. Após uma primeira temporada decepcionante, conquistou o Campeonato Carioca de 1936 fazendo dupla de ataque com Hércules. Nos dois anos seguintes, com a chegada de Elba de Pádua Lima, o Tim, para formar o trio de ataque, garantiu mais um tricampeonato estadual em seu currículo.

Em 1938, foi peça importante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo da França, na qual o Brasil chegou em terceiro lugar, melhor colocação do país até então. Em terras francesas, Romeu marcou três gols em quatro jogos . O ótimo desempenho nos gramados europeus fez surgir inúmeras propostas de times estrangeiros, principalmente da Itália (campeã mundial em 1938), porém, o atacante gordinho recusou a todas elas e continuou a defender a camisa do time das Laranjeiras.

Em 1940 e 1941, foi bicampeão carioca pelo Flu e no ano seguinte retornou ao Parque Antártica onde, defendendo o recém batizado Palmeiras, que mudara de nome neste mesmo ano, conquistou pelo terceiro ano consecutivo um título estadual, desta vez, o Paulista. Foi seu último título como jogador. Encerrou sua carreira no modesto – e hoje extinto- Comercial-SP. Após pendurar as chuteiras, abriu, em São Paulo, um restaurante de comida italiana e pôde ficar despreocupado com seu peso, que tanto lhe atormentava na época de jogador. Romeu faleceu no dia 15 de julho de 1971.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Libertadores:Deco dribla Sobrenatural de Almeida e renasce junto com o Flu

Em sua atuação mais decisiva desde que voltou do futebol inglês, o luso-brasileiro Deco foi o melhor do Fluminense

Jogando sua vida na Libertadores, o Fluminense recebeu ontem (23) o América do México no Engenhão. A partida, válida pela 4ª rodada do Grupo 3, colocava frente a frente o vice-líder da chave contra o lanterna, Fluminense. A vitória era o único resultado interessante para o Tricolor Carioca que, em um jogo repleto de erros, conseguiu, na bacia das almas, uma vitória impressionante por 3 a2. O êxito tricolor embolou o grupo e voltou a colocar o Flu no páreo.

O jogo começou com o Fluminense indo para cima do time mexicano, mas, no primeiro minuto, o goleiro Ricardo Berna se atrapalhou com Digão –substituto do machucado Leandro Eusébio-, em cena que ao longo da peleja se revelaria comum, e assustou a torcida. A primeira chance do Flu foi aos 10 minutos, em chute de fora da área desferido por Valência. Cinco minutos depois, Digão e Berna voltariam a se atrapalhar.

O time adversário isolou a bola, que foi parar na área tricolor. Em um lance digno de “Os Trapalhões”, Berna trombou com Digão e soltou a bola nos pés de Sanchez, que, aos 15’, abriu o placar. Se estivesse vivo, Nelson Rodrigues fatalmente culparia Sobrenatural de Almeida, personagem de sua autoria, pelo bizarro gol. A reação tricolor foi rápida, e também teve ajuda do goleiro. Aos 20’, após cruzamento de Conca, Gum se antecipou à defesa, aproveitou a péssima saída de Navarrete, e cabeceou para o fundo das redes.

O gol fez o ímpeto tricolor aumentar, mas o time não conseguia levar grandes perigos ao fraco Navarrete –substituto de Ochoa, convocado para a seleção mexicana. As oportunidades surgiam nos arremates de longe, como no chute desferido por Souza, aos 42’, defendido pelo goleiro. Mesmo com toda a superioridade do time das Laranjeiras, a última grande chance foi do América, porém, Berna, de forma espetacular, defendeu o chute à queima roupa de Montenegro.

Na volta para a segunda etapa o Flu continuou com o mesmo time. Carlos Reinoso, técnico americano, sacou Oliveira para a entrada de Reina. O Fluminense levou perigo logo no primeiro minuto, em jogada de Fred. Logo depois, Mariano sentiu o joelho e foi substituído por Deco. A substituição mudaria o rumo da partida. O português, que fazia seu primeiro jogo em uma Libertadores, entrou bem. Aos 24’, Rafael Moura entrou no lugar de Emerson, que demonstrava muito cansaço. A aposta nas bolas aéreas aumentaria ainda mais.

Na sequência, mais uma trapalhada de Ricardo Berna. Após cruzamento de Sanchez e péssima saída do goleiro, Digão tentou tirar a bola debaixo das traves, mas acabou balançando a rede junto com a redonda. Novamente a presença do personagem de Nelson Rodrigues veio à mente de milhares de torcedores.  O gol abalou as estruturas do Flu. Logo após o tento do adversário, Araújo entrou no lugar do ineficiente Júlio César, que saiu vaiado.

Demonstrando até certa soberba, o América só esperava o tempo passar e nem se deu o trabalho de marcar Araújo no lance do empate. O camisa 25 aproveitou belo cruzamento de Deco para, de cabeça, empatar a partida e voltar a incendiar o time. O prognóstico do jogo voltou ao que era; pressão tricolor sem aproximação efetiva à área adversária.

Aos 42’, Diguinho chutou a bola para o campo de ataque. A redonda desviou em Fred e no defensor americano. Aproveitando a indecisão de Navarrete, Deco foi mais rápido que o zagueiro que lhe marcava e, com o bico da chuteira, tocou por cima para fazer o gol da vitória que tira o Flu da UTI, porém, não ainda do hospital. O atual campeão brasileiro é, agora, o terceiro colocado e tem um ponto a menos que o América, segundo no Grupo. Para se classificar, o Flu, precisa vencer seus próximos jogos, ambos fora de casa, contra Nacional e Argentino Juniors.

*De volta para o passado:

Esta foi a primeira vitória do Fluminense sobre o América do México. Nos outros 3 confrontos anteriores os tricolores foram derrotados. A última vez na qual havia marcado três tentos em uma partida de Libertadores foi na final de 2008, no jogo final da decisão contra a LDU, que o time perderia nos pênaltis. Na mesma temporada, o Flu havia feito três no Boca Juniors e três no São Paulo.

Jogando como campeão brasileiro, o Fluminense fez três gols no empate com o Vasco, em 3 a 3, na pífia campanha que fez em 1985 pelo torneio continental e venceu, na Venezuela, o Galicia de Aragua por 3 a 1 em 1971.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Taça Rio: Vasco acorda e, jogando bem, vence o Botafogo

Diego Souza estreou no Vasco com o pé direito e fez o primeiro gol da vitória cruzmaltina

Vasco e Botafogo se enfrentaram no Engenhão em partida válida pela 4ª rodada da Taça Rio. O Alvinegro defendia a invencibilidade no segundo turno do estadual, o Vasco precisava da vitória para entrar na zona de classificação para as semifinais. Jogando melhor, o Gigante da Colina mostrou o futebol que há tempos sua torcida esperava ver, e, com gols do estreante Diego Souza e de Éder Luis, venceu o clássico por 2 a 0 e continuou invicto nos confrontos contra o Botafogo no Engenhão.

Superior desde o início da peleja, o Vasco já começou ameaçando. A primeira grande chance do time de São Januário veio nos pés de Éder Luis que, após receber belo passe de Bernardo, finalizou para a primeira grande defesa de Jéfferson. Com mais volume de jogo no meio campo, o Vasco levava mais perigo à meta alvinegra. A primeira oportunidade do Glorioso veio nos pés de Arévalo Rios, aos 11 minutos, em chute perigoso que raspou a trave de Fernando Prass.

Os comandados de Ricardo Gomes seguiam com seu ímpeto ofensivo. Após arremate mascado de Eduardo Costa, aos 22’, Diego Souza se esforçou para completar, de carrinho, para o fundo das redes, porém não teve sucesso. Aos 34’, Jéfferson voltou a salvar o Botafogo. Após receber outro belo passe de Bernardo, Éder Luis entrou em velocidade no canto esquerdo da área e chutou para a defesaça do camisa 1 botafoguense. Na sequência o goleiro da Seleção Brasileira ainda defendeu cabeçada a queima roupa desferida por Anderson Martins.

O Botafogo respondeu balançando as redes de Fernando Prass. No entanto, o tento anotado por Herrera, em impedimento, foi corretamente anulado pela arbitragem. O Alvinegro até ameaçou uma tímida melhora, mas, ao final da etapa inicial, era o Vasco quem merecia estar na frente.

Na volta para o segundo tempo, nenhuma alteração nas equipes. O jogo era movimentado e o Botafogo dava a impressão de que melhoraria em campo. Lucas e Somália arriscaram chutes facilmente defendidos por Fernando Prass. Os cruz-maltinos responderam com perigo em chute de Ramon, após belo lance de Felipe, que desviou na defesa e assustou Jéfferson.

O tento vascaíno finalmente saiu aos 14 minutos. Diego Souza aproveitou a falha do zagueiro João Felipe, tirou Jéfferson da jogada e bateu forte para o gol, 1 a 0. Logo depois Joel Santana sacou seus dois laterais e colocou Caio e Marcelo Mattos em campo. A mudança não surtiu o efeito esperado. Aos 25’, Éder Luis finalmente conseguiu vencer o duelo com o goleiro do Botafogo. Após escanteio batido por Bernardo, e desviado por Dedé, o atacante acertou uma belíssima “puxeta” no ângulo, um golaço.

Poucos minutos depois, Joel tirou Éverton, a pedido do jogador, para a entrada do jovem atacante Alex. Inicialmente o treinador sacaria Somália, que perdera gol incrível. A torcida não perdoou e passou a hostilizar o técnico, o chamando de “burro”. No mesmo minuto, Éder Luis era substituído pelo atacante Leandro.

O Gigante da Colina era absoluto em campo. Não fosse Jéfferson, o Botafogo correria sérios riscos de ser novamente goleado em seu estádio. As chances do Cruz-maltino foram muitas. Antes do final do cotejo, Joel Santana ainda foi expulso do banco de reservas pelo juiz. Na saída, o técnico trocou palavras nada amigáveis com os torcedores alvinegros que estavam na beira do túnel. Ao final da partida, a vitória cruz-maltina colocou o Vasco na liderança do Grupo A. O Botafogo, mesmo com a derrota, segue líder no Grupo B.

FLAMENGO:

O Rubro-Negro não contou com Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, suspensos, na partida contra o Cabofriense, realizada no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé. O time da Gávea até se esforçou e perdeu algumas chances, principalmente no segundo tempo, mas não fez o suficiente para vencer a equipe da Região dos Lagos e ficou em um empate sem gols.

Com Negueba fazendo a ligação entre meio campo e ataque e Botinelli caindo pelos flancos do campo, o Fla mostrou dificuldade na criação de jogadas. As maiores chances da equipe de Vanderlei Luxemburgo aconteceram nos arremates de fora da área, em chutes de Willians e Renato. Jogando como titular, Wanderlei teve a chance de mostrar que pode ser o centro-avante do time da Gávea, mas, desta vez, não fez bom proveito. A maior chance do atacante foi em uma perigosa cabeçada, aos 28’. Cinco minutos depois, Willians, na cara do gol, chutou para a grande defesa do goleiro Flávio. Felipe também foi obrigado a fazer importantes intervenções na meta flamenguista.

Na volta para o segundo tempo, Luxemburgo sacou Negueba e Willians para a as respectivas entradas de Fierro e Diego Maurício. Aos 5’, o chileno desperdiçou boa chance de gol. Em busca de mais ofensividade, Deivid entrou no lugar de Botinelli e novamente não foi bem. Quem mais chegava perto de marcar era Diego Maurício, que acertou a trave em duas oportunidades. O Cabofriense ainda teve uma boa chance nos últimos minutos da partida, mas o empate sem gols persistiu. Com o resultado o Flamengo caiu para a terceira posição do Grupo A.

FLUMINENSE:

Em sua primeira partida sem o comando de Muricy Ramalho na área técnica, o Fluminense mostrou que ainda está abalado com os últimos acontecimentos. O Tricolor Carioca enfrentou o Boavista, no sábado (19), no Engenhão. A partida marcava o reencontro das equipes após a surpreendente derrota tricolor nas semifinais da Taça Guanabara, quando o time de Saquarema venceu nos pênaltis.

O jogo já começou com o Boavista levando perigo, mas o atacante André Luis escorregou dentro da área e perdeu a chance da finalização. Logo depois, Frontini ficou cara a cara com Ricardo Berna, mas chutou fraco para o gol. Para piorar, Leandro Eusébio saiu de campo com o joelho contundido. O Fluminense acordou após lance de Conca e Rafael Moura. O argentino recebeu na ponta direita e alçou bola na área. O atacante matou no peito e chutou forte para a ótima defesa de Thiago. Diguinho também arriscou chute de longe, novamente sem sucesso.

Após alguns minutos um pouco mais contidos, o Boavista voltou a levar perigo ao Flu. Joílson quase marcou em chute da entrada da área. Logo depois, em cobrança de falta, aos 37, o zagueiro Gustavo acertou um petardo no ângulo esquerdo de Ricardo Berna, um golaço. Sob uma chuva da vaias o time foi para os vestiários ao fim da primeira etapa.

No segundo tempo, mudança no ataque tricolor: sai Rafael Moura, entra Fred. O camisa 9, que não jogava há um mês, demonstrou falta de ritmo de jogo e perdeu boas chances de gol. O goleiro Thiago, herói da disputa de pênaltis na Taça GB, voltou a aparecer bem. Berna também defendia as investidas do Boavista, mas, aos 31’, não pôde fazer nada quando viu Max na sua frente. O atacante recebeu passe de Joílson e fuzilou para o fundo das redes. Placar final 2 a 0. Ao final do cotejo, muitas vaias da torcida. Cabe saber como será a postura do time na partida decisiva de quarta-feira, contra o América do México, pela Libertadores da América.

*De volta para o passado:

No dia 14 de março de 2010, em partida válida pela quarta rodada da Taça Rio, o Maracanã recebeu o clássico entre Flamengo e Vasco. O jogo, que começou sob uma forte chuva, foi equilibrado. As chances do Flamengo foram mais agudas, mas Fernando Prass parecia impenetrável. No final das contas, a partida foi decidida em pênaltis. O primeiro foi marcado a favor do Vasco. Dodô bateu e perdeu. O segundo foi assinalado, equivocadamente, à favor do Fla. Adriano bateu e fez o gol da vitória. Na comemoração o atacante exibiu a camisa com os dizeres “Que Deus perdoe essas pessoas ruins”.

No Engenhão, no mesmo dia, o Botafogo venceu o Olaria por 2 a 0. Os gols do Glorioso foram marcados por Antônio Carlos, aos 19’, e Gabriel, aos 49 minutos.

No dia 13 de março o Fluminense foi até o Engenhão enfrentar o tradicional América. A partida não foi fácil e o tricolor ficou no empate por 1 a 1. Quem abriu o placar foi o Flu, com Marquinho. Dez minutos depois, aos 45’, Júnior empatou para o Mequinha.

domingo, 20 de março de 2011

Premier League: Chelsea vence Manchester City e se mantém vivo na briga pelo bicampeonato


David Luiz foi o melhor em campo pelo Chelsea e marcou o primeiro gol dos Blues
 Chelsea e Manchester City jogaram hoje (20), no Stamford Bridge, em partida válida pela 30ª rodada da Premier League. Era o duelo entre o então terceiro colocado, City, contra o quarto, Chelsea. O jogo não teve grandes oportunidades de gols. Não é para menos: os times, dos técnicos italianos Carlo Ancelotti e Roberto Mancini, possuem os dois melhores sistemas defensivos da competição. No final das contas foi exatamente um defensor, David Luiz, quem abriu caminho para a vitória. O zagueiro do Chelsea, em atuação espetacular, fez o primeiro gol dos Blues, mas a vitória por 2 a 0 foi garantida em um golaço de Ramires(para saber mais sobre o jogo clique aqui).

*De volta para o passado:

O Manchester City tem sido uma pedra no sapato do Chelsea nas últimas três temporadas. Em 2009, os Citizens venceram por 2 a 1. Na mesma temporada, 2009/10, o City também venceu jogando em Londres. No ano seguinte, nova vitória do time de Manchester, desta vez pelo placar mínimo.

No dia 21 de março de 2003, há quase sete anos atrás, o Chelsea fazia sua última partida contra o Manchester City antes de ser comprado pelo russo Román Abramovich. O jogo, realizado no Stamford Bridge, foi válido pela 31ª rodada da Premier League 2002/2003 e terminou com goleada dos Blues por 5 a 0. O Chelsea, comandado na época por Cláudio Ranieri, abriu o placar com Jimmy Floyd Hasselbaink. John Terry, Frank Lampard, Mário Stanic e Gallas completaram o placar para o time londrino.

sábado, 19 de março de 2011

Pré-jogo: Vasco x Botafogo


Em 1948, Botafogo e Vasco decidiram o campeonato estadual. No canto esquerdo, Nílton Santos brinca com Biriba, que se tornaria mascote do clube.

Vasco e Botafogo farão o clássico deste fim de semana, pela 4ª rodada da Taça Rio, no Engenhão. Será o primeiro grande teste para o time cruz-maltino mostrar sua evolução desde a chegada do técnico Ricardo Gomes. Também deverá ser a estréia de Diego Souza, nova contratação para o meio campo vascaíno. O Botafogo, com pouca criatividade e atuando de forma extremamente defensiva, teve uma boa atuação em seu último jogo (vitória por 4 a 0 sobre o Americano), e lidera, de forma invicta, o Grupo B. No Grupo A, o Vasco, com seis pontos, deseja encostar na liderança para, desta vez, garantir a classificação para as semifinais.

O confronto é repleto de histórias e grandes embates. O Vasco tem uma boa vantagem de vitórias: são 138 contra 82 do Botafogo em 316 jogos, 96 terminaram empatados. Porém, em decisões, o Gigante da Colina fica na desvantagem. Venceu o Glorioso somente uma vez, na final Taça Guanabara de 1965. Em 2010, o Botafogo conquistou a Taça GB após vencer os cruz-maltinos por 2 a 0. O pré-jogo de hoje será sobre o estadual de 1948, decidido exatamente pelos dois times.

A década de 40 foi repleta de grandes conquistas para o Vasco. Em 1948, o Gigante da Colina levantou o Torneio dos Campeões Sul-Americanos, batendo o River Plate de Alfredo Di Stéfano na final. O Vasco, sob a batuta de ser o primeiro time brasileiro a vencer um grande torneio continental, era favorito para levantar o Campeonato Carioca. Situação contrária vivia o Botafogo, que, após a venda de Heleno de Freitas, craque do time, para o Boca Juniors, não acreditava que o título seria possível. As vitórias, no entanto, foram dando esperança aos alvinegros.

Cruz-maltinos e botafoguenses disputaram a taça jogo a jogo. A decisão aconteceu no dia 12 de dezembro, no estádio de General Severiano, e, com gols de Paraguaio, Braguinha e Otávio, o Glorioso venceu por 3 a 1 e ficou com o título, o primeiro de Nílton Santos (na época com 23 anos) com a camisa do clube.

quinta-feira, 17 de março de 2011

Maior lateral direito da história do Flamengo, Leandro completa hoje 52 anos

Leandro vestiu a camisa rubro-negra durante toda sua carreira

 Se você pedir uma lista com os nomes dos maiores laterais direitos da história do futebol brasileiro, fatalmente você verá o nome de José Leandro Souza Ferreira entre eles. Leandro, que nasceu no dia 17 de março de 1959, em Cabo Frio, foi, sem sombra de dúvidas, o melhor lateral direito a jogar com a camisa do Flamengo, clube pelo qual dedicou toda sua carreira.

Sua estréia pelo time da Gávea aconteceu no ano de 1978, quando o Rubro-Negro, já contando com Zico em grande fase, conquistou o Campeonato Carioca. Leandro ainda não era um dos protagonistas da equipe. Participou de apenas 6 dos 24 jogos da vitoriosa campanha. No ano seguinte, disputou posição com Toninho e venceu os dois torneios estaduais realizados. No primeiro campeonato jogou seis partidas, no segundo, cinco.

Em 1980, ainda sem conseguir se firmar como dono inquestionável da camisa 2, participou do elenco que levantou, pela primeira vez, o título brasileiro pelo Fla. Sua afirmação como titular do flanco direito aconteceria no ano mais importante da história do clube. Em 1981, foi campeão carioca, da Libertadores e do Mundial de Clubes, e entrou, definitivamente, na história do Flamengo.

As conquistas não pararam e, em 1982, o lateral ajudou sua equipe a vencer mais um Brasileirão. Após a conquista, foi convocado para a Copa do Mundo, realizada na Espanha. Pela primeira vez jogando sob o comando de Telê Santana, foi titular da seleção que encantou o mundo, mas a tarde iluminada do italiano Paolo Rossi, nas quartas de final, atrapalhou seus planos de conquistar a Copa, e o Brasil acabou sendo eliminado  pela Itália. No ano seguinte levantou outro Brasileirão pelo Fla.

A partir da segunda metade da década de 80, as contusões no joelho passaram a ser o marcador mais implacável do craque. Já sem o mesmo vigor físico, que lhe ajudava a ser quase mortal no apoio ao ataque, mostrou a mesma categoria na defesa. Em 1986, foi convocado para a Copa do Mundo realizada no México, porém, em solidariedade ao amigo Renato Gaúcho, cortado por Telê Santana por fugir da concentração, optou por não defender a Canarinho. No mesmo ano voltou a conquistar um título estadual pelo Flamengo, já com uma nova geração de jogadores, como Bebeto, Aldair, Jorginho e Zinho. Jogou até 1990 e ainda conquistou mais um Campeonato Brasileiro pelo Fla, em 1987. Atualmente, o ex-jogador administra a “Pousada do Leandro” em sua cidade natal, Cabo Frio.

terça-feira, 15 de março de 2011

Champions League: Em partida épica, Inter se supera e vence o Bayern de virada

Com um gol e uma assistência, Eto'o mostrou, mais uma vez, que nasceu para jogar a Champions League

Bayern de Munique e Internazionale de Milão se enfrentaram, na Allianz Arena, pela partida de volta das oitavas de final da Champions League. No primeiro confronto, vitória dos alemães por 1 a 0 em pleno Giuseppe Meazza. Desta vez, em um jogaço de dois tempos distintos e cheio de reviravoltas cinematográficas, a Internazionale, único time italiano restante no torneio, acabou levando a melhor e venceu por 3 a 2. A vitória garantiu a atual campeã da Champions nas quartas de final do certame.

Quando as equipes entraram em campo, duas surpresas: Breno, ex-São Paulo, figurava na zaga titular do Bayern, e Diego Milito, ao contrário do prometido, era ausência no ataque titular da Inter. O argentino sequer foi relacionado para o jogo. Após o minuto de silêncio feito em homenagem às vítimas das tragédias naturais que assolaram o Japão, a bola rolou, e, logo aos 3 minutos, a equipe comandada por Leonardo balançou as redes. Ligeiramente impedido, Eto’o recebeu belo passe de Pandev e marcou seu oitavo gol na competição, igualando o placar agregado.

Apresentando uma envolvente posse de bola, o Bayern se mostrou superior nos minutos seguintes. Enquanto os nerazzuri jogavam fechados, apostando nos contra-ataques, os bávaros eram ofensivos. Aos 9’, Ribéry deixou Mário Gómez em boas condições de finalizar, mas o zagueiro Ranocchia apareceu no momento certo para abafar o chute do atacante.

A superioridade bávara foi traduzida em gol aos 20’. Avançando pela direita, Robben chutou, da entrada da área, contra o gol de Júlio César. O goleiro falhou feio e soltou a bola. Gómez aproveitou e, como havia feito no confronto anterior, não perdoou: 1 a 1. O empate favorecia o Bayern, que seguiu pressionando.

Dez minutos depois, quem falhou foi o ítalo-brasileiro Thiago Motta, da Inter, que desviou passe feito por Robben. A bola foi parar nos pés de Thomas Muller que, cara a cara com Júlio César, colocou o time da casa na frente. A atuação do time de Louis Van Gaal encantava. Aos 34’, Ribéry passou pela defesa interista e só não marcou o terceiro porque Júlio César fez defesa espetacular. A última grande chance dos bávaros na primeira etapa veio na sequência, quando, após finalização de Gómez, a bola ficou rodando em cima da linha e, graças a Ranocchia, nem mesmo a tentativa de Muller de conferir o tento deu certo. O montante de gols perdidos faria muita falta o time de Munique.

No início da etapa final, o Bayern dava mostras que continuaria superior. A entrada de Phillippe Coutinho no lugar de Stankovic, aos 50’, deu mais movimentação aos italianos, que passaram a ter mais posse de bola. Mesmo após a melhora, a primeira grande chance da segunda etapa foi do Bayern, mas a bomba desferida por Gómez foi espetacularmente defendida por Júlio César. Dois minutos depois, aos 63’, Sneijder arriscou de fora da área e empatou a partida.

A superioridade nerazzuri aumentou mais ainda após a saída de Robben, substituído por Altintop, aos 67’. Comparado ao primeiro tempo, o jogo era completamente diferente. Agora era o Bayern quem apostava tudo nos contra-ataques. No final no cotejo, aos 88’, Eto’o mostrou, mais uma vez, que nasceu para jogar a Champions League. O camaronês aproveitou a falta de disposição de Breno, em disputa de bola, e tocou para o meio da área adversária. Pandev, que durante boa parte da partida mais atrapalhou do que ajudou, apareceu para chutar com categoria e anotar o gol da vitória interista. Logo depois, o macedônio foi substituído já com o rótulo de herói da peleja. Após o apito final, os bávaros eram a imagem da tristeza. A Inter, classificada, era só felicidade.

*De volta para o passado:

O jogo mais importante disputado entre Bayern e Internazionale foi, sem dúvidas, a final da Champions League 2009/2010, realizada no Santiago Bernabéu e vencida pelos nerazzuri por 2 a 0, com dois gols de Diego Milito. Porém, a última vitória interista em Munique, em jogos oficiais, aconteceu na temporada 1988/1989, em partida válida pelas oitavas de final da Taça da UEFA (atual Europa League).

No dia 23 de novembro de 1988, jogando no Estádio Olímpico de Munique, os nerazzuri de Milão venceram o Bayern por 2 a 0. O primeiro gol foi marcado por Aldo Serena, que percorreu todo o campo adversário, após lançamento, e bateu com categoria na saída do goleiro. O segundo tento foi marcado por Nicola Berti, um gol antológico. O meio campista partiu com a bola do campo de defesa, passou em velocidade pelos zagueiros e tocou na saída do goleiro. No entanto, na partida de volta, realizada na Itália, o time alemão venceu por 3 a 1 e se classificou para a próxima fase do torneio.

O Bigode artilheiro


 Há exatos 39 anos, no dia 15 de março de 1972, nascia no Rio de Janeiro Valdir de Morais Filho. Aos 17 anos, quando passou a cultivar um fino bigodinho, que, ao lado dos gols, virou sua marca registrada, Valdir ganhou um “novo sobrenome”. Passou a ser conhecido como Valdir Bigode.

Rápido, fazia gols das mais diversas formas. Começou no Vasco em 1992 e foi tricampeão carioca com o Gigante da Colina. Em 1992, fez quatro gols na campanha do título estadual. No ano seguinte, com 19 tentos, foi artilheiro do campeonato. Em 1994 foi o principal atacante da campanha do tri vascaíno. Foi para o São Paulo em 1996 e, após rápida passagem pelo Benfica, de Portugal, defendeu as cores do Atlético Mineiro.

Pelo Galo de BH, Valdir foi artilheiro da Copa Conmebol de 1997, ajudando o clube mineiro a levantar o título continental. Em sua primeira passagem por Belo Horizonte, ficou até 1999. Teve rápida passagem pelo Botafogo, em 1999, retornou brevemente ao Atlético Mineiro e depois jogou no Santos, porém, sem sucesso. Voltou a defender o Galo em 2001, para depois retornar à casa que o revelou.

Suas últimas atuações em gramados brasileiros foram com a camisa do Vasco, onde levantou mais um estadual, em 2003. Em 2004 foi para os Emirados Árabes. No mundo árabe, defendeu o Al-Nasr (2004-2006) e o Dubai Club (2006). Após sofrer uma grave lesão no joelho esquerdo, em 2007, resolveu iniciar a carreira de treinador. Em 2010, dirigiu o Campo Grande na Série C do Campeonato Carioca. No mês passado, no dia 18, foi apresentado como técnico da Associação Desportiva Itaboraí, o ADI, também da 3ª divisão do Rio de Janeiro.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Taça Rio: Um Fla-Flu sem vencedores, mas com um grande derrotado

Apesar de toda a expectativa depositada no clássico, o Fla-Flu terminou sem gols

Flamengo e Fluminense se enfrentaram ontem (13), no Engenhão. A grande surpresa antes do jogo foi a escalação de Negueba entre os titulares do Fla. A enorme surpresa após o cotejo foi a saída de Muricy Ramalho do Fluminense. A partida, que terminou em um empate sem gols, não cumpriu as expectativas de quem esperava ver um bom jogo.

O jogo até começou movimentado. No primeiro minuto, Conca entrou na área e chutou para a boa defesa de Felipe. A resposta do Fla aconteceu dez minutos depois, quando, após receber passe de Thiago Neves, Ronaldinho entrou na área, se livrou de Diguinho, e chutou cruzado para fora. Enquanto isso, no banco de reservas, o comportamento dos técnicos era diferente: Luxemburgo pulava e gritava. Muricy parecia desatento. Naquele momento, já estava decidido que seu futuro seria longe das Laranjeiras.

De volta ao campo de jogo, a posse de bola era muito disputada, e as duras entradas iam dando um “chega pra lá” nos raros lances de criatividade. O Fla, que levara perigo aos 14’, em cabeçada desferida por David Brás, voltou a assustar o adversário somente aos 42 minutos, em chute de fora da área defendido por Ricardo Berna. Logo depois, o goleiro tricolor voltou a fazer boa intervenção após chute de Negueba. Antes do final da primeira etapa, Berna ainda defendeu, sem esforço, uma cobrança de falta feita por Ronaldinho.

O Fluminense voltou mais disposto para o segundo tempo. Aos 6’, Emerson arriscou chute de fora da área para a defesa de Felipe. Os rubro-negros responderam também em um arremate de fora da área, desferido por Thiago Neves. A bola iria de encontro às redes, não fosse a belíssima defesa feita por Ricardo Berna, de mão trocada. No minuto seguinte, o goleiro tricolor poderia ter se machucado seriamente após dividida de bola com Ronaldinho Gaúcho. O dentuço foi imprudente e deu um carrinho perigoso, que, por muito pouco, não atingiu em cheio o goleiro adversário. O cartão amarelo que lhe tirou da próxima partida foi merecido.

O jogo continuava carecendo de lances criativos. Aos 25’, Gum cabeceou com perigo, mas a bola foi para fora. No minuto seguinte, o zagueiro teve a melhor chance de gol da partida, ao acertar, de dentro da área, um chute na trave esquerda de Felipe. Final de jogo: zero a zero.

Apesar do empate, o time que dormiu com a sensação de derrota foi o Fluminense, que agora não conta mais com o comando de Muricy Ramalho. O técnico tetracampeão brasileiro comunicou sua saída por meio de nota oficial logo após a partida. Nela, Muricy diz que o motivo de sua desistência foi a falta de estrutura do clube, o que, como todos sabem, é um fato. Porém, acreditar que foi somente isso que levou Muricy a abandonar o time é difícil. Principalmente porque não é de seu feitio abandonar o barco em momentos como esse.

BOTAFOGO:

O Botafogo jogou no sábado (12) contra o Americano, no Engenhão, e finalmente mostrou um futebol que satisfez a todos. O Alvinegro começou melhor na partida e logo no início, com Abreu e Somália, perdeu uma grande chance de abrir o placar. Aos 13 minutos, o juiz Leonardo Garcia marcou mais um pênalti inexistente no Campeonato Carioca. Este, porém, foi tão escandaloso que nem mesmo os jogadores botafoguenses acreditaram quando o apitador marcou o penal de Ayrton em cima de Abreu. Herrera bateu forte e, após seis jogos, voltou a balançar as redes.

Após o gol, o Botafogo já não tinha o ímpeto apresentado no início da peleja, mas continuava melhor. O segundo gol saiu naturalmente, fruto da superioridade alvinegra na partida. Após receber belíssimo lançamento de Somália, aos 27’, Abreu ficou cara a cara com o goleiro adversário e, com toda sua louca frieza, ampliou o placar. O Americano levou perigo à meta de Jéfferson no final do primeiro tempo, em cabeçada de Índio que tirou tinta da trave.

A segunda etapa continuou semelhante à primeira. Logo aos 5 minutos, o zagueiro João Felipe aproveitou cruzamento de Éverton para fazer o terceiro do Glorioso. Foi o primeiro gol do zagueiro com a camisa do Alvinegro. Aos 25’, Herrera aproveitou belo passe de Lucas para chutar de primeira e dar números finais à partida, 4 a 0.

VASCO:

O Cruzmaltino enfrentou ontem (13) o Madureira, no estádio Raulino de Oliveira, e, em tarde inspirada de Bernardo, venceu por 4 a 2. O Vasco começou bem, e logo no início do jogo balançou as redes. No entanto, o tento vascaíno, anotado por Elton, foi mal anulado pela arbitragem.

Após levar alguns sustos, o Vasco finalmente balançou as redes aos 40’. Após fazer boa tabela com Felipe, dentro da área, Bernardo desferiu chute cruzado: 1 a 0. Antes do final da primeira etapa, Rômulo quase ampliou o placar em um golaço, mas, após arrancada pelo meio de campo, o chute do volante raspou a trave adversária.

O segundo tempo foi mais aberto. Aos 18’, Rodrigo empatou para o Madureira. O Tricolor Suburbano quase virou na sequência, mas Fernando Prass apareceu bem para defender sua meta. Aos 22’, Bernardo, após receber novo passe de Felipe, voltou a colocar o Gigante da Colina na frente. O Madureira voltou a empatar aos 37 minutos, dando a impressão de que o jogo terminaria empatado, mas Bernardo voltou a aparecer como salvador da pátria e anotou seu terceiro gol. No apagar das luzes, Felipe Bastos, que acabara de entrar, fez o quarto tento vascaíno. Final de jogo, Vasco 4 x 2 Madureira.

*De volta para o passado:

O clássico da 3ª rodada da Taça Rio de 2010 foi entre Botafogo e Fluminense. A partida foi muito movimentada. Logo no início, Fred perdeu gol incrível. O Flu jogava melhor, mas quem abriu o placar foi o Botafogo, aos 35’, em pênalti convertido por Herrera. O empate tricolor veio em grande estilo. Aos 61’, após cruzamento, Fred acertou um belíssimo voleio e a bola estufou as redes de Jéfferson. Aos 83’, Mariano aproveitou a pane na zaga alvinegra após cruzamento e, de frente para o gol, só precisou empurrar a bola para o fundo das redes. Final: Fluminense 2 x 1 Botafogo.

Jogando em Volta Redonda, o Flamengo goleou o Resende por 4 a 0. Os gols foram anotados por Bruno Mezenga, Léo Moura, Vinícius Pacheco e Vágner Love.

O Vasco teve dificuldades para vencer o Boavista, em São Januário. A vitória veio somente em cobrança de pênalti, convertido por Carlos Alberto, aos 70 minutos.

sábado, 12 de março de 2011

Pré-jogo: Flamengo x Fluminense


Flamengo e Fluminense se enfrentaram pela primeira vez em 1912, no estádio das Laranjeiras

Domingo é dia de Fla-Flu no Engenhão. O jogo, que reúne os dois últimos campeões brasileiros, coloca de um lado o Flamengo de Ronaldinho Gaúcho, badalado campeão do primeiro turno/ Taça GB, e do outro o Fluminense de Darío Conca, que busca a evolução na temporada para fazer valer todo o favoritismo que nele é depositado nas competições que disputa. Ao todo, foram 373 jogos entre as equipes, com 131 vitórias rubro-negras, 119 vitórias tricolores e 122 empates.

O início da história do clássico começou no dia 21 de setembro de 1911, quando nove insatisfeitos jogadores do Flu resolveram deixar o clube após a barracão do centroavante Alberto Borgeth. Borgeth sugeriu aos companheiros o ingresso no Flamengo, clube fundado em 1895 e que se dedicava exclusivamente ao remo. O clube, porém, barrou a idéia.

Foi somente no dia 24 de dezembro do mesmo ano que o Flamengo resolveu aceitar os “rebeldes” do Fluminense, criando o Departamento de Esportes Terrestres, sob chefia de Borgeth. O primeiro clássico entre as equipes aconteceu no Campeonato Carioca de 1912.

No dia 7 de julho, no estádio das Laranjeiras, tricolores e rubro-negros ficaram frente a frente pela primeira vez. O Fla já era favorito, pois contava com a maioria dos jogadores que, um ano antes, defendiam o time titular do rival. Porém, na base da superação, o Tricolor Carioca venceu por 3 a 2. O primeiro gol do jogo, e da história do clássico, foi anotado por Edward Calvert. Arnaldo empatou logo em seguida para o Fla.

Aos 17 minutos do segundo tempo, Baena, goleiro do Flamengo, aceitou a cobrança de falta de James Calvert: 2 a 1. O heróico empate rubro-negro veio a dois minutos do fim do cotejo, com Píndaro, mas a vitória estava destinada ao Tricolor Carioca, que, no último lance, virou o jogo em bomba desferida por Bartholomeu, após bela jogada de James Calvert. Final: Fluminense 3 x 2 Flamengo.

Ainda naquele ano, o Fla mostrou sua força no segundo confronto entre as equipes e venceu, no dia 27 de outubro, por 4 a 0. Baiano anotou três tentos, Miguel completou a goleada.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Taça Rio: Segunda rodada de vitórias para os quatro grandes

Darío Conca voltou a brilhar usando a camisa 11 do Fluminense na vitória sobre o América

FLUMINENSE:

Após um início de ano muito aquém do esperado, o Fluminense deu uma boa prévia de que vai melhorar no desenrolar da temporada. Coincidentemente, ou não, a boa atuação de Conca, que vinha jogando mal após passar por uma operação que lhe tirou da pré-temporada, ajudou muito o tricolor Carioca a construir o placar de 3 a 1 contra o América, na última quarta-feira (9).


O time Rubro começou melhor, e obrigou Ricardo Berna a fazer boas defesas. Diguinho, meio campista que, antes de ter uma rápida e frustrada passagem pelo Botafogo, ajudou os Diabos na conquista da segunda divisão do Campeonato Carioca, desferiu uma bomba que explodiu no travessão de Berna. Tudo levava a crer que seria mais um jogo difícil para o Flu. Mas não foi. O ímpeto americano diminuiu, e, a partir da metade da primeira etapa, o time de Muricy Ramalho passou a controlar a partida.

Aos 32 minutos, Rafael Moura, centro-avante “de área”, recebeu bola na ponta-direita, fez a proteção e cruzou na pequena área para a conclusão de Conca, que fez o seu primeiro gol após a cirurgia. Ao final do primeiro tempo, o Flu vencia o cotejo.

Logo no início da segunda etapa, o árbitro João Batista de Arruda viu pênalti inexistente de Leandro Euzébio em Michel. Era a chance perfeita para o Mequinha empatar o jogo e voltar a dificultar a vida do Flu. Porém, Diguinho bateu ridiculamente e Ricardo Berna, quase fora da pequena área, fez a defesa. O lance chegou a ser caricato.

Aos 8’, o ditado “Quem não faz, leva” se mostrou presente para o lado vermelho, e, após cruzamento de Conca e desvio de Araújo, Rafael Moura, de cabeça, anotou mais um tento para sua coleção. Aos 15 minutos, Muricy sacou Araújo para a entrada de Emerson. O Sheik deu passe para Conca retribuir a jogada de Rafael Moura. O argentino invadiu a área e rolou a bola para o He-Man completar, aos 28’. O América descontou aos 36’, com Bruno Reis, mas a vitória do Flu já estava sacramentada. O Tricolor Carioca lidera o Grupo B, ao lado do Botafogo, com seis pontos ganhos.

VASCO:

Após a derrota sofrida ante o Macaé, na rodada passada da Taça Rio, a diretoria vascaína resolveu fazer uma promoção, chamando os torcedores para abraçar o time jogo contra o Duque de Caxias, também na quarta-feira (9), em São Januário. A iniciativa deu certo, o Vasco venceu por 4 a 2, mas o Gigante da Colina chegou a complicar o que era, até determinado momento, uma vitória tranquila.

Empurrado por cerca de dez mil torcedores, o Vasco começou a partida a mil por hora. O primeiro gol não demorou a sair. Aos 9 minutos, Felipe aproveitou sobra de bola dentro da área e acertou chute, com a perna direita, que abriu o placar. O time de Ricardo Gomes seguia muito superior e ampliou aos 36 minutos, com Anderson Martins, de cabeça. Antes do final da primeira etapa, Bernardo cobrou pênalti sofrido por ele mesmo e aumento mais ainda a vantagem cruzmaltina.



O segundo tempo, porém, não foi dos melhores para o Vasco. Aos 5 minutos, Somália, ex-Fluminense, diminuiu para o time de Caxias. Aos 23’, após a expulsão de Anderson Martins, o Cruzmaltino passou a jogar com menos um. Com a vantagem numérica em campo, o time da Baixada fez o segundo gol aos 28’, deixando os vascaínos preocupados.

A vitória, e alívio, veio em gol de Dedé, em cobrança de falta. Placar final: 4 a 2. O resultado ainda não coloca o Gigante da Colina na zona de classificação para as finais do segundo turno. O time é o terceiro colocado do Grupo A, com 3 pontos ganhos.

FLAMENGO:

O Flamengo enfrentou ontem (10) o Bangu no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, e começou pressionando o alvirrubro. Abusando das jogadas pelo lado direito, com Léo Moura, a equipe de Vanderlei Luxemburgo fez uma verdadeira Blitzkrieg nos primeiros minutos. Thiago Neves quase marcou um belíssimo gol de cobertura, aproveitando rebote na entrada da área. Ronaldinho e Léo Moura também tiveram chances de marcar.

O gol rubro-negro não saiu, e o Bangu passou a assustar. Felipe se mostrou presente sob as traves para fazer belíssima defesa em chute de Pipico. Na sequência, o camisa 1 da Gávea salvou novamente a meta. O gol do Fla começou a ser construído por Léo Moura, que tinha liberdade incrível para se movimentar no ataque. O camisa 2 caiu na área e o árbitro Djalma Beltrami premiou a queda marcando um pênalti inexistente. Ronaldinho bateu e, aos 24’, abriu o placar para o Flamengo.

Na jogada seguinte, aos 25’, Djalma Beltrami mostrou mais uma vez sua incompetência ao marcar outro pênalti inexistente, desta vez a favor do Bangu. Pipico bateu bem e igualou o marcador. O gol abalou momentaneamente o Rubro-Negro, que chegou a cair de rendimento. A última chance da primeira etapa veio nos pés de Renato, mas o novo coringa da Gávea chutou mal e a bola foi para fora.

No intervalo, Luxemburgo sacou Léo Moura e Willians para as entradas de Fierro e Diego Maurício. Este último voltava a jogar após uma semana conturbada, na qual chegou duas vezes atrasado em treinos e foi multado. Deslocado para a meia-esquerda, Ronaldinho apareceu melhor no segundo tempo e distribuiu ótimos passes para seus companheiros. Em um deles, deixou Thiago Neves na cara do gol. O camisa 7 acertou a trave.

Até os 30 minutos, quando Tiano chutou de longe, obrigando Felipe a fazer mais uma defesa, o jogo era equilibrado. A partir daquele momento só deu Flamengo. O Rubro-Negro teve diversas chances de marcar, mas o tento que manteve o 100% de aproveitamento do time da Gávea só veio aos 50 minutos, quando Diego Maurício aproveitou escanteio e, sozinho, cabeceou para o fundo das redes do goleiro Thiago Leal.

BOTAFOGO:

Jogando em Volta Redonda, na quarta-feira (9), o Botafogo voltou a apresentar um futebol fraco, mas suficiente para vencer o Nova Iguaçu. O Alvinegro levou sufoco durante grande parte do cotejo, mas, contando com uma falha do zagueiro Leonardo Luiz , contou com o gol de Éverton para vencer por 1 a 0.

Com Renato Cajá negociado com o Guangzhou Evergrande, da China, Éverton herdou a camisa 10 e ficou com a árdua tarefa de comandar sozinho a criação do meio campo botafoguense.

Como já era de se esperar, o jogo não fluiu de uma maneira satisfatória no meio campo, e o Botafogo teve de aproveitar os erros individuais do Orgulho da Baixada. Aos 10 minutos, Lucas cruzou na área do Nova Iguaçu, o zagueiro Leonardo Luiz afastou mal e Éverton chutou no canto esquerdo de Diogo, 1 a 0. Foi o primeiro gol do jogador com a camisa do Glorioso.

O Nova Iguaçu assustou bastante a equipe de Joel Santana, mas não teve a qualidade nem a sorte para vencer Jefferson e anotar um tento. Ao final da partida, mais uma vitória não merecida do Alvinegro, que segue invicto no segundo turno, ao lado do Fluminense no Grupo B.

*De volta para o passado:

Todos os grandes clubes do Rio venceram os jogos da segunda rodada da Taça Rio de 2010. No dia 3 de março, o Vasco venceu o Bangu por 2 a 0 no Engenhão. Os gols do Gigante da Colina foram marcados por Dodô, aos 56’, e Fernando Santos, no último minuto.

No mesmo dia, e pelo mesmo placar, o Flamengo venceu o Madureira. A partida, realizada no Maracanã, teve gols de Fernando, aos 15 minutos, e Vágner Love, aos 89’.

No dia 4 de março, no Engenhão, o Fluminense passou facilmente pelo Tigres do Brasil. Os gols de Fred, aos 22’, Everton, aos 40’, e Conca, aos 85’, garantiram a vitória tricolor por 3 a 0.

Jogando também em seu estádio, o Botafogo começou perdendo, mas, com dois gols de Herrera, aos 38’ e 52’, virou a partida e venceu o Duque de Caxias por 2 a 1. O gol da equipe de Caxias foi marcado por Marcelo, aos 10 minutos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Champions League: Tottenham segura o empate sem gols e avança para as quartas de final


O brasileiro Sandro ajudou o sistema defensivo dos Spurs a segurar o empate no White Heart Lane
 Tottenham e Milan se enfrentaram no White Heart Lane, em Londres, pelo jogo de volta das oitavas de final da Champions League. Na primeira partida, vitória dos ingleses em pleno Giuseppe Meazza por 1 a 0, gol de Peter Crouch. Os Spurs tinham a vantagem do empate. Ao Milan, só a vitória interessava, e o time de Massimiliano Allegri buscou o gol a todo momento, porém, não teve sucesso e foi desclassificado em um empate sem gols (para saber como foi o jogo clique aqui).

*De volta para o passado:

 Como já foi dito aqui, os dois únicos encontros entre Spurs e Milan anteriores aos deste ano aconteceram em 1972, em partidas válidas pelas semifinais da Taça da UEFA. Assim como ontem (9), os Spurs também se classificaram com um empate, porém, na casa do adversário com o placar de 1 a 1.

A última vez que o Tottenham chegou às quartas de final da Champions League foi há longínquos 49 anos. Na oportunidade, os Spurs venceram o Feyenoord, da Holanda, por 3 a 1 em Rotterdam. Na segunda partida, no White Heart Lane, no dia 15 de novembro de 1961, o Tottenham empatou em 1 a 1 e garantiu presença nas quartas de final. Naquela temporada (1961/1962) os Lilywhites chegaram até a semifinal, quando foram eliminados pelo Benfica de Eusébio, posterior campeão.

terça-feira, 8 de março de 2011

Pré-jogo: Fluminense x América


Fluminense e América se enfrentarão nesta quarta-feira de cinzas, no Engenhão, pela segunda rodada da Taça Rio. O Fluminense, atual campeão brasileiro, não vive uma de suas melhores fases. O time de Muricy Ramalho vai mal na Libertadores da América e não conseguiu passar pelo Boavista para chegar à final da Taça Guanabara. O América também decepcionou no primeiro turno. O time rubro levou o que foi, até agora, a maior goleada do certame, quando perdeu por 9 a 0 para o Vasco.

Após o início tenebroso, a direção do clube de Édson Passos fez uma revolução em todo o elenco, e espera por uma melhora nesta Taça Rio/segundo turno. O confronto entre tricolores e rubros possui diversos capítulos. O mais especial, no coração dos americanos (mais vermelho do que o de todos os outros), aconteceu no dia 18 de dezembro de 1960, data do último título importante do Mequinha: o Campeonato Carioca.

O time, comandado por Jorge Vieira, que contava com jogadores como Sebastião Leônidas, Amaro, Djalma Dias e Calazans, bateu o Fluminense por 2 a 1 no Maracanã. A vitória sacramentou o que é, até o momento, o último grande título dos rubros. No jogo, quem começou na frente foi o Fluminense, em pênalti convertido por Pinheiro, no primeiro tempo. A virada americana aconteceu na etapa final, com gols de Nilo e Jorge.

segunda-feira, 7 de março de 2011

Premier League: Liverpool vence Manchester United por 3 a 1 e impede disparada do rival

Luis Suárez fez a sua melhor exibição com a camisa dos Reds e participou de dois gols

Liverpool e Manchester United se enfrentaram, no Anfield Road, em Liverpool, pela 29ª rodada da Premier League. O clássico, que reúne uma das maiores rivalidades da Terra da Rainha, coloca frente a frente os dois maiores vencedores do Campeonato Inglês – ambos possuem 18 títulos – e marcou o reencontro do duelo entre os treinadores escoceses Kenny Dalglish, do Liverpool, e Alex Ferguson, do United, ícones de seus respectivos clubes.Caso vencesse, o Manchester United dispararia na liderança do torneio, mas, graças a uma tarde inspiradíssima de Luis Suarez, o Liverpool levou a melhor e, com três gols de Kuyt, venceu o rival por 3 a 1. Chicharito descontou para o United. Para saber como foi o jogo, clique aqui.

*De volta para o passado:


A última vitória por 3 a 1 no confronto também foi do Liverpool. No dia 3 de novembro de 2001 as duas equipes se enfrentaram no Anfield Road pela 12ª rodada da Premier League. O Liverpool jogava melhor. Seu camisa 10, o atacante Michael Owen (hoje reserva do United) infernizava a defesa dos Red Devils. O gol finalmente saiu aos 32 minutos. Owen recebeu bola na entrada da área e, com extrema categoria, colocou a redonda no fundo das redes do goleiro Barthez.

Os Reds aumentaram a vantagem aos 39’, em jogada ensaiada de cobrança de falta na qual Riise soltou uma bomba que foi morrer no fundo do gol. O Manchester United diminuiu somente no segundo tempo, aos 50’. Quem descontou para os Red Devils foi o astro David Beckham. Porém, no lance seguinte, após escanteio, Owen aproveitou a péssima saída de Barthez e, de cabeça, fez o terceiro do Liverpool. Placar final: Liverpool 3 x 1 Manchester United.

domingo, 6 de março de 2011

Taça Rio: Botafogo, Fla e Flu vencem. Vasco, novamente, começa perdendo

Rodrigo Mancha e Alex fizeram os gols que deram a vitória ao Botafogo, por 4 a 2, sobre o Voltaço
BOTAFOGO:

Após duas atuações pífias contra o River Plate de Sergipe, o Botafogo entrou em campo ontem (5) para enfrentar o Volta Redonda, pela primeira rodada da Taça Rio. A partida, realizada no Engenhão, em pleno sábado de carnaval, rendeu alguns sustos ao time de Joel Santana, que, ao final do cotejo, com dois jogadores a mais venceu o time aurinegro por 4 a 2.

O Alvinegro começou pressionando. Em jogada pelo lado direito, o lateral Lucas avançou e foi derrubado na área por Fabinho. O juiz marcou pênalti.  Herrera bateu forte e abriu o placar para o Botafogo. Após o tento, o atual campeão carioca começou a errar muitos passes e deixou o Volta Redonda crescer na partida. No entanto, quem chegou a gol, novamente, foi o Glorioso. Aos 19 minutos, Éverton, pela direita, cruzou para a área. Aproveitando a falha da defesa, Caio cabeceou para o gol de Mauro, 2 a 0.

Com dois gols de vantagem, tudo levava a crer que a partida ficaria fácil para o Botafogo. Porém, a equipe da Cidade do Aço respondeu rápido, e, logo depois, Jonathan diminuiu o placar em um gol bastante chorado. O Botafogo jogava muito mal. Nem a expulsão de Léo Gonçalves fez o time de General Severiano melhorar em campo. O castigo veio aos 41’, quando Serginho, aproveitando a avenida deixada por Márcio Azevedo, na lateral esquerda, cruzou para a cabeçada de Ávalos, 2 a 2. Ao final do primeiro tempo o Botafogo, novamente mal em campo, mereceu as vaias da torcida presente no estádio.

Na volta para a etapa derradeira, o gol marcado por Rodrigo Mancha deu mais tranqüilidade aos alvinegros, que melhoraram na partida. Aos 11’, Alex, que havia entrado no lugar de Renato Cajá, aproveitou passe dado por Lucas, que recebeu ótima bola de Bruno Tiago, e marcou seu primeiro gol como profissional, o quarto do Glorioso na partida. O Alvinegro ainda teve mais chances de gols, principalmente após a expulsão de Gláuber, que deixou o Voltaço com dois jogadores a menos, mas o placar final ficou nos 4 a 2.

FLAMENGO:

Como foi observado no post de pré-jogo, anteontem (4), o Flamengo não têm encontrado muita facilidade nos jogos contra o Olaria. Ontem (5), os rubro-negros foram até Volta Redonda enfrentar o time da Rua Bariri, e, graças às boas atuações de Thiago Neves e Ronaldinho Gaúcho, venceram por 3 a 2.

Aos 5 minutos, após falha de Felipe, Danilo não teve dificuldades para abrir o placar para o Azulão. O empate flamenguista demorou a sair, mesmo com o Rubro-Negro sendo superior, e veio somente no final da primeira etapa. O argentino Darío Bottinelli arriscou chute de longe. O arremate não foi dos melhores, mas, na sorte, a bola caiu nos pés de Thiago Neves, que, de frente para o gol, chutou para o fundo das redes.

Quando retornou para o segundo tempo, o Fla atacou ainda mais o Olaria. Aos 2 minutos, Ronaldinho quase marcou, mas o goleiro Henrique defendeu o chute desferido pelo camisa 10. Na sequência do lance, após receber passe de Thiago Neves, Ronaldinho chutou e desta vez não teve jeito. Flamengo 2 a 1.

O time de Vanderlei Luxemburgo aumentou a vantagem aos 25 minutos, quando, após contra-ataque fulminante, Thiago Neves tocou por cima do goleiro, sacramentando mais uma vitória do rubro-negra na competição.

FLUMINENSE:

Em São Januário, o Fluminense jogou ostentando, pela primeira vez no ano, o escudo da CBF que remete à conquista do Campeonato Brasileiro de 2010. O adversário do Flu foi o Resende. O Tricolor Carioca, que não vive uma boa fase, pôde, ao final da partida, comemorar a difícil vitória obtida ante o Gigante do Vale por 2 a 1.

Jogando com time misto, a equipe de Muricy Ramalho começou melhor e perdeu diversas chances (principalmente nos pés de Rafael Moura) até abrir o placar, aos 40 minutos, com Araújo. O meio-campista aproveitou a jogada de Mariano na ponta direita, após falha da zaga adversária, e desviou a bola para o fundo das redes do goleiro Eduardo. Logo depois, após dividida com Kim, Fernando Bob levou seu segundo cartão amarelo e foi expulso.

Com um jogador a mais, o Resende cresceu no segundo tempo. Aos 2’, Kim pegou sobra de bola e, de primeira, chutou forte para o gol de Ricardo Berna, que nada pôde fazer, 1 a 1. Aproveitando a vantagem numérica, o time do técnico Paulo Campos partiu para cima, acuando o Flu. Porém, cinco minutos depois, após bola alçada na área em cobrança de falta, Leandro Eusébio, de cabeça, voltou a colocar o Fluminense na frente do placar. A vitória tricolor, no entanto, só foi garantida graças às boas defesas de Ricardo Berna.

VASCO:

O Gigante da Colina vinha com ótimos resultados sob o comando de Ricardo Gomes, que assumiu o time após a demissão de PC Gusmão. Porém, a estréia do Cruzmaltino na Taça Rio foi igual à estréia na Taça GB. O Vasco enfrentou, na última sexta-feira (4) o Macaé no estádio Cláudio Moacyr, em Macaé, e saiu derrotado por 3 a 1.

O Alvianil Praiano começou atacando o Vasco logo no início. A equipe de São Januário equilibrou o jogo e passou a levar mais perigo ao gol defendido por Lugão, mas a melhora foi temporária e, a partir da metade do primeiro tempo, o Vasco sofreu nas mãos do time comandado pelo técnico Marcelo Buarque . Aos 33’, após cruzamento de Bill, Luis Mário contou com a ajuda da marcação equivocada dos defensores vascaínos e, de cabeça, abriu o placar para o Macaé.

O que já era ruim ficou pior quando Siston, aos 39’, acertou belo chute e encobriu Fernando Prass, aumentando a vantagem para o time da casa. Ao final do primeiro tempo, vitória parcial de 2 a 0 para os macaenses.

 O Vasco voltou para a segunda etapa com uma postura diferente, agressiva. O tempo também havia mudado, e os boleiros passaram a jogar sob uma forte chuva. O gol que deu aos cruzmaltinos uma esperança de reação veio logo no início, aos sete minutos. Após receber passe de Éder Luis, Élton chutou forte contra as redes de Lugão. A reação vascaína, porém, veio por água abaixo após o golaço marcado por Bill. O lateral, revelado no Vasco e com passagens pelo Botafogo, recebeu bola pela esquerda, viu Fernando Prass adiantado e, com categoria, encobriu o goleiro dando números finais à partida. Macaé 3x 1 Vasco. Foi a primeira vitória do Macaé sobre um dos quatro grandes times do Rio.

*De volta para o passado:

Na primeira rodada da Taça Rio de 2010, os quatro grandes começaram com vitórias. No dia 27 de fevereiro, o Flamengo bateu o Macaé por 4 a 1, no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda. Vágner Love e Vinícius Pacheco marcaram dois gols cada um. Laio descontou para o Macaé.

No mesmo dia, o Botafogo foi até Campos enfrentar o Americano e venceu por 3 a 1. Marcelo Cordeiro, aos 33’, abriu o placar para os alvinegros. No minuto seguinte, Leandro Gomes deixou tudo igual. A vitória botafoguense viria somente no segundo tempo, com dois gols de Caio.

No dia 28 de fevereiro, o Fluminense goleou, por 5 a 1, o Friburguense. Fred, Wellington Silva, Everton, Conca e André Lima balançaram as redes do Maracanã pelo Flu. Wallace fez o gol de honra da equipe de Friburgo.

Jogando em São Januário, o Vasco venceu o Volta Redonda por 2 a 1. Philipe Coutinho e Élton marcaram pelo Cruzmaltino. Adriano Pinheiros descontou para o Voltaço no final da peleja.

sábado, 5 de março de 2011

Pré-jogo: Flamengo x Olaria

No último confronto entre as equipes, Vágner Love (hoje na Rússia) salvou o Flamengo da derrota
Flamengo e Olaria se enfrentam hoje, às 16h20, em Volta Redonda, pela primeira rodada da Taça Rio. O Fla, campeão do primeiro turno, busca a conquista da Taça Rio para vencer o campeonato sem a necessidade de finais, como fez o Botafogo no ano passado. O adversário de hoje, o Olaria, é um velho conhecido do futebol carioca. Na fase de grupos da Taça Guanabara, o time da Rua Bariri somou dez pontos no Grupo B e ficou na terceira colocação.


As equipes já se enfrentaram diversas vezes. Em 2005, o Olaria começou surpreendendo a todos no campeonato. No dia 23 de janeiro daquele ano, o Azulão, que em 2004 quase foi rebaixado, venceu o Flamengo por 3 a 0 em pleno Maracanã. Todos os gols foram marcados no primeiro tempo, para a alegria dos torcedores do Fluminense, que, em dia de rodada dupla, tiveram a oportunidade de tirar um sarro do rival antes de ver seu time jogar.

Na mesma temporada, o Olaria, que começou surpreendendo, somou apenas seis pontos no certame, quatro atrás de América e Portuguesa, e foi rebaixado para a segunda divisão do futebol carioca. O time da Rua Bariri voltaria à elite carioca somente em 2010. Na última partida que fez contra o Flamengo, os times empataram em 3 a 3. O Olaria vencia por 3 a 2 até os 82 minutos, quando Vágner Love empatou a partida.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Pré-jogo: Macaé x Vasco

No último confronto entre as equipes, Philipe Coutinho (hoje na Itália) deu duas assistências na vitória por 4 a 0
Macaé e Vasco jogam hoje pela primeira rodada da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca. O jogo, que será realizado ás 19h30 no estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, será somente o quarto confronto entre as equipes. O Macaé Esporte Futebol Clube jogou, pela primeira vez, a primeira divisão do Campeonato Carioca em 2008. De lá para cá, a equipe têm se mantido na elite do futebol carioca. Os confrontos contra o Vasco, porém, não trazem boas lembranças ao Alvianil Praiano.


A primeira partida entre os dois aconteceu no dia 13 de março de 2008, com goleada vascaína por 4 a 0. Em 2009, novamente vitória cruzmaltina, desta vez mais suada, por 1 a 0. O último confronto entre os times aconteceu no dia 28 de janeiro de 2010, em partida válida pela quarta rodada da Taça Guanabara. O jogo, realizado em São Januário, terminou com mais uma goleada do Gigante da Colina: 4 a 0. Os gols, naquela oportunidade, foram marcados por Léo Gago, Rafael Coelho, Nílton e Magno.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Fluminense e Botafogo: Atuações pífias, resultados diferentes


A situação do Flu ficou mais difícil na Libertadores. Pela Copa do Brasil, Botafogo joga mal e se classifica nos pênaltis


FLUMINENSE:

O Fluminense enfrentou o América do México ontem (2) pela terceira rodada da Libertadores da América e perdeu por 1 a 0. A derrota complicou ainda mais a situação do Tricolor Carioca no torneio continental. O time de Muricy Ramalho é o terceiro colocado do Grupo 3, os dois primeiros são o Argentinos Jrs. e América do México, com sete e seis pontos respectivamente. Atrás do Flu, o Nacional de Montevidéu, com apenas um ponto.

No próximo dia 23, o Fluminense voltará a jogar contra os mexicanos, desta vez no Rio de Janeiro. A vitória é mais do que necessária para manter a esperança de uma classificação milagrosa para a segunda fase do torneio.

BOTAFOGO:

No mesmo dia, pela Copa do Brasil, o Botafogo venceu o River Plate-SE em uma partida dramática, que deixou muito claro a falta de poder de decisão da equipe quando não conta com o uruguaio Loco Abreu. O Alvinegro jogou em cima da equipe sergipana, porém, não teve competência para balançar as redes do adversário.

O tento que levou o cotejo à disputa de pênaltis foi duvidoso. Após trapalhada entre o goleiro Max e o zagueiro Bebeto, o bandeirinha viu a bola entrar no gol e marcou o tento para o Glorioso. No final das contas, após tira-teima, soube-se que a bola não ultrapassou completamente a linha. Nas penalidades, desta vez, nenhum jogador alvinegro desperdiçou a cobrança. Pelo lado sergipano, Bebeto e Fábio Júnior isolaram a bola, garantindo a classificação alvinegra, que enfrentará o Paraná no próximo dia 30, em Curitiba.

*De volta para o passado:

Fluminense e América do México haviam se enfrentado somente em duas oportunidades. Nas duas, vitórias dos mexicanos. O primeiro jogo aconteceu em 1960, no dia 14 de janeiro, com vitória dos Águias por 1 a 0. O último confronto aconteceu no dia 23 de outubro de 1991, com vitória acachapante por 3 a 0 da equipe mexicana.

No ano passado, a classificação do Botafogo na Copa do Brasil também foi dramática. Após perder a primeira partida para o São Raimundo de Santarém por 1 a 0, vitória por 4 a 3 no Engenhão. O time de General Severiano só avançou para a fase seguinte devido à escalação irregular de três jogadores do time adversário no primeiro confronto, realizado no Pará.

Mesmo após dois anos se esforçando para não se classificar para a segunda fase da Copa do Brasil, o Botafogo nunca foi eliminado na primeira fase do torneio.